O guarapuavano Affonso Alves de Camargo
teve uma longa trajetória na história política do Paraná. Além de
promotor público e professor, Camargo foi deputado estadual e federal,
vice-presidente do estado e chegou a exercer a presidência do Paraná no
ano de 1916. Responsável por fundar o Banco do Estado do Paraná,
acumulou polêmicas ao longo de sua vida pública.
Durante a Guerra do Contestado (1912-1916), nos planaltos paranaense e
catarinense, ocupando o cargo de vice-presidente do Paraná, Camargo
defendeu o grupo empresarial Lumber, que era subsidiária da empresa
norte-americana Brazil Railway Company e tinha o objetivo de explorar
madeira e vender os terrenos para imigrantes europeus. O detalhe é que
essas terras já estavam ocupadas por caboclos que habitavam a região. O
historiador Walmor Marcellino escreve que o irmão de Camargo, Marins,
possuía terras na região.
Camargo ainda foi senador da República e presidente do Paraná novamente
em 1928, sem cumprir todo o mandato por causa da Revolução de 1930.
Devido ao avanço das tropas revolucionárias, abandonou a cidade em
direção a Paranaguá. Em poucas horas, a Revolução de 1930 se instalou no
Paraná e caminhava para seu desfecho 20 dias depois, com Getúlio Vargas
assumindo o cargo de presidente do Brasil.
1952
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