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quinta-feira, 28 de março de 2019
A CASA DO COMENDADOR MARIANO DE ALMEIDA TORRES
No quilômetro 30 da estrada que liga Curitiba a Campo Largo, hoje Estrada Velha, na localidade chamada Timbotuva, no ano de 1880, foi construída uma casa para moradia do senhor Mariano de Almeida Torres, dono de muitos escravos. Esta casa se destaca das outras devido a sua construção tipo sobrado, estilo Casa Grande da época da escravidão no Brasil.
A citada casa com dois pavimentos foi construída pelos escravos. Suas paredes eram feitas de estuque, com espessura de 90 centímetros. A casa mede 14 metros de frente, 14 metros do lado esquerdo e 36 metros do lado direito. Uma simpática varanda se projeta para frente, no meio fica a porta de entrada principal, com 4 metros de altura por 3 metros de largura, a parte de cima forma uma meia lua; entalhada, com as iniciais do dono da casa “MT”.
Quando se entra na casa, depara-se com um grande hall, ornado de colunas de madeira e um chapeleiro. Para a direita há uma ampla sala, em que se abrem duas janelas, com vista para a rua. Aos fundos desta sala há um quarto não muito grande, sem janelas, onde costumavam ser colocadas as donzelas, por ser a peça de maior segurança da casa. Seguindo uma outra sala grande que servia de sala de jantar, em seguida vinha a cozinha bem ampla. Da sala de jantar subia uma escada para a parte superior, com cinco dormitórios. Hoje não mais existe a parte de cima. Do lado direito, em uma peça grande, funcionava uma casa de comércio que abastecia a região.
Atrás ficava o refeitório dos escravos com cozinha própria. O alimento principal era a feijoada feita com as sobras de porco, feijão, couve, mandioca e quibebe. Na parte dos fundos ficava a senzala principal e, no início desta, havia um quarto sem janelas; era o quarto do feitor. Bem atrás ficava a senzala de segunda categoria.
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