domingo, 12 de fevereiro de 2023

CONHECENDO UM POUCO DAS RUÍNAS DE SAO FRANCISCO

 CONHECENDO UM POUCO DAS RUÍNAS DE SAO FRANCISCO

"Para compreender a história das Ruínas de São Francisco é preciso voltar no tempo. O ano era o de 1798, quando o bispo de São Paulo, Dom Mateus de Abreu Pereira, em passagem por Curitiba, manifestou preocupação com relação à situação das três igrejas então existentes na cidade: a Matriz, de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, a de Nossa Senhora do Terço e a do Rosário, que estavam em mau estado de conservação.
Tal fato chegou aos ouvidos do coronel e comerciante de gado Manoel Gonçalves Guimarães, que hospedou o bispo em fazenda de sua propriedade. Homem de posses, que incluíam uma residência em Curitiba, o coronel levou à frente o projeto de construir na cidade uma nova igreja, no local onde hoje estão as ruínas.
Em 1809, estava pronta a capela (composta pela capela-mor e sacristia), cuja benção ocorreu dois anos depois. Com a continuidade das obras, a intenção era a de que a capela desse lugar à Igreja de São Francisco de Paula.
Os registros dão conta de que a alguns vigários foi atribuída a tarefa de zelar pela capela, mas nenhum deles conseguiu levar a obra adiante. A prioridade dada ao restauro ou ao término de outras igrejas da cidade era outro empecilho que se colocava à conclusão da igreja dedicada ao santo franciscano. Em 1860, por exemplo, as pedras que dariam fim à construção foram utilizadas na obra da torre da antiga Matriz, hoje Catedral Metropolitana Basílica Menor de Curitiba. Do que viria a ser a Igreja de São Francisco de Paula, então, sobraram a capela-mor, a sacristia e parte das paredes laterais.
No início do século 20, a Mitra Diocesana permutou a área da atual Praça João Cândido com a prefeitura de Curitiba por uma localizada na Rua Saldanha Marinho (onde foi construída a atual Igreja de São Francisco de Paula). O prefeito Cândido de Abreu, então, pôs abaixo a capela, sem dar fim ao restante da construção, para dar lugar à construção do Belvedere, para que a população tivesse um local para apreciar a cidade."
(Fonte: Gazeta do Povo)
Paulo Grani

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As ruínas na década de 1950.

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Foto do começo do século passado mostra as ruínas que foram preservadas. Foto: Acervo/Casa da Memória/Fundação Cultural de Curitiba

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