Mostrando postagens com marcador 1º de agosto de 1846 – Berlim. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1º de agosto de 1846 – Berlim. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Brasílio Itiberê da Cunha (Paranaguá, 1º de agosto de 1846 – Berlim, 11 de agosto de 1913)

 Brasílio Itiberê da Cunha (Paranaguá1º de agosto de 1846 – Berlim11 de agosto de 1913)


Brasílio Itiberê
Retrato de Brasílio Itiberê.
Informação geral
Nome completoBrasílio Itiberê da Cunha
Nascimento1 de agosto de 1846
Local de nascimentoParanaguáProvíncia do ParanáImpério do Brasil
Morte11 de agosto de 1913 (67 anos)
Local de morteBerlimReino da PrússiaImpério Alemão
Gênero(s)Música erudita
Ocupação(ões)Compositorpianistadiplomata
Instrumento(s)Piano

Brasílio Itiberê da Cunha (Paranaguá1º de agosto de 1846 – Berlim11 de agosto de 1913) foi um compositorbacharel em direito e diplomata brasileiro. Era irmão do poeta, crítico literário e musical João Itiberê da Cunha, e do sacerdote Celso Itiberê da Cunha, como também tio do compositor Brasílio Itiberê da Cunha Luz.

É o patrono da cadeira de número 19 da Academia Brasileira de Música.[1]

Biografia

Brasílio Itiberê nasceu na cidade litorânea de Paranaguá, filho de João Manuel da Cunha e de Maria Lourenço Munhoz. Fez os estudos primários em sua terra natal e sua iniciação musical foi ao piano, aprendendo na casa dos seus pais.[2]

Já pianista renomado na juventude transferiu-se para a capital paulista para cursar a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, efetuando, nessa cidade, vários concertos. Após obter o diploma de Bacharel em Direito ingressou na carreira diplomática atuando no corpo diplomático em vários países, como: ItáliaPeruBélgicaParaguai e na Alemanha.

Sem deixar a música de lado, Brasílio teve relações de amizade com alguns dos maiores pianistas de seu tempo, como Anton RubinsteinSgambatti e Liszt.

Considerado um dos precursores do nacionalismo, foi um dos primeiros a inspirar-se em motivos populares e a imprimir à sua obra características nitidamente brasileiras.

Compôs música de câmara e coral, além de peças para piano. Sua rapsódia "A Sertaneja"[3] o popularizou, especialmente pela canção tradicional Balaio, meu bem, Balaio", tema musical folclórico recolhido por ele na cidade de Paranaguá.

A sua composição mais conhecida é, sem dúvida, "A Sertaneja" de 1869.[4]

Foi nomeado embaixador em Portugal, porém, morreu antes de assumir a função. Faleceu na capital alemã no dia 11 de agosto de 1913, numa segunda-feira, aos 67 anos de idade.

Uma das muitas homenagens ao autor de "A Sertaneja" está na capital paranaense que denominou uma das suas vias de Rua Brasílio Itiberê.

Obras de Brasílio Itiberê

  • Eco dos salões, valsa de bravura, Op. 3 (1865)
  • Os pífaros da esquadra, polca brilhante, Op. 5 (1867)
  • Valsa acadêmica, aos estudantes de S. Paulo, Op. 9
  • A graciosa, Op. 10
  • Stella maris (Grande mazurka de salão), Op. 11
  • Mazurka en la majeur, Op. 12
  • Barcarolle, Op. 13
  • Danse americaine, Op. 14
  • A Sertaneja, fantasia característica sobre temas brasileiros, Op. 15 (1869)
  • Valse-Caprice (A misteriosa, 3a grande valsa de bravura), Op. 16 (1869)
  • Sur les rives du Plata, méditation, Op. 18
  • Une larme (Uma lágrima), méditation, Op. 19 (1869)
  • Ballade des tropiques, Op. 20
  • Marcha fúnebre à memória de Gottchalk, Op. 21 (1870)
  • Poème d'amour, fantaisie, Op. 22
  • Gavotte sur l'air célèbre de Louis XIII, Op. 23
  • Soirées à Venise, trois morceaux, Op. 24
  1. Barcarolle
  2. Nocturne
  3. Romance
  • Nuits orientales, Op. 27
  1. Nocturne
  2. La dahabieh (La gondole du Nil), Barcarolle
  3. Le jardin des tropiques (devant l'Ille d'Eléphantine-Nil), Étude mélodique
  • Berceuse (Le filleul), Op. 28
  • Gavotte, Op. 30
  • Mazurka, Op. 31
  • Caprices à la mazurka, No. 3, Op. 32
  • Étude de concert d'après E. Bach, Op. 33
  • Sérénade, Op. 34
  • Grande Mazurca de Salão, Op. 41
  • Amizade, polka (1864)
  • Impromptu-Nocturne (1903)
  • Nocturne-Saudade (1864)
  • Segunde grande galope de concerto (-1870)
  • A Serrana, fantasia característica
  • Súplica de Escravo, meditação (-1870)

Referências

  1.  Site da Academia Brasileira de Música - Patronos - Brasílio Itiberê da Cunha Acessado em 26 de março de 2016
  2.  Almeida, Vasti de Sousa (2001). Brazílio Itiberê da Cunha: diplomata músico. Col: Série Pesquisa / UFPR. Curitiba, Paraná, Brasil: Editora UFPR
  3.  Brasílio Itiberê da Cunha
  4.  A Sertaneja de Brasílio Itiberê: Nacional ou Estrangeira, Amadorística ou Sofisticada Revista UFG - Universidade Federal de Goiás (site consultado em 9 de setembro de 2011)

Bibliografia

  • MARCONDES, Marcos Antônio. Enciclopédia Música Brasileira. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1998.
  • PIRES, Fernando. Grande Enciclopédia Universal - Magister. Ed. Amazonas, 1980.
  • MURICY, José Candido de A. Panorama do Conto Paranaense. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 1979.

Ligações externas