Avenida João Gualberto
A via era a principal saída para que deixava Curitiba no século XVIII
No ano de 1857, Curitiba tinha 12 vias importantes, pelas quais a população passava diariamente. Eram elas a Rua do Fogo, Rua Direita, Rua da Entrada, Rua da Carioca, Estrada da Marinha, Rua Fechada, Rua do Rosário, Rua do Nogueira, Rua das Flores, Rua do Comércio, Rua do Saldanha e Rua da Assembleia.
A Estrada da Marinha ou mesmo da ”Graciosa” – que também fez parte das denominações da região – se tornou o principal caminho para “sair” de Curitiba. Ligava a pequena vila até a Serra da Graciosa. Com a estruturação da via, se tornou a Estrada da Graciosa, dando continuidade a Rua da Graciosa.
Inicialmente conhecida como Boulevard Dois de Julho em função da sua beleza, aspectos arborizados e com predominância de requintadas residências, a via passou a homenagear João Gualberto Gomes de Sá Filho na segunda década do século XX após o desfecho da Batalha do Irani.
Na época, o local tinha seu trecho compreendido entre a Praça 19 de Dezembro e a atual Rua Comendador Fontana. Destaque para construções imponentes de tradicionais famílias que se destacavam como grandes produtores de erva-mate, políticos importantes e outras personalidades da cidade. Com o crescimento natural do cenário urbano de Curitiba, a Av. João Gualberto ganhou trechos maiores e assenhorou-se no percurso da Estrada da Graciosa até o bairro Cabral. Da região da Igreja Bom Jesus do Cabral para a frente, a denominação continuava Graciosa.
João Gualberto Gomes de Sá Filho nasceu no Recife e com 20 anos se tornou Alferes. Pouco tempo depois, se mudou para o Paraná, servindo o 13º Regimento de Cavalaria do Exército Nacional. Em 1912, foi escolhido para Prefeito de Curitiba, mas não assumiu o posto, pois preferiu comandar o Regimento de Segurança do Estado do Paraná (PMPR).
Referências:HOERNER Jr, Valério. Ruas e Histórias de Curitiba, 2° edição. Curitiba: Artes & Textos, 2002. 183p.FENIANOS, Eduardo Emílio. Manual de Curitiba: A cidade em suas mãos. Curitiba. UniverCidade. 2003. 160p.