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segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Jose Falcao de Moura Vasconcellos Nascido a 23 de julho de 1889 - Olinda, PE, Brasil Falecido a 18 de setembro de 1955 - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 66 anos

 

Jose Falcao de Moura Vasconcellos 

M  Jose Falcao de Moura Vasconcellos

  • Sosa : 18
    • Nascido a 23 de julho de 1889 - Olinda, PE, Brasil
    • Falecido a 18 de setembro de 1955 - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 66 anos
    • Enterrado - Curitiba, PR, Brasil - Cemitério Municipal
    • Militar do Exército Brasileiro. 1º Ten Intendente.

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Irmãos

 Notas

Notas individuais

  • <p> </p>
    <p style="margin-right: -0.1cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 100%; background: transparent;" align="left"><span style="color: #000000;"><span style="font-size: medium;"><strong>JOSÉ FALCÃO DE MOURA VASCONCELLOS</strong></span></span></p>
    <p> </p>
    <ol>
    <li><span style="color: #000000;"><span style="font-size: medium;">1ª praça aos 15 anos (1894-1909)</span></span></li>
    <li> Incorporou nas fileiras do Exército no 49º Batalhão de Caçadores em Recife-PE. Falsificou seu documento de identificação para poder servir com então 15 anos. A idade mínima era na época 17 anos.</li>
    <li><span style="color: #000000;"><span style="font-size: medium;">2ª praça aos 20 anos (1894-1914)</span></span></li>
    <li><span style="color: #000000;"><span style="font-size: medium;">3ª praça aos 25 anos (1894-1919)</span></span></li>
    </ol>
    <p> </p>

     


    (Anotações de autoria de Emerenciana de Vasconcellos Ehalt, extraídas de uma de suas "agendas", onde escrevia sobre a família. A agenda original encontra-se em poder de Andre Guilherme Goeldner)


    Papai gostava de recordar a sua infância e nos contava muitas coisas deste tempo. Parece-me vê-lo, ainda de pijama, sentado no caixote de lenha da cozinha, com a perna direita levantada e segurando o pé. Assim, à vontade, recordava:


    - Usei camisolão até os 8 anos. Gostava de comer papa de farinha de milho. Não se usava colher, comia-se com os dedos indicador e médio.


    - Lembro do engenho, mamãe tinha negros que trabalhavam com a cana fazendo melado e rapadura em grandes tachos.


    - Maiorzinho, eu gostava de brincar com raias de papel lá na casa de tia Doninha e dela ganhava os carretéis de linha, que separava das rendas que fazia.


    - Não lembro que arte fiz certa vez e papai correu atrás de mim para me corrigir. Fugi para a casa da tia. No caminho encontramos com as lavadeiras que carregavam latas d’água ou … (a página de continuação dessa história foi rasgada)


    - … a jaca ainda estava verde. Quando começou a amadurecer desprendeu um forte cheiro adocicado ao qual todos nós torcemos o nariz. Foi um verdadeiro complô, ninguém quis comer a jaca e papai, entre resmungos, teve que comê-la sozinho.


    - Que saudades tinha da terra natal! Chamava Curitiba de “geladeira” e mesmo no verão sempre dormia com um ponche de lã estendido por cima do lençol.


    - Foi um homem enérgico e muito disciplinado. Era ele que todos os sábados cortava as nossas unhas (tinha uma tesourinha, só dele), engraxava nossos sapatos escolares e sempre depois do banho nos penteava. Ele usava um óleo de cabelo chamado “Atkinsons”, que passavam em nossos cabelos. A nossa pasta dental era Kolynos e o sabonete Eucalol. Eu não gostava do cheiro, mas ficava bem penteada. Exigente com nossos estudos, sabia também premiar. Era de praxe: quem passava no exame de admissão ao ginásio ganhava seu primeiro relógio de pulso. Isto por volta de 1938, era grande novidade. A Enedina e Alita ao completarem 15 anos ganharam sus aneizinhos de brilhante e canetas Parker. Eu e Amélia ganhamos de água marinha pois já nos situamos numa época de recessão econômica. O país estava em guerra com o Eixo. Nós quatro, ao completarmos o ginásio, tivemos os tão sonhados vestidos de baile com estola de pele e leques de madre pérola, rosa, azul e branco. A minha foi um bolero de pele de lontra que papai trouxe de Mato Grosso. Papai era um viajante entusiasta e sempre falava em querer nos levar em suas viagens. A Enedina e Alita foram a Tatuí-SP conhecer tia Nenê e família e ao Rio de janeiro. Eu tinha a sua promessa de ir com ele a Bagé-RS, onde por 2 meses de diferença quase nasci. Ficou só em planos, pois como já contei a época já foi mais difícil. Ao ser reformado do Exército pela 1ª vez (depois reverteu) tinha, pelas leis do Exército, direito a escolher o local do país em que quisesse morar com a família. Teria as despesas de mudança pagas. Muito animado quis voltar para Pernambuco. Venderiam a casa de Curitiba e para lá iríamos de vez.


    Mamãe ponderou: veja bem, são seis pessoas do sul para transformarem seus hábitos, assim como para acostumarem com o clima quentíssimo. Além disso com o país já em guerra havia comando norte-americano em Recife e os boatos corriam sobre o que estava acontecendo com as mocinhas do Recife e os soldados “yankees”. Mamãe mostrava-se apreensiva pois estávamos na adolescência.


    Papai continuou firme em sua decisão. Então foi um Deus nos acuda. Mamãe dizia não e papai dizia sim. Finalmente mamãe venceu. Anos depois, quando eu já era casada e mãe da Tangryane, papai foi sozinho rever sua adorada terra, 43 anos depois de ter partido. Ele havia feito uma promessa, coisa tão comum ao povo nordestino, mas que nos enche de admiração e respeito: quando voltar, quero subir o morro da Igreja de São Severino dos Ramos, descalço e soltando foguetes, em intenção ao meu santo protetor, Santo Severino dos Ramos em Pau d’Alho. Cumpriu o voto. Reviu os parentes, principalmente o primo tonico e a prima Maria Alita e voltou. Estava triste pois não achou mais a sua terra como era no seu tempo de infância. Tudo muda! Suas raízes já estavam no sul. Papai só fez os estudos primários, tentou fazer o ginasial mas já no Exército e chefe de família não pôde concluir. Assim mesmo gostava de ler. Lembro que era leitor assíduo de : A Noite (Jornal Carioca), Do dia e Diário da Tarde (Jornais de Curitiba). Comprava revista. Mamãe era sempre contemplada com a “Vida Doméstica”, “Fon Fon” e “Eu Sei Tudo”. Os filhos de acordo com os anos; começamos com “Tico-Tico” e depois Enedina e Alita ganhavam “Acena Muda” e eu “Carioca” e “Vamos Ler” e Amélia e Juca ficavam com o primeiro. Como essas revistas foram importantes para os nossos conhecimentos culturais. No “Tico-Tico” haviam páginas chamadas Gavetinha do Saber e Fatos da Nossa História. Gravei na memória os instrumentos musicais dos índios, os bandeirantes, etc, tudo do “Tico-Tico”. O autor era Paulo Setúbal. Da “Carioca” e “Vamos Ler” apreciávamos as biografias de pessoas célebres assim como a página 13 da “Carioca” que sempre trazia uma crônica de autor brasileiro contemporâneo com sua foto 3x4. Assim conheci Raquel de Queiroz, Dinah Silveira, Carlos Drumond de Andrade, etc. Lia com entusiasmo o “Eu Sei tudo” e dele aprendi a história de Gengiskan, de Catarina I da Rússia, de Pedro, o Grande, de Pompéia e Herculano, de Luiz Felipe de Orleans, etc. Também ali conheci “O Mercador de Veneza” de Shakspeare. A Tangryane quando esteve a 2ª vez na Inglaterra assistiu em teatro londrino esta peça. Quando foi me contar o enredo eu lembrei do “Eu sei tudo”, até das figuras. Tinha muito apreço aos professores. Quando estávamos no primário, ao chegar o final do ano letivo levávamos um mimo para nossas professoras. Eram livros ou caixas de papel de carta. A Alita quando veio me visitar em Castro logo que para cá mudamos, quis rever sua primeira professora, Dna Virgilina Marques. Ao fazermos a visita, esta fez questão de nos mostrar que guardava (há mais de 40 anos) o livro que a Alita lhe deu ao terminar o ano. Tinha dedicatória escrita com caneta e pena de aço. Lembro bem de como fazíamos, com papai ao lado nos orientando para que saísse bem bonito. Este traçava com a régua e lápis, bem de leve, as linhas, e a gente caprichava o mais que podia. Depois, já no ginasial era diferente: na casa da Saldanha Marinho tínhamos um lindo parreiral: uvas terci, branca e rosada. Havia na época da colheita um cerimonial todo especial. Minguem tocava nos apetitosos cachos antes de papai dar o início. Ao ver que estavam no ponto, íamos com ele para debaixo das parreiras com uma grande bacia e cadeira, onde papai subia com uma tesoura. Os cachos cortados com muito cuidado eram lavados e colocados artisticamente na bandeja de vidro que estava no “itajer” da nossa casa. Depois íamos levar o precioso fardo para presentear o Dr. Luiz A. Calderari, diretor do ginásio, ou o professor Nélson Eduardo Mendes, querido mestre de Português e História. Isto repetia-se todos os anos. Havia uma grande mesa feita com cavaletes e tábuas em baixo das parreiras. Ali jogamos pingue-pongue e almoçamos muitas vezes. Até o batizado da Tangryane ali foi comemorado. Bons tempos! O aprofundamento nas leituras deu-se mais depois que Enedina e Alita entraram no Curso de Professores. Lembro bem quando animadas lemos “A Vida de Helen Keller”, “Uma folha na tempestade” de Li Yutang, “A Exilada” de Peal Buck, “As Chaves do Reino e a cidadela” de A. Cromim. Então foi uma enxurrada de leituras que não acabavam mais. Nosso reduto era o sótão, e a mamãe cansava de chamar lá de baixo para o almoço ou o jantar, ou hora do café, ou para pequenas tarefas. Sempre estávamos as voltas com o mundo mágico das letras. Papai sempre gostava de olhar o que líamos. Lembro bem que, já formada na Normal, estava fazendo o 1º ano do Científico no Colégio Parthenon e como Presidente do “Grêmio Olavo Bilac”, do colégio, tinha livre acesso a Biblioteca do referido Grêmio. Escolhi uma obra ao acaso: “Os Sinos de Canterville”, não lembro o nome do autor. Chegando em casa comecei a ler. Havia já no início a cena de um parto. Papai quis dar uma olhada no livro e depois com calma me disse: “Time, leve este livro de volta, você é muito nova para ler estas coisas”. Interessante como a gente era obediente, cumpri a risca a ordem. Ele agia de acordo com a época e sempre procurando o que considerava o melhor para nós. Era um bom folião nos dias de Carnaval. Foi até Rei do Carnaval em Castro, vestido de fraque (feito de saco de estopa) e com cartola preta de cetim. Em Curitiba o Bloco dos Vassourinhas (pernambucano) aparecia e fazia as evoluções do frevo em frente de casa. Era um grande acontecimento. Assim é que conheci a cuíca, achei espetacular. A Amélia, que tinha 6 ou 7 anos, ia ao encontro do bloco e vinha na frente dançando. Parecia já trazer no “sangue” a tradição do nordestino. Era uma graça! Não nos deixava, já mocinhas, ir aos bailes carnavalescos, achava-os impróprios. Só comecei a ir depois de casada. Gostava muito das festas juninas. Sempre comemorava na véspera de São Pedro (28 de julho). Já em Castro, tinha eu 5 anos, lembro da grande fogueira em frente de casa, dos pinhões e batata doce assados na brasa. Dos foguetes, balões, traques, estrelinhas que ele, papai, preparava para nós, pregadas na ponta de cabos de vassouras. Divertíamo-nos a valer. Interessante que estas comemorações até para a Tangryane e Arthur Falcão ele fez em Siqueira Campos, no ano anterior ao seu falecimento. Encerrou com os fogos de artifício. Colocando em cada pilar do muro da casa, haviam uns seis pilares, um canudo de lágrimas coloridas e ele e o Tuta acenderam tudo ao mesmo tempo. O efeito foi lindíssimo. Foi uma eufórica despedida. Na época do Estado Novo haviam muitos desfiles escolares; ficávamos sempre concentrados na Barão do Rio Branco esperando a nossa vez. Nisto passava muito tempo e geralmente uma ou outra criança adolescente desmaiava. Papai sempre aparecia, nos localizando. Trazia nos bolsos chocolates para nos fortificar, dizia ele. No Dia da Raça, 4 de setembro de 1944 o vi preparado para ir apreciar o desfile do palanque oficial, havia sido convidado pelo General Meira, instalado na Av. Jorge Xavier onde hoje é a “Boca Maldita”. Era então interventor no Paraná o Sr. Manoel Ribas e comandante da 5ª Região o General José Meira de Vasconcelos. Papai estava muito garboso. Túnica cinza escura, calça cinza mais clara, sapatos pretos, meias pretas. Quepe com as armas da república, luvas de couro marrom e a espada na cintura com cabo de couro marrom. Senti muito orgulho dele e foi com muito entusiasmo que naquele dia passei diante do palanque carregando a bandeira do Paraná da Escola Normal, pois sabia que lá estava meu pai, me aplaudindo. Acho que se eu tivesse nascido homem, também seria soldado; sempre fui patriota e gosto até hoje de comemorações cívicas. Interessante como o papai se parecia com o General Meira (era também pernambucano). Não eram parentes apesar de até os nomes serem parecidos, mas se queriam bem e o General o considerava muito, pois já se conheciam de outras andanças pelo país. Houve um episódio interessante quando ambos serviam em Curitiba. Papai ia chegando ao Quartel General quando ouviu clarins tocando e rufar de tambores, usados apenas na chegada do comandante. Pensaram os sentinelas que papai era o General. Tenho ainda duas cartas que ele nos escreveu (a mim e ao Tuta), quando no Rio de Janeiro, lutava por conseguir as melhorias no Exército. Foi um batalhador. Faleceu em Joinville-SC. Estava lá servindo no Serviço de Subsistência Militar e por ser o clima quente achava que seria muito bom lá morar sempre ou então em Florianópolis. Vinha nos finais de semana ver a família.


     


    EPISÓDIO REVOLUÇÃO DE 1924


    Mamãe foi com tio Babi pedir ao comandante do QG de Curitiba, Nepomuceno da Costa, que havia conhecido no Rio de Janeiro quando morava com tio Aurélio, ao vir de trem para Curitiba, (viajou com este oficial e a família, sua espôsa, a enteada Tereza, também filha de um oficial e a filha Leonor. Viajaram tio Aurélio, tia Bibinha e família, tio Babi, tio Tino) para não deixar papai ir para a revolução, mas ele falou que seria bom para a carreira do papai, e realmente foi. Pois papai passou de 2º Sargento a 2º Tenente comissionado (Os Oficiais Comissionados eram, na época, nomeados pelo Presidente da República. Era uma forma de premiar os militares que haviam participado de atos relevantes para a história do país – nota do digitador).


    (Anotações de autoria de Emerenciana de Vasconcellos Ehalt, extraídas de uma de suas "agendas", onde escrevia sobre a família. A agenda original encontra-se em poder de Andre Guilherme Goeldner)


     


    CAUSO “O ASSASSINATO DO COMANDANTE”


     


    Era o ano de 1930. O Tenente Falcão estava servindo no 9º Regimento de Artilharia Montada que era sediado no quartel da praça Oswaldo Cruz (atual Shopping Curitiba). Nesse ano houve um movimento belicista no sul do Brasil que ficou conhecido como “As Armas de Outubro”. Conta a tia Amélia que esse causo foi contado pelo vovô Falcão à vovó Quica e o mesmo pediu a ela que guardasse segredo absoluto sobre o fato. Segredo esse que depois foi revelado pela vó Quica à tia Amélia. Andava o então Tenente Falcão por um dos corredores do pavilhão de comando do 9º RAM e ouviu um disparo de arma de fogo. Correu na direção do disparo para ver o que acontecia quando se deparou com um militar com a arma em punho, ainda saindo fumaça de seu cano. Ao lado estava, aparentemente, morto o comandante do Regimento. O militar olhou para o Tenente Falcão, segurando-o pelos colarinhos da farda, e perguntou energicamente: – Você está com a revolução ou com os legalistas?


    Naquela hora, em fração de segundos, passou um filme na cabeça do Tenente Falcão, pensou na mamãe Quica e em todos os seus filhos e, assustado, respondeu meio que por reflexo: – Estou com a revolução, claro!


    O militar foi embora e só depois o tenente Falcão se deu conta do que tinha acontecido.


     


    Fiquei curioso por saber os detalhes desse causo e fiz uma pesquisa na internet. Encontrei esse trecho de um trabalho de pós-graduação em história da UFPR. Não tenho dúvidas de que se trata do mesmo acontecimento:


     


    …“Diante desse impasse, o major rebelde decidiu acelerar o início cênico da revolta no Paraná. Para tanto, designou o capitão Álvaro Barroso de Souza Júnior para ir ao 9º R.A.M. entender-se com o capitão Amorety Ozório, informando-lhe que “os demais corpos estavam a postos, prontos para iniciar o movimento que se esperava fosse efetivado sem derramamento de sangue” (TOURINHO, 1980, p. 81). O risco de causar baixar de ambos os lados da contenda revoltosa era o mais avassalador temor do grupo dirigente que liderou o movimento armado no Paraná. Plínio Tourinho reconhecia como principal perigo a interrupção da cooptação dos militares e dos políticos dissidentes, caso a carnificina tomasse lugar do recrutamento voluntário para a causa rebelde. Contudo, o temor rebelde acabou se tornando uma trágica realidade quando o capitão Álvaro Barroso chegou ao aquartelamento do 9º R.A.M., subiu a escadaria que dava acesso ao interior do quartel, pelo portão das armas, transpondo com dificuldade o cordão de sentinelas, e teve um encontro inesperado com o major Correa Lima – comandante do 9º R.A.M. – que aos gritos bradava: o comandante sou eu! É a mim que se deve dirigir! (LEMOS, 1980, p. 248). Neste instantâneo, o capitão Amorety Ozório avistou os dois militares, interpelando o major Correa Lima, deu-lhe ordem de prisão: major, considere-se preso! Ao mesmo tempo que lhe apontou a pistola ao peito e lhe intimidou a render-se, pois o regimento estava do lado do movimento armado rebelde (TOURINHO, 1980, p. 82). Militar legalista e comandante firme, de temperamento forte, o major Correa Lima não se intimidou diante da pressão armada, aproximando-se do seu oponente, tentou afastar a pistola com um gesto violento e brusco. Neste ínterim, ocorre um disparo fatal que varou o cérebro do impetuoso major, que caiu no solo pátrio do seu estimado 9º R.A.M. sem vida. “Tristeza e nervosismo envolvem todo o quartel” (LEMOS, 1980, p. 248). Na realidade, “foi um fato lastimável e muito deplorado pelos revolucionários, pois Correa Lima era considerado um dos oficiais mais ilustres do exército, pelo seu saber, capacidade de trabalho e amor ao país” (TOURINHO, 1980, p. 82).


     


    (AS ARMAS DE OUTUBRO: militares e políticos no movimento belicista de 1930 no sul do Brasil. Curitiba, 2010. ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS FRANCO)


     


    Conta a tia Amélia que, naquele mês da revolta, ainda moravam na rua Coronel Dulcídio, e haviam rumores de que o quartel do Bacacheri, já dominado pelos rebeldes, poderia bombardear o quartel da Oswaldo Cruz e assim poderiam também atingir as casas próximas. Vó Quica pegou um carrinho de mão, colocou o Juca (recém nascido) e Amélia dentro e foi passar uns dias na casa de sua irmã, Tia Erculina, que morava mais longe na rua Nunes Machado. Enedina, Alita e Time foram também agarradas na saia da mãe.


    (Texto escrito por Andre Guilherme Goeldner, de acordo com informações de Amélia Thereza de Moura Vasconcellos)


     


    CADERNETA DE ASSENTAMENTOS DO 1º TENENTE


    INTENDENTE DO EXÉRCITO JOSÉ FALCÃO DE MOURA


    VASCONCELLOS


    (Período de 1909 a 1933)


     


     


    Em 1909


    Dezembro, a vinte verificou praça voluntariamente no contingente do 49º Batalhão de Caçadores, em Recife-PE, para servir por dois anos na forma da lei em vigor, visto ter sido inspecionado de saúde e julgado apto para o serviço do Exército pelo que ficou incluído como adido e considerado recruta no ensino.


     


    Em 1910


    Janeiro, a sete passou a efetivo neste Batalhão.


    Março, a quatorze seguiu em diligência para o norte da República. A vinte e cinco foi incorporado a este Batalhão.


    Abril, a seis foi incluído como adido com a declaração de ter vindo do sul da República escoltando presos. De sua Guia consta ser voluntário por dois anos de 20 de dezembro de 1909. A vinte e quatro passou a auxiliar de escrita da Secretaria do Corpo.


    Julho, a dezenove foi público haver sido, pelo Senhor general Chefe do Departamento da Guerra, transferido para o 46º Batalhão de Caçadores, (em Manaus-AM), pelo que foi excluído do estado efetivo deste Batalhão e da 2ª Companhia. A vinte e um passou de adido a efetivo tomando o nº 170, na 2ª Companhia, por ter sido transferido do 49º Batalhão de Caçadores para este (46º Batalhão de Caçadores), conforme telegrama do Senhor General Chefe do Departamento da Guerra, de dezoito do corrente, publicado na ordem do dia à Inspeção nº 199, do mesmo dia. A vinte e um foi promovido a anspeçada. A vinte e três foi promovido a cabo de esquadra. A vinte e cinco foi promovido ao posto de 3º Sargento.


    Agosto, a seis passou a pronto de empregado na Secretaria. A dezesseis foi excluído do estado efetivo da 2ª e incluído no da 3ª Companhia por ter sido promovido ao posto de 2º Sargento. Setembro, a dezenove marchou com o Batalhão para o Bosque Municipal a fim de acampar para as manobras anuais.


    Outubro, a seis passou a sargentear sua Companhia. A quatorze baixou ao hospital, a vinte e dois teve alta e assumiu a sargenteação. A vinte e oito baixou novamente ao hospital.


    Dezembro, a primeiro foi excluído por ter sido transferido para a 5ª Região Militar (nessa época a 5ª RM era sediada no Rio de Janeiro-RJ, então Capital Federal), de acordo com o Aviso de quatorze de abril de 1910. A dezessete foi incluído nesta Companhia ficando considerado excedente com o nº 228 e não apresentado. (no Jornal “A Província” de 16 DEZ 1910, consta esta inclusão como 2º Sargento, e na 4ª Companhia Isolada)


     


    Em 1911


    Janeiro, a dezessete apresentou-se passado a empregado no registro militar deste Estado (RJ).


    Março, a vinte e oito, passou a pronto de empregado no Registro Militar, conforme fez público a Regimental nº 76. Abril, pela ordem do dia regimental nº 83, de quatro, foi excluído do estado efetivo desta Companhia por ter nesta data embarcado para o sul da República, fazendo parte de um contingente, em cumprimento a ordem do Senhor General Inspetor Permanente desta Região Militar (5ª RM).


    Abril, a vinte, pela ordem do dia da Brigada nº 87, foi mandado incluir neste Regimento (1º Regimento de Cavalaria) pelo que foi pela regimental nº 113 da mesma data incluído no estado efetivo do Regimento e como agregado do 3º Esquadrão, com o nº 146, ficando considerado não apresentado. A doze apresentou-se e a quinze baixou ao Hospital Central do Exército. Da Guia que o acompanhou passada pela 4ª Companhia Isolada, consta ser voluntário por dois anos de 20 de dezembro de 1909.


    Maioa quinze teve alta do Hospital e a vinte baixou novamente ao Hospital Central do Exército.


    Junho, a vinte e três passou a efetivo.


    Julho, a quatro teve alta do Hospital. A dezoito ficou em observação médica por 48 horas. Pela Regimental nº 203, de vinte e um, foi excluído do Regimento e do 3º Esquadrão, ficando adido até seguir a seu destino, por ter sido, pelo Boletim do Departamento da Guerra nº 510, de vinte, publicado na ordem do dia da Brigada nº 167, ainda de vinte e um, transferido a bem da saúde para o 2º Batalhão de Artilharia de Posição. A vinte e quatro foi desligado por ter seguido a reunir-se ao Corpo a que pertence. A vinte e cinco foi incluído no estado efetivo do Batalhão e no da seguida Bateria com o nº 119, tendo se apresentado a 24 por ter sido transferido do 1º Regimento de Cavalaria para este Corpo a bem da saúde pelo Boletim do Departamento da Guerra nº 510, de 21, publicado na ordem do dia regional nº 460 da mesma data.


    Agosto, sem alteração. (5 AGO 1911, data marcada na foto do 2º Sgt FALCÃO na Fortaleza de São João, sede do 2º Batalhão de Artilharia de Posição)


    Setembro, sem alteração.


    Outubro, a onze, foi mandado arquivar na Secretaria a sua certidão de assentamentos remetida pela 4ª Companhia Isolada e uma relação de alterações remetida pela 1ª Região Militar (Amazonas e Território do Acre).


     


    Em 1912


    Janeiro, a cinco baixou ao Hospital Central do Exército. A nove foi mandado engajar por dois anos para este Corpo conforme pedido tendo sido julgado apto para o serviço do Exército na inspeção de saúde a que foi submetido na sessão nº 142, de cinco do corrente na junta médica militar desta capital. A dezesseis passou a pronto da sargenteação dos páres da Fortaleza de São João.


    Fevereiro, a primeiro teve alta.


    Março, a seis destacou com a sua Bateria para a Fortaleza da Lage.


    Maio, a trinta e um foi público ter sido a dez louvado em nome do Senhor General Inspetor da 9ª Região Militar por ocasião da visita que fez à Fortaleza da Lage, pelo eficaz auxílio e boa direção dada como encarregado da sala de estudos , conforme consta do ofício nº 318, tudo do corrente, do Comando da mesma Fortaleza.


    Junho, a seis recolheu-se com a Bateria do Destacamento da fortaleza da Lage. O Senhor Major Comandante da Fortaleza da Lage em ofício nº 335, de seis, publicado neste Corpo a sete, tudo do corrente, ao desligar esta Bateria daquela praça de guerra, louvou-o pelo desempenho que soube dar às suas atribuições. A onze passou a sargentear a sua Bateria sob as vistas do respectivo 1º Sargento. Julho, dezesseis foi excluído do estado efetivo da 2ª Bateria com transferência para a 3ª, por conveniênica do serviço, passando a pronto da sargenteação e tomou o nº 151. A dezoito foi público ter sido indeferido um seu requerimento no qual pedia transferência.


     


    Em 1913,


    Fevereiro, a vinte e um foi arquivada na Secretaria a certidão de assentamentos enviada pelo comando do 49º Batalhão de Caçadores.


    Março, a dezenove passou a sargentear a Bateria sob as vistas do 1º Sargento. A vinte e seis passou a auxiliar do instrutor de recrutas sem prejuízo do serviço.


    Maio, a dois passou a pronto da sargenteação da Bateria.


    Outubro, a três baixou ao Hospital Central do Exército. A nove teve alta do HCE, com três dias para convalecer. A trinta, pela regimental 303, foi público ter sido indeferido o requerimento em que pedia transferência para o 4º Batalhão de Artilharia, segundo o boletim do Departamento da Guerra nº 1180 de vinte e nove, mencionado na regional nº 248 de trinta, tudo do corrente.


    Novembro, a seis a ordem do dia regimental nº 310 fez público o seguinte: Tendo este inferior descoberto que os sargentos rebaixados somente poderão fazer sentinela nas armas mando rebaixá-lo do posto por dez dias a fim de que fique materialmente provado, digo, desmentido o contrário, fazendo todo o serviço próprio de uma simples praça sem que seja observada a antiga fidalguia própria dos cadetes. A onze foi relevado do resto do castigo com a consequente alta do posto atendendo a solicitação e justificação do senhor Capitão comandante desta Bateria. A vinte e quatro, por castigo, ficou arranchado por dois meses a fim de aprender melhor portar-se e cultivar com esmero o princípio de boa camaradagem militar, ficando ainda privado de fazer licença por espaço de dez dias.


    Dezembro, a quinze ficou impedido por dez dias porque tendo recebido do oficial de dia um soldado preso que devia pernoitar na bateria não deu importância alguma, motivando esse fato o dito soldado ir passear onde bem lhe aprovasse. A vinte, pela regimental nº 354, foi excluído do estado efetivo do Batalhão e da 3ª Bateria, visto haver terminado seu tempo de serviço e ter declarado não desejar mais continuar nas fileiras do Exército, deixando de ficar relacionado neste Corpo, por ter declarado fixar residência no Estado do Mato Grosso. Na mesma data fez-se-lhe entrega da sua respectiva caderneta de reservista.


     


    Em 1914,


    Fevereiro, (2ª praça: de 18 de fevereiro de 1914 a 25 de abril de 1918 - Nota de Emerenciana de Vasconcellos Ehalt) a dezoito de fevereiro verificou praça voluntariamente no 13º Regimento de Infantaria (em Corumbá, então estado do Mato Grosso, atualmente Mato Grosso do Sul - Nota de Andre Guilherme Goeldner), para servir por dois anos, de acordo com as disposições vigentes, depois de inspecionado de saúde e julgado apto para o serviço do Exército, incluído na 1ª Companhia do 37º Batalhão, com o número 273, e ficou considerado pronto por já ter servido no Exército. Passou a empregado na Intendência do Regimento a vinte e cinco e a vinte e oito foi transferido por conveniência do serviço para o 38º Batalhão, onde foi incluído na 1ª Companhia com o número 121.


    Março, a sete foi promovido ao posto de anspeçada (antigamente existia essa graduação, entre soldado e cabo).


    Abril, a treze foi promovido a cabo de esquadra.


    Maio, a quatorze passou a pronto do emprego na Intendência.


    Junho, no concurso a que foi submetido para o posto de 3º sargento, obteve, a seis, a classificação em 2º lugar, sendo promovido a esse posto a nove. A onze passou a empregado na casa de ordem e a vinte e seis de junho foi transferido das funções de material bélico para intendente da sua companhia.


    Julho, louvado a vinte e seis, pelo desempenho correto com que se houve na formatura desse dia para a recepção de Senhor General Thaumaturgo de Azevedo (Governador dos estados do Piauí e Amazonas e prefeito do Alto Juruá – Acre - Nota de Emerenciana de Vasconcellos Ehalt). A vinte e oito o comando do batalhão congratulando-se com as referências feitas pelo comandante do regimento declarou cumprir o grato dever de louvá-lo pela boa vontade e leal auxílio que tem prestado ao serviço público.


    Outubro, a vinte e seis passou a pronto do emprego e assumiu a sargenteação da primeira companhia.


    Novembro, a seis deixou a sargenteação. A dez passou a empregado na secretaria do Regimento.


     


    Em 1915,


    Janeiro, a trinta e um passou a pronto.


    Fevereiro, a cinco passou a empregado no quartel general.


    Março, a dez passou a pronto.


    Junho, a vinte e cinco baixou extraordinariamente no hospital militar.


    Julho, a seis teve alta por curado.


    Setembro, a nove embarcou para Cuiabá a serviço judiciário.


    Outubro, a vinte e três regressou.


    Dezembro, a quatro foi mandado servir adido 13º Grupo de Artilharia Montada em Campo Grande, para onde seguiu a dez.


     


     


    Em 1916,


    Fevereiro, a vinte e um foi-lhe concedido engajamento por dois anos para o mesmo regimento, visto ter concluído o seu tempo de serviço e satisfazer as exigências regulamentares. Apresentou-se vindo de Campo Grande a vinte e seis.


    Março, baixou ao hospital militar a nove, a vinte e dois foi retificado para três anos o seu engajamento. A vinte e dois foi, pelo boletim da Circunscrição desse dia, transferido para o 3º Regimento de Cavalaria (em Bela Vista, então estado do Mato Grosso, atualmente Mato Grosso do Sul - Nota de Andre Guilherme Goeldner), pelo que foi excluído do estado efetivo desse corpo, continuando porem, adido até seguir o seu destino. A vinte e três teve alta do hospital e em dia imediato foi desligado.


    Maio, a oito foi incluído no 3º Regimento de Cavalaria e 4º Esquadrão por ter vindo com transferência do 13º Regimento de Infantaria. A nove foi transferido para o 3º Esquadrão, por consequência do serviço.


    Outubro, a dois foi transferido para o 1º Esquadrão.


    Dezembro, a primeiro baixou à enfermaria regimental, alta a vinte e um, aguardando oportunidade para seguir para Corumbá.


     


    Em 1917,


    Janeiro, a dezessete seguiu para a sede da Circunscrição a fim de baixar ao hospital militar. A vinte e nove foi incluído como adido à 2ª Companhia do 37º Batalhão do 13º Regimento de Infantaria. A trinta baixou ao hospital.


    Março, a seis teve alta por curado.


    Abril, a quatorze baixou ao hospital militar.


    Maio, a dezoito foi público ter sido, por telegrama do Comando desta Circunscrição Militar, de dezessete do corrente, ter o Senhor Ministro da Guerra, concedido a permissão para ir a Capital Federal, onde poderá demorar-se quinze dias, correndo por conta própria as despesas de transporte. A vinte teve alta daquele estabelecimento por curado. A vinte e dois foi público ter embarcado a vinte e um com destino a referida Capital Federal, para onde obteve permissão. A vinte quatro foi desligado de adido ao Regimento e a 2ª Companhia deste corpo, pelo motivo acima.


    Outubro, a três apresentou-se com procedência da Capital Federal onde se achava com permissão.


     


    Em 1918,


    Fevereiro, a quatro baixou a enfermaria regimental; alta a sete; a dezesseis baixou novamente; a dezenove teve alta.


    Março, a trinta foi promovido ao posto de 2º Sargento.


    Abril, a primeiro assumiu a sargenteação do seu esquadrão; a vinte e um foi dispensado e a vinte e quatro foi excluído com baixa do serviço ativo de acordo com o aviso do Ministério da Guerra nº 239 de 21 de fevereiro findo, visto ter declarado desejar sua exclusão, ficando considerado reservista de 1ª categoria. Este inferior deixa de receber Caderneta de Reservista por não existir no Regimento. Quartel em Bela Vista, 25 de abril de 1918. João Batista Luis – Major Comandante.


     


    Em 1919,


    Agosto, a dois foi incluído no estado efetivo do 2º Regimento de Infantaria (Rio de Janeiro-RJ), 4º Batalhão e 2ª Companhia, tomando o número de 1530 por ter sido concedido engajamento por dois anos de acordo com as disposições em vigor, por ter vindo do 43º Batalhão de Caçadores (São Paulo-SPpara este Regimento e apresentou-se no mesmo dia. (3ª praça: de 2 de agosto de 1919 a 5 de agosto de 1939, quando licenciado por completar o limite de idade de 45 anos Nota de Emerenciana de Vasconcellos Ehalt).


    Setembro, a vinte e dois foi louvado pelo senhor Ministro da Guerra, em nome do Excelentíssimo Senhor Presidente da República e em seu próprio nome pela correção e garbo que demonstrou por ocasião da parada do dia sete do corrente onde tornou-se público a eficiência da instrução da tropa.


     


    Em 1920,


    Janeiro, a primeiro passou a pertencer à 3ª Companhia do 1º Batalhão do 2º Regimento de Infantaria, em vista da execução do Decreto nº13.916, de 11 de dezembro de 1919, tomando na mesma data o nº de 214 de acordo com a décima quarta observação para escrituração das cadernetas. A cinco foi elogiado pelo comandante do Regimento pela capacidade de trabalho demonstrando boa vontade, bondade e fiel execução das ordens recebidas durante o período da instrução do ano findo. A dezenove passou a empregado na casa das ordens do Batalhão.


    Fevereiro, a dez foi, pelo senhor Coronel Manoel Onofre Muniz Ribeiro, ao deixar o comando do 2º Regimento de Infantaria, elogiado pelo modo correto porque se conduziu durante o comando do mesmo senhor Coronel. A vinte e três passou a pronto do emprego que tinha com auxiliar de escrita na casa das ordens do Batalhão.


    Março, a vinte foi promovido a cabo de esquadra e a cinco foi público ter o senhor ministro da Guerra ter mandado aguardar que lhe toque uma vaga de 3º Sargento de acordo com a sua classificação no concurso que prestou para este posto no dia vinte e sete de dezembro do ano findo, no qual teve o grau quatro.


    Abril, a primeiro acampou com o Regimento no Morro da Olaria em Deodoro, para a desinfecção do quartel. A doze regressou ao quartel com o Batalhão. A vinte dois passou a empregado como auxiliar de escrita na sala das ordens do Batalhão.


    Maio, a primeiro passou a responder pelo 2º Sargento Intendente do Batalhão. A quatro deixou de exercer essas funções. A quatorze teve alta do posto de 3º Sargento para a 3ª Companhia deste Regimento. A vinte e sete passou a exercer as funções de 3º Sargento Intendente da Companhia.


    Junho, a nove foi excluído do estado efetivo do Regimento, 1º Batalhão e 3ª Companhia, por ter sido transferido para o 1º Regimento de Infantaria ficando, porem, adido até seguir o seu destino. A dezesseis foi desligado de adido por ter ido reunir-se ao corpo que pertence. Quartel na Vila Militar, em 17 de junho de 1920. A dezesseis de junho apresentou-se no 1º Regimento de Infantaria sendo por tal motivo designado para o 3º Batalhão e incluído na 9ª Companhia com o nº 1462. A dezoito destacou para o Campo dos Afonsos, e ali chegou no mesmo dia. A vinte e seis regressou.


    Setembro, a vinte e cinco, este comando, autorizado pelo desta Brigada, elogiou em nome do Excelentíssimo Senhor Doutor Presidente da República e Ministro da Guerra e Comandante da 1ª Região Militar por ter contribuído para a boa ordem, regularidade e brilhantismo quer da revista quer do desfile em continência ao Chefe da Nação por ocasião da parada de sete de setembro, aniversário da nossa independência. A trinta foi excluído do estado efetivo da companhia com transferência para o Estado-Menor do Batalhão, como 3º Sargento do material bélico.


     


    Em 1921,


    Janeiro, a vinte e cinco entrou no gozo das férias regulamentares.


    Fevereiro, a nove apresentou-se por conclusão de férias, e a doze passou a exercer as funções de 2º Sargento arquivista do Batalhão.


    Abril, a vinte e cinco foi elogiado pelo senhor Carlos Cavalcanti de Albuquerque ao deixar o comando do Regimento, pelo espírito de disciplina e inteligente dedicação que emprega no cumprimento de suas obrigações regulamentares, concorrendo eficazmente na esfera de suas atribuições para a boa administração e instrução da unidade a que pertence.


    Maio, pelo comando do Regimento (2º RI), em nome do senhor General de Divisão Cypriano da Costa Ferreira por deixar este comando da Divisão, digo, Brigada, foi a onze elogiado pela dedicação no cumprimento de seus deveres.


    Junho, a dois deixou as funções de arquivista do Batalhão.


    Setembro, a treze teve alta do posto de 2º Sargento em vista de satisfazer as exigências legais e de acordo com o despacho do Senhor ministro da Guerra, publicado em Boletim Regimental nº 194, de doze do mês de agosto último, sendo por este motivo excluído do Estado-Menor do 3º Batalhão e incluído no estado efetivo da 11ª Companhia. A vinte o comando do Regimento, autorizado pelo da Brigada, elogiou-o em nome do senhor Ministro da Guerra, pelo brilhantismo que demonstrou no desfile juntamente com sua unidade, por ocasião da parada de sete. A vinte e seis acampou com o Regimento para exercício, entre a Fazenda de Engenho Novo e Posto Veterinário e a vinte e oito regressou ao quartel.


    Outubro, a dez baixou ao Hospital Central do Exército.


    Novembro, a dezenove lhe foi concedido, digo lhe foram concedidos pelo senhor Ministro da Guerra, quarenta dias de licença para tratar-se em casa de sua família, em Curitiba, arbitrados pela junta médica. A vinte e dois teve alta do Hospital Central do Exército.


    Dezembro, a sete entrou no gozo de quarenta dias de licença que obteve para tratamento de saúde, tendo seguido para o estado do Paraná onde foi mandado gozar a referida licença.


    A trinta e um foi público que de primeiro de janeiro de 1922 passava a ter o nº 648, de acordo com a nova numeração.


     


    Em 1922,


    Janeiro, a treze foi público ter sido pelo senhor General Chefe do D.G. transferido deste Regimento para a 11ª Companhia de Metralhadoras Pesadas, ficando rebaixado se não encontrar vaga, pelo que foi excluído do estado efetivo do Regimento, 3º Batalhão de 11ª Companhia. Quartel do 1º Regimento de Infantaria, na Vila Militar, 16 de janeiro de 1922. A dezessete foi incluído no estado efetivo da 11ª Companhia de Metralhadoras Pesadas com o nº 366, por ter sido transferido por telegrama do D.G. de dezesseis, publicado em Boletim da Circunscrição da mesma data, do 1º Regimento de Infantaria para esta, ficando por este motivo considerado não apresentado; apresentando-se a dezenove e assumindo a sargenteação da 2ª Seção.


    Fevereiro, a vinte e um embarcou com a Companhia para o estado do Rio Grande do Sul, a fim de tomar parte nas grandes manobras onde desembarcou a vinte e sete, na estação da Côrte e acampou no mesmo dia no lugar denominado Potreiro Grande, nos campos de Saycã.


    Abril, a quatro regressou com a Companhia para esta Capital, chegando a nove e aquartelando no mesmo dia; a dez assumiu a sargenteação da Companhia no impedimento do serventuário, deixando por esse motivo idênticas funções que exercia na 2ª Seção; a dez assumiu a sargenteação da Companhia deixando na mesma data a de sua Seção; a vinte e dois foi dispensado da sargenteação da Companhia e assumiu a de sua Seção.


    Junho, a sete assumiu a sargenteação da Companhia deixando a da 2ª Seção. A 25 obteve os dias de férias de que cogita o Artigo 54 do Regulamento Interno e dos Serviços Gerais. A oito apresentou-se por ter concluído as suas férias e assumiu as suas funções. A vinte passou a empregado no Serviço de Intendência do Quartel General desta Circunscrição dixando pelo mesmo motivo a sargenteação da Companhia. A vinte e sete o senhor Capitão João da Costa Mesquita ao deixar o comando da Companhia, assim se expressou: Elogio o 2º Sargento José Falcão de Moura Vasconcellos, por ter demonstrado, durante a minha administração e comando, inteligência e amor ao trabalho.


    Agosto, a vinte e cinco passou a adido ao Quartel General para efeitos de vencimento.


    Setembro, a quatorze foi mandado engajar por mais dois anos a contar de 1º de maio do corrente ano, visto ter sido pela junta médica que o examinou julgado apto para o serviço do Exército.


     


    Em 1923,


    Março, a seis passou a agregado por exceder o efetivo desta Companhia em virtude de sua nova organização.


    Abril, a nove foi excluído do estado efetivo desta unidade por ter sido transferido para o 15º Batalhão de Caçadores, no mesmo caráter de agregado, conforme requereu. Quartel em São João d’El Rei, 18 de maio de 1923. A sete foi incluído no estado efetivo do 15º Batalhão de Caçadores, como agregado, e na 1ª Companhia, apresentando-se na mesma data. A doze foi pelo senhor comandante da 5ª Região Militar deferido o seu requerimento no qual pedia permissão para contrair matrimônio. A vinte e nove entrou em gozo de férias regulamentares.


    Junho, a quatro tomou o nº 186, de acordo com a nova numeração.


    Julho, a quatro foi nomeado auxiliar de escrita do Quartel General da 5ª RM.


    Outubro, a quatro, conforme consta do Boletim Regional de dezessete de agosto do corrente ano, apresentou certidão de casamento, passada pelo Registro Civil desta Capital (Curitiba) onde consta haver contraído casamento com Dona Emerenciana Polli Cordeiro, sendo-lhe restituído o citado documento.


     


    Em 1924,


    Junho, a quatorze, apresentou certidão de nascimento passada pelo oficial de registro civil desta capital (Curitiba) de haver nascido nesta cidade, no dia 24 do mês último, sua filha legítima a quem deu o nome de Maria Enedina.


    Julho, a vinte e seis foi-lhe concedido engajamento por mais três anos.


    Agosto, a vinte e oito, foi, digo, obteve permissão para ir a Capital Federal podendo demorar-se quinze dias por despacho do Senhor Chefe do D.G., de vinte e cinco do mês transcrito, publicado no Boletim do Exército nº 179 de 31 do aludido mês, foi-lhe concedido engajamento por três anos, para o quadro a que pertence.


    Dezembro, a dezesseis o Senhor General de Brigada Pedro Ferreira Neto, ao deixar o comando da Região e Divisão (5ª, em Curitiba, Paraná), louvou-o pela competência, conduta, dedicação ao serviço e educação civil e militar, sempre demonstrado sem discrepância.


     


    Em 1925,


    Janeiro, a treze passou a disposição do senhor 2º Tenente de Administração Augusto Figueira Júnior, encarregado da organização do Armazém de Subsistências nº 1, em Herval. 5º Regimento de Cavalaria Divisionário. Em 1925, de uma relação de alterações enviadas pela “Comissão Vieira da Costa” consta o seguinte: janeiro, a dezesseis desembarcou nesta Vila (Herval) fazendo parte da Comissão Vieira da Costa, onde acantonou.


    Fevereiro, a dezessete embarcou para Curitiba onde foi a serviço desta Comissão. A dezoito foi público ter-lhe sido concedido oito dias de dispensa do serviço e permissão para ir a Curitiba. A dezenove apresentou-se a este Quartel General (da 5ª RM) com procedência de Herval, onde se achava servindo na Comissão “Vieira da Costa”, visto haver conseguido 8 dias de dispensa do serviço e permissão para vir a esta Capital (Curitiba) entrando na mesma data no gozo da referida licença. A vinte foi, pelo Senhor General Comandante da Região, graduado no posto de 2º Tenente para servir como secretário do 5º Batalhão de Sapadores Mateiros, sendo na mesma data posto a disposição do Senhor 1º Tenente Ayrton Plaisant, Inspetor Geral, digo, Fiscal do citado Batalhão, ficando por esse motivo dispensado da Comissão “Vieira da Costa”. A vinte e três passou a disposição do Senhor Major Ayrton Playsant, Fiscal e Inspetor do 5º Batalhão de Sapadores Mateiros a fim de servir no mesmo Batalhão. A vinte e quatro, por ter passado a disposição do 5º BSM, foi desligado desta Comissão a fim de assumir naquela Unidade, as funções de Secretário como 2º Tenente graduado. Na mesma data foi, pelo Senhor Tenente Coronel, chefe desta Comissão, elogiado pelo modo correto com que aqui se houve, sempre solicito, no cumprimento das ordens que lhe foram dadas por esta Chefia. vinte e oito apresentou-se por ter concluído a dispensa do serviço e haver de seguir para Herval, a fim de se reunir ao aludido 5º Batalhão de Sapadores Mateiros.


    Março, a primeiro, apresentou-se ao Batalhão em Herval, Estado de Santa Catarina, visto ter sido, a vinte do mês findo graduado no posto de 2º Tenente para servir como secretário deste corpo (5º BSM) e na mesma data assumiu as suas funções; a sete seguiu com o Batalhão para a cidade de Palmas, Estado do Paraná, chegando, com o Batalhão, no mesmo dia às 5 horas no lugar denominado “Cruzeiro”, onde acampou; a oito, levantou acampamento às 3 horas, chegando no local denominado “Bahia” no mesmo dia às 19 horas e acampou; levantou acampamento no dia seguinte às 3 horas e acampou em Chapecózinho às 19 horas; a dezessete suspendeu acampamento desse local Às 11 horas e 30 minutos chegando, a dezoito, em Passo Jardim onde acampou, e a dezenove, seguiu a serviço do Batalhão (5º BSM) com destino a Palmas, tendo se apresentado, na mesma data, ao Quartel General do Destacamento Severiano; a vinte e um, apresentou-se ao Batalhão em local denominado “Fazenda Theóphilo Loyola” onde achava-se acampado o corpo, visto haver cessado o motivo que originou a sua ida a Palmas a serviço desta unidade; a vinte e dois suspendeu acampamento com este Batalhão (5º BSM) tendo no mesmo dia acampado no lugar “Fazenda Felippe Loureiro” tendo no dia seguinte deixado o Batalhão por ter novamente ido a Palmas, a serviço, onde apresentou-se ao Quartel General, na mesma data; a vinte e quatro apresentou-se ao Batalhão com procedência de Palmas, tendo no dia imediato, pela manhã, suspendido acampamento com o Batalhão do local “São Bento” e chegou no mesmo dia a tarde, em Covó, onde acampou; a vinte e sete levantou acampamento com o Batalhão chegando à tarde em Mangueirinha, onde acampou; a vinte e oito, deixou o Batalhão, por ter sido designado para ir a Palmas a serviço.


    Abril, a sete passou a disposição do Serviço de Intendência deste Grupo (2º Grupo de Destacamentos das Forças em Operações nos Estados do Paraná e Santa Catarina) como auxiliar, tendo se apresentado nesse dia. A treze seguiu para a Fazenda São Pedro, a serviço; a dezoito regressou. A vinte seguiu para Campo Erê, a serviço.


     


    CONTINUAÇÃO DA CADERNETA DE ASSENTAMENTOS


    Maio, “De uma relação de alterações remetidas pelo Departamento da Guerra, consta o seguinte: a quatro de maio corrente, foi excluído do quadro de auxiliares de escrita”. A vinte e três, foi público haver o comandante do 2º Grupo de Destacamento ao dar publicidade aos termos com que o comando das Forças em Operações nos Estados do Paraná e Santa Catarina proclama a vitória das tropas legais sobre os rebeldes, completamente derrotados e varridos dos aludidos Estados, depois de salientar o auxílio ininterrupto dos oficiais de seu Quartel General, trabalhadores infatigáveis e serenos, estimulados sempre por dificuldades novas, dos quais não mais esquecerá os serviços relevantes e a decidida colaboração por eles prestada, assim se refere nominalmente ao 2º Tenente graduado José Falcão de Moura Vasconcellos, oficial a disposição do Serviço de Intendência deste Grupo, pelos sacrifícios feitos em zonas inóspitas como Barracão, Campo Erê e Pato Branco, para que os abastecimentos corram com a precisa regularidade, como tem acontecido.


    Junho, a quatorze, foi público ter o Chefe do Estado-Maior das Forças em Operação, em telegrama de treze, comunicado haver sido comissionado no posto de 2º Tenente. Na mesma data apresentou-se por ter de seguir para Curitiba; a quinze, foi desligado do 2º Grupo de Destacamentos. A dezesseis, de junho, foi incluído como adido neste Batalhão (15º BC, Curitiba) aguardando classificação por ter sido pelo Senhor General Comandante da Forças em Operação em seu Boletim Regional nº 136 de quinze também do corrente, comissionado no posto de 2º Tenente Contador, em vista dos relevantes serviços prestados à defesa da República e do Governo legal, e da falta de oficiais subalternos nos corpos, sendo por esse motivo excluído do número de praças. A vinte, apresentou-se ao Quartel General da Região e ao Batalhão, por ter regressado de Palmas.


    Julho, a trinta e um, foi desligado de adido a este Batalhão (15º BC) por ter sido pelo Senhor General Diretor da Intendência da Guerra, de ordem do Senhor Marechal Ministro da Guerra, classificado no 5º Regimento de Cavalaria Divisionário (Castro – Paraná) conforme consta no Diário Oficial de 26 e Boletim Regional (5ª RM) de trinta tudo do corrente. Quartel em Curitiba, 10 de outubro de 1925. Napoleão Poeta de Fontoura – Tenente Coronel.


    Novembro, a quatro apresentou-se a este Regimento (5º RCD). A cinco assumiu suas funções de Tesoureiro. A dez deu parte de doente. A doze foi inspecionado de saúde e foi julgado precisar ir a Curitiba, a fim de ser submetido a exame de saúde e raio-x. A vinte e oito foi público, o Senhor Ministro da Guerra, ter-lhe concedido permissão, para ir a Capital Federal.


    Dezembro, a dezessete apresentou-se a este Comando a fim de gozar nesta cidade o resto da licença que obteve para tratamento de saúde.


     


     


     


     


    Em 1926,


    Fevereiro, a primeiro apresentou-se a este comando por ter terminado a licença para tratamento de saúde em cujo gozo se achava, e na mesma data seguiu para Curitiba, a fim de ser novamente inspecionado. A oito foi lhe concedido trinta dias de licença para tratamento de saúde.


    Março, a quinze apresentou-se a este Comando por ter sido julgado pronto para o serviço em inspeção de saúde a que foi submetido. A vinte e quatro assumiu o comando do destacamento em Castro.


    Maio, por despacho de quatro do corrente, foi transferido deste Regimento para a 3ª Divisão de Cavalaria, em Bagé-RS, ficando adido até seguir o seu destino.


    Julho, a trinta o Senhor Major Armando Gusmão, ao deixar o comando do Regimento agradeceu-lhe o auxílio inteligente e leal, prestado à sua administração, louvando-o pelo espírito de disciplina e boa camaradagem.


    Agosto, a vinte e quatro apresentou-se a este Comando a fim de seguir para Curitiba, para ajustar suas contas.


    Setembro, a oito apresentou-se a este Comando, vindo de Curitiba.


    Outubro, a treze embarcou com o Regimento com destino a Porto União, a fim de se incorporar ao “Destacamento de Vigilância Palmas” onde desembarcou a quatorze e acampou.


    Dezembro, a dez foi designado para servir como Gestor do Armazem de Campanha de Herval. A onze seguiu para aquele destino deixando o cargo de aprovisionador.


     


    Em 1927,


    Janeiro, a vinte e três seguiu para Porto União a serviço. A vinte e oito regressou.


    Março, a primeiro foi público ter sido nomeado para exercer as funções de Gestor do Armazem de Campanha de Palmas. Na mesma data seguiu para aquele destino. A vinte e cinco seguiu para Castro com permissão. A vinte e oito apresentou-se em Castro. A trinta foi público ter o Senhor Comandante da Região , em seu Boletim, assim se expressado: “O 2º Tenente Contador em comissão José Falcão de Moura Vasconcellos, muito se esforçou para o bom desempenho das funções que lhe foram confiadas”.


    Abril, a onze apresentou-se no Regimento com procedência de Castro, onde se achava com permissão. A quatorze seguiu com destino a Barracão a serviço do Regimento. A vinte e oito regressou. A trinta o Comando do Regimento em seu Boletim da mesma data assim se expressou: “Em consequência de haver o Senhor 2º Tenente Contador em Comissão, José Falcão de Moura Vasconcellos, regressado de Barracão, onde fora conduzir vencimentos para oficiais e praças que ali se achavam destacados, louvo esse oficial por ter cumprido com presteza a missão de que se achava incumbido e pelo modo por que se houve no desempenho da mesma demonstrando assim atividade e dedicação ao serviço”.


    Maio, a dois entrou em gozo de férias regulamentares. A quatro o Senhor Comandante da Região, concedeu-lhe permissão para gozar suas férias em Curitiba. A onze foi público ter sido por despacho de vinte e oito de abril findo, publicado em diário Oficial de primeiro do corrente, classificado neste Quartel General, e na mesma data foi incluído no QG, ficando considerado não apresentado.


    Junho, a três apresentou-se por conclusão de férias. Na mesma data foi público ter sido classificado no Quartel General da 1ª Divisão de Cavalaria. A quatro apresentou-se a este Comando por efeito de sua classificação e ficou adido até seguir ao seu destino. A seis, apresentou-se a este Comando, por ter de seguir, a fim de reunir-se ao QG da 1ª DC, sendo por este motivo desligado e adido ao Regimento. Acantonamento em Clevelândia-PR, 6 de junho de 1927. A dezoito, pelo Boletim Regional número cento e quarenta foi público ter sido retificada sua classificação para o QG da 3ª DC e não para o da 1ª DC. Curitiba, 2 de julho de 1927.


    Julho, a treze apresentou-se e na mesma data foram-lhe concedidos oito dias de dispensa do serviço. A vinte e dois apresentou-se por conclusão desta dispensa e apresentou uma certidão passada pelo Oficial do Registro Civil da cidade de Castro-PR, de haver nascido naquela cidade, sua filha legítima a quem deu o nome de Alita. A vinte e três assumiu as funções de Almoxarife-Tesoureiro, deste QG.


    Agosto, a dezesseis foi público ter sido por aviso de 8, nomeado Delegado do Serviço de Recrutamento do Município de Tomazina, conforme consta do Boletim da Região nº 189. A vinte foi público ter sido, por aviso do Senhor Ministro da Guerra, publicado no Diário Oficial de doze do corrente, Delegado do Serviço de Recrutamento do município de Thomazina-PR.


    Setembro, a nove foi excluído do QG desta Divisão, ficando, porém, adido até seguir ao seu destino. A treze foi desligado de adido a este Quartel General , tendo sido louvado pelo pelo Senhor Comandante da Divisão pela muita inteligência, zelo e dedicação com que desempenhou as funções de tesoureiro e almoxarife do referido QG e , na mesma data apresentou-se por ter de seguir ao seu destino. Quartel General em Bagé, 14 de setembro de 1927. José Antonio de Medeiros, Major, chefe do Estado-Maior. A vinte e três apresentou-se ao QG em virtude da nomeação acima e por ter vindo de Bagé.


     


    Em 1928,


    Maio, a trinta apresentou certidão do nascimento de sua filha legítima Emerenciana ocorrido no dia 18 de março último na cidade de Castro-PR.


    Outubro, o Senhor Otávio Alencar Lima ao deixar o cargo de presidente da Junta de Alistamento Militar desta localidade, fez referências elogiosas pela maneira correta e disciplina que vem desempenhando as suas funções de Delegado do Serviço de Recrutamento.


    Dezembro, por aviso nº 820 de seis do corrente foi transferido do cargo de Delegado do Serviço de Recrutamento de Tomazina para o de Palmeira, conforme consta do rádio da 5ª Região de onze também do corrente e Boletim Regional nº 289, de 12.


     


    Em 1929,


    Dezembro, por aviso nº 820 de seis do corrente, foi transferido do cargo de Delegado do Serviço de Recrutamento de Tomazina para o de Palmeira (rádio da G de seis de onze, também do corrente e boletim regional nº 289, de doze)”.


     


    Em 1930,


    Janeiro, a onze foi por despacho de 28 de dezembro findo, do Senhor General Ministro da Guerra, dispensado do serviço da Junta do Serviço Militar de município de Palmeira-PR e mandado servir provisoriamente no Serviço de Intendência da Região, como consta no Boletim Regional nº 9, de 11 do corrente. A vinte e três apresentou certidão de nascimento de sua filha legítima Amélia Thereza, ocorrido na cidade de Palmeira a 15 de outubro de 1929, neste Estado, conforme consta do Boletim regional nº 17 do referido mês de janeiro. Curitiba, 8 de março de 1930. Em tempo: ainda em janeiro do corrente ano, apresentou-se a 20 do referido mês a esta chefia do QG por ter sido dispensado do cargo de Delegado do Serviço de Recrutamento em Palmeira e mandado servir provisoriamente no Serviço de Intendência Regional, sendo por tal motivo desligado desta 9ª Circunscrição de Recrutamento. Curitiba, 21 de janeiro de 1930.


    Fevereiro, a 1º, conforme foi público em Boletim Regional nº 27, foi designado para exercer as funções de contador do Hospital Militar de Curitiba, até a chegada do oficial que foi mandado servir nesse estabelecimento. A três apresentou-se por ter sido designado para servir no Hospital Militar de Curitiba. Quartel General em Curitiba, 11 de março de 1930.


    Hospital Militar de Curitiba – Em 1930, fevereiro, a dois foi incluído no estado efetivo do Hospital e considerado não apresentado. A três apresentou-se ao QG e a 4 a esta Diretoria pelo motivo acima, assumindo as funções de almoxarife pagador.


    Abril, a 4 apresentou-se a Diretoria sendo desligado, em vista de haver terminado o serviço que originou sua estadia neste Estabelecimento e ter de apresentar-se ao QG conforme fez público o boletim Interno deste Hospital Militar nº 79. Hospital Militar de Curitiba, 5 de abril de 1930.


    Serviço de Intendência Regional – Abril, apresentou-se ao QG e a este Serviço a quatro. A dez foi mandado servir adido ao 9º Regimento de Artilharia Montado, tendo se apresentado, por esse motivo. A dezessete foi público ter sido classificado no referido Regimento. Quartel General em Curitiba, 7 de junho de 1930. Major Silvanio Augusto de Mattos, Chefe do EM.


    9º Regimento de Artilharia Montado – Abril, a onze ficou adido ao Regimento e respectivo Estado-Maior, visto ter sido pelo Boletim Regional de 10, mandado, como tal, servir neste Corpo. Na mesma data apresentou-se e passou a desempenhar as funções de auxiliar de aprovisionador. A quinze foram-lhe concedidos as férias regulamentares. A dezesseis foi público haver o Senhor Comandante da Região lhe concedido permissão para gozar as férias na cidade de Palmeira, neste Estado. A dezenove foi incluído no estado efetivo do Regimento e respectivo Estado-Maior, como adido, visto ter sido, por despacho de onze do corrente classificado nesta unidade.


    Maio, a quinze apresentou-se ao Regimento por conclusão de férias e assumiu as funções de aprovisionador.


    Agosto, a quatro, foi pelo Senhor Coronel Comandante do Regimento, deferido em seu requerimento em que pedia cancelamento de notas.


    Outubro, a dois, segundo o Boletim Regional nº 227, de 1º do corrente, foi por despacho de 25 de setembro findo, transferido do 9º Regimento de Artilharia Montada (Curitiba) para este Grupo, conforme rádio do Diretor da Intendência Geral de 29 do mês findo, sendo na mesma data incluído no estado efetivo do Grupo e no seu Estado-Maior, como auxiliar do almoxarife pagador, ficando considerado não apresentado. A dois, de acordo com o aviso nº 293, de 20 de julho de 1929, foi mandado contar pelo dobro os períodos de 13 de janeiro a 18 de fevereiro e de 28 deste a 15 de junho de 1925 bem como de 13 de outubro de 1926 a 25 de março de 1927, em que serviu nas Forças em Operações contra os rebeldes nos Estados do Paraná e Santa Catarina. Na mesma data foi público ter sido por despacho de 25 de setembro findo, transferido deste Regimento para o 5º Grupo de Artilharia de Montanha, ficando porem, adido até entregar a carga ao Senhor 2º Tenente Astolpho Ferreira Mendes. A cinco, em virtude da transformação deste Regimento em Grupo isolado, em consequência do movimento revolucionário, assumiu as funções de aprovisionador e foi incluído em respectivo Estado-Maior. A nove, às vinte horas embarcou com o Estado-Maior do Grupo para Ponta Grossa, onde chegou a dez e acantonou na estação ferroviária. A quatorze foi público ter passado a disposição do Serviço de Subsistência de Ponta Grossa. “De uma relação passada pelo Serviço de Subsistência da Região, consta o seguinte: Outubro, a dez passou a servir como auxiliar do SSM, em Ponta Grossa, tudo na mesma data, ficando a seu encargo o Serviço de Automóvel; a vinte e dois deixou a chefia deste Serviço , continuando como auxiliar.


    Novembro, a primeiro foi dispensado do cargo de auxiliar do SSM, naquela cidade, e continuou nas mesmas funções no SSM da Região, tudo por esse motivo se apresentado na mesma data ao QG, por ter de se recolher ao 9º RAM”. A dezenove apresentou-se a este Corpo (9º RAM), por ter sido dispensado do SSM da Região onde se achava servindo.


    Dezembro, a três foi público ter sido louvado e agraciado pelo Senhor Comandante da Região de acordo com as informações do Serviço de Intendência Regional (S.I.R.), pelos grandes serviços que prestou em Ponta Grossa, como auxiliar do SSM, esforçando-se dentro dos limites das possibilidades para o desempenho cabal de suas funções.


     


    Em 1931,


    Janeiro, a vinte foi desligado de adido ao Regimento a fim de se recolher à sua Unidade. Nessa mesma data o Senhor Comandante do Regimento assim se expressou: “ Ao desligar o Senhor 2º Ten José Falcão de Moura Vasconcellos, elogio a esse digno Oficial pela dedicação, zelo e sentimento de dever com que sempre procurou, honestamente, no desempenhar de suas funçõesAgradecendo-lhe os bons serviços que prestou ao Regimento faço votos para que no novo cargo em que vai servir tenha o Ten Falcão a maior felicidade merecendo a estima e a consideração dos seus chefes e de seus comandados. Quartel em Curitiba, 26 de janeiro de 1931. Catulo Piá de Andrade, Cap Cmt. A vinte e dois apresentou-se e assumiu as suas funções de auxiliar do Almoxarife-Pagador. Fevereiro, a dezoito lhe foram concedidas as férias regulamentares declarando ir gozá-las na Capital Federal.


    Abril, a vinte e oito foi público, de acordo com o telegrama do Senhor Chefe do Departamento do Pessoal da Guerra, de vinte e sete desse mês, ter se apresentado à Diretoria de Intendência da Guerra a dois, por se achar na Capital Federal em gozo de férias regulamentares e a dezenove, tudo de março findo, baixado ao Hospital Central do Exército, de onde teve alta a onze de abril, ficando adido àquela Diretoria, na mesma data, a fim de aguardar matrícula na Escola de Intendência, conforme ordem Ministerial.


    Maio, a vinte e nove apresentou-se com procedência da Capital Federal por ter sido mandado recolher-se ao Grupo por ordem superior, reassumindo na mesma data as suas funções de auxiliar do almoxarife-pagador.


    Junho, a dezoito, foi público de acordo com o Boletim Regional nº 112, de dezessete, ter sido por despacho de dez desse mês de junho, transferido para o Quartel General da 5ª Região Militar; pelo que foi excluído do estado efetivo do Grupo e seu Estado-Maior, ficando adido até seguir a seu destino. A vinte e dois foi desligado de adido a fim de seguir a seu destino. Quartel em Curitiba, 10 de julho de 1931. A vinte e três apresentou-se ao QG e a este serviço por ter sido transferido do 5º GAMth para o QG da Região e na mesma data apresentou-se, digo, assumiu as funções de auxiliar do Almoxarife-Pagador.


    Julho, 5ª Região Militar e 5ª Divisão de Infantaria – Serviço de Intendência Regional - a vinte e sete foi, pelo Boletim Regional nº 23, desse dia, mandado matricular no curso de aplicação de Oficiais Comissionados, tendo por esse motivo deixado as funções de auxiliar do Almoxarife-Pagador.


    Agosto, em vinte e sete o Senhor General Comandante da Região, por despacho desse dia, deferiu o seu requerimento em que pedia averbação de um período de tempo de serviço de vinte de dezembro de 1909 a 20 de dezembro de 1913, de acordo com a autorização de 10 de junho de 1907, tudo constante do certificado que foi anexo ao citado requerimento e que lhe foi passado pelo 2º Batalhão de Artilharia.


    Outubro, a dois apresentou uma certidão de nascimento de seu filho legítimo José Falcão de Moura Vasconcellos Junior, ocorrido a vinte e três do mês findo conforme consta do boletim regional nº 84, de seis do corrrente.


    Novembro, a quatorze, foi público, pelo boletim regional nº 117, haver sido arquivada na G1, depois de averbada sob nº 13601, sua declaração de herdeiros.


    Dezembro, a nove, foi público ter sido o seu comissionamento julgado idôneo civil e militarmente no Quadro de Contadores. A quatorze deu parte de doente. A vinte e seis foi público ter sido desligado do CPOR, em vista da licença de vinte dias que obteve para tratamento de saúde, conforme inspeção a que foi submetido.


     


    Em 1932,


    Janeiro, a quatro apresentou-se por conclusão de licença tendo sido na mesma data inspecionado de saúde e julgado apto para todo o serviço de Exército, reassumindo no referido dia quatro, as suas funções de auxiliar do Almoxarife Pagador do QG. A quinze foi público pelo boletim regional nº 12, desse dia, ter sido designado para servir na Comissão de Arrolamento do QG, em substituição ao 2º Tenente Comisssionado Lauro R. Bitencour. A vinte e sete, foi nomeado escrivão de um inquérito policial militar.


    Fevereiro, a cinco foi incluído no 5º Regimento de Cavalaria Divisionário, com transferência do QG da Região, ficando considerado não apresentado. A seis foi público haver sido por despacho de 28 do mês findo, publicado no Diário Oficial de primeiro do corrente, transferido deste QG para o 5º RCD, conforme tudo consta do boletim regional nº 31 desse dia e na mesma data foi mandado averbar nos seus assentamentos o período de um ano, como tempo dobrado, de acordo com o Decreto nº 19953 do ano próximo findo, por não ter gozado durante um decênio licença de que trata o artigo 17, do Decreto nº 14663 de 1921. A vinte e três foi pelo boletim regional nº 43 desse dia desligado do QG por ter sido transferido para o 5º RCD. Quartel em Curitiba, 12 de março de 1932. Ten Cel Selonde Asvael – Chefe do SIR. A oito por, digo, foi público ter sido mandado averbar nos seus assentamentos o período de um ano como tempo dobrado por não ter gozado durante um decênio licença de que trata o artigo 17 do Decreto nº 14663 do ano de 1921. A dezoito foi público ter sido declarada como de caráter “absoluto” a sua transferência para esta unidade, visto atender somente a necessidade do serviço. A vinte e cinco foi público ter sido desligado do QG da Região. Março, a onze apresentou-se e na mesma data assumiu o cargo de Almoxarife Pagador e de Aprovisionador. A vinte e três o Senhor Comandante do Regimento, em seu boletim diário, assim se expressou: “Agradeço e louvo o Sr. 2º Tenente Contador comissionado José Falcão de Moura Vasconcellos, na esfera de suas atribuições pelo modo brilhante com que se conduziu durante o meu comando, demonstrando nítida compreensão dos seus deveres profissionais e sobretudo mantendo integral os laços de boa camaradagem militar que nos condiz ao conhecimento e estima recíprocas, de modo a manter o Regimento um corpo de oficiais de elite”.


    Abril, a cinco seguiu para Curitiba a fim de receber numerário para o Regimento. A dez regressou. Maio, a doze seguiu para Curitiba a fim de receber numerário para o Regimento. A dezoito regressou.


    Junho, a sete seguiu para Curitiba a fim de receber numerário. A quatorze regressou. A vinte foi público ter sido concedida medalha de prata, por contar mais de 20 anos de serviço. A vinte e um apresentou parte de doente e na mesma data foi mandado inspecionar de saúde. A vinte e dois foi público precisar de 60 dias para seu tratamento de saúde, na inspeção de saúde a que foi submetido na Enfermaria Regimental por ordem de “173 e 175”. Na mesma data foi público deixar de seguir para Curitiba por efeito de matrícula no CAA, visto se achar com licença para tratamento de saúde. A vinte e quatro, segundo o Diário Oficial de quinze e Boletim Regional de vinte, tudo do mesmo mês, foi mandado matricular no 1º período do Curso de Aplicação de Armas (CAA), anexo a este Centro. A vinte e cinco, foi público que, segundo comunicações do Sr. Comandante do 5º RCD, em telegrama de vinte e dois, deixou de seguir para efeito de matrícula no CAA, por se achar em gozo de licença para tratamento de saúde. A vinte e sete foi público ter sido julgado sofrer das moléstias nº 173 e 175, precisando de 60 dias para seu tratamento, segundo parecer da JMS da Guarnição de Castro.


    Julho, a seis seguiu para Curitiba, a chamado do Sr. Comandante da Região. A dez passou a disposição do Serviço de Intendência da 5ª Região Militar, recebendo ordem para ficar de prontidão. A onze apresentou-se por ter sido interrompido por ordem superior e até segunda ordem a licença para tratamento de saúde em cujo gozo se achava desde vinte e um do mês findo. A doze, foi designado para o cargo de auxiliar do SSM. A doze foi dispensado para servir como auxiliar do Serviço de Subsistência Militar. Na mesma data deixou suas funções e foi designado para encarregado do Depósito de fardamento, equipamento e material de acampamento. A vinte e seis apresentou-se por ter de seguir para Ponta Grossa a serviço. A vinte e oito apresentou-se por ter regressado de Ponta Grossa.


    Agosto, a seis apresentou-se por ter de seguir para Ponta Grossa, digo, para Castro, a serviço. A doze apresentou-se por ter regressado. A dezesseis assumiu a Chefia do Serviço de Automóvel da Guarnição. Setembro, sem alteração.


    Outubro, a dez foi designado para exercer acumulativamente com as funções que exerce, para encarregado de alimentação de tropas em trânsito. A vinte foi desligado do Serviço de Intendência do Destacamento do Exército Sul. A vinte e cinco foi dispensado das funções de Chefe do Serviço de Automóvel da Guarnição e de encarregado de alimentação de tropas em trânsito por esta capital Curitiba. Na mesma data, o Sr. Maor Mario de Campos Freire, em boletim da mesma data fêz-lhe o seguinte conceito: “ Ao desligar, nesta data, o 2º Tenente Contador Comissionado José Falcão de Moura Vasconcellos, que aqui exercia o cargo de Chefe do Serviço de Automóvel, louvo este oficial pela sua brilhante atuação no desempenho daquela função onde por muitas vezes pôs em destaque os seus aprimorados dotes de oficial zeloso, disciplinado, educado e cumpridor exato de seus deveres. Foi, enfim, o Tenente Falcão, um dos elementos de elite, entre, mesmo, aqueles que mais se esforçaram junto a esta chefia para que tudo corresse a contento do serviço, por ocasião do movimento revolucionário que atravessamos. Ao referido oficial apresento minhas despedidas , com notas de felicidades.”


    Novembro, a sete foi dispensado de auxiliar deste serviço por ter de seguir a sua unidade (5º RCD). A dez apresentou-se a este corpo (5º RCD) procedente de Curitiba, continuando no gozo da licença para tratamento de saúde interrompido por ordem superior. A dezesseis, foi público ter ficado alcançado pelas vantagens regulamentares por não ter gozado férias no ano findo. A dezessete foi público ter sido, a dezesseis, declarado continuar no gozo da licença em que se achava interrompida por ocasião do movimento revolucionário. A dezoito foi mandado à inspeção de saúde para efeito de matrícula no Curso de Aplicação de Armas. A vinte e cinco foi público ter se apresentado a vinte e três, ao Quartel General por ter vindo a esta capital a fim de ser submetido a inspeção de saúde para efeito de matrícula no CAA. A vinte e oito foi público ter a vinte e seis sido inspecionado de saúde e julgado precisar de 20 dias para seu tratamento. A trinta foi público precisar de vinte dias para seu tratamento, curável, na inspeção de saúde a que se submeteu na Junta Médica de Saúde, em sessão nº 127, para efeito de matrícula no CAA do CPOR.


    Dezembro, a primeiro apresentou-se com procedência de Curitiba, em gozo da referida licença. A vinte e quatro foi público ter sido inspecionado de saúde pela JMS em sessão nº 136 e julgado precisar de mais vinte dias para seu tratamento. Na mesma data apresentou-se com procedência de Curitiba continuando no gozo da referida licença.


     


    Em 1933,


    Janeiro, a doze apresentou-se por conclusão de licença para tratamento de saúde. A treze foi público precisar de mais 30 dias para seu tratamento em inspeção de saúde a que foi submetido. A vinte e seis apresentou-se por ter desistido do resto da licença e tendo sido inspecionado de saúde foi ulgado apto para todo o serviço militar. Na mesma data assumiu o cargo de Almoxarife, digo, de Aprovisionador do Regimento. A vinte e oito assumiu as funções de Almoxarife Pagador.


    Março, a dois passou a responder pelas funções. A treze foi público ter o Sr. Ministro dado o seguinte despacho em um seu requerimento em que pedia contagem de tempo pelo dobro: “A espontaneidade da participação revolucionária e o desprendimento dos que pegaram em armas não permite a concessão de vantagens pessoais.” A vinte e um seguiu com destino a Curitiba a fim de receber numerário para o Regimento. A vinte e quatro regressou. A trinta foi lhe mandado contar pelo dobro, para efeito de reforma, o período de doze de julho a dezenove de outubro de 1932, em que tomou parte nas operações contra os rebeldes paulistas.


    Abril, a doze foi público ter sido deferido um seu requerimento em que pedia permissão para passar as férias no Estado de Pernambuco. A treze passou a responder pelas funções de Almoxarife Pagador do Regimento. A vinte o Sr. Comandante do Regimento assim se expressou a seu respeito: “É me grato transmitir os agradecimentos e louvores do Excelentíssimo Senhor General Comandante da 5ª Região Militar ao Sr. 2º Tenente Contador em Comissão José falcão de Moura Vasconcellos, companheiro leal e dedicado deste comando em tudo que se relaciona a disciplina e instalação do corpo.”


    Maio, a vinte e dois, seguiu para Curitiba a fim de receber numerário para o Regimento. A vinte e seis regressou.


    Junho, a dois deixou as funções de Almoxarife e Pagador. A três apresentou parte de doente. A cinco foi público ter sido matriculado no primeiro período prévio do CAA. A seis foi público ter sido na inspeção de saúde a que foi submetido, julgado precisar de 60 dias para seu tratamento. Julho, a onze apresentou-se por ter desistido do resto da licença para tratamento de saúde e na mesma data foi público, conforme consta do Diário Oficial de sete do corrente, ter sido transferido para o ano de 1934 a sua matrícula no CAA. A dezessete foi público ter sido ulgado apto para o serviço do Exército na inspeção de saúde a que se submeteu por ter desistido do resto da licença. A dezoito foi público ter assumido a doze, as funções de Almoxarife Pagador do Regimento.


    Agosto, a sete foi-lhe concedido as férias regulamentares para gozá-las na Capital Federal. Setembro, a quinze apresentou-se por ter desistido do resto das férias. Na mesma data assumiu as funções de Aprovisionador do Regimento.


    Dezembro, a primeiro foi mandado inspecionar de saúde visto ter apresentado parte de doente. A quatro foi público ter sido julgado precisar de 90 dias para o seu tratamento na inspeção de saúde a que se submeteu. Na mesma data o Sr. Coronel Manoel Alexandrino Ferreira da Cunha, ao deixar o comando do Regimento, por um indeclinável dever que em boa hora fêz, deixou consignado o alto conceito de que se tornou merecedor este oficial pela colaboração altamente prestimosa no desempenho das suas funções. Oficial digno, honesto, trabalhador tem sido auxiliar de real valor e o louvou pela competência e zêlo postos ultimamente à prova em vista da excelente impressão do Senhor Chefe do Serviço de Intendência Regional demonstrada a este comando na sua recente inspeção feita ao Regimento. Francisco L. Junior, Major Comandante.


    CONDECORAÇÕES


    O 1º Tenente FALCÃO foi agraciado durante sua carreira militar com as seguintes condecorações:


    - Medalha Militar de Bronze com Passador de Bronze;


    - Medalha Militar de Prata com Passador de Prata;


    - Medalha Militar de Ouro com Passador de Ouro;


    - Medalha do Pacificador Sem Palma;


    - Medalha do 1º Centenário de Maria Quitéria de Jesus (1853) - Patrona do Quadro Complementar de Oficiais;


    - Medalha do Centenário do Nascimento do Marechal Thaumaturgo de Azevedo (1953);


    - Medalha do 1º Congresso de Medicina Militar (1954) - 4º Centenário de São Paulo.


    NOTA: Essas informações sobre as condecorações não constam na caderneta de assentamentos. Foram obtidas através de pesquisas na internet sendo que sua filha Emerenciana Ehalt doou as barretas das referidas medalhas para seu neto Andre Guilherme Goeldner. 


    (Andre Guilherme Goeldner)


    "O TENENTE PAGADOR"


    Nos anos da década de 30 o trem vindo de Curitiba, chegava altas horas da noite em Castro-PR. Na Estação Ferroviária, todo final de mês, dois soldados, equipados com armas e três montarias, silenciosos, sonolentos e trânzidos de frio no inverno e mais relaxados no verão, esperavam a chegada do "Tenente Pagador".


    Todos os meses, lá ía o tenente à capital do Estado buscar o numerário do 5º RCD. Era uma responsabilidade muito grande, pois não seria admitida nenhuma falha. Deste dinheiro dependia não só o pagamento do efetivo como também dos comerciantes e fazendeiros, que faziam negócios como quartel (venda de gado bovino, muares, alfafa, milho, madeira, tijolos, fumo, etc).


    Quando o trem chegava, o tenente montava no terceiro cavalo, com o malote debaixo da capa e enfrentava a noite muitas vezes escura, rumo à sua casa, com os dois soldados, um de cada lado. Não ia diretamente para o Quartel, pois este, além de ser longe do centro da cidade, oferecia o caminho parcamente iluminado, tornando assim uma aventura perigosa o trajeto.


    Exausto, ia logo dormir, revólver embaixo da cama ou do travesseiro, malote em cima do guarda roupas, um soldado vigiando a porta da frente pelo lado de fora da casa e o outro montando guarda no corredor da porta do quarto.


    Pela manhã partiam os três. A cidade se movimentava: havia chegado o "Tenente Pagador"! Era este o apelido de meu pai.


    (Texto escrito por Emerenciana de Vasconcellos Ehalt, foi publicado em um jornal de Castro-PR , em uma série intitulada "O Exército em Castro")


     


     

Enterro

  • Está enterrado no Cemitério Municipal de Curitiba, São Francisco. Túmulo em nome de Benedicto Theodoro Cordeiro nº 76581. Quadra nº 29, rua nº 18. Acesso mais fácil pela entrada lateral esquerda.


    No 5º Batalhão Logístico, Organização Militar situada atualmente no bairro Pinheirinho em Curitiba, há um espaço cultural onde estão à mostra para o público alguns objetos pessoais do Tenente José Falcão, que serviu na 5ª Formação de Intendência na década de 20 (onde situa-se atualmente o Shopping Curitiba, na praça Osório), quartel que deu origem ao atual 5º B Log. Os objetos foram doados ao Espaço Cultural por seu bisneto Sub Tenente de Cavalaria Andre Guilherme Goeldner, que serviu no 5º B Log de 2016 a 2019. O Sub Ten Goeldner recebeu esses objetos de sua avó Dna Emerencia (Time).

 Fontes

    • Pessoa:
      - Árvore Genealógica do FamilySearch - José Falcão de Moura Vasconcellos<br>Gênero: Masculino<br>Nascimento: 23 de jul de 1889 - Pau d'Alho, Paudalho, Pernambuco, Brasil<br>Morte: 18 de set de 1955 - Curitiba, Paraná, Brasil<br>Pais: Jose Eduardo de Albuquerque Moura Vasconcellos, Amelia Enedina de Albuquerque Moura Vasconcellos (nascida de Moura Falcao)<br>Esposa: Emerenciana de Moura Vasconcellos (nascida Cordeiro de Moura Vasconcellos)<br>Filha: Emerenciana Ehalt (nascida de Vasconcellos Ehalt) - Record - 40001:1300470953:
      - Carlos Ehalt - Ehalt Web Site (Smart Match)

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