Cagnes-sur-Mer ou Canha de Mar é uma comuna do sudeste de França no departamento dos Alpes Marítimos.
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Comuna francesa | |||
Símbolos | |||
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Localização | |||
Coordenadas | |||
País | França | ||
Região | Provença-Alpes-Costa Azul | ||
Departamento | Alpes Marítimos | ||
Subdivisão | Grasse | ||
Administração | |||
Prefeito | Louis Nègre (2008–2014) | ||
Características geográficas | |||
Área total | 17,95 km² | ||
População total (2018) [1] | 51 895 hab. | ||
Densidade | 2 891,1 hab./km² | ||
Altitude máxima | 187 m | ||
Altitude mínima | 0 m | ||
Código Postal | 06800 | ||
Código INSEE | 06027 |
Cagnes-sur-Mer ou Canha de Mar é uma comuna do sudeste de França no departamento dos Alpes Marítimos. Está situada na costa mediterrânea entre Saint-Laurent-du-Var e Villeneuve-Loubet.
Geografia
Ela se estende ao longo de uma enseada que oferece cerca de 4 quilómetros de praia e está rodeada de colinas, entre as quais a que alberga o castelo que atinge os 90 metros de altitude. Atravessam a cidade dois rios: la Cagne e o Malvan.
Compreeende um velho burgo medieval empoleirado sobre um a colina dominada pelo castelo, uma cidade moderna ao pé e uma aldeia de pescadores, chamada Le Cros de Cagnes, na orla marítima.
O nome Cagnes e geralmente explicado pelo nome latino Cannius. Pode-se também encarar a sua origem pré-indoeuropeia kan (= altura), o que corresponde à situação da vila medieval .
História
Vila celto-ligúrica desenvolvida a partir de um ópido galo-romano, Cagnes-sur-Mer transformou-se no século XI num burgo medieval. Devido à sua proximidade com o rio Var que serve de fronteira entre o Condado da Provença e o da Saboia, tornou-se em 1388 num posto fronteiriço importante. Depois de ter sofrido numerosos conflitos fronteiriços no século XVI, o pequeno burgo conheceu um período calmo sob o reinado de Luís XIII antes de sofrer novas invasões durante os reinados de Luís XIV e Luís XV.
A história da cidade está intimamente ligada à do castelo, construído em Le Haut de Cagnes. Com efeito, foi em 1309 que Rainier Grimaldi, soberano do Mónaco, tornou-se senhor de de Cagnes-sur-Mer. Ele fez edificar o Château Grimaldi que se tornou propriedade da família Grimaldi até à Revolução Francesa, em 1789. Em 1620, o barão Jean-Henri Grimaldi, sob a protecção de Luís XIII e de Richelieu, transforma o castelo medieval numa residência confortável, onde pairava uma vida faustosa. Mas na época da Revolução Francesa, a família Grimaldi é expulsa do castelo. O castelo é deixado ao abandono até que um proprietário o adquiriu e restaurou em 1875.
Le Cros de Cagnes: no fim do século XVIII, pescadores oriundos de Menton duas vezes lançaram as suas redes sobre as águas de Cagnes-sur-Mer. Estas últimas foram tão piscosas que eles decidiram instalar-se definitivamente sobre as suas costas, na altura pantanosas, juntando-se depressa aos habitantes de Cagnes que abandonavam as actividades agrícolas. A pequena vila não cessou de prosperar graças à pesca, tendo atingindo o seu apogeu no princípio do século XX, com uma frota de mais de uma centena de «pointus» (nome dado aos barcos de pesca locais).
Administração
Período | Nome | Partido | Qualidade |
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1900-1912 | Hippolyte Guis | ||
1912-1919 | Ferdinand Deconchy | ||
1919 | Hippolyte Guis | ||
1919-1925 | Joseph Maurel | ||
1925-1935 | Julien Pasqualini | ||
1935-1944 | Hippolyte Vial | ||
1944-1953 | Louis Negro | ||
1953-1956 | Hippolyte Vial | ||
1956-1959 | Louis Negro | ||
1959-1961 | Édouard Robion | ||
1961-1983 | Pierre Sauvaigo | ||
1983-1984 | Jean-Raimond Giacosa | ||
1984-1995 | Suzanne Sauvaigo | ||
1995 - | Louis Nègre | UMP | |
Os dados anteriores ainda não são conhecidos. |
Lugar de referência : MairesGenWeb - Base de dados dos Presidentes de Câmara Franceses
Demografia
1962 | 1968 | 1975 | 1982 | 1990 | 1999 |
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22 110 | 29 538 | 35 214 | 40 902 | 43 942 | |
Números retidos desde 1968 : |
Lugares e monumentos
- O castelo-museu Grimaldi : foi adquirido pelo município em 1939; o castelo transformou-se em museu em 1946. Este castelo-museu tem no seu seio um fresco, (afresco no Brasil), que representa a queda de Faetonte, realizado em 1620 por Giulio Benso Pietra. O castelo abriga um museu etnográfico da oliveira, a doação Suzy Solidor, compreende quarenta retratos da cantora rproduzidos por grandes nomes da pintura dos inícios do século XX. Existe ainda um museu de arte mediterrânica. Todos os verões, o castelo propõe igualmente exposições temporárias no quadro do seu Festival Internacioanl de Pintura.
- O domínio Renoir : foi em 1903 que o pintor francês Pierre-Auguste Renoir comprou uma propriedade no bairro Des Collettes, onde ele viveu até a sua morte 1919. Hoje transformada em museu, o seu dono proporciona a visita ao ateliê de pintura, quadros do período nacarado de (1889 a 1919), sepulturas, litografias e estudos preparatórios.
É de salientar que numerosos artistas como Pierre-Auguste Renoir, Chaïm Soutine, Raoul Dufy, Léonard-Tsuguharu Foujita, Victor Vasarely, Moïse Kisling, Yves Brayer, Mouloudji, Georges Simenon, George Ulmer… residiram e trabalharam em Cagnes-sur-Mer, apelidada até à década de 1960 a « Montmartre da Côte d'Azur ».
Geminações
Cagnes-sur-Mer está geminada com a cidade alemã de Passau desde 1973. Todos os anos, numerosos alunos de Cagnes-sur-Mer efectuam trocas com jovens da cidade alemã no quadro escolar.
Referências
- ↑ «Populations légales 2018. Recensement de la population Régions, départements, arrondissements, cantons et communes». www.insee.fr (em francês). INSEE. 28 de dezembro de 2020. Consultado em 13 de abril de 2021