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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Dragonas Regulamentares do Exército Brasileiro (1889-1942)

 

Dragonas Regulamentares do Exército Brasileiro (1889-1942)



* Na foto de época o então Tenente Inf Assis usando o 
mesmo modelo de dragonas em 1918.

Oficial General:



* Na foto de época o Comandante da Escola Militar de Realengo, 
General Hermes da Fonseca, usando o mesmo modelo de dragonas em 1904.

A 1ª república fez grandes alterações nos uniformes – decreto de novembro de 1889. Vieram capacetes, alamares postiços e meias botas. Restauraram-se vivos, carcelas, listas e golas de cor. As cores dos penachos servem de distintivos, por exemplo, a Engenharia era identificada pelas cores preta e branca. Em pequeno uniforme, continua em uso o gorro de 1866. Em 1890 foi aprovado o 2º Plano de Uniformes. O decreto nº 1.729A, de 11 de julho de 1894, aprova o novo Plano de Uniformes. Surge a calça garança obrigatória à todas as Armas.

O oficial tinha, no quepe, uma pequena pera de metal, denominada tope. Os decretos 1834 e 1903 do ano de 1894 alterou o Plano de Uniformes substituindo o tope metálico por um penacho. Os generais usavam o penacho nas cores verde e amarela que durou apenas um ano. Também especificava: “A artilharia de posição e a arma de engenharia terão por distintivos dois canhões cruzados bordados a prata na manga do dólmã, encimados, os daquela por uma granada com chamas e os desta por um castelo.”

Em 1903 se adota o uso do capacete branco com penacho para todas as Armas (decreto 4.966, de 16 de setembro de 1903 – alterações no Plano).  Experimenta-se, pela primeira vez, o brim caqui.

Pelo decreto nº 6.971 de 1908, sofre o Exército uma remodelação completa na sua estrutura, com modificações significativas nos uniformes, com o decreto nº 7.201, de 26 de novembro do mesmo ano.

Nesse decreto de alteração do Plano de Uniformes de 1894, surge pela primeira vez a cor azul turquesa como referência à Arma de Engenharia: “Dolman e túnica de pano - Do modelo em uso, justos ao corpo e das cores: azul ultramar, para artilharia; preto, para a engenharia...Nas mangas o vivo que circunda o punho será branco, para a cavalaria; azul turquesa, para a engenharia;...”O azul continuou prevalecendo na Engenharia: “Tope - De penas, em forma de chorão e atarraxado ao quepe: azul, para a engenharia; preto, para a artilharia”.

Por influência da 1ª Guerra Mundial, os uniformes cáquis, suspensórios para os oficiais em campanha e o talabarte em serviço ou passeio passaram a serem usados.

O Decreto nº 20.754, de 4 de dezembro de 1931 aprova o Plano de Uniformes dos Oficiais e Praças do Exército Ativo. O regulamento de 1931 foi complementado pelo Decreto nº 22.817, de 12 de junho de 1933.

Em 1942 é aprovado o novo Regulamento de Uniformes, pelo decreto nº 10.205, de 10 de agosto de, esse regulamento normatizava dentre outras coisas os tipos de tecidos e as peças de uniformes. Estes deviam obedecer aos padrões e modelos existentes no Estabelecimento Central de Material de Intendência. Tal regulamentação passava a ideia de centralização dos padrões adotados para os diversos tipos de uniformes.

Atualmente fazem parte somente de uniformes históricos regulamentares com utilização de réplicas de dragonas.


Fonte: http://www.dec.eb.mil.br/historico

Túnica Branca de Gala 1°B do General Cordeiro de Farias

Túnica Branca de Gala 1°B do General Cordeiro de Farias:


Histórico:

Osvaldo Cordeiro nasceu em Jaguarão/RS em 16 de agosto de 1901, filho de Joaquim Barbosa Cordeiro de Farias e de Corina Padilha Cordeiro de Farias. Seu pai, oficial do Exército, fora enviado para o Sul em consequência da Revolução Federalista (1893-1895), incumbido de participar das negociações de paz.

Em 1917 ingressou na Escola Militar do Realengo, sendo, dois anos depois, declarado oficial de artilharia. Seria ainda promovido, em sua carreira militar, segundo-tenente (1920), primeiro-tenente (1921), capitão (1930), major (1931), tenente-coronel (1933), coronel (1939) e general-de-brigada (1942 - Tornando-se na época o mais jovem general do Exército brasileiro), general-de-divisão (1946) e general-de-exército (1952).

Foi comandante das unidades da Artilharia Divisionária da FEB, e a ELO estava subordinada a ele na guerra.

Cordeiro de Farias fez curso de observador aéreo na Escola de Aviação Militar em 1922, aperfeiçoamento de oficiais (1º lugar) na Escola de Armas, cursou a Escola Superior de Guerra e estagiou na Escola do Estado Maior do Exército Americano.

Participou do Governo do general eleito presidente Eurico Gaspar Dutra, como adido militar à Embaixada do Brasil em Buenos Aires. Em 1949, foi nomeado comandante da recém-criada Escola Superior de Guerra (ESG). Deixou a ESG em agosto de 1952 para assumir o comando da Zona Militar Norte, sediada em Recife. Foi chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de 10 de fevereiro de até 8 de setembro de 1961 e comandante do III Exército pelo Ministro da Guerra, durante o Governo Jânio Quadros.

Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de fevereiro de 1981.

Detalhes do uniforme:

Presilhas para fixação e remoção para lavagem do uniforme 

das divisas ornamentadas de Oficial General nas golas:


Com as divisas:


Nos ombros as esperas para as platinas de Oficial General:


Com as platinas:



Presilhas para placas de Ordens Militares:



Marcas dos alfinetes das medalhas no peito:




Foto do General Cordeiro de Farias usando esse uniforme quando adido militar em Buenos Aires, de Janeiro de 46 a Abril de 1947 (grato ao Luciano Fernandes pela pesquisa):

Jamais serão esquecidos!

Dados: CPDOC FGV

Doação: Marcon & Filhos Militaria Antiga

Mesmo modelo de uniforme em outras fotografias coletadas na internet:

Fotografia de 1946, incluindo a mudança do dispositivo de gola (reduzido a partir de 1954):


Raro uso de trapézios com fundo preto (com elipse ao redor da arma de Infantaria) 
num típico uniforme pós-1951:


Arma de Engenharia:


Divisas de ombro no modelo antigo:


Arma de Artilharia com divisas no modelo antigo: