Questionado sobre a contratação de Mano Menezes na reta final de sua gestão e com vínculo até 2025, o dirigente defendeu a escolha do técnico, e justificou a razão pela qual não optou pelo nome de Dorival Jr, hoje no comando do São Paulo.
“Tem muita coisa de momento no futebol. Hoje, para mim, o melhor é o Mano, é quem está aqui. Pelas renovações, análises, montagem de elenco, é um cara que já fez isso aqui e ganhou. Naquele momento achávamos que a melhor opção não era o Dorival. Tentamos sempre o Tite, sempre que teve troca, nessa última nem conversamos ficou claro por que ele não ia trabalhar e agora”, afirmou o dirigente.
Sobre os rumores de que a demissão de Vanderlei Luxemburgo passou pela decisão de Tite em voltar trabalhar ainda em 2023, Duilio rebateu.
“Não mandamos o Luxemburgo embora por isso tanto que o Tite não está aqui. Muito se fala em pressão de torcida...a conversa que eu e o Alessandro tivemos era uma sensação de que o presidente, diretor, não estaria aqui, o Vanderlei não ficaria aqui no próximo ano...com um barco sem comandante, ninguém vai ficar para frente. O jogador vai correr por quem? Ficou sem rumo”.
“Com o empate que tínhamos tido, precisávamos fazer algo para dar um futuro para o time e começar a tratar o ano que vem. Tem que decidir isso e foi no meio da semifinal por causa de análise do dia a dia, o que vemos de treinamento, é uma última oportunidade que você tem que dar, às vezes um choque poderia funcionar. Teria que ser feito, só foi antecipado”.
Questionado novamente a respeito de Dorival Jr, que eliminou o Corinthians nas quartas de final da CONMEBOL Libertadores e foi campeão da Copa do Brasil em 2022, à frente do Flamengo, e depois voltou a derrubar o time no comando do São Paulo, na semifinal da Copa do Brasil deste ano, o cartola justificou a escolha como “opção de estilo”.
“Gosto desse estilo paizão, era mais por isso que ele saiu, por que ele era parceiro, não quero falar dos clubes, naquele momento a gente não queria um cara com esse perfil. O Lázaro era um cara nosso, a gente acreditava que podia dar certo. O Dorival tinha um salário muito alto, o Lázaro foi colocado com confiança e tentamos o Tite, naquele momento ele não queria falar de nada. Infelizmente não funcionou”.
Duilio Monteiro Alves foi eleito em novembro de 2020 para ser o 30º presidente da história do Corinthians, com mandato para o triênio 2021-2023.
Diretor-adjunto de futebol em 2011, sob o comando de Roberto de Andrade na presidência, ficou no cargo até o início de 2014, quando entrou em rota de colisão com o recém-eleito Mario Gobbi.
O cartola retornou ao departamento em 2018, no segundo mandato de Andrés Sanchez, como diretor de futebol. Ele deixou o posto em meados de 2020 para concorrer ao cargo presidencial com o aval de seu antecessor.
Primeiro presidente a não conquistar títulos pelo futebol profissional do clube desde Roberto Pasqua (1985 e 1987), Duilio Monteiro Alves participou como diretor das conquistas da inédita Libertadores de 2012 e do bicampeonato no Mundial de Clubes da Fifa, no mesmo ano. Ele ainda fez parte do departamento de futebol em outros cinco títulos: Campeonato Brasileiro (2011) e Campeonato Paulista (2023, 2018 e 2019).
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