ENTRANDO NO ANTIGO SANATÓRIO DO PORTÃO
ENTRANDO NO ANTIGO SANATÓRIO DO PORTÃO
Uma construção concluída no então distante bairro do Portão em Curitiba, projetada no governo de Manoel Ribas para sediar uma escola agrícola, é transformada em um Sanatório Médico Cirúrgico durante o governo do interventor Tenente Coronel Mário Gomes da Silva.
Inaugurado em 18/01/1947, o Sanatório Médico Cirúrgico do Portão é destinado ao atendimento hospitalar de pacientes acometidos pela tuberculose e doenças pulmonares.
A estrutura hospitalar serve de retaguarda para o tratamento da tuberculose, então epidêmica, bem como para tratamento cirúrgico quando indicado. Sob o comando do Prof. Dr. João Luiz Bettega é criada e desenvolvida a equipe cirúrgica, tornando o Sanatório referência nacional na área de cirurgia torácica.
Grandes nomes da cirurgia paranaense passam pela equipe clínica, como os doutores Giocondo Villanova Artigas, Iseu Affonso da Costa e Paulo Emilio Guarinello, além da formação de equipe para tratamento da tuberculose, a exemplo de Alceu Santos Almeida, Hélio Brandão, Amadeu Beduschi, João Ernani Bettega, Joanino Carlos Gravina, Armando Tramujas e Sérgio Marcondes Machado.
O desenvolvimento da Cirurgia Experimental nos porões do Sanatório para aperfeiçoamento das técnicas operatórias é destaque para produção científica de diversas teses e publicações. Uma segunda geração de profissionais dão continuidade à trajetória do Sanatório, destacando-se entre outros os doutores Francisco Boscardim Netto, Waldemiro Hack, Ary Stechman, Robson Menon e Mitzy Villanova.
Década de 1950 -No final da década de 50 iniciam-se as obras de ampliação das instalações para o desenvolvimento de cirurgias cardiovasculares e doenças torácicas. As obras de ampliação do Sanatório permanecem em alicerces por longo tempo, por motivos financeiros e também pelo advento de novos medicamentos para o tratamento da tuberculose, os quais reduzem o período de tratamento e aumentam os índices de cura. Há redução progressiva de indicações cirúrgicas e a gravidade da doença também diminuiu.
1960 - As obras de ampliação do Sanatório permanecem em alicerces por longo tempo, por motivos financeiros e também pelo advento de novos medicamentos para o tratamento da tuberculose, os quais reduzem o período de tratamento e aumentam os índices de cura. Há redução progressiva de indicações cirúrgicas e a gravidade da doença também diminuiu.
A baixa da gravidade da tuberculose com o tratamento medicamentoso, leva a Secretaria de Saúde a repensar a destinação da unidade hospitalar e propor a transformação em hospital geral, para tratamento adulto e pediátrico de doenças clínicas e pulmonares, além das cirurgias já realizadas.
Passa a prestar atendimento em Infectologia, sob a responsabilidade do Dr Eduardo Xavier da Silva Sobrinho, visando o suporte hospitalar adequado aos doentes portadores de HIV /AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida). Há ainda o interesse em abertura de pronto atendimento de emergência, mas ainda sem estrutura para um funcionamento adequado.
1983 - Dentre as diferenças de ideais e objetivos das gestões estaduais, relacionados à finalidade e futuro da instituição, destacaram-se os esforços de Dr. Odair de Floro Martins, Dr. Francisco Machado, Dr. José Augusto Constanzo Silva, Dr. Paulo Sandoval, Dr. Darcy Costa, Dra. Carmen Lucia Agibert, Adm. Marcelo Iwersen e Adm. Miguel Wille, condutores da retomada de um projeto para uma nova missão, o Hospital Geral do Portão. O maior desafio: conclusão de suas novas alas e reforma do prédio antigo, necessário para ampliação dos leitos e demais estruturas de apoio.
Em 1986, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizam pesquisa para verificar a realidade do atendimento ao trauma em Curitiba, com finalidade de implantação do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (SIATE), constatando-se que a região sul estava desguarnecida de assistência hospitalar para os resgates dos acidentados de trânsito, existindo a possibilidade de utilizar o Hospital Geral do Portão para instalação de um pronto- socorro de trauma.
Em 1988, a instituição passa formalmente a ser denominada Hospital Geral do Portão.
Em 1990, são retomadas as obras para conclusão da ampliação iniciada em décadas passadas, preparando estrutura adequada para atendimento de emergência e instalação de maternidade. Dessa forma, torna-se possível instalar serviço de pronto-socorro de trauma, infectologia, saúde do trabalhador e materno infantil.
Em 1992, conclui-se finalmente a ampliação da instituição, aumentando a capacidade operacional em mais de 90 leitos e 10 leitos de terapia intensiva.
Em 1994, o Hospital Geral do Portão passa a ser denominado “Hospital Geral Mauro Senna Goulart”, conforme decreto nº 10.561 de 13/12/1993, e o centro cirúrgico “Centro Cirúrgico Albert Sabin”.
Em 1995, implanta-se o serviço de maternidade, e em 15 de fevereiro o primeiro recém-nascido marca a reativação e utilização dos 38 novos leitos em sistema de alojamento conjunto, do Centro Obstétrico e da Unidade de Cuidados de Recém nascidos (UCIN). Por iniciativa do corpo clínico da maternidade, recebe o nome de "Maternidade Prof. Dr.Luiz Fernando Cajado de Oliveira Braga", nome de destaque na obstetrícia paranaense.
Em 1996, início da parceria firmada entre o Hospital e o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal (CAIF), unidade da SESA/ISEP, após assinatura de convênio com AFISSUR (Associação de Reabilitação e Promoção Social do Fissurado Labiopalatal), para a realização das cirurgias de correção de defeitos congênitos na face.
(Fonte: Sway Office)
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