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domingo, 13 de agosto de 2023

Gustavo Venske chegou da Alemanha, junto com seu pai e suas duas irmãs, ao interior de Santa Catarina na metade do século XIX

 Gustavo Venske chegou da Alemanha, junto com seu pai e suas duas irmãs, ao interior de Santa Catarina na metade do século XIX


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Parque fabril tocado pelas tecelãs, cuja maioria delas iniciava com quatorze anos como aprendizes.


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Quadro de funcionárias tecelãs.


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Funcionários posam em frente à fabrica, na comemoração do 40° aniversario da fábrica, em 1947.

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Fachada dos barracões, década de 1940.


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Maquinários da linha de produção.


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Funcionárias na expedição.

A SAUDOSA FÁBRICA DE FITAS VENSKE
Gustavo Venske chegou da Alemanha, junto com seu pai e suas duas irmãs, ao interior de Santa Catarina na metade do século XIX. Ainda jovem foi trabalhar no Rio de Janeiro como representante comercial de uma firma alemã importadora de tecidos. Em 1889, encontrava-se em Curitiba onde fundou uma loja de armarinhos, no atual Largo da Ordem. Na cidade fundiu interesses com outra família alemã, os Mueller, ao casar-se com Anna Mueller.
Com a experiência do comércio de fitas compreendeu que o mercado apresentava oportunidades para a instalação de uma fábrica. Esta foi inaugurada em 6 de novembro de 1907 nos fundos da casa de Gustavo (rua Assungui , fundos da Metalúrgica Mueller). Sem capital suficiente contou com o apoio financeiro de seu cunhado - Oscar Charles Mueller - que lhe emprestou 30 contos de réis.
Com o dinheiro, Gustavo comprou teares de segunda mão do técnico industrial Scheier, o qual se comprometia a fazer a instalação e ainda a preparar a primeira equipe de operários.
A fábrica permaneceu na rua Assungui até 1912, quando foi transferida para os fundos da loja de armarinhos, no largo da Ordem. Os motivos que, aparentemente, impulsionaram a mudança foram a falta de um espaço maior e a possibilidade de concentrar as atividades de comércio e indústria em um só local. Até antes dessa transferência, a fábrica possuía cinco teares, passando, no novo endereço, a trabalhar com dez teares.
Alfredo Venske, filho mais velho do fundador, ao retornar da Europa em 1913, depois de estudar tecelagem na Alemanha e Suíça, veio trabalhar na indústria trazendo novos conceitos e qualificação.
Em 1917 a fábrica muda-se para a primeira sede própria no centro da cidade, com incorporação de novas técnicas produtivas, novos teares, inclusive instalados nas casas de algumas tecelãs.
Em 1938 a Fábrica Venske muda-se para a sua sede definitiva, à rua Ubaldino do Amaral, no Alto da XV, com 10.000m2 de área construída, onde chegaria, após ampliações, a 16.000m2 funcionando amplamente até 1980, quando a empresa parou de funcionar.
A Venske sempre fabricou produtos de excelente qualidade, tendo grande aceitação em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais . Apesar da liderança na produção de fitas e bandeiras, a Venske não suportou a concorrência da indústria européia, moderna e dinâmica do pós-guerra que entrou no mercado.
A impossibilidade de modernização do parque industrial e a passagem da segunda para a terceira geração da família Venske que sempre foi uma empresa familiar, seriam as causas principais para o encerramento das atividades da tão conceituada Fábrica de Fitas Venske!
(Fonte: afabrika.com.br. Fotos: pinterest).
Paulo Grani.