IGREJA DE SANTO ANTÔNIO DA PRAÇA DO PATRIARCA – SÃO PAULO – SP
Cronologia
Século XVI | 1592 – Início da construção da ermida |
Século XVII | 1603 – A ermida é utilizada como matriz 1630 (aprox.) – Pequenas reformas empreendidas por ‘João da Costa, o Velho’ 1639 – Primeiros franciscanos se instalam no local 1642 – Franciscanos fundam um próprio convento e deixam o local. |
Século XVIII | 1717 – Reformas, entalhamento dos altares atuais |
Século XIX | 1899 – Reconstrução da fachada e torre |
Essa é uma igreja que vem acompanhando praticamente toda a história da cidade de São Paulo, desde seus primeiros anos de existência.
A menção mais antiga referente a esse templo encontra-se no testamento de Antonio Sardinha, morador da primitiva vila, que, no longínquo ano de 1592, deixou dois cruzados para a ‘ermida de Santo Antonio‘. O historiador Leonardo Arroyo supõe que ele mesmo teria fundado a ermida. Um outro testamento, datado de 1603, indica que a ermida fazia as vezes de igreja matriz.
Em outros textos da antiga São Paulo, também há menção a pousadas que teriam existido em frente a essa igreja.
Há também referências de um morador chamado João da Costa, que passou a residir junto dessa igreja, limpando-a, adornando-a, e empreendendo algumas reformas. Com o tempo, ficou conhecido como ‘ Ermitão João da Costa, o Velho‘. Em seu testamento ele deixou registrado que havia se colocado lá unicamente com o intuito de servir a Deus, e rogava para que “Deus haja misericórdia de minha alma assim como se lembrou do bom ladrão“.
Após sua morte, por volta de 1638, a igreja passou um período de abandono.
No ano de 1639, o provincial franciscano Frei Manuel de Santa Maria, que residia na Bahia, obteve alvará para fundar conventos ‘assim no recôncavo da Bahia e Villa de S. Paulo, como nas partes que lhes parecer onde lhes for requerido como pedem‘. Veio então até Santos, e subiu a serra para escolher um lugar onde deveriam fundar um convento na vila paulista. De comum acordo com os moradores e autoridades, ficou acertado que os franciscanos se instalariam provisoriamente junto à ermida de Santo Antônio.
Após o regresso do superior à Bahia, foram enviados os primeiros franciscanos para São Paulo: o superior Frei Francisco dos Santos, e mais quatro frades e dois irmãos leigos. Residindo na pequena igreja dedicada ao santo lisboeta que havia sido seu irmão de hábito, eles ‘ihão dizer missa e ministrar os Sacramentos da penitência, e comunhão aos devotos que a elles acorrião, com grande proveito e edificação do povo‘ (Taunay, em Arroyo)
Ficaram conhecidos como os ‘Frades de Santo Antonio’, e ali permanecerem até 1642, quando saíram para um local mais bem localizado, melhor provido de água, e onde fundaram o convento de São Francisco (atual Largo de São Francisco).
Mas a igreja de Santo Antônio permaneceu bastante frequentada pelo povo, ficando conhecida pela alcunha de ‘Santo Antonio o Velho‘.
Porém, a devoção popular não impediu um certo desleixo, e no princípio do século XVIII a edificação esteve a ponto de arruinar. Assim, foi feita uma reforma em 1717, da qual pouco se sabe, mas que provavelmente foi a que acrescentou os altares colaterais que existem até hoje. O altar principal, segundo German Bazin, seria de 1780.
Ao longo do século XIX a igreja entrou em nova fase de abandono, e em 1899 as famílias da Baronesa de Tatuí e da Condessa Prates financiaram uma reforma geral. Nessa ocasião, foi construído um novo frontispício ao gosto da ‘Belle Epoque’, que, na opinião de Arroyo, deixou-a com um rosto de ‘Madona triste’, em meio à praça tumultuosa, ‘com um aspecto comprimido e assustado de quem não se sente bem entre tanto ruído e tanto arranha-céu’ – uma situação que o autor via como sendo de um desequilíbrio dramático. O mesmo historiador chegou a imaginar que cedo ou tarde essa igreja seria inevitavelmente destruída por aquilo que em sua época (anos 1940) se chamava ‘exigências do progresso’.
No entanto, contra todas as expectativas, a Igreja de Santo Antônio resistiu até os dias atuais, e, em pleno coração de uma das cidades mais agitadas do planeta, permanece como um local de movimentada atividade espiritual.
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REFERÊNCIAS:
– Arroyo, Leonardo. Igrejas de São Paulo. São Paulo: Livraria José Olympio Editora, 1954
– BAZIN, German, L’Arquitecture Religieuse Baroque au Brésil, Tome II, Paris: Librairie Plon, 1958
– TIRAPELI, Percival, Igrejas Paulistas – Barroco e Rococó, São Paulo: Editora UNESP, 2003
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