Incêndio na Fábrica de Móveis Ronconi 1975
Bairro Juvevê
Incêndio destrói fábrica e causa prejuízo de três milhões de cruzeiros

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Um incêndio de grandes proporções destruiu completamente as instalações da fábrica de Móveis Roncon Ltda., localizada no bairro Juvevê. O fogo, que também atingiu cinco residências próximas, resultou em prejuízos estimados em três milhões de cruzeiros e deixou alguns bombeiros feridos.

O plano de emergência foi coordenado pelo coronel Altevir Lopes, do Corpo de Bombeiros, e contou com o apoio de 11 viaturas e mais de 70 homens, além de oficiais, médicos e enfermeiros.

Segundo os diretores da empresa, Vitório Meneghini e Galdino Roncon, os prejuízos foram parcialmente cobertos por apólices da Bamerindus Companhia de Seguros, que devem reembolsar cerca de dois milhões de cruzeiros. Ainda assim, os proprietários terão um prejuízo estimado em cerca de um milhão de cruzeiros.

Fogo destrói totalmente o complexo industrial

A fábrica, localizada na rua Barão de Campos Gerais, 678, com fundos para as ruas Moisés Marcondes e Machado de Assis, foi completamente destruída pelo incêndio que começou por volta das 14h15. A intensidade das chamas forçou a mobilização urgente de viaturas e bombeiros para controlar o sinistro.

Os operários que estavam na fábrica não souberam informar a causa do fogo. As chamas se espalharam rapidamente por todo o complexo, consumindo o interior da fábrica, móveis, maquinário (alguns ainda em uso), e todo o estoque de produtos acabados e matérias-primas.

Cinco casas atingidas

Cinco residências próximas à fábrica foram atingidas pelo incêndio. Os moradores tentaram, o mais rápido possível, salvar seus pertences e sair de casa. A residência de Ladislau Glowacki Damlewleski, localizada a cerca de 650 metros, foi a mais danificada: uma parede lateral e o fundo foram completamente destruídos. Francisco Navarro Peres, na rua 624, e Agenor Suzano dos Reis também sofreram prejuízos. Já a casa de Helena Labor dos Santos, na rua Machado de Assis, nº 467, teve seu telhado destruído, bem como o piano e todos os passarinhos que criava.

Houve cenas dramáticas. Moradores, com ajuda de vizinhos, tentavam salvar seus pertences enquanto o fogo se espalhava. Em uma das casas, uma senhora, acompanhada de seus filhos, teve que deixar a residência às pressas, com dificuldades para resgatar os filhos mais novos.

Vitório Meneghetti e Galdino Ronconi, diretores da empresa, prestaram assistência. Ronconi afirmou que a empresa tinha um plano de emergência, mas que foi surpreendida pela intensidade do incêndio.

O coronel Altevir, comandante do Corpo de Bombeiros, liderou os trabalhos com uma equipe de mais de 70 homens, incluindo médicos, enfermeiros e ambulâncias. Segundo ele, o plano de evacuação foi seguido corretamente. No entanto, dois fatores dificultaram o trabalho: a ausência de hidrantes próximos e o congestionamento onde muitas pessoas paravam seus carros para observar o incêndio.

Durante a operação, um funcionário da companhia de seguros se recusou a remover seu veículo do local quando solicitado, alegando estar ali para "ver como as coisas estavam". A situação revoltou os soldados, que chegaram a ameaçar usar força para liberar o espaço.

Dos 60 funcionários que estavam na fábrica, alguns tentaram combater as chamas com extintores e acabaram sofrendo queimaduras leves. Eles foram atendidos por médicos e enfermeiros da empresa. José Maria Navarro, funcionário ferido, contou que mal teve tempo de sair do prédio, tamanha a rapidez com que o fogo se espalhou.

domingo, 18 de maio de 2025

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