Julio Mehl Julinho(Julio Mehl) Nascido a 20 de janeiro de 1907 - Brasil -PR Curitiba- Rua marechal Deodoro, n°9

Julio Mehl Julinho

(Julio Mehl)

Nascido a 20 de janeiro de 1907 - Brasil -PR Curitiba- Rua marechal Deodoro, n°9
Baptizado a 23 de agosto de 1908 - Catedral Nossa Senhora da Luz -Curitiba - PR -Brasil
Falecido a 15 de julho de 2004 - Brasil - PR - Curitiba - Avenida Senador Salgado Filho n°5045 em sua residência., com a idade de 97 anos
Enterrado a 16 de julho de 2004 - Cemitério (Protestante) Luterano de Curitiba
Empresário, criador de cavalos puro sangue inglês e Veterinário Prático.

Pais

Henrique Mehl 1872-1940
Rosa Carlota Catharina Adam 1877-1946

Irmãos

Manoel Manoelito Mehl 1901-1991
Carolina Mehl 1905-1971
Julio Julinho Mehl 1907-2004
Lydia Mehl 1909-1939
Waldemar Mehl 1912-1994
Leonor Mehl 1914-1954
Albina Mehl 1918-2009

(esconder)

Acontecimentos

20 de janeiro de 1907 :	Nascimento - Brasil -PR Curitiba- Rua marechal Deodoro, n°9 Consta na sua certidão de nascimento, a data de 23.01.1907, mas segundo a família a data foi registrada errada, sendo correto o dia
23 de agosto de 1908 :	Baptismo - Catedral Nossa Senhora da Luz -Curitiba - PR -Brasil Livro de Batismo n° 51 (de 1906 a 1908), imagem 188, página 184, n° 778 Godparents:Dr° Reinaldo Machado e Maria Isabel Machado
--- :	Ocupação - Curitiba Pr Empresário, criador de cavalos puro sangue inglês e Veterinário Prático.
--- :	Residência Address: , Curitiba, Brasil, Paraná
--- :	Education Curso Primário incompleto, mas com uma sabedoria universitária. Primeiro Grau
--- :	Language spoken Portuguese
--- :	Hobbies Amor infinito pelos animais.
--- :	Activities Carroceiro, motorista, técnico em fabricação de telhas e tijolos, criador de cavalos puro sangue e veterinário prático, sem formação escolar.
--- :	Sports Corrida de cavalos.
--- :	Favorite food Comida brasileira simples.
--- :	Political view Democrática
15 de julho de 2004 :	Morte - Brasil - PR - Curitiba - Avenida Senador Salgado Filho n°5045 em sua residência. Assento de óbito n° 051870, Folha 111, Livro 216, lavrado no Cartório de Uberaba- Curitiba - PR Cause: Natural / Velhice
16 de julho de 2004 :	Enterro - Cemitério (Protestante) Luterano de Curitiba

Notas

Notas individuais

Religion: Acreditava em Deus mas não era praticante de uma religião em particular.

Nationality: Brasileira Curitiba- PR

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“Julinho” Em 20 de janeiro de 1907, nasce em Curitiba, um menino que recebe na pia batismal o nome de Julio Reinaldo Mehl, chamado carinhosamente de Julinho, por seus pais Henrique e Rosa. Foi obra de seu padrinho DR° Reinaldo Machado, acrescentar Reinaldo em seu nome, como consta em sua Certidão de Batismo. Outro esclarecimento é sobre sua data de nascimento, documentada como 23 de janeiro de1907, mas segundo ele e familiares esta não era a data correta, e sim 20 de janeiro, data em que sempre foi comemorado seu aniversário. Nasceu em Curitiba, na Avenida Marechal Deodoro n° 458, na casa de seus pais. Estudou só até a segunda série primária, na enérgica Escola Alemã, mas tinha uma sabedoria universitária, pois discutia sobre qualquer assunto, estava sempre ligado nas notícias do mundo. Ainda muito pequeno vem morar no Bairro Uberaba, onde cresce palmilhando as várzeas do Iguaçu. Quando jovem e junto com seu irmão Manoel, faziam companhia à sua mãe, nas viagens feitas em carroções, levando sal para vender ou trocar por charque, linguiças, etc., nas fazendas. No bairro de Uberaba trabalha com seu pai e irmãos, na extração de areia, a princípio com pás, transportando o produto com carrinhos de mão e carro puxado por burros. Para ser mais produtivo descobriu como atrelar oito cavalos num carroção capacitado para transportar duas vezes mais areia numa só viagem. Foi assim que participou da construção da Praça Tiradentes e de várias residências no centro da cidade de Curitiba, sendo uma destas a casa dos pais do deputado Rafael Greca.Com a chegada lenta e contínua do progresso, a carroça foi substituída pelo caminhão. Novo desafio aprender a dirigir. Mais uma vez ele surpreende a todos se tornando um ótimo motorista e excelente instrutor para muitos de seus empregados. O veículo que era instrumento de trabalho nos dias úteis, aos domingos era utilizado para passeios e não raras vezes como ambulância, funeral, etc.. Em 1930 foi convocado para a revolução e quando esta terminou recebeu ordem superior para juntamente com outros militares virem a cavalo do Rio de Janeiro, rebanhando os animais que ficaram dispersos, porque os soldados morreram ou desertaram. Homem forte e decidido cumpriu a tarefa com galhardia entregando a tropa aqui em Curitiba, na 5° Região Militar. Segundo o histórico de sua Caderneta Militar, o Cel. Silva Junior, ao dissolver o destacamento do mesmo nome, elogiou-lhe pela tenacidade disciplina e coragem com que se manteve durante o tempo em que serviu no seu destacamento, contribuindo em grande escala, para a vitória da revolução. Ainda neste histórico é mencionada a lealdade e conduta exemplar, que teve no decurso de seu tempo. A sua capacidade de adaptação não termina aí, na década de cinquenta, depois de ter participado da construção do Aeroporto Afonso Pena a empresa da família investe na compra de uma drag-byl (bucyros-eire), importada da Alemanha, para se adequar a demanda de areia exigida no crescimento da construção civil. Pela complexidade de seu manuseio havia necessidade de conhecimento e cautela para utilizá-la com sucesso e novamente ele se sobressaiu, aprendeu a manuseá-la com perfeição e tornou-se mestre de dois empregados. A mesma passou a ter várias utilidades, pois além se ser usada para a extração da areia e de abertura de valetas, canais e rios, também, em várias ocasiões foi usada como guincho. Atuou ativamente na abertura de canais e dragagens em várias regiões do Paraná. Na construção da BR 276 (Curitiba - Paranaguá) o trabalho foi árduo, pois como era banhado ficava o tempo todo dentro do lamaçal e dormiam em barracas na beira da estrada. Toda vez que passava na região mostrava e contava a sua sofrida história.Era proprietário de um Haras no Bairro de Uberaba, em Curitiba, chamado “Haras Uberaba”, onde criava cavalos puro sangue inglês, tendo o seu nome registrado nos anais do Hipódromo Paranaense como um dos pioneiros na criação desses animais e veterinário prático. Era um perfeito franciscano, dedicava-se aos animais com amor e não media esforços para curá-los. Estendia este cuidado, não só com os seus animais, que eram muitos, mas com todos aqueles que precisassem de sua ajuda. Quando algum de seus empregados ou familiares adoecia, recorriam a ele. Não importava a hora, ele saia em busca de socorro e fazia papel de enfermeiro, até aplicando injeções. Por esse motivo, era procurado também pelos seus vizinhos. Ensinou sua esposa, e filhos, para que na sua ausência, atendesse quem necessitasse. Era uma pessoa humilde, para quem não existia, cor, raça ou condição social. Todos que chegavam a sua casa eram convidados a sentarem - se a mesa com ele. De onde não saiam sem pelo menos tomar um café. O tratamento que tinha com seus empregados era o mesmo que usava com seus familiares: amizade, cordialidade, respeito, carinho... Era bem quisto por todos... Só estudou até o segundo ano primário, mas foi o maior incentivador para que seus filhos e esposa (Matilde), estudassem até completar o curso universitário.Foi pioneiro em muitas coisas e teve participação ativa no desenvolvimento do Bairro de Uberaba.Teve dois casamentos, o primeiro com Isaura Andreguetto nascida em 04 de março de 1915 e falecida em 29 de outubro de 1943, por complicações com o nascimento da segunda filha, que também veio a falecer. A primeira filha Nina Maria, ficou órfão aos três anos de idade. Ao ficar viúvo, casou com Matilde da Glória Carvalho, nascida em 25 de março de 1926, com a qual teve quatro filhos: Rosa Maria, Isaura Maria, Vera Lucia e Julio Mehl Junior. Soube preservar a família dando exemplo de honestidade, companheirismo e respeito num casamento de sessenta anos. Junto as suas esposas, foi aos filhos uma âncora segura, onde se ouvia um sim ou um não com a mesma firmeza e doçura.Terminou sua missão na terra em 15 de julho de 2004, deixando para todos muita saudade, e para os filhos, a alegria de terem um Pai Herói... Síntese Julio Mehl “Julinho”· Nascimento – nasceu em Curitiba, PR, Brasil, na residência de seus pais, na Avenida Marechal Deodoro, em 20.01.1907. Foi registrado com o nome de Julio Mehl. Obs. - Em sua certidão consta a data de seu nascimento, 23.01.1907, mas a data correta é 20.01.1907.· Filiação – Henrique Mehl e Rosa Carlota Catharina Adam Mehl (filhos de imigrantes alemães).· Batismo - Foi batizado em 23.08.1908, na Sé Metropolitana e Paróquia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, com o nome de Julio Reinaldo Mehl. Padrinhos: Dr. Reinaldo Machado e sua esposa Maria Isabel Machado, segundo o Livro de Batismo 778, Imagem188, Folha 184.· Formação – Curso Primário incompleto, mas com uma sabedoria universitária.· Profissão – Empresário, criador de cavalos puro sangue inglês e veterinário prático sem formação escolar. Tinha um amor infinito pelos animais, não medindo esforços ou até sacrifícios para curá-los. Dentro da sua simplicidade e humildade, desenvolveu várias atividades como carroceiro, motorista,condutor de máquinas,criador de animais, técnico na fabricação de tijolos e telhas,etc...· Religião – Acreditava em Deus, mas não era praticante de uma religião em particular.· Visão política – Democrática.· Aspecto físico - 1,85 m. de altura, cabelos claros, quando ancião totalmente branco e olhos azuis.· Casamentos – Teve dois casamentos: vO primeiro com Isaura Andreguetto, realizado no dia 31.07.1937, em casa, mas registrado na Igreja Coração de Maria. Neste casamento teve uma filha: Nina Maria. Isaura faleceu em 29.10.1943, Curitiba, Paraná, Brasil,com apenas 28 anos de idade, por complicações ao nascimento da segunda filha, que também veio a falecer.vO segundo com Matilde da Glória Carvalho – casamento civil, realizado em Curitiba, dia 29.07. 1944, na casa de Antonio e Lucia Andreguetto (padrinhos da noiva e pais de Isaura, sua primeira esposa). Em 30.07.1962, casou com Matilde,a pedido dela, na Igreja São Paulo Apóstolo. Julio e Matilde tiveram 4 filhos: Rosa Maria, Isaura Maria, Vera Lucia e Julio Mehl Junior. · Falecimento – 15.07. 2004, em sua residência na Avenida Senador Salgado Filho n° 5045, no bairro de Uberaba, Curitiba,Pr., conforme assento de óbito n° 051870, Folha 111, Livro 216, lavrado no Cartório de Uberaba, nesta cidade.

· Sepultamento – 16.07. 2004, no Cemitério Protestante Luterano de Curitiba.

Documentos, relatórios, histórias sobre Julio Mehl De Julio José Brandalize, sobre seu avô Julio Mehl “A Grande Campeã Garota Bonita” Ao conversar com o meu avô Julinho, perguntei-lhe sobre como havia conseguido criar a GAROTA BONITA, égua puro sangue inglesa campeoníssima. Ele me contou que estava visitando o haras de seu em São José dos Pinhais, quando este lhe disse: - JULINHO esta égua está morrendo, leve-a para você e veja o que faz. Então meu avô pegou um caminhão e carregou a égua que se chamava ADRIÁTICA. Ao chegar ao HARAS UBERABA de sua propriedade, chamou alguns empregados para ajudá-lo a descarregá-la. Após deitá-la sobre uma cama de feno, fez uma polenta de milho moído bem cozida e começou a alimentá-la com a mão, pois ela não tinha forças nem para procurar a comida. Então ele pensou: ”esta égua está fraca de fome”. Com o zelo e cuidado que ele tinha para com os animais, a ADRIATICA foi se recuperando, e, aproximadamente um mês, lá estava o vô JULINHO levando a ADRIÁTICA para receber a cobertura de um cavalo puro sangue inglês. O Dr. ALÔ, ficou impressionado com a recuperação da égua, confirmou o presente para meu avô. Deste cruzamento, nasceu à famosa égua GAROTA BONITA vencedora de todas as provas que participou e que não foram poucas. Existe até uma história que meu avô contou: Certa vez o Senador Afonso Camargo, filho de seu grande amigo PEDRO ALÍPIO, convidou meu avô para uma carreira, pois havia comprado dois cavalos, Puro Sangue Inglês Argentino. Ele queria ver se a “éguinha de carroça” do meu avô teria pernas para enfrentá-los. Meu avô aceitou o desafio, sob a testemunha do amigo PEDRO. Lógico que a GAROTA BONITA deixou os argentinos na poeira. Imaginem como ficava o AFONSINHO quando seu pai e o amigo JULINHO brincavam com ele sobre o assunto. A última corrida dela foi em 1957, em um Grande Prêmio Paraná, ainda disputado no Hipódromo do Prado Velho, atualmente PUC-Pr. Conta minha mãe NINA, filha do JULINHO, que estava assistindo a corrida, que a GAROTA BONITA, vinha na reta oposta, correndo com folga na frente de seus oponentes,quando pisou em algo, quebrando sua pata dianteira, e, consequentemente encerrando sua carreira vitoriosa. Meu avô JULINHO, não teve dúvidas, com muito trabalho e amor, recuperou a égua e esta morreu de velha após produzir muitos filhos. Esta é uma história linda de como o amor recompensa, inclusive com os animais. “JULINHO UM VETERINÁRIO DE SUCESSO” Em uma tarde bonita, quando eu e meu avô JULINHO conversávamos, ele me contou que ao servir o exército, em um determinado dia, foi tirar serviço nas cocheiras para cuidar dos cavalos. Eis que o cavalo do comandante estava com a doença chamada de “cegar”. Meu avô, como sempre gostou de animais, havia apreendido com um velho alemão, muitos conhecimentos práticos para curar doenças dos animais. Ele não teve dúvidas, chegando à baia do cavalo doente, preparou uma garrafa de cachaça com fumo de corda picado, deixou curtir, e deu ao cavalo. Depois pegou um ferro pontiagudo, queimou no fogo para desinfetar e perfurou o lado do pescoço do cavalo, retirando um fio de sangue coagulado. Repetiu a operação no outro lado do pescoço. Com este procedimento, o cavalo voltou a enxergar e ficou curado. Quando o comandante soube da história, ficou muito agradecido e amigo do meu avô. A partir daquele dia, só ele podia cuidar do seu cavalo. Passado um tempo, meu avô acompanhado de mais três soldados, foram incumbidos de ir a cavalo quase até o Rio de Janeiro, para resgatar cavalos que ficavam perdidos após a morte dos soldados, nos combates durante a revolução. Meu avôcontou que na comitiva, tinha um negrinho (afrodescendente) que montava como ninguém e, com sua ajuda, conseguiram resgatar muitos cavalos, além de um burrão. Quando voltaram com a tropa e como seu tempo de serviço já estava encerrando, o comandante, seu amigo, deu-lhe o burrão de presente, como lembrança do exército.Com esta história de meu avô, percebo que na vida existem os teóricos e os práticos, ele era um verdadeiro veterinário prático.

Henrique Mehl 1872-1940		Rosa Carlota Catharina Adam 1877-1946
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Julio Julinho Mehl 1907-2004

sábado, 13 de abril de 2024