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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

LEÔNCIO CORREIA

 

LEÔNCIO CORREIA



Leoncio Correia, nasceu em Paranaguá no dia 1º de setembro de 1865, filho de João Ferreira Correia e de dona Carolina Pereira Correia. Foi um elo entre o passado e o presente: conviveu com a velha guarda — Emílio de Menezes, Olavo Bilac, Paula Ney, Machado de Assis, Coelho Neto — e com a nova, pois sua participação em movimentos posteriores ao lado dos contemporâneos foi intensa. Era considerado poeta pela crítica, mas foi um expressivo cronista. Legou à posteridade fontes importantíssimas de memória. O livro Meu Paraná é um retrato notável de locais e situações. Abolicionista e republicano, começou a atuar em Paranaguá.   Envolveu-se na Revolução Federalista ao lado dos legalistas, coincidindo a época com o mandato de deputado estadual que exercia. Esteve na Lapa, antes do cerco. Sempre ligado ao Paraná, especialmente a Curitiba e a Paranaguá, morou durante 50 anos no Rio de Janeiro, onde exerceu funções de alta projeção: diretor do Ginásio Nacional (Colégio de D. Pedro II), diretor da Instrução Pública do Rio de Janeiro e diretor da Imprensa Nacional e do Diário Oficial. Além da Academia Paranaense de Letras, pertenceu à Academia Carioca de Letras. Sua estréia na literatura deu-se com Flores Agrestes. Depois, vieram Perfis; Volatas; Boêmia do Meu Tempo; Panóplias; Evocações; Vultos e Fatos do Império e da República; A Verdade Histórica Sobre o 15 de Novembro; Parlendas de Palestras; O Barão do Serro Azul, entre outros. Este último, calcado em Para a História, de Rocha Pombo, serviu de base para Os Fuzilamentos de 1894 no Paraná, de David Carneiro, e mostra, em detalhes, os acontecimentos que envolveram o Estado durante o confronto entre pica-paus e maragatos.  Sua é a frase esculpida na própria herma, na Praça Osório: O meu desejo sempre foi diariamente ouvir o nome do Paraná falado, criticado, caluniado, elogiado, combatido, difundido, motejado, engrandecido, malsinado, mas nunca esquecido. Faleceu no Rio de Janeiro em 19 de junho de 1950. Seus restos mortais, anos depois, foram trasladados para Paranaguá e hoje repousam ao lado do Museu Histórico da cidade, no prédio que serviu ao antigo Colégio dos Jesuítas. É um dos fundadores da AcademiaParananense de Letras. Leôncio Correia (1865-1950)