Mônica: HQ "Uma barriga que é uma joia"
Um sorveteiro passa pela rua, um homem pede um sorvete para o vendedor, coloca disfarçadamente uma joia dentro do sorvete e disfarça que não queria de morango, o sorveteiro vai embora comentando que agora é só passar a joia para o Oscar e pegar a parte dele.
Um policial aparece querendo saber se o sorveteiro viu um sujeito com joia nas mãos, que foi roubada de um museu e está avaliada por muitos milhões de Cruzados. Nessa hora, Magali pede um sorvete, o sorveteiro entrega e nem dá atenção ao guarda, que diz que está tentando pegar o sujeito antes que passe a joia e melhor encontrá-lo e quem sabe ache o receptador junto.
O sorveteiro vai ao encontro do outro bandido Oscar em um beco sem saída, lhe entrega o sorvete com a joia e Oscar joga o sorvete na cara do sorveteiro porque tinha nada dentro. O sorveteiro se dá conta que vendeu o sorvete errado para a menina magricela, de vestido amarelo e olhos grandes.
Depois, Magali avista a Mônica e engole todo o sorvete para não dividir com ela e se engasga. Mônica pergunta o que houve, Magali diz que se engasgou, parecia uma pedra. Os bandidos aparecem, segura a Magali pelas pernas para baixo, Oscar fala que vão ter que espremer a barriga dela, Mônica bate neles e as duas fogem.
Magali lembra que era o sorveteiro que vendeu sorvete de morango, Mônica pergunta se ela não pagou, Magali diz que pagou, quando os bandidos conseguem capturá-la com uma rede. Mônica salva a amiga, os bandidos correm atrás delas, depois eles puxam a Magali pelas pernas e Mônica, pelos braços, Magali cai longe pelo puxão da Mônica conseguindo cuspir a joia.
Os bandidos pegam a joia, o policial aparece e os prende, mandando que o levem para o terceiro homem. Magali fala para a Mônica que a culpa da joia foi dela, engoliu o sorvete inteiro só para não dar um pedaço para a amiga e que para provar que está arrependida, paga um sorvete para a Mônica. Só que antes de entregar, verifica com as mãos se tem nada dentro, Mônica, com nojo, recusa e vai embora e Magali gosta, afinal, ficou com o sorvete para ela.
História legal em que bandidos roubam joia de um museu e tentam passar adiante com um deles disfarçado de sorveteiro só que ele vende o sorvete onde estava a joia dentro para Magali por engano e eles tentam recuperar. Mônica tenta impedir de levarem a amiga e na briga a joia sai pela boca dela bem na hora do policial chegar e os bandidos são presos.
O bandido sorveteiro não teve sorte, a distração da conversa com o policial, vende sorvete errado para a Magali, se o policial não tivesse aparecido, ele iria pegar certo o sorvete para a Magali e conseguiria executar o plano de passe da joia. No início, os bandidos não precisavam cochichar, o outro disfarçar que estava comprando sorvete já que tinha ninguém por perto passando pela rua na hora.
Foram engraçadas as lutas dos bandidos para recuperar a joia engolida pela Magali, como deixar Magali do avesso, apanharem da Mônica e Magali servindo de cabo-de-guerra entre eles, ficando esticada e depois parar longe com o puxão forte da Mônica, o que serviu para soltar a joia. Não seria tarefa fácil se não tivesse saído sozinha da boca com a briga do cabo-de-guerra.
Magali só passou por isso por causa do seu egoísmo de não dividir o que come com os amigos. Se tivesse tomado sorvete devagar como qualquer pessoa e não ter engolido tudo de uma vez só para não dar pedaço para a Mônica, ia ver que teria uma joia nele. Essa característica dela foi fundamental para desenvolver a trama. Sem dúvida era muito bom quando Magali era capaz de tudo, até comer tudo de uma vez, para não dividir comida com os amigos.
Nessa história a Magali chega a se arrepender da atitude para ajudar na piada final da Mônica desistir de ficar com o sorvete depois da Magali colocar mão suja nele, mas normalmente ela não se arrependia pelo que fazia com os amigos. Fica até a dúvida se ela colocou a mão no sorvete sem querer pelo que elas passaram ou foi de propósito para ver se a Mônica desistia. De caso pensado ou não, ela se deu bem ficando com o sorvete.
Título foi com créditos para a Mônica, mas o protagonismo foi da Magali. Estavam começando a intensificar destaques para Magali pensando na revista própria fixa dela que pretendiam lançar em 1989. Na verdade, desde a Editora Abril nos anos 1980 ela já tinha histórias solo de miolo pontuais, mas que aumentaram em 1988, principalmente em gibis da Mônica para o pessoal ir se acostumando mais com a Magali.
Impublicável atualmente por ter bandidos, organização de roubo de joia, policial com arma na mão, Mônica enfrentar e bater nos bandidos e aparecerem surrados pela surra dela, Magali ser presa em uma rede e servir como cabo-de-guerra, Magali comer sorvete inteiro com anel dentro, Magali egoísta tomando todo o sorvete para não dividir com a Mônica, calcinhas das meninas à mostra em algumas cenas, além das palavras proibidas "Droga!" e "Credo!", talvez implicariam com palavra "receptador" por ser de difícil entendimento pelas crianças e hoje trocariam a moeda Cruzado por não gostarem de coisas datadas.
Traços muito bons da fase clássica dos personagens. As cores mais desbotadas típicas de gibis do segundo semestre de 1987 a início de 1988. Essa história nunca foi republicada depois, poderia ter sido a partir de 1993, mas acabou não sendo. Não acho que por causa de presença de bandidos porque ainda estavam em alta naquela época, deve ter sido por mero esquecimento. Então, fica sendo uma história rara e só quem tem a revista original que a conhece.
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