sexta-feira, 22 de agosto de 2025

"Ponto Facultativo!" – A Capa do O Dia que Virou Festa em Pleno 1962

 

"Ponto Facultativo!" – A Capa do O Dia que Virou Festa em Pleno 1962

Hoje não tem aula, mas tem notícia — e muita história pra contar!

Se você achava que jornal velho era coisa séria, com cara de paisagem e cheiro de tempo parado…
então você nunca viu a capa do O Dia de 20 de março de 1962.

Porque nesse dia, o jornal não trouxe só política.
Trouxe clima de comemoração.
Ou quase.

Em letras grandes, como se estivesse gritando de alegria:

"PONTO FACULTATIVO"

E aí, na sequência:

"UPE APOIA MOVIMENTO DOS ESTUDANTES DE FILOSOFIA: GREVE GERAL É PASSADA"

Tradução moderna:
👉 "Hoje não tem aula. A greve foi aprovada. A galera tá na rua. Pode comemorar!"

Sim, era uma greve.
Mas, vamos combinar:
quando o ponto facultativo cai numa terça-feira, até a resistência política vira motivo pra sorrir.


Os estudantes de Filosofia: os pensadores que pararam o país (com estilo)

Os alunos de Filosofia da Universidade do Brasil (hoje UFRJ) entraram em greve por melhores condições, autonomia e direito de pensar — o que, convenhamos, é bem importante pra quem estuda Descartes e Nietzsche.

E a UPE (União de Professores e Estudantes)?
Apoiou na hora.
Foi tipo:
— Se eles pararam pra pensar, nós paramos pra apoiar.

E assim, o movimento ganhou força.
Não foi só uma greve.
Foi um ato de rebeldia com bom humor.
Com direito a cartazes, debates na praça e, certamente, umas cervejas depois da assembleia.


"Stranho procedimento de Ney em Florianópolis" — ou o escândalo que virou piada

Outra manchete chamava atenção:

"STRANHO PROCEDIMENTO DE NEY EM FLORIANÓPOLIS: TRICO E ENERGIA ELÉTRICA"

Só faltou um emoji de olho espreitando.
Porque “procedimento estranho” + “trico” + “energia” soa exatamente como um plot twist de novela das oito.

Seria corrupção?
Seria um erro de digitação?
Ou só o jornal sendo o jornal — com aquele gostinho por um bom escândalo?

Tanto faz.
O importante é que, mesmo em 1962, a imprensa já sabia:
notícia boa é aquela que faz o leitor arregalar os olhos.


Mas e a cultura? Ah, a cultura estava em festa!

Além da política, a capa trazia um toque de leveza:

  • "Peres Kreischmann e o Pomo da Discórnio" — um trocadilho digno de piada de bar: o pomo da discórdia vira motivo de riso.
  • "Selva" — provavelmente uma peça de teatro, mas podia ser o nome da próxima balada.
  • "S.A. Pianos Otto Hahn" — um anúncio comercial que lembra que, mesmo em tempos de crise, alguém estava comprando piano.

Ou seja:
o Brasil de 1962 não era só tensão política.
Era greve, mas também cultura.
Era protesto, mas também riso.
Era história… com um toque de alegria.


O O Dia — o jornal que contava a notícia com personalidade

O O Dia, fundado em 1921, nunca foi daqueles jornais sisudos, de terno e gravata.
Ele era o maluco beleza da imprensa carioca — direto, engraçado, às vezes exagerado, mas sempre interessante.

E nessa capa de 20 de março de 1962, ele mostrou que até um dia de greve pode ter um lado bom:
👉 Ponto facultativo!
👉 Sem aula!
👉 Tempo livre pra pensar, conversar, protestar… e rir.


Por que essa capa é alegre?

Porque mostra que, mesmo em tempos difíceis, o povo brasileiro encontra um jeito de sorrir.
Que greve pode ser séria e divertida.
Que política pode vir com trocadilho.
E que um simples "ponto facultativo" pode virar motivo de celebração.

E olha…
se o jornal de 1962 já sabia que notícia boa é aquela que te faz sorrir, por que a gente não leva isso pra hoje?


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