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domingo, 7 de setembro de 2025

Curitiba em 1913: onde o cinema, o vinho e o bilhar se encontravam na Rua XV

 

 Curitiba em 1913: onde o cinema, o vinho e o bilhar se encontravam na Rua XV

🎬 Curitiba em 1913: onde o cinema, o vinho e o bilhar se localizavam na Rua XV

Imagine caminhar pela Rua XV de Novembro em setembro de 1913. O ar ainda carrega o cheiro de terra molhada da chuva da manhã. Um automóvel Ford T ronca ao passar, enquanto uma carruagem puxada por cavalos segue em ritmo mais lento, quase como um adeus ao século passado. À sua direita, as vitrines exibem garrafas de vinho importado, espartilhos artesanais, mesas de bilhar e — surpresa! — um cinema chamado Cine Smart , onde os curitibanos assistiram aos primeiros filmes mudos da história.

Essa não é ficção. É uma fotografia real , registrada em 1913, e que hoje faz parte do acervo da Casa da Memória (Coleção Julia Wanderley) . Vamos viajar sem tempo?


📍Onde estamos? Rua XV de Novembro, entre Barão do Rio Branco e Primeiro de Março

A foto nos coloca em um trecho da Rua XV de Novembro , entre a Rua Barão do Rio Branco (ao fundo) e a Rua Primeiro de Março — hoje conhecida como Rua Monsenhor Celso . Era ali, no coração do centro histórico, que Curitiba respirava comércio, cultura e modernidade.

Na imagem, vemos:

  • Calçadas de pedra, postes de iluminação elétrica (sinal da cidade moderna!);
  • Um automóvel e uma carruagem dividindo espaço — uma transição entre eras;
  • Fachadas elegantes de prédios de dois andares, com varandas, toldos e letreiros em destaque;
  • E, ao fundo, a imponente torre da Catedral Metropolitana , vigiando a cidade como um farol de fé e tradição.

Mas o que realmente encanta são os estabelecimentos à direita da foto — cada um com sua história, seu dono, seu aroma e sua clientela.


🍷 Da direita para a esquerda: um tour pelos negócios de 1913

Vamos fazer um passeio, loja por loja, como se estivéssemos lá:

1️⃣ Casa Villar — Importação de vinhos e conservas

Começamos pelo charme europeu. A Casa Villar era uma loja sofisticada, especializada em vinhos, azeites, conservas e produtos importados — provavelmente da França, Itália ou Portugal. Frequentada pela elite e pela burguesia urbana, era o local onde se comprava o vinho para o jantar de domingo ou as azeitonas para a festa de aniversário.

Imagina o cheiro de cortiça e madeira ao entrar... e o som do dono recomendando um tinto incorporado para acompanhar o assado.


2️⃣ Mutua Predial

Logo ao lado, uma instituição que mostra como a cidade já pensada em segurança e futuro: a Mútua Predial . Tratava-se de uma sociedade de previdência ou seguro imobiliário , onde comerciantes e proprietários se associavam para proteger seus bens contra incêndios, roubos ou desastres. Um sinal de que Curitiba cresceu — e com ela, as preocupações da vida moderna.


3️⃣ Fábrica de espargos de Theodoro Schaitza

Aqui, o cheiro muda: é de fibra natural, madeira e trabalho manual. Theodoro Schaitza produz espartilhos — bonecas feitas de fibra vegetal, como vassouras, escovas, cestos e esteiras. Muitas dessas fábricas foram mantidas por imigrantes europeus, que traziam técnicas artesanais de seus países. Um exemplo de indústria caseira que virou negócio de rua .

Hoje, chamamos de “sustentável”. Na época, era só “necessário”.


4️⃣ Salão de Bilhar de João Evangelista

Espaço de encontros, jogos e conversas masculinas — o salão de bilhar era o “bar dos homens” da época. Ali, discutia-se política, futebol, negócios... e, claro, apostava-se nas tacadas. João Evangelista, seu proprietário, devia ser figura conhecida no bairro — talvez até mediador de brigas ou conselheiro informal.

Nada de smartphones. O entretenimento era ao vivo, cara a cara, taco na mão.


5️⃣ Cine Smart — de Annibal Rocha Requião

E por fim, a cereja do bolo: o Cine Smart . Um dos primeiros cinemas de Curitiba , administrado por Annibal Rocha Requião — nome que ecoa até hoje na cidade, graças à família Requião, que marcou a política paranaense.

Em 1913, o cinema ainda era mudo, acompanhado por pianistas ao vivo. As sessões eram eventos sociais: as famílias se arrumavam, os casais se encontravam, as crianças se encantavam com as imagens em movimento. O Cine Smart não era apenas um lugar para ver filmes — era um portal para o mundo .

Pense: enquanto em Paris exibiam os irmãos Lumière, aqui, na plena Rua XV, Curitiba também fazia parte dessa revolução cultural.


🚗 Um automóvel, uma carruagem e o futuro chegando

No meio da rua, o símbolo máximo da transformação: um automóvel antigo — provavelmente um Ford T, o “carro do povo” que começou a circular no Brasil — dividindo espaço com uma carruagem puxada por cavalos . É a imagem perfeita de uma cidade em transição: entre o rural e o urbano, entre o passado e o futuro.

Curitiba, em 1913, já não era uma vila. Era uma cidade que se preparava para virar metrópole.


📜 Por que essa foto é tão especial?

Porque ela não mostra apenas prédios. Mostra pessoas, histórias, aromas, filhos e sonhos .

  • Mostra o imigrante que abriu uma fábrica de espartilhos;
  • O comerciante que importava vinhos da Europa;
  • O homem que jogava bilhar depois do trabalho;
  • A família que vai ao cinema aos domingos.

É um retrato vivo da alma de Curitiba — diversa, empreendedora, cultural, moderna.


📚 Acervo: Casa da Memória | Coleção Júlia Wanderley

Esta fotografia pertence à Coleção Julia Wanderley , uma das mais importantes coleções iconográficas da cidade, mantida pela Casa da Memória de Curitiba . Julia Wanderley foi uma incansável colecionadora de imagens, documentos e memórias — verdadeira guardiã do passado curitibano.

Nota no verso da foto: “de 15 de Setembro com 1913” — confirmando que a imagem foi registrada em setembro de 1913 .


💭 Conclusão: o que mudou — e o que permanece

Hoje, muitos desses prédios já não existem. Outros foram reformados, ocupados por novas lojas, cafés ou escritórios. Mas a Rua XV de Novembro continua sendo o coração de Curitiba — ainda movimentada, ainda cheia de histórias.

E se você passar por lá, pare um instante. Olhe para as fachadas. Imagine os cheiros, os filhos, as roupas, os rostos. Porque debaixo do asfalto e das placas de lojas modernas, ainda pulsa a Curitiba de 1913 — aquela que bebeu vinho, jogava bilhar, assistia cinema... e sonhava com o futuro.


📌 Gostou dessa viagem no tempo? Compartilhe com quem ama Curitiba, história ou fotografia antiga! E conte pra gente: quais lugares esses você gostaria de visitar se pudesse voltar no tempo?

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