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domingo, 3 de abril de 2022

datado de 1915, onde o autor da foto enquadrou a chegada do Bondinho Elétrico que fazia a linha Batel, trafegando em direção ao seu ponto na Praça Tiradentes.

datado de 1915, onde o autor da foto enquadrou a chegada do Bondinho Elétrico que fazia a linha Batel, trafegando em direção ao seu ponto na Praça Tiradentes.


Nenhuma descrição de foto disponível.Continuando a série Cartões Postais de Curitiba, hoje apreciaremos este lindo CP datado de 1915, onde o autor da foto enquadrou a chegada do Bondinho Elétrico que fazia a linha Batel, trafegando em direção ao seu ponto na Praça Tiradentes. Os bondes elétricos haviam chegado em Curitiba três anos antes e ajudaram a dinamizar o crescimento da cidade, conforme veremos:

No início de 1912, chegaram os primeiros bondes; eram 29 carros, importados da Bélgica e possuíam dois motores de 25 Hp cada. Vieram também 16 carros para carga, 03 para carne e um para o correio.

Em 07/01/1913, o jornal A República anunciava: "Começaram a trafegar hoje na linha do Batel dous bondes electricos, conduzindo avultado numero de passageiros. Hoje, até as 6 1⁄2 da tarde houve trafego para o Portão, de 1⁄2 em 1⁄2 hora, e amanhã continuara esse serviço, bem como será encetado o trafego na linha Matadouro. Dentro de 3 dias será feita a electrificação geral para o funccionamento de todas as linhas, ficando assim a nossa capital dotada do melhoramento há tanto tempo almejado."

Mais tarde, foram feitas novas experiências com os bondes que saíram da praça do Ouvidor, indo até o Portão. "No ponto final da linha, aguardavam a chegada dos bondes inúmeras pessoas que levantaram vivas ao governo do Estado, sendo oferecido a ele por uma criança do povo, um ramo de flores. No regresso à cidade, foi servido no próprio carro elétrico uma taça de champanhe às pessoas presentes", registrava o jornal A República.

Em Janeiro de 1913, começaram os serviços parciais de bondes elétricos. As primeiras linhas foram:

- Linha do Portão (circulava pelas ruas da cidade e terminava na região central);
- Linha Estação Batel – Seminário (ponto final defronte à mansão do Dr. Leão);
- Linha Juvevê (Saia do Paço Municipal, ia pela Mansão das Rosas e terminava no Juvevê).

Mais tarde, outras linhas serviram à cidade:

- Linha Polícia - América;
- Linha Estação – Fontana;
- Buenos Ayres – Fontana;
- Linha Asylo – cemitério (passava pela praça Garibaldi e pela rua Trajano Reis).

O serviço de Bondes, encerrou as atividades em Curitiba em Junho de 1952, com a última viagem percorrendo os trilhos da linha Portão.

Após a desativação, os bondes belgas foram vendidos aleatoriamente e desapareceram de Curitiba, porém, o bonde Birney nº 110, de algum modo sobreviveu nos fundos de uma garagem na Rua Barão do Rio Branco, local de uma oficina mecânica. Ele foi restaurado e colocado na Praça Tiradentes como decoração em novembro de 1999. Infelizmente, o bonde 110 foi removido da Praça Tiradentes em 2003 e agora está em um depósito.

(Cartão Postal, acervo IHG do Paraná)

Paulo Grani