quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Curitiba – Centro Cívico

 

Curitiba – Centro Cívico


A criação do Centro Cívico de Curitiba foi proposta, entre 1941 e 1943, por Alfred Agache, urbanista francês, a convite do governo estadual.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Centro Cívico
Localização: Curitiba-PR
Número do Processo: 05/2003
Livro do Tombo: Inscr. Nº 169-II

Descrição: Integram a relação de bens considerados patrimônios históricos do Paraná as seguintes construções: Palácio Iguaçu, Grupo Escolar Tiradentes, Praça 19 de Dezembro, Prefeitura Municipal, Casa da Criança, Tribunal do Júri, Palácio da Justiça, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Edifício Castelo Branco (anexo Museu Oscar Niemeyer) e toda a extensão da Avenida Cândido de Abreu (sem incluir as construções em seu entorno).
Fonte: CPC.

Descrição: A proposta de criação do Centro Cívico de Curitiba foi elaborada, entre 1941 e 1943, por Alfred Agache, urbanista francês, que desenvolveu um estudo urbanístico para Curitiba a convite do governo estadual. Consistia em um conjunto de edifícios administrativos estaduais (Palácio do Governo e respectivas secretarias, Assembleia Legislativa e tribunais de Justiça e de Contas) situados em torno de uma esplanada e ligados à cidade por um eixo monumental, a Avenida Candido de Abreu, que chegava até a Praça Tiradentes – marco inicial da cidade e onde seria erguida a nova sede da prefeitura. A proposta, no entanto, não foi levada a cabo.
Em 1950, a ideia principal de Agache foi retomada: no mesmo local escolhido, um novo projeto urbanístico e arquitetônico cria o Centro Cívico, símbolo da prosperidade econômica que o Paraná vivia e marco a ser erguido em homenagem ao centenário da sua emancipação da província de São Paulo, a ser comemorado em 1953. O projeto, referência da arquitetura modernista da cidade, foi elaborado pelos arquitetos David Azambuja, Olavo Redig dos Santos, Sérgio Roberto Santos Rodrigues e Flávio Régis do Nascimento.
As obras tiveram início em 1951 e, mesmo aceleradas, não foram concluídas a tempo para os festejos do centenário: o prazo exíguo, os problemas técnicos e construtivos resultantes de erros de sondagens, de projetos e de cálculos estruturais e, sobretudo, a grande geada do inverno de 1953 foram alguns dos problemas que inviabilizaram sua conclusão. Paulatinamente, os diversos edifícios projetados para o Centro Cívico foram concluídos, apresentando alterações em relação à proposta inicial. Outras edificações, inclusive o Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura Municipal, foram acrescentadas ao conjunto, que, desde 2012, encontra-se tombado pelo Patrimônio Estadual.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS 1
PANORAMA 360 GRAUS 2
PANORAMA 360 GRAUS 3
PANORAMA 360 GRAUS 4
PANORAMA 360 GRAUS 5
PANORAMA 360 GRAUS 6

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Curitiba – Colégio Estadual do Paraná

 

Curitiba – Colégio Estadual do Paraná


A sede atual do Colégio Estadual do Paraná foi inaugurada no dia 29 de março de 1950 na presença de várias autoridades.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Colégio Estadual do Paraná
Localização: Av. João Gualberto, s/n – Curitiba-PR
Número do Processo: 03/93
Livro do Tombo: Inscr. Nº 118-II

Descrição:  A sede atual do Colégio Estadual do Paraná foi inaugurada no dia 29 de março de 1950 na presença de várias autoridades. O colégio representa a continuidade do tradicional Lycêo de Corytiba, fundado em 1846. Na época da sua entrega ao público, era considerado não só o maior colégio da América do Sul, como também o mais moderno, em função dos recursos educacionais e administrativos de que era dotado.
Erguido afastado do alinhamento, o que faz destacar sua imponente volumetria, situa-se nas proximidades do Passeio Público de Curitiba. Inserindo-se, por consequência, em área também protegida.
É um prédio de quatro pavimentos, ocupando área de aproximadamente 43.140 metros quadrados, consoante o projeto original, desenvolvido sobre planta em U, dispunha de 50 salas de aula com capacidade para 50 alunos cada, além de laboratórios destinados ao ensono de disciplinas específicas, salas/ambiente, salas destinadas às atividades administrativas, cinema/teatro com capacidade para 1000 pessoas, salão nobre com 400 lugares, bibliotecas, almoxarifado, além de espaços outros relacionados a atividades docentes e discentes. Composto de três blocos, os dois laterais erguido sobre pilares – o que permite o aproveitamento dos espaços livres para fins diversos, em relação ao alunado – , além de sua relevante importância arquitetônica transformou-se, com o passar do tempo, em destacado marco sociocultural do estado do Paraná.
Fonte: CPC.

Descrição: O Colégio Estadual é a escola mais antiga do Paraná, datada de 1846. Ao longo desta longa trajetória, teve várias denominações e algumas sedes. Na década de 1940, as instalações da Rua Ébano Pereira estavam acanhadas, devido ao grande número de alunos. Inicialmente, foi cogitada uma nova sede na Praça Santos Andrade, onde hoje encontra-se o Teatro Guaíra. A pedra fundamental da obra chegou a ser assentada, mas ela não foi iniciada uma vez que o terreno não comportava as instalações esportivas.
Outra área foi escolhida, na Avenida João Gualberto ao lado do Passeio Público, com 43.137,63m² de superfície. A Companhia Construtora Nacional ficou responsável pela obra e o novo projeto, concebido pelo arquiteto Francisco Basile, contou com programa arquitetônico mais completo que o anterior: edifício principal, ginásio de esportes, piscina olímpica, piscina de aprendizagem, campo de esportes e casa do zelador.
A construção, iniciada em 1944, foi concluída seis anos depois, demora justificada pela dificuldade financeira, falta de mão-de-obra qualificada e escassez de material construtivo. A cerimônia de inauguração, em 29 de março de 1950, dia do aniversário de Curitiba, contou com a presença do então Presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, do Ministro da Educação, Clemente Mariani, do então Governador do Paraná, Moysés Lupion, e de secretários estaduais, entre os quais Erasmo Pilotto, da Educação e da Cultura.
A grandiosidade da obra pode ser percebida sob vários ângulos: são 20.000m² de área construída, custo de Cr$ 48.653.925,10; 56 salas de aula (incluindo laboratórios e anfiteatros); capacidade para atender 1.950 alunos por turno; salão nobre com 317,88m²; auditório para 900 pessoas; biblioteca de 383,76 m²; sete salas de desenho, sala de música e quatro de trabalhos manuais.
Até hoje o Colégio Estadual do Paraná mantém a posição de maior e mais importante escola pública do Paraná. É tombado pelo Patrimônio Estadual desde 1994 e está classificado como Unidade de Interesse de Preservação (UIP) do município.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Curitiba – Colégio Estadual Lysímaco Ferreira da Costa

 

Curitiba – Colégio Estadual Lysímaco Ferreira da Costa


A obra do Colégio Estadual e antigo Grupo Escolar Lysimaco Ferreira da Costa foi iniciada em 1943, pela firma Caron & Vellozo, e concluída em 1946.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Colégio Estadual Lysímaco Ferreira da Costa
Localização: Av. Iguaçu, esquina com Av. Castro Alves – Bairro Água Verde – Curitiba-PR
Número do Processo: 06/2012

Descrição: O Colégio Estadual e antigo Grupo Escolar Lysimaco Ferreira da Costa, situado no bairro Água Verde, foi construído em um terreno de 6.161,00 m2, na esquina da Av. Iguaçu com a Av. Castro Alves. A obra foi iniciada em setembro de 1943, pela firma Caron & Vellozo, e foi concluída em setembro de 1946. Esse projeto é o melhor exemplo da influência da arquitetura neocolonial na construção de escolas em Curitiba.
A escola teve outras denominações no passado: quando foi inaugurada, em 1936, chamava-se Escola Isolada da Água Verde e funcionava em uma pequena casa de madeira, situada na Rua Carneiro Lobo. Em 1937, recebeu o nome de Casa Escolar da Água Verde, mudando-se para a Rua República Argentina. Em 1939, a instituição recebeu o nome de Escola Reunidas da Água Verde e, pelo Decreto n.° 9.515, de 14 de fevereiro de 1940, passou a denominar-se Grupo Escolar da Água Verde.
Após o Decreto n.º 2.268, de 29 de janeiro de 1946, o interventor do estado, Clotário Portugal, determinou que o Grupo Escolar Água Verde passasse a ser denominado Grupo Escolar Lysimaco Ferreira da Costa.
Esse prédio se diferenciou dos demais grupos escolares pelas suas referências arquitetônicas. Em 1964, passou a oferecer a Escola Normal, que deu um status ao colégio, pois transformou-se numa das referências na formação de professores.
Quanto ao modelo construtivo, incorporou estilos da arquitetura barroca, combinação de referências coloniais brasileiras e elementos da arquitetura religiosa. | Assim, mesclaram-se arcadas e balcões para a composição da fachada. O corpo central dessa fachada assemelha-se aos frontispícios de algumas igrejas e conventos.
A linguagem neocolonial aparece, mais visivelmente, nos frontões curvos e nas colunas com arcos rebaixados. Os requadros de janelas e portadas imponentes dão o tom barroco brasileiro, juntamente com galerias, balcões e vidraças decoradas em mosaico. Outro ponto interessante é o guarda-corpo de sacada, com elementos vazados em formato de meia-lua, como se fossem varandas de casas residenciais. Os telhados planos, de telhas-canal e largos beirais, inspiram-se na arquitetura religiosa.
Fonte: CPC.

Descrição: A construção da sede do Grupo Escolar Lysimaco Ferreira da Costa teve início em setembro de 1943. Em 4 de dezembro de 1946 ocorreu a inauguração da escola, com a presença de diversas autoridades. O Jornal O Dia saúda a iniciativa:
“Grupo – Escolar Lysimaco Costa – Inaugurado ontem o modelar educandário
Revestiram-se de excepcional brilhantismo as solenidades ocorridas, na manhã de ontem, da inauguração do grupo escolar “Lysimaco Costa”, localizado no Bairro do Água Verde.
Com instalações moderníssimas que obedecem aos requintes da mais adequada técnica, otimamente aparelhado, esse estabelecimento de ensino primário, de enorme valor educacional para a nossa terra; situa-se como uma casa modelar, no gênero, em todo o Estado.”
O edifício com suas linhas neocoloniais é um importante exemplar da diversidade formal que a arquitetura curitibana apresentava naquele momento. É tombado pelo patrimônio estadual desde 2012.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS: