quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Curitiba – Casa Kirchgässner

 

Curitiba – Casa Kirchgässner


A Casa Kirchgässner, em Curitiba-PR, foi projetada em 1929 por Frederic Kirchgässner e concluída em 1932. Marco da arquitetura modernista.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Casa Kirchgassner
Localização: R. 13 de Maio, nº 1224 – Curitiba-PR
Número do Processo: 03/88
Livro do Tombo: Inscr. Nº 115-II

Descrição: Projetada em 1929 pelo arquiteto Frederic Kirchgässner para sua moradia, e concluída em 1932, essa casa é um verdadeiro marco da arquitetura modernista, no Paraná, e uma das primeiras do Brasil.
Mesmo em terreno íngreme, de acordo com o próprio Kirchgässner, a casa foi construída, na época, num local estratégico, pois possuía a vista da cidade e a panorâmica da Serra do Mar, visão esta que não é mais possível atualmente.
Kirchgässner conseguiu realizar só mais uma casa nas linhas do modernismo, a de seu irmão na Rua Visconde de Nacar, antes de se curvar ao gosto conservador vigente na época, em Curitiba e adotar uma linguagem eclética nas suas obras posteriores.
Após o falecimento de F. Kirchgässner, em 1988, no intuito de salvaguardar um importante exemplar da arquitetura paranaense, fase modernista, o bem foi tombado pelo Estado do Paraná.
Fonte: CPC.

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Frederico Kirchgässner (1899-1988) nasceu na Alemanha, mas foi registrado no Brasil. Desde a infância manteve intensa conexão com a sua terra natal, o que permitiu absorver o espírito de vanguarda das primeiras décadas do século 20. Incentivado por seu tio Franz, Reitor da Escola Feminina de Baden Baden, iniciou seus estudos em artes e arquitetura, por correspondência.

Estas experiências o diferenciam das obras de influência italiana produzidas em Curitiba por Ernesto Guaita (1843-1915) e João de Mio (1879-1971) na arquitetura; e de Guido Viaro (1897-1971) e Theodoro de Bona (1904-1990) na pintura.

Croqui da casa em bico de pena, Curitiba, sem data. Arquiteto Frederico Kirchgassner
Imagem divulgação [Acervo Família Kirchgassner]

Em 1929 faz sua segunda viagem à Europa, para obter seus diplomas de Artes e Arquitetura e também contrair matrimônio com sua prima Hilda (1902-1999), filha de Franz Kirchgässner. Retornando ao Brasil, desenhou a nanquim sobre tecido a Planta de Curytiba como funcionário da Prefeitura.

No Brasil, Hilda manteve sua atividade artística pintando aquarelas e obtendo reconhecimento no I Salão Paranaense (1941). Frederico produziu óleos sobre tela, com temas fantásticos incluindo escritas poéticas em alemão.

Em 1930, Frederico projetou e construiu sua própria casa. Uma pequena obra-prima no modo como implantou a casa no terreno e como distribuiu o programa nos diversos pavimentos; no uso de paredes duplas que propiciam conforto térmico; no desenho dos pórticos e na utilização do terraço do último pavimento; na racionalidade da concepção da cozinha em corredor e no requinte dos detalhes construtivos.

Kirchgässner também desenhou e executou o mobiliário da suíte do casal, a mesa e o sofá da sala de estar, além de outras peças do interior da casa, dentro do espírito do início do modernismo, quando não se dispunham de móveis industrializados que acompanhassem a estética da casa.

Casa Bernardo Kirchgassner, Curitiba, década de 1930. Arquiteto Frederico Kirchgassner
Foto divulgação [Acervo Família Kirchgassner]

Projetou ainda a casa para seu irmão Bernardo, em 1936, com as mesmas concepções de volumetria e detalhamento construtivo. O arquiteto aqui se utilizou de tons de rosa, contrastando com os tons de amarelo de sua casa.

Inserido na formação multicultural de Curitiba, Kirchgässner executou as primeiras casas modernistas da cidade dentro do espírito das vanguardas da Alemanha dos anos 1920. Contemporâneas e ao mesmo tempo diferentes das exemplares modernistas de Gregori Warchavichik (1896-1972) em São Paulo, Kirchgässner projetou suas casas com programas para moradores específicos, com técnicas e funcionalidades para uso urbano, sem preocupação de se constituírem modelos racionais a serem reproduzidos.

Durante o período da Segunda Guerra Mundial, as manifestações anti-germânicas e o fechamento das Deutscheschulen na cidade, aliado ao seu caráter introspectivo, provocaram um recolhimento das atividades de Kirchgässner. Somente em 1989, um ano após sua morte, com uma retrospectiva na Galeria Banestado, houve o início o redescobrimento de suas obras.

Cartaz da exposição
Imagem divulgação

nota

NA – texto curatorial da exposição Kirchgässner, um modernista solitário, curadoria de Salvador Gnoato, Museu Oscar Niemeyer – MON, Curitiba, 21 de fevereiro a 04 de junho de 2017. Coordenação geral: Rebeca Gavião Pinheiro; texto crítico: Hugo Segawa; assistente de produção: Ellen Piragine e Jordana Cristina Machado; montagem: Emerson Rogoski e Juliano Carneiro; laudo técnico: Suely Deshermayer; fotografia: Ito Cornelsen

sobre o autor

Salvador Gnoato, arquiteto e professor titular na PUCPR, curador da exposição Kirchgässner, um modernista solitário.

Curitiba – Casa das Mercês

 

Curitiba – Casa das Mercês


Cristiano Osternack morou na Casa das Mercês, em Curitiba-PR. Alemão, emigrou para o Brasil em 1847 e fundou a primeira olaria da cidade.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Casa Onde Morou Cristiano Osternack – Casa das Mercês
Outros Nomes: Casa onde morou Cristiano Osternack
Localização: R. Solimões, nº 344 – Mercês – Curitiba-PR
Número do Processo: 73/79
Livro do Tombo: Inscr. Nº 72-II
Uso Atual: Restaurante Armazém Santo Antônio

Descrição: Casa que serviu de residência a Cristiano Osternack. Alemão, natural de Auterlandi – Hamburgo, que emigrou para o Brasil em 1847, aportando em São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina. Sabe-se que ficou pouco tempo em São Francisco e de lá veio morar em Curitiba, onde fundou a primeira olaria da capital paranaense, na região das Mercês.
Em 1870, próxima a sua olaria, edificou a casa para sua moradia. De arquitetura simples, com um pavimento e sótão, foi construída em alvenaria de pedras e tijolos, dos quais provavelmente oriundos da própria olaria. No ano de 1987, passou por obras de restauro onde foi locada para a empresa Aresta Arquitetura e Restauro Ltda.
Fonte: CPC.

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Curitiba – Antiga Sede da Universidade Federal do Paraná

 

Curitiba – Antiga Sede da Universidade Federal do Paraná


A Antiga Sede da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba – PR, foi tombada por sua importância arquitetônica, histórica e cultural.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Casa Sita à R. Comendador Araújo, 268 (Antiga Sede da Univ. Fed. do Paraná)
Outros Nomes: Antiga Sede da Universidade Federal do Paraná
Localização: R. Comendador Araújo, nº 268 – Curitiba-PR
Número do Processo: 55/75
Livro do Tombo: Inscr. Nº 54-II
Uso Atual: Shopping Omar

Descrição: No dia 19 de dezembro de 1912, em sessão solene, a Assembléia Legislativa estadual instalou a Universidade do Paraná, decidindo então o governo do estado alugar essa casa para, provisoriamente, abrigar sua sede. Já no ano seguinte ali começaram a funcionar os cursos de Ciências Jurídicas e Sociais, Engenharia, Odontologia, Farmácia e Comércio. Com a conclusão, em 1914, da sede própria, passa esse sobrado a abrigar maternidade destinada ao ensino prático de obstetrícia. Em 1930 é transferida, sendo inaugurado no local o Instituto da Criança.
Dez anos depois a universidade deixa a casa, retornando essa a sua primitiva função comercial. A importância cultural desse sobrado diz respeito ao fato de ter sido a primeira sede da Universidade Federal do Paraná. Arquitetonicamente não apresenta particular interesse, situando-se como um dos anônimos exemplos de sobrados de alvenaria de tijolo – comércio embaixo, residência em cima – implantado na testada, colado às divisas laterais, que compuseram o cenário edificado de Curitiba do século passado.
Fonte: CPC.

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Curitiba – Casarão dos Parolin

 

Curitiba – Casarão dos Parolin


O Casarão dos Parolin foi construído por uma família italiana no início do século passado. A sede da chácara originou o bairro da Vila Parolin.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Casarão dos Parolin
Localização: R. Brigadeiro Franco, esquina com Travessa Livorno – Curitiba-PR
Número do Processo: 19/90
Livro do Tombo: Inscr. Nº 110-II

Descrição: Ficou conhecida pelo nome da família de origem italiana que no início do século passado veio a construir como moradia e sede da chácara que deu origem ao bairro da Vila Parolin. Segue modelo arquitetônico muito apreciado pelos imigrantes do sul do Brasil: casa térrea com sótão habitável obtido pela acentuada inclinação das duas águas do telhado. A fachada principal é vazada, no terreno, por várias janelas; e no sótão, por duas portas abertas para um balcão e três óculos circulares de ventilação de forro. São elementos ornamentais de madeira os lambrequins do beiral e o guarda – corpo do balcão.
Fonte: CPC.

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Curitiba – Castelo do Batel

 

Curitiba – Castelo do Batel


O Castelo do Batel, em Curitiba-PR, é uma residência em alvenaria, construída entre 1924 e 1928. Projeto do arquiteto Eduardo Fernando Chaves.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Castelo do Batel
Localização: Avenida do Batel, nº 1323 – Curitiba-PR
Número do Processo: 46/74
Livro do Tombo: Inscr. Nº 45-III

Descrição: Casa de residência, em alvenaria, construída entre os anos de 1924 a 1928. O projeto foi do arquiteto Eduardo Fernando Chaves. O reboco externo é de cimento com areia torrada e o interno foram feitos com gesso e ornamentados com molduras também em gesso. A cobertura é de telhas Eternit Belgas, as portas internas com esmalte branco francês. A área construída, incluindo o grande terraço da frente, mede 1000 metros quadrados num terreno de 10.500 metros quadrados. O Castelo do Batel foi considerado na época a mansão residencial ”sem paralelo no Brasil” por seu estilo puro e aprimorado. Está situado na Avenida Batel, 1323, em Curitiba.

CASTELO DO BATEL: Em 1923, Luís Guimarães, cidadão de muitas posses, adquiriu das famílias Gomm e Whithers e da Mitra Diocesana uma área de 10.500m, encomendando ao arquiteto Eduardo Fernando Chaves “uma residência parecida com algumas das mais magníficas que fiquei conhecendo…”, conforme ele mesmo depôs ao Patrimônio do Paraná. Iniciada a construção em 1924, terminou só quatro anos depois, pelas dificuldades de execução dos requintados detalhes de acabamento e pelo emprego de variada gama de materiais e peças importadas da Europa.
A pintura interna foi feita por dois artistas europeus, as telhas planas de fibrocimento, Eternité, vieram da Bélgica, as louças sanitárias, do fabricante francês Jacob de Lafont, e a tapeçaria e ornamentação interna, de Paris. Com 1000m de área construída, 3000m de jardim, amplas garagens, quadra de tênis, foi o “castelo” durante muitos anos a principal referência arquitetônica da cidade e cenário de recepções e festas de grandes repercussões nos abastados meios curitibanos.
Posteriormente, a casa foi vendida a Moisés Lupion, ex-governador do Paraná, que chegou a morar no local. Durante aproximadamente seis meses o sótão do Castelo foi ocupado pelo artista Miguel Bakun, que, como agradecimento à Lupion, fez desenhos em todas as paredes do sótão. Em seguida, o local foi alugado à Rede Globo. Hoje o Castelo é alugado para a realização de eventos sociais e empresariais.
Situada em uma esquina do tradicional bairro, outrora aristocrático, do Batel, destaca-se pela ampla arborização e pelos jardins, entrevistos através dos magníficos portões e grades de ferro forjado. À semelhança de um pequeno castelo renascentista francês, destacam-se na mansão um torreão cilíndrico de cobertura cônica, os portais de arco pleno e as mansardas da cobertura. O telhado, de fonte inclinação, aparenta, de longe, ser feito com ardósia. Trata-se, porém, de placas quadradas de fibrocimento. Os paramentos de cor cinza, das paredes externas, são tratados à bossagem. Frontões em arco interrompido e triangulares na platibanda, colunetas ombreando a entrada principal, portas almofadadas de madeira entalhada, vitrais, pisos de mármore no adro, são os detalhes externos de acabamento mais expressivos. Internamente destacam-se os trabalhos em gesso dos tetos.
Fonte: CPC.

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PANORAMA 360 GRAUS 1
PANORAMA 360 GRAUS 2

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