quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Lapa – Igreja Santo Antônio

 

Lapa – Igreja Santo Antônio


Em 1784, a Igreja Santo Antônio deveria estar concluída. Como a maioria das igrejas no país não foi dada por concluída por falta de mão de obra e material.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Igreja Santo Antônio – Matriz da Lapa
Localização: Praça da Matriz – Lapa-PR
Número do Processo: 36/72
Livro do Tombo: Inscr. Nº 35-II

Descrição: A abertura da estrada que em 1728 partia do Morro dos Conventos em Araranguá, Santa Catarina – mais tarde foi feita a ligação para Viamão, no Continente de São Pedro do Rio Grande -, e demandava Sorocaba, possibilitou a viagem do gado das vacarias daquela região com destino a São Paulo. Ao longo desta estrada, conhecida também por Estrada da Mata, estabeleceram-se pousos e invernadas, para a engorda do gado, antes que este chegasse ao ponto de destino, conforme o comprova Auguste Saint-Hilaire, o ilustre viajante francês que no curso de seis anos percorreu o Brasil: “aproveitavam-se as excelentes pastagens dos campos gerais, para aí fazer invernar as imensas tropas de gado procedentes do Rio Grande do Sul”.
À medida que esses pousos foram se desenvolvendo e se transformando em pequenas povoações, teve início, concomitantemente, a distribuição de sesmarias na área que hoje corresponde à Lapa, feita, pouco tempo depois, freguesia de Santo Antônio da Lapa, e em 1806, vila Nova do Príncipe de Santo Antônio da Lapa, conforme consta de documentação eclesiástica e civil.
Entre 1740 e 1769 foram outorgadas sesmarias a Ignácio da Costa, Leandro da Costa, Manoel da Luz, Antônio Gonçalves dos Reis, ou Rodrigues, e João Pereira Braga, sesmarias essas de conformidade com a política perseguida pela Coroa de Portugal de povoamento e ocupação dos territórios interiores do Brasil.
O pouso, paragem, prestava-se perfeitamente para os tropeiros, em razão de estar a média distância entre o início e o fim da viagem. Tornou-se, portanto, parada obrigatória, fato que motivou a fixação de alguns moradores, os quais, dentro de suas possibilidades, atendiam aos problemas advindos da longa viagem desde as pastagens do Sul.
O certo é que não demorou muito tempo para que vários tropeiros e arribados ao local resolvessem estabelecer-se na área, iniciando pequena póvoa. Anos passados, solicitaram ao governador da capitania de São Paulo que fosse criada uma freguesia e se determinasse a construção da igreja “onde se celebrassem os ofícios divinos, para pasto espiritual de seus moradores”, o que se confirma através de consulta aos Livros de Tombo usados para batizados e casamentos da capela de Nossa Senhora da Conceição de Tamanduá, situada a cinco léguas ao Norte da atual cidade da Lapa.
Em 6 de agosto de 1768, atendendo ao pedido dos moradores de Santo Antônio do Registro, D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, morgado de Mateus, capitão-general e governador da capitania de São Paulo, através de carta, “houve por bem conceder, uma légoa de terras de testada e outro tanto de certão, para constituir o patrimônio e conservação de huma igreja que ha de ser edificada”, pois, consoante opinião corrente, “não se podia erigir igreja sem se fazer patrimônio”.
Ato contínua, para demarcação e posse das terras foram designados o tenente-coronel Afonso Botelho de Sampáio e Souza, ajudante-de-ordens e primo do governador, e o medidor oficial, os quais, juntamente com o procurador da câmara, deram início ao trabalho, com “corda medida de dez braças craveiras”. O auto da demarcação e posse das terras que configuravam o patrimônio da igreja foi lavrado em 13 de junho de 1769, e em seu nome assinou padre João da Silva Reis, que era natural de Curitiba. A nova freguesia tomou por Orago Santo Antônio.
Só em 13 de junho de 1797, entretanto, a capitania de São Paulo criou a “Freguesia de Santo Antônio da Lapa, sob jurisdição da Vila de Curitiba”, que, segundo a própria Carta de Sesmaria, “ficava na ‘paragem’ da Lapa”. De acordo com o Livro nº 2 do Tombo da Matriz da Lapa, o padre João da Silva Reis era o vigário da freguesia de São José dos Pinhais, mas como houvesse herdado fazenda na região da Lapa, solicitara sua transferência para a nova freguesia, na qual, segundo consta de documentação, passaria a possuir três fazendas: a primeira, na Lapa, com 81 cabeças de gado e três escravos, produzindo, anualmente, um alqueire de milho e outro de feijão (1772); a segunda, nos Campos do Tenente, adquirida por 500 mil-réis, com 200 vacas e 20 touros (em 26 de agosto de 1780); a terceira, na Boa Vista, doada por seu testamenteiro (24 de maio de 1803).
De acordo com documentação existente, o primeiro padre nomeado, João da Silva Reis, era filho de “João Pereira Braga e de Josepha Gonçalves da Silva, portugueses ambos, ele administrador de várias fazendas nos Campos Gerais, o que lhe dava direito a um quarto da criação”, por ano, permitindo-lhe posteriormente estabelecer-se como fazendeiro.
Após a concessão da sesmaria foram iniciadas as obras da matriz, em substituição à tosca ermida que servia aos moradores. Embora se ignore sua localização, de acordo com o Livro nº2 de Tombo não seria muito distante da atual igreja, e foi nela que se realizou o primeiro batizado da nova freguesia, em 13 de junho de 1769. Foi de uma menina que se passou a chamar Joana, “filha legítima de Antônio Rodrigues Pereyra e Francisca Fernandes de Syqueira, naturais desta freguesia, foram padrinhos José da Sylveira e sua mulher Maria Luiz de Syqueira, todos moradores nesta Freguesia” – o que confirma a existência de moradores na Lapa em data anterior a 1769.
No ano de 1784, data assinalada na verga da portada principal, a Igreja Matriz de Santo Antônio já estaria concluída, e apesar da provisão da benção haver sido concedida em 1786, só cinco anos depois, no dia 31 de outubro, foi cumprida. Em 1802, segundo documentação, a matriz foi visitada pelo padre Luiz José de Carvalho, de Curitiba, que recomendou “o complemento de suas obras”, uma constante na maioria das construções de igrejas, no país: jamais eram dadas por concluídas, pois era difícil a mão de obra e quase impossível a aquisição do material apropriado.
Por volta de 1840 “uma grande bacia de pedra de grés e granito da Lapa, toscamente lavrada”, viria substituir a gamela de madeira até então utilizada como pia batismal, e no Livro nº 2 do Tombo o padre João Evangelista comenta haver visto dita gamela “em casa de um morador da cidade, pintada a óleo e bem conservada”. No decorrer de todo o século XIX, pelo que consta de documentação, a matriz sempre esteve em obras: em 1841, era o “telhado que precisava de reparos e esboço”; e logo adiante, se pede “seja rebocada, reentalhada toda a construção e recuperado seu assoalho, construir-se a torre e reparar-se o frontispício”. Em 1873, de novo, o telhado estava com problemas e eram pedidos recursos financeiros para “ladrilhar parte dos corredores e fazer uma torre, não só necessária para o edifício em si, como para seu aformoseamento”.
Durante o ano de 1874, com a ajuda do governo da província e da Irmandade do Santíssimo Sacramento, foi concluída a “parte acrescentada à matriz”, conforme o atesta a data na ventoinha colocada sobre o telhado-campanário. Mas em 1878, de novo, solicitações “para que se reboquem e caiem as paredes internas, seja reparado o forro do corredor, o trono e parte que se dirige para a torre”.
Segundo depoimentos de pessoas do lugar, a matriz não tinha mobiliário, pelo menos no que respeita a bancos para os fiéis. A balaustrada de madeira torneada, retirada na década de 70 daquele século de seu interior, dataria de fins do século XIX ou começo do século XX. Nela foram sepultados os coronéis Gomes Carneiro e Cândido Dulcídio, heróis do Cerco da Lapa, durante a Revolução Federalista de 1894.
A edificação constitui bom exemplo da arquitetura luso-brasileira da segunda metade do século XVIII, pelo emprego da técnica em pedra, pela torre-sineira e pelo desenho barroco do frontão. De grande interesse ornamental, os elementos da fachada feitos em grés (arenito local), portada e requadros de ensilharia.
À altura do coro, na fachada principal, três janelas em guilhotina, divididas em quadrículos. Encimando o frontão, que é vazado por óculo polilobulado, o cruzeiro e, lateralmente, coruchéus como arremate dos cunhais. A igreja, de planta retangular, se divide em nave, capela-mor e sacristia, aos fundos. É coberta por telhado em duas águas na nave e capela-mor. Do lado esquerdo da fachada, a torre-sineira é recoberta Por telhado em quatro águas.
Encontra-se em bom estado de conservação e é mantida pela paróquia local. Em 1827 Debret documentou-a em aquarela, com panorama da então Vila Nova do Príncipe.
Fonte: CPC.

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Palmeira – Solar Conselheiro Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá

 

Palmeira – Solar Conselheiro Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá

Estima-se que o Solar Conselheiro Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá seja de meados do séc. XIX. Família que lidava com tropas de gado.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Solar Conselheiro Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá
Outros Nomes: Solar Jesuíno Marcondes
Localização: R. Coronel Pedro Ferreira, nº 223 – Palmeira-PR
Número do Processo: 24/70
Livro do Tombo: Inscr. Nº 24-II
Uso Atual: Museu Histórico de Palmeira – Dr. Astrogildo de Freitas

Descrição: Não se conhece a data exata de sua construção, no entanto estima-se que seja de meados do século XIX. O solar, localizado na cidade de Palmeira, é indissociável da família Marcondes de Oliveira e Sá e da família Araújo, tradicionais na lida de tropas de gado e incentivadoras do povoamento de Palmeira.
O Coronel Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá nasceu em Palmeira no ano de 1827. Em 1849, formou-se em Ciências Sociais e Jurídicas na Academia de Olinda. Chefe do Partido Liberal, é longa sua ficha de serviços prestados ao Paraná e ao Brasil.
Foi inspetor geral de Educação da Província do Paraná; dela foi vice-presidente entre 1878/9; foi deputado da Província nos biênios de 1854-55, 1856-57, 1860-61. Foi representante do Paraná na Câmara Imperial na 10ª, 12ª e 18ª legislaturas; Ministro de Estado dos Negócios de Agricultura, Comércio e Obras Públicas quando autorizou as comissões Keller e Jardim a efetuarem explorações para verificar a navegabilidade dos rios Iguaçu, Paranapanema, Tibagy e Ivay, mandou abrir uma estrada entre Palmas e Corrientes, impulsionou a abertura da Estrada da Graciosa e deu início a uma estrada entre Curitiba e o Porto de S. Francisco. Esta última obra foi sustada por ir contra os interesses dos conservadores de Paranaguá.
Estava à frente do governo da Província quando foi proclamada a República, de modo que foi último Presidente da Província do Paraná. Poucos meses após o advento da República, mudou-se com sua família para Genebra onde faleceu em outubro de 1903.
O tombamento do Solar Jesuíno Marcondes justifica-se por estar ligado a este vulto da história do Paraná, por suas características arquitetônicas e pelo fato de a família tê-lo doado ao município com uma cláusula que especifica seu uso para instituições ligadas á cultura.
Fonte: CPC.

Descrição: O Solar Conselheiro Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá, prédio que está localizado o Museu Dr. Astrogildo de Freitas, foi construído em forma de “L” numa área de aproximadamente 450m², sendo 228 m² no andar superior e o restante nas duas partes térreas. No andar superior estavam requintados móveis, onde ficava a família e uma grande sala para as festas. No andar inferior ficavam a parte de serviços e os quartos dos empregados, (provavelmente os escravos).
De acordo com a historiadora Vera Lúcia de Oliveira Mayer, não se tem uma data certa da construção do Solar, mas data de aproximadamente 1850, antes da instalação da Província do Paraná (1853). Quanto ao construtor, alguns historiadores alegam ser o próprio Jesuíno Marcondes, outros apontam seu tio, o capitão Domingos Inácio de Araújo, o qual era ligado ao ramo de construções. As características arquitetônicas são de estilo colonial, e tem como curiosidade a de ser a primeira construção da região em receber vidros em suas janelas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Morretes – Casa Rocha Pombo

 

Morretes – Casa Rocha Pombo


A casa em que Rocha Pombo nasceu é moradia simples, de um pavimento, construída em alvenaria de pedra e tijolos, em meio a área ajardinada.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Casa Rocha Pombo
Localização: Largo Dr. José Pereira, nº 43 – Morretes-PR
Número do Processo: 41/73
Livro do Tombo: Inscr. Nº 40-II

Descrição: Os primitivos moradores da localidade onde hoje se situa a cidade de Morretes, no sopé da Serra do Mar, foram aventureiros e mineradores que procediam de vilas e póvoas paulistas, chegados antes de 1646. Na região, entre 1648 e 1653, foram descobertas jazidas de ouro, localizadas, sobretudo, nos rios do Pinto, Guarumbi e Cubatão.
Em 1721, o ouvidor Rafael Pires Pardinho, através de provimento, determinou que a Câmara Municipal de Paranaguá demarcasse 300 braças em quadra para servir de local à sede da futura povoação de Morretes, o que só ocorreu em 1733, através de outra provisão, esta do ouvidor Antônio Alves Lanhas Peixoto. Procedeu –se à determinação das terras no “porto”, o qual passou a sediar o povoado que se desenvolveu com extrema lentidão. Só em 1º de março de 1841, pela Lei Provincial de São Paulo nº 16, foi criada a Vila de Nossa Senhora do Porto de Morretes, desmembrando-se o município do de Antonina. Nhundiaquara, por algum tempo – a nova denominação, por força da Lei Provincial nº 188, de 24 de março de 1869 -, Morretes voltou a assim chamar-se em definitivo a partir de 7 de abril de 1870, consoante a Lei Provincial nº 227.
O progresso de Morretes no século XIX foi devido, exclusivamente, á sua posição entre o litoral e o planalto. Segundo Romário Martins, plantada na raiz da serra, Morretes se situava bem na via fluvial do Cubatão, “no roteiro seguido pelas embarcações que do Porto do Rocio de Paranaguá demandavam o Porto de Cima, onde a navegação se interrompia“. De Paranaguá, os barcos subiam até Barreiros e daí, via rio Nhundiaquara – também chamado de Cubatão – , passando por Morretes, atingiam o Porto de Cima.
Assim, todo o comércio entre o planalto e o litoral por ela transitava, o que a transformou em importante entreposto. No período compreendido entre 1811 e 1832, essa atividade sobrepujou todas as demais, favorecida pela instalação de vários engenhos de beneficiamento da erva-mate. Entretanto, com a construção da Estrada de Ferro do Paraná, Morretes veio a decair, cessando, inclusive, o movimento dos engenhos de mate. Durante anos a fio muitas de suas atividades comerciais e industriais viveram em plena recessão.
Inexistem elementos preciosos a respeito do ano em que a casa de Rocha Pombo foi construída e por quem. Conforme documentação da época, quando o Paraná se preparava para as comemorações do centenário de nascimento de um de seus mais ilustres filhos, o historiador, jornalista, escritor e professor José Francisco da Rocha Pombo, foi criada Comissão Estadual que, entre outras sugestões, propôs que, em Morretes, sua terra natal, fosse erguido um monumento em sua homenagem, além de para lá ser transladada uma biblioteca pública, tornando-se, assim, um monumento a sua memória.
Rocha Pombo ( Morretes, PR, 1857 – Rio de Janeiro, RJ, 1933), aos 18 anos de idade, já trabalhava no magistério, lecionando em escola sediada em Anháia. Colaborou na imprensa de Curitiba e em 1879, através de O Povo, iniciou a propaganda republicana. Em 1881, em Curitiba, onde passara a residir desde o ano anterior, publicou seu primeiro livro, A Honra do Barão. Escreveu poemas, contos e romances e deu partida à sua grande obra histórica, que lhe consumiu anos de pesquisa em arquivos e documentos nacionais, pois sua pobreza o impedia de viajar ao exterior. Durante o Império e na República, exerceu, no Paraná, mandatos de deputado.
Em 1892, na capital do Estado, num descampado que ficava a meio caminho da Água Verde (atual Praça Ouvidor Pardinho), colocou a pedra fundamental do prédio que, pretendia, seria a primeira universidade do Paraná, a qual, sem amparo, tanto do governo do Estado quanto da União, só em 1912 viria a ser efetivada. Em Curitiba, ao lado de Júlio Perneta, Euclides Bandeira, Silveira Netto, Ricardo de Lemos e Dario Veloso (o grupo inicial), fez poesia simbolista, influenciado pelas obras que João Itiberê da Cunha trouxera da Europa. Em 1897 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde se dedicou ao jornalismo e ao magistério, na então Escola Normal do Distrito Federal (atual Instituto de Educação do Rio de Janeiro). Autor, entre outras, de História de Brasil, em 10 volumes (1915 a 1917), Compêndio de História da América (1900 a 1925) ,História da América (1903), Paraná-Santa Catarina (1905), Nossa Pátria (1917, que teve mais de 80 edições), História de São Paulo (1919), História do Paraná (1929), História do Rio Grande do Norte (1922), História Universal (1928). Membro da Academia Paranaense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, eleito para a Academia Brasileira de Letras, não chegou a empossar-se por haver falecido.
Essa casa em que Rocha Pombo nasceu é moradia simples, de um pavimento, construída em alvenaria mista (pedra e tijolos) em meio a área ajardinada cercada por muro com gradil de ferro, com duas frentes, uma para o largo e outra para o Rio Nhundiaquara. Aberturas encimadas por vergas em arco de semicírculo, bandeiras fixas, janelas sistema de Guilhotina, divididas em quadrículos. Cobertura em telhado de quatro águas, telha capa-e-canal, arrematada por beiral em cimalha. Restaurada pelo governo do Paraná e pela prefeitura de Morretes, e a casa foi adaptada para os serviços de biblioteca municipal local.
Fonte: CPC.

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Ramos Júnior; Bandeira; Fernandes
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Paranaguá – Antiga Alfândega

 

Paranaguá – Antiga Alfândega


Alfândega é uma espécie de Repartição Pública encarregada de vistoriar bagagens e mercadorias, além de cobrar os correspondentes direitos de entrada e saída.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Antiga Alfândega de Paranaguá
Localização: Praça Ubaldino do Amaral – Paranaguá-PR
Número do Processo: 23/90
Livro do Tombo: Inscr. Nº 121-II

Descrição: Em virtude da Carta Régia de 22 de outubro de 1709, a antiga Capitania de Paranaguá passa a incorporar-se à Capitania Geral de São Paulo. Apesar da Vila de Paranaguá ter perdido os benefícios de Capitania, ainda possui um dos pontos de comunicação marinha mais acessíveis da época: o Porto D. Pedro II. Em vista disso, através da Provisão de 18 de junho de 1827 a Junta da Fazenda de São Paulo ordenou a criação de uma Alfândega em Paranaguá. Alfândega é uma espécie de Repartição Pública encarregada de vistoriar bagagens e mercadorias, além de cobrar os correspondentes direitos de entrada e saída. A instalação se deu no dia 6 de agosto do mesmo ano no edifício do antigo Colégio dos Jesuítas, hoje Museu de Arqueologia e Artes de Paranaguá. O primeiro juiz da Alfândega foi o Capitão Francisco Alves de Paula, assumindo logo em seguida da sua instalação e deixando o cargo em 1835, quando entrou em execução o Novo Regulamento das Alfândegas.
Por volta de 1889, quando o Paraná já era Província (1853) e já existia a importante estrada de ferro ligando Curitiba a Paranaguá (1885), o Governo Federal ordenou a construção de um novo edifício para a instalação da Alfândega junto ao Porto D. Pedro II. O local escolhido facilitaria a comunicação imediata com o ponto de embarque e desembarque de mercadorias e passageiros, assim como diminuiria os gastos com fretes e carretos. Porém, esse local distanciava (na época) cerca de 3 km do centro comercial de Paranaguá, o que causaria gastos extras aos comerciantes.
Em vista disto, alguns poucos moradores da cidade enviaram um telegrama em protesto ao Governo Federal. O telegrama foi publicado em um importante jornal de Paranaguá:
“Constatando pretender Governo mandar construir edifício nova Alfândega no Porto D. Pedro II logar pantanoso inconveniente e distante 3 km desta cidade, população, comércio unanimemente solicitação empregueis meios evitar similhante resolução que de nenhum modo de consulta interesses gerais aliados convencionais da localidade Governo provisório intuito acautelar interesses de toda espécie e satisfazendo geral aspiração população autorise construção edifício n’esta cidade onde não falta local apropriado”. Paranaguá, 19 de novembro de 1889.
Apesar dos protestos dos comerciantes de Paranaguá, a pedra fundamental do edifício da nova Alfândega foi lançada em 1903, na zona do Porto D. Pedro II. O engenheiro responsável foi o arquiteto Dr. Rudolf Lange e o engenheiro construtor o Dr. João Carlos Gutierrez. Tratava-se de um prédio de arquitetura do fim do século XIX e início do século XX, ou seja, arquitetura eclética, predominantemente do estilo Romano-Renascentista.
Em 10 de abril de 1910 instalou-se a Alfândega de Paranaguá provisoriamente, ocorrendo o ato oficial só a 28 de outubro de 1911. Por muitos anos o edifício continuou a ser utilizado pela Fazenda Nacional, sendo também Agência da Receita Federal em Paranaguá até 1975, quando foi autorizado a mudar de local devido o precário estado de conservação do edifício da antiga Alfândega.
Ficou por muito tempo abandonado até que, em 1976, a Prefeitura Municipal de Paranaguá solicitou a cessão do edifício da antiga Alfândega, a fim de instalar um Centro de Cultura, com Museu e Biblioteca, além de preservar o imóvel promovendo a sua restauração. Através do Decreto n.º 80.817, de 24 de novembro de 1977, o Presidente da República autoriza a cessão do imóvel, sob forma de utilização gratuita ao Município de Paranaguá.
Fonte: CPC.

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Paranaguá – Estação Ferroviária de Alexandra

 

Paranaguá – Estação Ferroviária de Alexandra


A Estação Ferroviária de Alexandra está vinculada à história da centenária Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba. Construída entre os anos de 1880-1885.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Estação Ferroviária de Alexandra
Localização: Alexandra – Paranaguá-PR
Número do Processo: 08/2004
Livro do Tombo: Inscr. Nº 160-II

Descrição: A estação está vinculada à história da centenária Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba. Construída entre os anos de 1880-1885, a estrada de ferro em seu traçado original, teve projetadas , apenas cinco estações, dentre elas a de Alexandra, proporcionando, naquele momento atender a primeira colônia de imigrantes italianos no Paraná, localizada a quinze quilômetros de Paranaguá. Segundo o escritor Edilberto Trevisan a estação já atendia trens e serviço em 1882, e se constitui no único exemplar do século XIX que permaneceu intacto desde a sua construção.
Fonte: CPC.

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