quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Curitiba – Praça Dr. João Cândido

 

Curitiba – Praça Dr. João Cândido

A Praça Doutor João Cândido tem como atrativos as ruínas de paredes de alvenaria de pedras do convento dos franciscanos e o antigo Belvedere.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Praça Doutor João Cândido
Localização: R. Jaime Reis – Alto do São Francisco – Curitiba-PR
Número do Processo: 14/66
Livro do Tombo: Inscr. Nº 2-I

Descrição: No século XVIII, no ponto mais alto da cidade, os franciscanos iniciaram a construção do seu convento, mas não chegaram a concluí-lo.
Restam hoje, apenas, ruínas de algumas paredes, de alvenaria de pedra, permanecendo, também a denominação do local – Alto do São Francisco – à referência a presença da Ordem Franciscana. Até o inicio deste século ainda existia a capela, único elemento do conjunto franciscano que chegou a ser concluído. A precariedade do seu estado físico levou a decisão de demolí-lo, decidindo o prefeito, engenheiro Cândido de Abreu, construir no local um “Belvedere”, já que daquele ponto descortinava-se toda a cidade. Inaugurado em 1915, essa edificação, por expressar uma arquitetura de evidente influência Art Nouveau, foi projetada, tudo leva a crer, pelo próprio prefeito, responsável por duas obras da mesma época marcada pelo mesmo estilo – o antigo Paço Municipal e a antiga residência da família Camargo.
Depois de permanecer sem uso por alguns anos, foi cedido à União Cívica Feminina, entidade beneficente que ali tem sua sede. Entre as ruínas do convento franciscano a prefeitura municipal, aproveitando a conformação topográfica da praça e o cenário das ruínas, implantou um pequeno anfiteatro, com assentos em alvenaria de tijolo.
Compõe-se a praça de uma área trapeizodal, gramada, com algumas árvores de porte, tendo como atrativo principal as ruínas de paredes de alvenaria de pedras, com um vão de portas completo, que correspondia, provavelmente, a entrada da igreja conventual. O outro elemento arquitetônico significativo, o antigo “Belvedere”, é edificação de dois pavimentos, de alvenaria de tijolo, com coberturas de telhas francesas, implantada na extremidade leste da praça. O aspecto mais importante dessa casa é a solução plástica que transmite, com graça e equilíbrio, o traço Art Nouveau, principalmente na composição das varandas, na forma dos vãos e no desenho fitomorfo dos ornamentos, em massa, ressaltados nos paramentos da fachada, e nos guardas copos recortados em madeira. O gradil em volta do “Belvedere”, colocado há poucos anos, por motivos de segurança, prejudica a apreciação de sua arquitetura.
Dos elementos arquitetônicos dispostos nas ruas que circundam a praça merecem referência o Palácio São Francisco e o edifício neoclássico Palácio Garibaldi, ambos tombados pelo patrimônio Histórico Estadual. A denominação da praça é uma homenagem ao lapeano João Cândido Ferreira (1864-1948), médico, escritor e político, que chegou a presidência da província do Paraná.
Fonte: CPC.

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Curitiba – Praça Eufrásio Correia

 

Curitiba – Praça Eufrásio Correia


A Praça Eufrásio Correia, em Curitiba-PR, foi tombada por sua importância histórica e cultural.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Praça Eufrásio Correia
Localização: R. Barão do Rio Branco, esquina com Av. 7 de Setembro – Curitiba-PR
Número do Processo: 002/85
Livro do Tombo: Inscr. Nº 16-I

Descrição: O nome dessa praça evoca o parnanguara Manoel Eufrásio Correia, formado em Direito no Recife, promotor público, deputado provincial, presidente da Assembléia, além de chefe de polícia de Santa Catarina e, finalmente, presidente da província de Pernambuco.
Remonta ao final do século passado o desenvolvimento da área urbana ao sul da atual Rua XV de Novembro, estabelecendo-se a Praça Eufrásio Correia como núcleo dinamizador da cidade, a partir da construção da Estação Ferroviária. A inauguração em 1885 da ferrovia, unindo Curitiba ao Porto de Paranaguá, concorreu decisivamente para a transformação dos arredores da estação, que foram sendo ocupados por instalações industriais e de comércio exportador. As primeiras indústrias atraídas para aquela área foram as de erva-mate – na época, o principal produto de exportação do Paraná -, seguidas por fábricas, de barrica – para acondicionamento da erva-mate, – cerveja, fósforos, além de moinhos e armazéns. Com a dinamização da área, não só pelas atividades econômicas mas pela movimentação de passageiros, principalmente pela chegada de imigrantes, assume a praça o papel de principal ponto de encontro da cidade; e a antiga Rua da Liberdade, hoje Barão do Rio Branco, unindo o largo ao centro tradicional, a função de principal artéria urbana, sendo nesta implantada a estação de bondes.
É na gestão de Cândido de Abreu, na última década do século, que o “Largo da Estação”, com seus 11.500 metros quadrados, consolida-se como o novo centro político e comercial da cidade, com a construção da sede para a Assembléia Provincial no lado oposto ao da Estação Ferroviária e a concessão de licença municipal à instalação, na praça e nos seus arredores, de diversos tipos de comércio, como quiosques, botequins, bilhares e restaurantes.
Os principais estabelecimentos comerciais atraídos para a área foram, porém, os hotéis, a maioria pertencente a alemães e italianos, e dedicados à hospedagem de imigrantes, comerciantes e políticos.
Ligaram-se à memória da praça e da cidade, hotéis como o Yohnscher, o Brotto, o Delmira dos Santos, o Paraná, o Rio Branco, o Roma e o Tassi . O desenvolvimento do transporte rodoviário, a transferência da Assembléia para o Centro Cívico e, finalmente, a construção, em outro local, da Estação Rodoferroviária, foram os fatores que, sucessivamente, marcaram o fim do papel polarizador da Praça Eufrásio Correia.
Se não possui mais a efervescência da época em que os principais acontecimentos ali ocorriam, como atestam as fotografias do início deste século, manteve porém a mesma escala urbana com a sobrevivência dos edifícios que balizavam seus limites: a Casa Emílio Romani, a oeste; a antiga Assembléia, ao norte; a sequência de sobrados, a leste, e finalmente a antiga Estação Ferroviária ao sul. Desapareceram os quiosques metálicos, onde se vendiam refrescos, rapaduras e passarinhos, mas permaneceu o chafariz de ferro importado da França. E ganhou, como um dos seus principais atrativos. “O SEMEADOR”, a mais bela das esculturas do artista paranaense Zacco Paraná, presente oferecido em 1922 à cidade pela colônia polonesa. Na vegetação sobressaem os plátanos que no outono, quando sua folhagem ganha os diversos tons do marrom e do castanho, contribuem para conferir-lhe o título de mais bonita praça da cidade.
Fonte: CPC.

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Curitiba – Secretaria das Finanças do Estado do Paraná

 

Curitiba – Secretaria das Finanças do Estado do Paraná


A construção do edifício da Secretaria das Finanças do Estado do Paraná foi iniciada em 1923. Abrigou a Coletoria, a Repartição de Água e Esgotos.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Secretaria das Finanças do Estado do Paraná (Antiga Sede – Atual Casa Andrade Muricy)
Outros Nomes: Casa Andrade Muricy
Localização: Alameda Dr. Muricy, nº 915 – Curitiba-PR
Número do Processo: 66/77
Livro do Tombo: Inscr. Nº 65-II

Descrição: Iniciada em 1923, a construção do edifício para abrigar a Coletoria da capital, a Repartição de Água e Esgotos, o Instituto Comercial e Junta Comercial; com dois pavimentos, situado com frente para a Alameda Dr. Muricy, lado direito para a Rua Cruz Machado e lado esquerdo para a Rua Saldanha Marinho, ocupava o restante do terreno do Estado, em cujo local anteriormente se localizara a Cadeia Pública e, em 1854, por determinação de Zacarias de Góes e Vasconcellos, seria levantada a sede do Liceu de Curitiba. Essa sede, de um só pavimento, abrigou posteriormente a Tesouraria Provincial, e, em 1923, foi demolida para dar lugar ao edifício das coletorias. Nessa ocasião foi retirada a pedra fundamental, que atualmente se encontra no Museu Paranaense.
Foi inaugurado em 21 de setembro de 1926. Com dois pavimentos utilizáveis, era dotado de um porão para depósito, correspondente à metade da área do pavimento térreo. A área útil de 993.103m.
O jornal “Gazeta do Povo”, edição de 21 de setembro de 1926, página 5, estampa a seguinte notícia:
“Inaugurou-se hoje o prédio destinado as Coilectorias da Capital, junta Commercial, Instituo Commercial e Directoria de Águas e Exgotos. Nesta capital foi inaugurado hoje, â rua dr. Muricy, ás 13 horas, o prédio destinado às Coilectorias da Capital, Junta Commercial, Instituto Commercial e Directoria de Aguas e Exgottos. Ao ato inaugural comparecéu o dr. Munhoz da Rocha, presidente do Estado, que se fez accompanhar do chefe da casa militar, major Euclides do Valle, e do seu ajudante de ordens, capitão Luiz Ferrante.
Entre as altas autoridades presentes, conseguimos annotar o Sr. Desembargador Albuquerque Maranhão, chefe de polícia do Estado, accompa pado do seu ajudante de ordens, capitão Alfredo Costa, de Lysímaco Ferreira da Costa, Inspector Geral da Instrucção Pública, desembargador Clotário Portugal, corregedor geral do Estado, coronel Alcides Munhoz, secretário geral do Estado, desembargador Lamenha Lins, presidente do Superior Tribunal de Justiça do Estado, sr,. Fidelis Reginato, representante da Associação Comercial do Paraná, dr. Victor do Amaral, director da Faculdade de Medicina do Paraná, D. João Braga, arcebispo de Curytiba, D. Alberto Gonçalves, bispo de Ribeirão Claro e outras muitas que escaparam ã visão, representantes da imprensa numerosas pessoas gradas. Fizeram uso da pálavra, enaltecendo a administração do Sr. Munhoz da Rocha, que vem de dotar o Estado e nossa capital de mais um próprio de immenso valor, os Srs, Major Octãrio Secundino, Dr. Generoso Borges, nosso collega director do “Diário da Tarde” e Cel. Wenceslau Glasser que foram muito aplaudidos.
Ao champagne proferiu belíssima oração o Sr. Munhoz da Rocha, a qual findou debaixo de salva de palmas. Os presentes percorreram todas as dependências do edifício que é um verdadeiro mimo de architetura, recebendo a mais agradável impressão.
O edifício ê de construcção da importante firma J. Muzzillo e Filho e impressiona admiravelmente desde a sua fachada vistosa, as suas escadarias de fino mármores de Carrara, o seu forro todo de estuque.
É uma obra muito bem acabada, na qual se vê desde logo que foi empregado material de primeira ordem, o que muito recomenda a firma constructora. Os móveis que contribuem para maior belleza das vastas dependências do prédio no qual funccionarão varias repartições do Estado, são de esmerada fabricação e foram adquiridos pelo governo ã firma Salvador Maida e Filhos, desta praça.
Durante o acto, a magnifica banda musical da Força Militar do Estado, executou lindos números de seu selecto repertório”.
O edifício foi construído nos limites da Rua Dr. Muricy, com a fachada lateral da Rua Cruz Machado, encostada com o Salão Nobre do Ginásio e a da Rua Saldanha Marinho, separada por área de terreno com portão de ferro. Posteriormente, nessa área foi construído um anexo, acompanhando as linhas arquitetônicas do prédio, tornando-o maior nessa fachada, com aproveitamento também do porão.
Media aproximadamente 30 metros de frente para a Dr. Muricy e 25 metros nas fachadas laterais. Com a ampliação, referida anteriormente, a fachada lateral esquerda passou para 32 metros, aproximadamente. Os seus dois torreões nos ângulos da fachada, as janelas, com formato retangular no andar superior, e dotadas de arco romano nas do andar térreo, sua magnífica porta de entrada, portas internas e janelas reforçadas com barras metálicas compondo desenhos geométricos admiráveis, a escadaria e balaustrada de mármore branco, as composições geométricas platibanda, especialmente a reprodução da figura de Mercúrio, deus do Comércio, localizada na parte posterior das fachadas laterais, compunham o conjunto arquitetônico inaugurado, e chamavam a atenção da população.
Constitui o pavimento um salão, dez salas menores e outras pequenas, cujas portas de acesso são de pesada estrutura metálica, saguão com a escadaria de acesso ao pavimento superior, e, nos fundos do lado direito, um acesso ao porão, através de escada; o pavimento superior conta com doze salas de diversas dimensões e as instalações sanitárias.
O porão, localizado só do lado direito, aproveitando o desnível da rua, com salda, através de uma porta, recebe iluminação por sete janelas, todas reforçadas com estrutura metálica. Em diversas épocas, os órgãos sediados no edifício foram transferidos, passando a Secretaria da Fazenda, ou Tesouro Estadual, com também era conhecida, a ocupar toda a área, sendo instadas no porão máquinas “offset”, utilizadas na impressão dos selos estaduais de consumo.
Com a construção do anexo na Rua Saldanha Marinho, essa fachada, com três pavimentos, recebeu mais quatro janelas no pavimento superior, quatro claraboias semi-circulares no pavimento térreo, três portões e duas janelas no porão. Novas reformas são executadas em 1965 para melhor aproveitamento das áreas e, com a saída da Secretaria da Educação e Cultura do prédio da Rua Ébano Pereira, todo o Salão Nobre é ocupado pela Secretaria de Fazenda. O prédio, como já referido, foi tombado em 1977 pelo Patrimônio Estadual.
O porão, adaptado, recebe a Fundação Nacional da Arte – Funarte, com seu escritório regional e salas de exposições, com entrada pela Rua Cruz Machado e sob a coordenação do artista Domicio Pedroso. Com a construção e inauguração dos edifícios das Secretarias no Centro Cívico, a Secretaria de Finanças, em 1979, é transferida para o Edifício Affonso Camargo, e o antigo prédio é incorporado ao outro, ocupado, na época, pela Diretoria de Assuntos Culturais. Em 31 de março de 1989 são inauguradas as novas instalações da Sala Miguel Bakun, ocupando o pavimento térreo, para exposições, e esse local já se constitui em ponto de encontro obrigatório dos artistas plásticos e dos apreciadores de arte.
Embora tendo sofrido repetidas reformas, o prédio continua mantendo as mesmas características arquitetônicas, embora as divisões internas já não sejam as mesmas da época da construção, adequadas, agora, às necessidades administrativas da Secretaria da Cultura.
Fonte: CPC.

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Curitiba – Residência João Luís Bettega

 

Curitiba – Residência João Luís Bettega


A Residência João Luís Bettega foi projetada em 1953 por João Batista Vilanova Artigas. Remanescente da arquitetura Modernista Brasileira em Curitiba.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Residência João Luís Bettega
Localização: Rua da Paz, nº 479 – Curitiba-PR
Número do Processo: 06/99
Livro do Tombo: Inscr. Nº 145-II

Descrição: O imóvel projetado em 1953 por João Batista Vilanova Artigas, foi construído para servir de residência a João Luiz Bettega. A edificação é um dos poucos remanescentes da arquitetura de expressão Modernista Brasileira em Curitiba.
O arquiteto Vilanova Artigas nasceu em Curitiba no ano de 1915. Seus projetos revolucionaram a arquitetura brasileira. Artigas foi um dos responsáveis por lançar os fundamentos de uma concepção arquitetônica que influenciou as escolas de arquitetura em todo o país e que ficou conhecida como Escola Paulista. Ele foi um dos fundadores do Instituto dos Arquitetos do Brasil e fundador da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Sua importância no cenário nacional é de tal monta que em 1985 nasceu uma fundação com o seu nome visando preservar e divulgar a obra dele.
A casa possui inestimável valor arquitetônico por ser uma obra que inspirou a construção de outros imóveis dentro dos mesmos padrões arquitetônicos, tanto que em 1º de dezembro de 1997 o arquiteto Álvaro Puntorli expressou o apoio da Fundação Vilanova Artigas às iniciativas de conservação da Residência João Luiz Bettega como patrimônio histórico e urbano da cidade de Curitiba porque ela “é uma das primeiras em que Artigas fez uso da circulação em rampas e pavimentos em meios níveis, articulados pelo pé-direito duplo da sala. Esse partido compreende as características mais marcantes de sua obra posterior, inclusive de edifícios públicos, como é o caso do projeto da FAUUSP”. Esta inovação é um marco na história da arquitetura brasileira.
Em 12 de agosto de 1999, o arquiteto Luiz Salvador Gnoato na qualidade de diretor adjunto de pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo da PUC/PR; o arquiteto Jaime Amaral Maia na qualidade de presidente da Regional do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-PR); arquiteta Eneida Kuchpil na qualidade de Chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPR; o arquiteto Eloi Fávaro, então diretor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tuiuti – PR; o arquiteto João Carlos Diório, então presidente do Sindicado dos Arquitetos e Urbanistas do Estado do Paraná (SAEP) e Eli Loyola Borges filho, na condição de presidente da Associação dos Escritórios de Arquitetura do Estado do Paraná (ASPEA) enviaram para a SEEC uma solicitação de abertura do processo de tombamento da Casa João Luiz Bettega. Este documento foi protocolado no Sistema Integrado de Documentos do Estado (SID) em 1º de setembro de 1999, data oficial do início do processo de tombamento. O termo de abertura de processo de tombamento recebeu na CPC/SEEC o numero 06/99 em 15 de agosto de 1999, data que marca o início do andamento interno dos autos do referido processo. Na mesma dada o processo foi encaminhado ao setor de História da CPC/SEEC para que desse início às pesquisas que fundamentarão a decisão do Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Paraná sobre o tombamento do imóvel.
Em 2 de fevereiro de 1999, a pedido dos herdeiros, o processo foi temporariamente arrestado na CPC. Em 26 de outubro de 1999, o secretário municipal de Urbanismo enviou ofício para a Coordenadoria do Patrimônio Cultural confirmando que não seriam expedidos alvarás que permitissem qualquer alteração no imóvel. No dia 6 de agosto de 2002 o processo voltou para o setor de História para que desse prosseguimento as pesquisas que compõe os autos do processo.
A preservação deste imóvel se revela de fundamental importância para o patrimônio histórico arquitetônico do Paraná devido ao fato de ser um marco inovador nos projetos arquitetônicos do Paraná e do Brasil. Outro fato que fundamenta o processo de tombamento é o de que o projeto foi elaborado por Vilanova Artigas. Além disso, ele faz parte do rol de imóveis classificados dentro do estilo denominado Arquitetura Moderna na Prefeitura Municipal que se pretende conservar como um conjunto que representa um período e linguagem arquitetônica da cidade.
Fonte: CPC.

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Curitiba – Hotel Broto

 

Curitiba – Hotel Broto


O Hotel Broto à R. Barão do Rio Branco, nº 773 era originalmente um estabelecimento industrial devido à proximidade com a Estação Ferroviária.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Sobrado Sito à R. Barão do Rio Branco, 773
Localização: R. Barão do Rio Branco, nº 773 – Curitiba-PR
Número do Processo: 002/85
Livro do Tombo: Inscr. Nº 83-II

Descrição: No conjunto de casas erguidas na antiga Rua da Liberdade, diante da praça Eufrásio Correia, essa é sem dúvida a mais expressiva, tendo sido originalmente um estabelecimento industrial, como muitos que se instalaram na área devido à proximidade com a Estação Ferroviária.
Colado às divisas laterais e sem recuo frontal, esse sobrado de alvenaria de tijolo exemplifica a arquitetura eclética, com vocabulário de influência neoclássica. O centro da composição é grifado por um corpo ligeiramente avançado em relação ao parâmetro da fachada, abrangendo dois pares de portas, no térreo e no andar superior. Valorizando esse ressalto o balcão sustentado por modilhões e o frontão triangular ao nível da platibanda. No térreo os seis vãos de portas possuem arco de plena volta, sendo o par de aberturas central com arcos mais trabalhados e de maior diâmetro. No andar superior os vãos apresentam verga reta ornamentada com sobreverga em forma de frontão, curva nas duas portas abertas para o balcão e reto nos pares de janelas que compõe o restante da fachada. Platibanda com pequenas aberturas guarnecidas por balaustres arremata a composição e oculta a cobertura em duas águas, de telhas francesas.
Fonte: CPC.

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