fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
domingo, 16 de outubro de 2022
Corpo de Bombeiros em Matinhos
Corpo de Bombeiros em Matinhos
Nomes de Escolas: Quem foi Pastor Elias Abrahão?
Nomes de Escolas: Quem foi Pastor Elias Abrahão?
Nomes de Rua: Quem foi Dr. ROQUE VERNALHA??
Nomes de Rua: Quem foi Dr. ROQUE VERNALHA??
Dr. Roque Vernalha, nasceu em São Roque, Estado de São Paulo, a 12 de outubro de 1894, filho de Domingos Vernalha e de D. Rosália Vernalha. Fez os estudos primários e secundário no Colégio Arquidiocesano de São Paulo e o superior na Faculdade de Medicina da Universidade do Paraná, diplomando-se a 19 de dezembro de 1921, porém o Dr. Roque havia iniciado o curso superior em São Paulo. Exerceu os seguintes cargos: médico da Profilaxia Rural do Estado do Paraná (1922), tendo sob a sua responsabilidade todo o litoral paranaense, vereador à câmara Municipal de Paranaguá, de cuja Casa foi seu presidente; prefeito de Paranaguá por duas vezes. A primeira por nomeação e a segunda por eleição (1952), quando Matinhos ainda pertencia à Paranguá. Pela sua prolícua gestão e considerado um dos grandes prefeitos de nossa terra. Durante quase 40 (quarenta) anos exerceu a medicina servindo-a com honra e dignidade. Grande era o seu coração bem formado. A pobreza ainda chora a sua falta pelos bens que recebeu de suas mãos. Caridoso, todo o bem que fazia, conservava-o no íntimo de sua alma, sem dêle fazer alarde. O Dr. Roque “fez de sua vida um apostolado, da ciência um sacerdócio e, da sua bolsa uma sacola com a qual minorava o sofrimento dos desaventurados”. Paulista de nascimento, era paranaense de coração e paranaense e parnaguara. Honesto e probo, amigo de todos que o estimavam e respeitavam pelas suas qualidades morais. Faleceu em Curitiba, a 28 de janeiro de 1956, porém os seus despojos foram inhumados no Cemitério Nossa Senhora do Carmo de Paranaguá, conforme o seu desejo.
Nomes de Escolas: Quem foi Mustafá Salomão?
Nomes de Escolas: Quem foi Mustafá Salomão?
Nome da Biblioteca Municipal: Quem foi Darcy de Oliveira?
Nome da Biblioteca Municipal: Quem foi Darcy de Oliveira?
Rua Ébano Pereira, em 1905, vista a partir do Alto São Francisco. Nota-se total ausência de prédios além da pouco ocupação humana dos arredores. (Foto: Arquivo Gazeta do Povo) Paulo Grani.
Rua Ébano Pereira, em 1905, vista a partir do Alto São Francisco. Nota-se total ausência de prédios além da pouco ocupação humana dos arredores.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
Paulo Grani.
sábado, 15 de outubro de 2022
Antonina – Fonte da Carioca
Antonina – Fonte da Carioca
A Fonte da Carioca, em Antonina-PR, servia à população na pedreira onde se descia pela ladeira da Fonte, bem próxima ao quartel do Tiro de Guerra 186.
CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Fonte da Carioca
Localização: Largo da Carioca (R. Coronel João Gualberto, esquina com R. Padre Pinto) – Antonina-PR
Número do Processo: 22/69
Livro do Tombo: Inscr. Nº 22-II, de 23/04/1969
Descrição: A fonte que servia à população era a existente na pedreira, onde se descia pela ladeira da Fonte, bem próxima ao quartel do Tiro de Guerra 186.
Segundo consta no volume 1 página 373 do livro Memória Histórica de Paranaguá e seu Município, de Antonio Vieira dos Santos: “Em 2 de fevereiro de 1765, a Câmara mandou por em praça (sic.) (concorrência pública) A Obra da Fonte a qual foi arrematada por Mathias Gomes da Silva pela quantia de R$ 78.000 para fazer as paredes de cantaria para reparação dos lados que havia de passar por Cima do nível d’água, e todas as mais obras d’albanária, com uma bica de pedra coberta de lages largas e grossas tendo uma porta para que sendo preciso limpar-se esta seria de cantaria com meio fio, para ajustar a porta, com seu betume, e os dois olhos de água que se achavam desencaminhados se deveria manter dentro da mesma fonte ficando uma escada superior do assento para todos os lados”.
Devido à parca documentação, 1765 é a data que se dispõe sobre as melhorias da Fonte da Carioca, mas a existência desta fonte natural certamente influenciou décadas antes à demarcação da área onde a cidade deveria ser construída. O uso de suas águas dataria do início da ocupação de Antonina no final do século XVII e início do XVIII possibilitando o assentamento dos colonizadores europeus.
Fonte: CPC.
Descrição: Desconhece-se qualquer documentação a respeito da Fonte da Carioca, tal como ela hoje se apresenta, isto é, quando e por quem foram realizadas as obras de canalização e aproveitamento do manancial hídrico para fins de abastecimento da população, uma vez que sua existência é mencionada desde a primeira concessão de sesmarias, outorgada no ano de 1646 por Gabriel de Lara a Pedro de Uzeda, Manoel Duarte e Antônio de Leão, tidos como os iniciadores do povoamento das terras do litoral que hoje correspondem ao município de Antonina. Antônio Vieira dos Santos, em sua Memórias Históricas de Paranaguá, sobre ela tece comentário, dizendo ser “a fonte que vindo da pedreira servia à população da Vila”.
Atualmente, três bocas (torneiras) deitam água em tanque de forma quadrangular fechado em uma das extremidades por empena afetando forma barroca, arrematada por curvas e contracurvas, sobre a qual, no interior, de formato losangular, avultam as armas do Império, executadas em massa. (Havia, anteriormente, lajota de cerâmica, hoje pertencente a acervo particular, com data de 9 de novembro de 1865 nela incisa e que devia referir-se à conclusão de alguma obra então realizada na fonte). A empena é ornamentada por quatro coruchéus de inspiração oriental.
Da Fonte da Carioca existe excelente registro na forma de óleo sobre tela medindo 54 x 73 cm, pertencente ao acervo do Museu Nacional de Belas-Artes e executado pela artista Djanira da Motta e Silva no ano de 1973. (A propósito da incidência de “fontes”, ao longo da baía de Paranaguá, ver verbete “Fonte Velha”, cidade de Paranaguá).
Fonte: Espirais do Tempo.
FOTOS:
MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo
Prefeitura Municipal
Antonina – Igreja do Bom Jesus do Saivá
Antonina – Igreja do Bom Jesus do Saivá
A Igreja do Bom Jesus do Saivá, em Antonina-PR, tem nave, capela-mor e torre. Construída em alvenaria de pedra.
CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Igreja do Bom Jesus do Saivá
Localização: Antonina – Igreja do Bom Jesus do Saivá – Antonina-PR
Número do Processo: 25/70
Livro do Tombo: Inscr. Nº 25-II, de 15/12/1970
Descrição: Em 1970, quando foi tombada, fez-se o seguinte registro no Livro Tombo II: Igreja com nave, capela-mor e torre. Construída em alvenaria de pedra.
Nas observações do Livro Tombo consta: encontra-se em mau estado de conservação apresentando grandes rachaduras nas paredes laterais e posterior. A torre é evidentemente posterior. Há sinais claros de ter havido um campanário que provavelmente ruiu.
É o único exemplar antigo de arquitetura religiosa de Antonina que não sofreu modificações irreparáveis.
Durante século XVIII, várias irmandades religiosas surgiram no Paraná. Os que estavam ligados a elas não eram páreas na sociedade pois, mesmo as irmandades dos pretos escravos e alforriados conferiam a seus componentes uma dignidade social e deixava claro o lugar social de cada membro numa sociedade nobiliárquica e religiosa. Esta afirmação social dos membros, o culto religioso ao santo padroeiro e o auxílio mútuo eram as principais funções que as irmandades exerceram no Brasil. Neste período as corporações de ofícios com suas irmandades e capelas já entravam em decadência da Europa e, embora tenham existido aqui, eram descabidas na sociedade brasileira escravocrata.
Era comum uma agremiação de pessoas iniciar uma irmandade utilizando um altar lateral de uma igreja que era a sede de outra irmandade melhor estruturada. Neste altar faziam o culto ao santo padroeiro que popularmente tinha poderes para resolver esta ou aquela questão. Assim como na hierarquia celeste, também havia uma hierarquia nos assentos das igrejas e capelas segundo a dignidade social dos reais súditos, bem como cada camada social identificava-se mais com este ou aquele santo.
As igrejas das irmandades ligadas às hierarquias celestes superiores como o Divino Espírito Santo, Nossa Senhora e Bom Jesus eram normalmente as igrejas matrizes das cidades e sediavam da associação das elites locais.
Mesmo as procissões, eram como uma pantomima na qual a sociedade desfilava para si própria, indo à frente os mais honrados socialmente com seus santos e estandartes da irmandade, até os últimos que pertenciam às camadas mais baixas da sociedade e, se pudessem, tinham sua irmandade e um altar lateral emprestado na igreja da irmandade daqueles que socialmente eram mais afortunados.
Quando já havia uma igreja matriz consagrada a uma das hierarquias celestes superiores, que era sede da irmandade da nata das elites locais, se outros ricos locais quisessem constituir outra irmandade e construir uma igreja para sediá-la, certamente ela seria consagrada a outra das hierarquias celestiais superiores.
Em Antonina, como já havia a igreja matriz e irmandade principal que era a de Nossa Senhora do Porto, a outra igreja das elites teria que ser consagrada ou ao Bom Jesus ou ao Divino Espírito Santo; jamais a São Benedito, Santo Antônio, São Francisco ou a outros santos de devoção popular.
O Capitão-mór Manoel José Alves, nascido em 1762 na freguesia de São Salvador da Fonte Boa em Portugal, era carpinteiro da ribeira e armador que enriqueceu com um estaleiro naval que estabeleceu em Paranaguá. Nele construía embarcações de dois mastros denominadas sumacas de média tonelagem utilizadas como navios negreiros.
Como era rico, também estava ligado à política e à milícia onde galgou os postos desde Sargento-mor até Capitão-mor e ocupou elevados cargos no governo de Paranaguá e de Antonina.
Quando a esposa, Dona Serafina Rodrigues Ferreira alcançou a graça de ser curada de uma enfermidade, ele mandou construir a Igreja como agradecimento ao Senhor Bom Jesus.
A Igreja do Bom Jesus do Saivá é um caso historicamente atípico, pois na maioria das vezes era constituída uma irmandade que se reunia no altar lateral de outra igreja até que conseguirem dinheiro para construírem a igreja sede da irmandade. O Capitão-mór Manoel José Alves, patrocinador da construção, havia falecido em 1837, deixando donativos para as obras da igreja, assim como fizera em testamento o Juiz de Órfãos Capitão Pereira do Amaral em 1831 e posteriormente Benigno Pinheiro Lima.
Apesar dessas doações as obras ficaram inacabadas e a irmandade foi constituída em 1866 com o intuito de concluí-las.
A igreja funcionou regularmente entre 1866 a 1900 comemorando no mês de agosto a festa do Senhor Bom Jesus do Saivá. Após 1900 a irmandade entrou em decadência e não havia fundos suficientes para a manutenção do templo até que foi fechado para o uso público na década de 1910, quando ocorreu o desmoronamento parcial da fachada.
Em 1970, o prefeito municipal e a SEEC/CPC deram início ao processo de tombamento e iniciaram as obras de restauro em 1972, concluídas em 1976, quando a igreja foi reinaugurada no dia 28 de julho com uma grande festa.
Fonte: CPC.
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CPC
Espirais do Tempo
Sala; Martinez