segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Paranaguá – Casa de Brasílio Itiberê e do Monsenhor Celso

 

Paranaguá – Casa de Brasílio Itiberê e do Monsenhor Celso

A Casa de Brasílio Itiberê e do Monsenhor Celso tem linhas simples. É a ampliação de casa térrea do séc. XVIII e gêmea da edificação ao lado.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Casa Onde Moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso
Outros Nomes: Casa Monsenhor Celso
Localização: Praça da Matriz – Paranaguá-PR
Número do Processo: 40/72
Livro do Tombo: Inscr. Nº 39-II
Uso Atual: Casa da Cultura

Descrição: O sobrado de linhas simples, segundo o arquiteto e professor José La Pastina Filho, é a ampliação de casa térrea erguida no século XVIII e irmã gêmea da edificação ao lado (Casa Brasílio Itiberê). Na planta da antiga vila consta, aquela época, a referida edificação na quadra “sita entre o Largo da Matriz, a rua do Rosário (hoje Professor Cleto), a rua da Baixa (atual João Regis) e a do Ouvidor (agora Faria Sobrinho)”.
Construído em alvenaria de pedra, possui, no térreo, na parte frontal, quatro portas almofadas, requadros em cantaria encimados por vergas arqueadas. No segundo piso repetem-se as portas, que se abrem sobre o balcão com guarda-corpo em ferro. Lateralmente, janelas em guilhotina, divididas em quadrículos, telhado em quatro águas, cunhais com base em cantaria, o restante em massa, beiral em cimalha.
Até o Palácio Visconde de Nacar – comendador Manoel Antônio Guimarães- , era considerado o melhor e mais nobre edifício urbano de Paranaguá. Em 1982 a arquiteta Jussara Valentini elaborou o projeto de restauração ainda não executado.
A casa onde nasceram e viveram os irmãos Celso e Brasílio Itiberê da Cunha – o primeiro se tornaria monsenhor e o segundo diplomata, e se imortalizaria por suas composições musicais.
A construção do século XVIII destinava-se a fins comerciais (parte fronteira) e residenciais (fundos), uma vez que em sua fachada existiam, ainda, os primitivos requadros em cantaria de quatro portas que se abriam para o Largo da Matriz e das duas para a antiga Rua João Alfredo, para onde se abriam, igualmente quatro janelas. Estavam em ruínas e dela somente restavam paredes externas quando o departamento de Patrimônio Histórico e Artístico da Diretoria de Assuntos Culturais da SEEC e a Prefeitura Municipal de Paranaguá iniciaram as obras de restauração. A casa havia sido tombada pelo Patrimônio do Paraná e, posteriormente desapropriada pela Prefeitura Municipal de Paranaguá, que viu sua importância no contexto histórico sob a responsabilidade do arquiteto Cyro Corrêa de Oliveira Lyra, em 1973.
Pelo decreto n° 693, de 18 de janeiro de 1973, foi dada a denominação de “Casa de Monsenhor Celso”, incorporando ao patrimônio municipal, e o Decreto n° 694 o destinou para a sede do Conselho Municipal de Cultura. Atualmente ali está instalado o SENAC.
Edificação de um só pavimento em alvenaria de pedra com cobertura em três águas. Na parte frontal quatro portas almofadadas enquadradas por requadros em cantaria, encimada por vergas encurvadas. Lateralmente (é um prédio de esquina) duas portas e quatro janelas, estas em sistemas de guilhotinas, divididas em quadrículos, requadros em cantaria, vergas arqueadas. Beiral em cimalha.
Fonte: CPC.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo
Prefeitura Municipal
Prefeitura Municipal
Rodrigo Sartori Jabur
Wikipedia


Paranaguá – Fonte Velha

 

Paranaguá – Fonte Velha


A Fonte Velha compõe-se de duas plataformas – a superior de forma aparentemente elíptica -, construídas em alvenaria de pedra, e com escada em cantaria ligando-as.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Fonte, Localizada Junto Ao Rio Itiberê em Paranaguá, Tb. Chamada de Fonte Velha
Outros Nomes: Fonte localizada junto ao Rio Itiberê; Fontinha
Localização: R. Pêcego Júnior – Paranaguá-PR
Número do Processo: 222-04/64
Livro do Tombo: Inscr. Nº 04-II

Descrição: A primitiva distribuição das matas e campos no estado do Paraná era a expressão de um equilíbrio natural, no que concerne a fatores climáticos e quantidade dos solos. A relação entre temperatura e unidade constituía uma fonte de riqueza para a obtenção de produtos naturais e de cultivo. A retenção das chuvas pela cobertura vegetal elevada e a sua repetida distribuição pelos arbustos e pela camada folhosa próxima ao solo fazia com que a água se infiltrasse lentamente na superfície do mesmo e fosse absolvida pelo húmus, o que resultava em acúmulo de umidade na rede de raízes. A partir de então, lenta, mas persistente, dava-se sua passagem para as camadas mais profundas até que fosse atingido o lençol de água subterrâneo, o qual, por saturação, era devolvido à superfície na forma de olhos d’água. (Contrariamente, a desnudação do solo, por efeito de desmatamento, faz com que ele fique sob a ação direta das precipitações; a reserva de húmus diminui e, por fim, deixa de existir e o solo fica sob efeito direto de forte lavagem, o que tem como consequência imediata a diminuição do depósito de água no subsolo, acelerando-se sua redução, no círculo biológico. Por essas razões, fontes centenárias secam ou sua vazão é reduzida.)

Paranaguá, situada no sopé da Serra do Mar, degrau entre o litoral e o primeiro planalto do interior, vê desaguar em sua magnífica baía a captação de rios do planalto pelos rios das encostas da serra, fruto daquele ciclo já referido. Natural, pois, que, aqui e ali, aflorem fontes ou olhos d’água, principalmente em baixadas úmidas. É o caso da chamada Fonte Velha, que já era utilizada desde tempos imemoriais pelo aborígine que habitava a região. No último quartel do século XVI, entre 1575 e 1600, os poucos brancos de origem européia, egressos de Cananéia e de São Vicente, que se haviam estabelecido na Ilha da Cotinga, resolveram abandoná-la e fundar no continente fronteiro a nova póvoa, que dispunha de espaço maior para as atividades agrícolas e pecuárias. A escolha recaiu no chapadão localizado no alto das ribanceiras do então chamado Rio Taquaré (Itiberê), entre outras coisas “por possuir uma fonte de água nativa que brotava em meio a formosa planície e que, por falta de represamento, se escoava na direção do mar”.

A primeira providência no sentido de torná-la de utilidade pública – após haver dessedentado, talvez por séculos e séculos, o aborígine – foi tomada em 10 de abril de 1655, quando a Câmara resolveu “limpar o caminho da fonte de beber”. Na época o local da fonte era chamado Fonte de Gamboa, corruptela de camboa, designação dada pelos Carijós, que dali foram expulsos, a curral ou esteiro de apanha de peixes, sistema por eles utilizado, e procedimento técnico pesqueiro que foi herdada pelos praieiros da região.

Feita a “limpeza” do caminho – ao longo do que é hoje a rua Conselheiro Sinimbu – , os vereadores, na sessão do dia 4 de abril de 1657, resolveram que “se providenciasse o represamento da água para consumo da população”. Convém assinalar que, na época, à exceção da Fonte de Gamboa, não havia outro manancial de água potável. Extraía-se água de poços, mas era muito salobra.

Para a execução da obra se candidataram João Gonçalves Peneda, filho presumível de Domingos Peneda ( ou Ceneda) – tido como um dos fundadores da vila e seu primeiro juiz ordinário -, e Roque Dias, que prometeram executá-la em 30 dias, o que foi feito. Mas, não tendo sido trabalho perfeito e, muito menos, definitivo, passado um ano foram traçados novos planos, consistindo “na construção de uma caixa fechada com abóbada, tendo em uma das faces uma janelinha para se proceder à limpeza do interior da dita fonte”. A nova obra custou ao erário municipal 16.000 (dezesseis mil-réis), um absurdo para a época. Constou da edificação de caixa subterrânea, tendo descoberta, apenas, a face que se voltava para o mar, e nesta se implantaram a janela de visitação e limpeza, torneiras de bronze (hoje inexistentes) e ladrões para o escoamento do excesso de líquido. A caixa se alonga em forma de galeria, protegendo o manancial, cujo volume de água vem diminuindo com o passar do tempo, embora tenha resistido a prolongadas estiagens. Entenderam, mais tarde, os vereadores, que “tamanha preciosidade” exigia “moldura mais artística”, e em 26 de dezembro de 1714 foi contratado o mestre pedreiro Agostinho da Silva Gomes para a construção de paredes, lateralmente à galeria, estrutura que até hoje ostenta.

A fonte localiza-se junto às margens do Rio Itiberê, e através da Ladeira de Santa Rita, pavimentada com lajes irregulares de pedra, as quais, segundo as crônicas, vieram de ultramar, como lastro nas ruas, se liga à Rua Conselheiro Sinimbu, antiga Rua da Fonte, nas proximidades da Igreja de São Benedito. Compõe-se de duas plataformas – a superior de forma aparentemente elíptica -, construídas em alvenaria de pedra, e com escada em cantaria ligando-as. No eixo da plataforma superior ergue-se espécie de frontão, também em alvenaria de pedra e, à sua frente, interrompe-se a mureta que circunscreve a plataforma. Através de arco sob a mureta atinge-se a plataforma inferior, constituída por tanques rasos, também murados, para os quais corre a água da fonte. Essa segunda plataforma é igualmente arrematada por mureta, cujo término é uma figura esculpida em pedra, que lança a água para o Rio Itiberê.

Após o tombamento, a prefeitura de Paranaguá deu partida ao trabalho de restauração de seu mais antigo monumento, de características nitidamente coloniais, implantando a seu redor um parque em cuja extremidade há um espelho d”agua simbolizando o Rio Itiberê, que antes dos aterros levados a termo chegava até lá. A fonte integra o Centro Histórico e é carinhosamente apelidada de “Fontinha” pela população.
Fonte: CPC.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo
Prefeitura Municipal
Rodrigo Sartori Jabur
IBGE

Paranaguá – Igreja Nossa Senhora do Santíssimo

 

Paranaguá – Igreja Nossa Senhora do Santíssimo


A Igreja Nossa Senhora do Santíssimo foi construída em alvenaria de pedra, em estilo barroco. A torre data do primeiro quartel do séc. XIX.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Igreja Nossa Senhora do Santíssimo – (Matriz de Paranaguá)
Outros Nomes: Igreja Matriz
Localização: Centro – Paranaguá-PR
Número do Processo: 18/67
Livro do Tombo: Inscr. Nº 18-II

Descrição: A igreja faz parte do Centro Histórico de Paranaguá. Sua construção em alvenaria de pedra é em estilo barroco. Originalmente era composta pela nave, capela-mor, sacristia localizada nos fundos, um cemitério ao lado, possuindo locais para o claustro, para o noviciado e para a oficina. A fachada é enquadrada por cunhais e cimalha em cantaria tendo na altura do coro duas janelas em guilhotina que tem entre elas as insígnias da Ordem Terceira. Destacam-se a portada em pedra, o frontão curvilíneo com um óculo central, pináculos laterais e um cruzeiro encimando-o. A torre localizada à esquerda da fachada, data do primeiro quartel do séc. XIX, é enquadrada por cunhais em massa e base em cantaria, possui sineiras em arco pleno.
Embora a Ordem existisse desde o séc. XVIII, não possuía sede própria e utilizava a Ermida de Nossa Senhora das Mercês para seus ritos religiosos. Cabia a ela realizar a Procissão dos Passos e a Procissão da Penitência na Quarta-feira de Cinzas. Somente em 1764 foi proposta a construção de uma sede para a Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, mas somente após cinco anos as obras tiveram início e sua conclusão data de 1794 faltando ainda as tribunas instaladas em 1798. O templo sofreu obras de conservação durante o século XIX, a Ordem deixou de mantê-la, um incêndio que destruiu seu interior e a prefeitura municipal assumiu sua manutenção.
É o primeiro bem tombado no Livro do Tombo histórico em 1962, o que propiciou obras de restauro entre 1965 a 1968 e novamente entre 1983 e 1984.
Fonte: CPC.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo
Rodrigo Sartori Jabur

Paranaguá – Jazigo da Família Correia

 

Paranaguá – Jazigo da Família Correia


O Jazigo da Família Correia do eminente Dr. Leocádio José Correia. Na segunda metade do séc. XIX foi destacado médico, político e escritor em Paranaguá.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Jazigo da Familia Correia
Localização: Cemitério Municipal – Paranaguá-PR
Número do Processo: 01/91
Livro do Tombo: Inscr. Nº 111-II

Descrição: Guarda os restos mortais do eminente Dr. Leocádio José Correia que na segunda metade do século XIX foi destacado médico, político e escritor em Paranaguá. A tumba é ornada por um busto do Dr. Leocádio esculpido na Itália.
Além da importância que o Dr. Leocádio teve no século XIX, tanto na política como na medicina paranaense, na cultura popular as várias religiões que acreditam em ciclos de reencarnação e na interferência material de espíritos, ainda hoje o veneram como um ser benfazejo que pode curar doenças quando se intercede a ele diretamente ou através de médiuns. Esses crentes zelam pela conservação de sua tumba.
Portanto, tanto pelo personagem histórico do século XIX que foi o Dr. Leocádio, quanto pela sua influência na religiosidade popular sua tumba é um ícone da cultura paranaense.
Fonte: CPC.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo
Rodrigo Sartori Jabur

Ponta Grossa – Colégio Estadual Regente Feijó

 

Ponta Grossa – Colégio Estadual Regente Feijó


O Colégio Estadual Regente Feijó, em Ponta Grossa-PR, foi tombado por sua importância cultural.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Colégio Estadual Regente Feijó
Localização: Praça Barão do Rio Branco – Ponta Grossa-PR
Número do Processo: 13/90
Livro do Tombo: Inscr. Nº 104-II

Descrição: Tradicional estabelecimento de ensino, construído em 1927, na administração do presidente do Estado, Caetano Munhoz da Rocha. É um importante marco da paisagem urbana da cidade de Ponta Grossa. Com este tombamento buscou-se perpetuar um dos monumentos mais representativos da história da culta gente pontagrossense. Situado numa das principais praças da cidade, impõe-se no conjunto pela sobriedade e imponência da sua arquitetura. É construção de dois pavimentos, implantada numa esquina, com recuo para uma das ruas. Exemplo do ecletismo da época, possui um repertório simples de ornamentos. O pavimento superior, arrematado por platibanda, apresenta sequência de janelas retangulares com ornatos de massa, sob e sobre os vãos, segundo modelos clássicos. O andar inferior, com revestimento à bossagem, repete a sequência de coberturas do pavimento superior, com janelas de vergas levemente arqueadas.
Fonte: CPC.

Descrição: O prédio do Colégio foi inaugurado em 1924, para funcionar a Escola Normal de Ponta Grossa. Em 1939, passa a ser sede do Ginásio Regente Feijó. Caracteriza-se por ser um marco na paisagem urbana pela beleza de sua construção, marcada pelo estilo eclético, apresentando vestígios do estilo clássico e da art-noveau.
Caracteriza-se por ser um grande Colégio Estadual, onde estudaram muitos personagens da história local, sendo até hoje uma referência por sua importância educacional. Foi tombado como Patrimônio Cultural do Paraná em 1990.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Na década de 1920, durante o Governo de Caetano Munhoz da Rocha, e sendo Cézar Prietro Martinez o Inspetor Geral de Ensino, houve uma reforma educacional no Paraná, com a valorização da Escola Normal para a formação de professores. Em 1921 foi oficializado o projeto de criação de duas Escolas Normais do Estado: uma em Ponta Grossa e outra na cidade de Paranaguá. Em 1922, o Sr. Manoel Suarez e sua esposa Clara Suarez, proprietários do terreno e imóvel situados á Praça Barão do Rio Branco, enviaram carta do Jornal Diário dos Campos de 07 de abril de 1922 a fim de propor a venda dos mesmos para que no local fosse construída a Escola Normal Primária de Ponta Grossa, que iniciou as aulas dia 27 de fevereiro de 1924, em prédio situado a Rua do Rosário n° 194, em frente a referida praça.

No ano de 1927, a Prefeitura Municipal adquiriu o prédio da Rua Dr. Colares, esquina com a Rua Augusto Ribas para que neste fosse instalado o Ginásio Regente Feijó, porém o imóvel necessita de reformas para que fossem iniciadas as aulas. Durante alguns meses, as aulas do Ginásio foram ministradas na sede da Escola Normal, terminadas as obras, o mesmo voltou para a Rua Dr. Colares. Através do Decreto n° 6.150 de 10 de janeiro de 1938, houve a fusão do Ginásio Regente Feijó com as Escola Normal. Entretanto, as duas instituições de ensino permaneceram em imóveis separados ( a Escola Normal á Praça Barão do Rio Branco e o Ginásio Regente Feijó á Rua Dr. Colares). Somente no ano seguinte (1939), realizou-se a troca de prédios, para a Rua do Rosário, n° 194.

Este imóvel foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, em 1990 e posteriormente restaurado. Em março de 2002 houve cerimônia de reinauguração do Colégio Estadual Regente Feijó, que constituiu tradicional e importante estabelecimento de ensino para a cidade de Ponta Grossa, bem como para o Estado do Paraná.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

VÍDEO:

Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo
Prefeitura Municipal
Site da instituição
Wikipedia