domingo, 14 de maio de 2023

Dez livros náuticos que todo homem do mar deveria ler

 Dez livros náuticos que todo homem do mar deveria ler

Os enormes trirremes gregos levavam até 400 tripulantes!

Dez livros náuticos que todo homem do mar deveria ler

Não há nada mais gostoso que viajar. Por isso o Mar Sem Fim preparou uma lista dez livros náuticos que todo homem do mar deveria ler. Há para todos os gostos. Das viagens épicas, às idílicas; uma corrida contra o tempo, ou uma bem devagar, a força de músculos e estratégia. Viagens de exploração, e antropológicas; algumas, solitárias, outras, com equipes grandes. Parte delas escritas por expoentes da literatura, outra, por anônimos (até então…). E ainda assim, em ambos os casos, são relatos espetaculares. E há os feitos históricos que nos fazem viajar no tempo, ou descobrir a fibra de um navegador que sofre por meses seguidos o terror dos terrores dos marinheiros: à deriva, ao sabor de ventos e correntes. Todas são fascinantes e únicas
1) Começando com o primeiro que se tem notícia: História, de Heródoto

O ‘choque fatal’ entre Grécia, e Ásia, narrado pelo Pai da História (484 a.C). Ele nasceu na Ásia Menor, e viveu na Atenas do período áureo, civilização helênica, “entre uma das maiores constelações de valores intelectuais que o mundo já produziu.” Andou e pesquisou por todos os cenários antigos. Anotou respostas de soldados que participaram das batalhas. No texto, um diário de suas viagens, ‘você volta para o século V’ a.C, e ‘assiste’ incríveis batalhas navais da esquadra persa contra a do gregos.

Enormes trirremes, que levavam até 400 tripulantes, em manobras ousadas e impetuosas. Os persas, que já haviam perdido cerca de 400 navios em razão de violenta tempestade, ancoram o que restou da frota a defronte a Atenas. Era tudo que os gregos queriam. Num lance de estratégia, investiram sobre o inimigo numa brilhante vitória assistida pelo rei persa, Xerxes.
Ilustração: seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2013/04/xerxes-o-rei-dos-reis.html

Heródoto atribui a derrota persa na batalha de Salamina, ao “combate desordenado e sem tática alguma”, contra “forças que se batiam em boa ordem e obedecendo a um método de luta.” Na mesma peleja naval, a princesa Artemisa (persa), acuada, jogou seu navio contra outro e “fê-lo soçobrar, o resultado foi que o trirreme ateniense que estava em seu alcance fez-se de bordo para juntar-se ao resto da frota.” O relato, “síntese do pensamento progressista da antiguidade, e seu embate contra o colosso da Ásia primitiva”, é um trilher. E narra, pela primeira vez, as mais incríveis batalhas navais da história.
2) No Brasil, um mito da vela mundial, Joshua Slocum e a Viagem do Liberdade

Ele é um dos maiores ícones da vela moderna mundial, o ‘Mestre dos Mares’. Autor do clássico da literatura náutica, Sozinho ao redor do Mundo, onde relata a primeira viagem em solitário (1895 – 1898), num veleiro ao redor do mundo. Mas não é este o destaque. ‘A Viagem do Liberdade’, sim, “fundamental para nós porque boa parte da aventura se passa no Brasil como, de certo modo, se passa por causa do Brasil.”

O mestre dos Mares, Joshua Slocum

Começa em 1884, quando o comandante compra a barca Aquidneck e parte para a América do Sul onde fazia navegação de cabotagem com cargas. Slocum perde o barco num baixio em Paranaguá. Paga, e dispensa a tripulação. Com um machado, um enxó, dois serrotes, alguns parafusos, uma lima e brocas, entra Mata Atlântica adentro; escolhe a madeira de cada árvore, e constrói um barco de 35 pés cheio de novidades tecnológicas. Metade era ao estilo sampang, japonês; mas o mastro de junco, chinês. Equipa os dois lados do casco com tubos de bambu ocos; estabilizadores, que impediam o veleiro de capotar. Joga na água dia 13 de maio de 1888, por isso o nome Liberdade, em português mesmo, homenagem ao fim da escravidão.
O Liberdade

Tripulação formada pela mulher e dois filhos, navega com o Liberdade mais de cinco mil milhas até chegar em casa, em Washington. Uma aventura com “A” maiúsculo.
3) Jack London – A Travessia do Snark

“O gênio imortal do romance de aventura, desta vez num cruzeiro à vela nos Mores do Sul.” Ele saiu de São Francisco, acompanhado pela mulher e um amigo leigo, num veleiro inacabado e fazendo água, sem obedecer ao leme, que pretendia consertar em Honolulu. Corria o ano de 1907. Havia pouca informação sobre os Mares do Sul. London visitou os lugares mais lindos do planeta, e os descreve com precisão. Conviveu com leprosos e canibais.


Em Waikiki descobriu uma novidade, um ‘esporte real’, como diz, que mexeu com sua cabeça. Esporte hoje conhecido como o surf, então praticado por nativos.Foto: www.sonomanews.com/lifestyle/5763554-181/celebrating-jack-london-the-cruise

Embevecido, faz a primeira descrição: “…de repente, enquanto a onda enorme ergue-se para o céu e rola na direção da praia, surge a cabeça de um homem. Rápido, ela se ergue sobre o branco espumante…todo corpo se projeta para cima, como uma visão. Onde segundos antes havia apenas uma enorme parede de água, está um homem ereto, em toda sua altura; ele não se debate, não é sepultado ou esmagado pelo monstro poderoso, mas, sim, se mantém de pé e cima dele, calmo, soberbo…”

O Sanrk
4) Bernard Moitessier – O Longo Caminho

Ah, os franceses…não fossem eles e muito não se saberia da vela em cruzeiro, ou regatas. Moitessier (1925 -1994), francês, nascido no Vietnam então Indochina, partiu para a primeira regata em solitário através do mundo, a Golden Globe Challenge, em 1968.
O longo caminho, imersão na mente de Moitessier, mas um dos dez livros náuticos que todo homem do mar deveria ler

Largada em Plymouth, Inglaterra. Nos dez meses seguintes, sem escalas, passou pelo Cabos da Boa Esperança, na Africa do Sul; atravessou o Índico e cruzou o Cabo Leeuwin, na Austrália; de volta ao Pacífico, velejou até cruzar o Cabo Horn. Depois, começa a subir o Atlântico Sul mas, no meio do trajeto… desiste da regata. “Não sei como explicar minha necessidade de continuar rumo ao Pacífico…não se explica em palavras, seria inútil tentar.”

Dá um bordo e navega outra vez para o Cabo da Boa Esperança. Cruza o Índico, ultrapassa o Cabo Leeuwin pela segunda vez para, por fim, terminar na sua adorada Tahiti. Entre os equipamentos de bordo um estilingue, para jogar filmes e relatos aos navios com quem cruzasse, informando sua posição ao jornal Sunday Times, organizador da prova.
Moitessier treinando com o estilingue. Foto: expresso.sapo.pt/multimedia-

Seus companheiros na aventura, albatrozes e petréis. E a yoga, que praticava regularmente. Vale cada parágrafo.
5) Robert Louis Stevenson – Nos Mares do Sul

O escocês é um dos grandes da literatura mundial. Autor do clássico, A Ilha do Tesouro, e dezenas de outros
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Roberto Louis Stevenson

A tuberculose o levou a procurar um clima que amenizasse sua agonia. Em junho de 1888 partiu a bordo da escuna Casco, para o Pacífico Sul, com sua família e uma tripulação.
O Casco : (jakesjackofhearts.blogspot.com.br/2008/10/o-captain-my-captain.html)

Passaria seis anos na Oceania, quatro deles na ilha de Vailima, em Samoa. Nos Mares do Sul, obra-prima da literatura de viagem, conta suas peripécias de seis anos de contatos com polinésios e melanésios dos arquipélagos das Marquesas, das Tuamotu, das Gilbert, e dezenas de outras ilhas. É um livro lírico, onde mostra que estava a frente de seu tempo.
6) Alfred Lansig – A Incrível Viagem de Shackleton

Existem vários livros sobre a viagem de Shackleton, até um escrito por ele. Mas os melhores, para este site, são o sexto indicado, ou O Endurance, de Caroline Alexander. Ambos contam em detalhes de prender o fôlego, uma das maiores sagas náuticas que se tem notícia. Uma história que, não fosse o protagonista, seria fisco tremendo. O gênio de Shackleton a transformou em exemplo de perseverança e superação.

Era o período heróico da descoberta da Antártica. Shackleton saiu da Geórgia do Sul em dezembro de 1914, e navegou para a Antártica, que pretendia cruzar a pé. Em janeiro de 1915 seu navio é aprisionado pelo gelo. Em Outubro, com o Endurance sendo esmagado, decide abandona-lo.
Endurance preso no gelo.

Começa uma marcha com sua tripulação puxando os escaleres sobre a banquisa de gelo. Em abril de 1916 atinge a ilha Elephant. Shackleton sabe que ninguém o resgatará. A ilha estava fora das rotas
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Na banquisa…

Com um dos escaleres melhorado, atravessa o estreito de Drake até retornar para a Georgia do Sul. Oitocentas milhas de puro inferno. Um feito épico! De lá, navega para resgatar seus homens, mas é impedido em razão do gelo. Toca para Punta Arenas, Chile. Ali consegue o empréstimo do rebocador Yelcho. Com ele segue até Elephant e salva todos os seus homens. Uma saga admirável!
7) Nathaniel Philbric – No Coração do Mar

A verdadeira história que inspirou Herman Melville a escrever Moby Dick. A saga do baleeiro Essex, de Nantucket, USA, então centro mundial da pesca à baleia, Em 1820, quando estavam a cerca de mil milhas, a Oeste das ilhas Galápagos, em pleno Pacífico, longe de tudo e de todos, o navio é abalroado e afundado por um cachalote de 26 metros, enfurecido.
Um dos dez livros náuticos que todo homem do mar deveria ler

A tripulação pega o que consegue, e embarca em três botes. Durante três meses passam por provações insuportáveis. Entre elas, tirar a sorte e escolher quem deveria ser comido pelos companheiros. Uma tragédia que abalou o mundo na época, reconstituída pelo historiador Nathaniel Philbrick. “Embora os instintos do capitão Pollard fossem corretos, faltou-lhe caráter forte para impor sua vontade aos dois jovens oficiais. Em vez de velejar para o Tahiti, rumo à salvação, partiram numa viagem impossível, vagando pelo deserto de água do Pacífico até que a maior parte deles tivesse morrido.”

“O desastre do Essex não é uma história de aventura. É uma tragédia que constitui também uma das maiores históricas verídicas já narradas.”
8) Thor Hayerdal – Kon Tiki

O explorador, arqueólogo, antropólogo e escritor, nasceu na Noruega, em 1914. Aos 25 muda-se para a Polinésia. Intriga-o, descobrir como colonizaram aquelas ilhas remotas.
Kon Tiki, mais um dos dez livros náuticos que todo homem do mar deveria ler

Concebe nova teoria: seguindo as correntes oceânicas, os colonizadores teriam vindo do Ocidente. Contestado, constrói a réplica de uma balsa aborígene, a Kon Tiki e, em 1946, parte com cinco companheiros do Peru em direção à Polinésia. Oito mil Km, e 101 dias depois, encalha no recife Raroia, no Taiti. Delícia de leitura.
9) Steven Callahan – À Deriva, setenta e seis dias perdido no mar

“Dedicado às pessoas de todos os lugares que conhecem, ou conheceram ou irão conhecer sofrimento, desespero ou solidão.” Foi publicado três anos depois do acidente, quando ondas de mais de sete metros de altura fizeram picadinho do pequeno Napoleon Solo, veleiro de 21 pés, construído por ele mesmo. Atravessava o Atlântico Norte em direção aos USA.Saindo de Lisboa, escalou na Madeira e Canárias. E seguiu em direção à Guadalupe. Até que os mares disseram basta, quando estava a 450 milhas ao Norte da ilhas do Cabo Verde. Seu destino, as ilhas do Caribe, a mais de 1 800 milhas. Mal teve tempo de pegar os equipamentos de sobrevivência. Já na balsa, onde passaria míseros 76 dias na mais prolongada agonia de um náufrago, construiu um sextante primitivo com um lápis. Pescava com arpão. Coletava água da chuva, e sua fibra jamais o fez desistir. Por isso foi selecionado. No 71º dia, escreve: “…o último destilador solar desagregou-se completamente…” Durante o périplo, cruza com cinco navios mas, para seu desespero, não consegue avisa-los. Navegando como pode, 76 dias depois arriba em Guadalupe. Um ‘aula’ de sobrevivência.
10) Amyr Kink – Cem dias entre céu e mar

Por último, mas não menos importante, nossa sugestão é o primeiro livro de do melhor navegador brasileiro. Aquele que alçou seu nome à constelação de supernavegadores mundiais. A história é por demais conhecida. Best- seller, ultrapassou dez edições. O ‘orgulhoso dono da canoa Rosa’ estuda cada detalhe da rota, e suas necessidades. Constrói um barquinho com 5,94 metros, por 1,52 de boca (largura). Movido a remo, atravessa o Atlântico Sul, da Namíbia à Bahia, em 101 dias. De queda cita Fernando Pessoa, e explica, com desconcertaste simplicidade, a história náutica brasileira ao tempo das descobertas:
Amyr no IAT

“Como puderam então alcançar (as caravelas) terras tão ditastes, unir continentes e depois regressar se os ventos que sopravam favor na ida eram contrários na volta?”

“Simplesmente nunca retornando pelo mesmo caminho.”

(Do https://marsemfim.com.br/)

A GALEOTA DOM JOÃO VI, UMA EMBARCAÇÃO MARÍTIMA QUE SERVIU A FAMÍLIA REAL NO BRASIL E TESTEMUNHOU INÚMEROS FATOS HISTÓRICOS

 A GALEOTA DOM JOÃO VI, UMA EMBARCAÇÃO MARÍTIMA QUE SERVIU A FAMÍLIA REAL NO BRASIL E TESTEMUNHOU INÚMEROS FATOS HISTÓRICOS



 A GALEOTA DOM JOÃO VI, UMA EMBARCAÇÃO MARÍTIMA QUE SERVIU A FAMÍLIA REAL NO BRASIL E TESTEMUNHOU INÚMEROS FATOS HISTÓRICOS

Considerada uma das mais importantes relíquias históricas que marcam o período da monarquia no Brasil, a Galeota Real ou Dom João VI, foi a primeira e única embarcação a ter esse nome em homenagem a Príncipe Regente e depois Rei de Portugal Dom João VI. Com a chegada do Príncipe Regente à Bahia, em 1808, o Conde da Ponte mandou construir essa embarcação no Arsenal da Capitania para o serviço particular do Príncipe. 

Sem similar no continente americano, tem o casco construído com madeiras nobres e dourado a folha de ouro e externamente, é ornado com frisos, figuras marinhas e outros temas em estilo barroco entalhados em madeira dourada. Tinha um belo camarim e na proa a carranca de um dragão, símbolo da família Bragança.
Depois de transportada para o Rio de Janeiro em 1809, atendeu aos deslocamentos da Família Real pela baía de Guanabara, tendo recebido a Princesa D. Leopoldina em sua chegada da Áustria para casar-se com Dom Pedro I e posteriormente conduziu a Família Real à embarcação que a transportou de volta a Portugal, em 25 de abril de 1821.

Em 1829, transportou a segunda imperatriz do Brasil, D. Amélia Augusta de Leuchtenberg. Em 1843, foi a vez da galeota participar da chegada ao Brasil da imperatriz D. Teresa Cristina, esposa de D. Pedro II, além de ter transportado, em outubro de 1864, a Princesa Isabel, filha de D. Pedro II.

A galeota esteve ainda presente no episódio que marcou o fim do regime monárquico no Brasil, o grande (e último) baile imperial que se realizou na Ilha Fiscal. 

Foi utilizada até aos primeiros governos da República Velha e entre outros personagens, transportou o então Presidente da República Argentina, Dr. Julio Roca, quando de sua visita ao Rio de Janeiro (1899) e o Presidente eleito da República Argentina, Dr. Roque Sãens Peña e sua comitiva em visita ao Brasil em 1910 e participou ainda com destaque das festividades de comemoração do centenário de independência do Brasil, ocorrido em 1922.

Realizou a sua última viagem em Setembro de 1920, no desembarque da família real da Bélgica, que chegou ao Rio de Janeiro a bordo do Encouraçado São Paulo.
Passou muitos anos conservada no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro até a criação do Centro Cultural da Marinha onde se encontra-se atualmente em exposição permanente e se constitui em uma das principais atrações da instituição.

Freddie Mercury com sua mãe, 1947. Sua mãe Jer Bulsara era ferozmente protetora de seu filho, como retratado na cinebiografia Bohemian Rhapsody de 2018

Freddie Mercury com sua mãe, 1947.


Sua mãe Jer Bulsara era ferozmente protetora de seu filho, como retratado na cinebiografia Bohemian Rhapsody de 2018


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Freddie Mercury com sua mãe, 1947.

Sua mãe Jer Bulsara era ferozmente protetora de seu filho, como retratado na cinebiografia Bohemian Rhapsody de 2018, na qual Rami Malek interpretou o extravagante e pensativo Freddie.

No entanto, seu pai Bomi Bulsara lutou contra a profissão de seu filho e eles frequentemente entravam em atrito. Apesar da proximidade de Jer e Freddie, ele nunca foi capaz de revelar seu maior segredo para sua família, incluindo sua irmã Kashmira Cooke.

Mesmo tendo vivido abertamente com uma sucessão de namorados e transferido seu parceiro de vida Jim Hutton para sua mansão no oeste de Londres nos últimos anos da vida, Freddie nunca se revelou como gay ou bissexual para a mãe e o pai.

Foi algo que causou muita dor a Jer, que se abriu sobre sua tristeza em uma rara entrevista de 2006. Questionada sobre se Freddie já havia lhe contado a verdade sobre sua sexualidade, sua mãe emocionada sussurrou: “não”.

“Ele não queria nos chatear. Naquela época … a sociedade era diferente. Hoje em dia é tudo tão aberto, não é?” ela disse. Jer acreditava que Freddie teria “saído do armário” publicamente se tivesse vivido o suficiente para ver tempos mais tolerantes. 

A história de Millikan, o primeiro físico a ver o elétron

 A história de Millikan, o primeiro físico a ver o elétron


Pode ser uma imagem de ‎5 pessoas e ‎texto que diz "‎Einstein ة Planck Millikian Nernst Laue‎"‎‎

A história de Millikan, o primeiro físico a ver o elétron http://trib.al/ZxL3BG7

Em 1923, o físico americano Robert Andrews Millikan (1868-1953) recebeu o Prêmio Nobel de Física,
“pelo seu trabalho sobre a carga elementar da eletricidade e sobre o efeito fotoelétrico”.

Em sua palestra Nobel “O elétron e o quantum de luz do ponto de vista experimental”, ele se referiu ao experimento que lhe permitiu determinar a carga do elétron, deixando seu público convencido de que havia visto elétrons:

“Aquele que viu esse experimento, e centenas de investigadores o observaram, literalmente viu o elétron”.

Freqüentemente, os físicos dizem que vemos as coisas nas quais estamos trabalhando, não importa quão pequenas ou mesmo abstratas possam ser. Há pouca dúvida, porém, de que dentro do aparato usado por Millikan havia um mundo de partículas com o qual ele se tornou tão familiarizado que afirmava ver coisas naquele mundo.

A física requer experimentos, medições precisas e, é claro, conclusões a serem tiradas. Existem numerosos exemplos de experimentos decisivos na história da física. Um dos mais famosos e importantes deles foi o que possibilitou a determinação da carga do elétron, conduzido por Millikan em 1909, que ficou conhecido como experimento da gota de óleo ou simplesmente experimento de Millikan. De fato, é considerado um dos “mais belos experimentos da física” e foi fundamental para permitir a medição da carga do elétron.

Robert Andrews Millikan nasceu em Morrison, Illinois (EUA) em 22 de março de 1868. Depois de se formar no Oberlin College em Ohio (1891) -onde gostou particularmente de estudar grego e matemática- fez dois cursos de física elementar, o que despertou seu interesse nesta disciplina. Em 1893 foi premiado com uma bolsa na Universidade de Columbia, da qual recebeu seu PhD em 1895 com uma tese sobre a polarização da luz emitida por superfícies incandescentes. Fenômeno originalmente observado (1824) por François Aragó, Millikan usou ouro e prata fundidos do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos para provar sua tese. Depois de passar um ano (1896) na Alemanha nas Universidades de Berlim e Götingen, ele retorna aos Estados Unidos para aceitar o convite do físico e Prêmio Nobel Albert A. Michelson para se tornar seu assistente no recém-fundado Laboratório Ryerson na Universidade de Chicago. Ele viria a se tornar um conferencista lá (1910), cargo que ocupou até 1921. No decorrer de sua vida (ele morreu em 1953), Millikan foi professor de física, diretor do Norman Bridge Physics Laboratory e presidente do California Instituto de Tecnologia (CALTECH).

Uma gota de óleo para “desmascarar” o elétron

Millikan foi uma figura chave no desenvolvimento da física nos Estados Unidos na primeira metade do século XX. Se fosse necessário classificá-lo como físico, sua faceta de físico experimental teria, sem dúvida, de ser destacada, assim como as numerosas e importantes descobertas que fez, predominantemente nos campos da ótica e da física molecular. A primeira grande conquista de Millikan foi determinar a carga do elétron, para o qual ele usou o "método da gota de óleo". J. J. Thomson, o físico britânico, já havia estabelecido a relação carga/massa do elétron em 1897, mas nenhum deles separadamente. Assim, se fosse possível determinar um desses valores separadamente (carga ou massa), o outro poderia ser facilmente calculado. Millikan, com a ajuda de Harvey Fletcher, um de seus alunos de doutorado, usou o experimento da gota de óleo para medir a carga do elétron (e com isso, sua massa). Quando Millikan iniciou uma longa série de experimentos em 1907, ele já trabalhava na Universidade de Chicago havia dez anos, era casado, era pai de três filhos e estava prestes a completar 40 anos. Ele havia conquistado grande renome como professor de física, mas ainda não havia conquistado nada digno de nota como investigador científico.

A carga elétrica fundamental é uma das constantes básicas da física, consequentemente, sua determinação precisa é essencial para esta disciplina. Em seu experimento, Millikan mede a força elétrica em uma pequena gota de óleo que foi carregada por um campo elétrico criado entre dois eletrodos quando a gota estava no campo gravitacional. Como o campo elétrico era conhecido, foi possível determinar a carga acumulada na gota de óleo.

Um spray formou gotas de óleo, algumas das quais caíram através de uma pequena abertura em um espaço de área de campo elétrico uniforme por duas placas carregadas paralelas. Um microscópio tornou possível observar uma determinada gota de óleo e aprender sua massa medindo a velocidade terminal de sua queda. A gota de óleo foi carregada com raios-x e, ajustando o campo elétrico, foi possível fazer com que ela permanecesse em repouso, em equilíbrio estático, quando a força elétrica fosse igual à força gravitacional oposta. Millikan, realizando uma tarefa longa e tediosa que envolvia um conjunto de experimentos colaterais, repetiu o experimento inúmeras vezes, concluindo que os resultados obtidos poderiam ser explicados se houvesse uma única carga elementar (cujo valor ele determinou) e as cargas identificadas eram múltiplos inteiros desse número.

Em 1909, ele enviou seu primeiro artigo para publicação, no qual explicava uma técnica que chamou de “um método de equilíbrio de gota para determinar a carga do elétron, e”, intitulado “Uma nova modificação do método da nuvem para determinar a carga elétrica elementar e o valor mais provável dessa carga”. Millikan incluiu suas opiniões pessoais sobre a confiabilidade e validade de cada uma de suas 38 observações. Ele marcou sete observações "muito boas" com dois asteriscos, dez "boas" com um único asterisco e deixou as treze restantes "satisfatórias" sem marcar. Um genuíno ato de honestidade, a respeito do qual o historiador da ciência Gerald Holton mais tarde se referiria como “um gesto bastante incomum em publicações científicas”. Em setembro de 1910, Millikan publicou um segundo artigo na revista Science sobre a carga de elétrons intitulado, “O isolamento de um íon, uma medição precisa de sua carga e a correção da lei de Stokes”, o primeiro a explicar completamente seu método de “equilíbrio de queda”.

Três anos depois, em 1913, Millikan melhorou os resultados obtidos para determinar a carga do elétron e = 4,774 ± 0,009 x 10-10 unidades eletrostáticas de carga (esu), ou seja, 1,592 x 10-19 C (1 esu = 3,33564 × 10-10 C) que está ligeiramente abaixo do valor atualmente aceito de 1,602 x 10-19 C, provavelmente porque Millikan usou um valor impreciso para a viscosidade do ar.

Mas este não foi o único experimento “crucial” conduzido pelo meticuloso Millikan. Em 1905, no decorrer de seu Annus Mirabilis, Albert Einstein publicou o artigo intitulado “Sobre um ponto de vista heurístico sobre a criação e conversão da luz”. Neste artigo, Einstein analisa teoricamente o efeito fotoelétrico, introduzindo de forma convincente o conceito de “quantum de luz” (mais tarde renomeado como fóton) e aplicando as ideias de Max Planck, antes que qualquer um de seus colegas o fizesse, para explicar teoricamente o efeito fotoelétrico efeito. O próprio Planck acabou por ser um dos mais ferrenhos críticos dessa ideia de quanta de luz, enquanto Millikan rejeitou a ideia de Einstein como uma "hipótese precipitada, para não dizer tola", rapidamente começando a trabalhar em mostrar experimentalmente a Einstein o erro de sua teoria. caminhos. Após dez anos de experimentos (1916), Millikan publicou seus resultados na revista Physical Review em um artigo intitulado “A Direct Photoelectric Determination of Planck's h”. No entanto, e ao contrário do que pretendia originalmente, Millikan não só validou experimentalmente a equação de Einstein para o efeito fotoelétrico, como também determinou a constante de Planck, h. A conclusão do artigo de Millikan de 1916 não deixa margem para dúvidas:

“A equação fotoelétrica de Einstein foi submetida a testes muito minuciosos e parece em todos os casos prever exatamente os resultados observados”.
No entanto, Millikan pretendia demonstrar com seus experimentos que a ideia de “quanta de luz” de Einstein estava errada. Em um artigo intitulado “Albert Einstein em seu septuagésimo aniversário” (1949), na revista Reviews of Modern Physics, Millikan escreveu:

“Passei dez anos da minha vida testando aquela equação de Einstein de 1905 [o efeito fotoelétrico] e, ao contrário de todas as minhas expectativas, fui compelido em 1915 a afirmar sua verificação experimental inequívoca, apesar de sua irracionalidade, pois parecia violar tudo o que sabíamos da interferência da luz”.
Em 14 de novembro de 1923, Millikan recebeu um telegrama da Real Academia Sueca de Ciências informando-o de que havia recebido o Prêmio Nobel de Física por seu trabalho sobre a carga elementar da eletricidade e o efeito fotoelétrico, tornando-o o segundo americano a receba-o. O texto do telegrama é o seguinte:

5 gs d 2625 803R
ESTOCOLMO 10h30 14 DE NOVEMBRO DE 1923
DOUTOR MILLIKAN
PASADENA, CALIF
PRÊMIO NOBEL DE FÍSICA CONCEDIDO A VOCÊ POR FAVOR, TELEFONE SE VOCÊ PODE ESTAR PRESENTE EM ESTOCOLMO, 10 DE DEZEMBRO
HOEDERBAUM, SECY ACADEMY OF SCIENCE

Millikan participou da Terceira Conferência Solvay realizada em Bruxelas (1921) e foi premiado com doutorado honorário por vinte e cinco universidades em todo o mundo. Além do Prêmio Nobel de Física, ele também recebeu o Prêmio Comstock de Física da Academia Nacional de Ciências, a Medalha Edison e a Medalha Hughes da Royal Society, sem mencionar uma série de outras honrarias. Millikan morreu em 19 de dezembro de 1953 em San Marino, Califórnia, aos 85 anos.

Complexo de passagens e galerias do Peru teria sido usado para rituais sagrados !!!

 Complexo de passagens e galerias do Peru teria sido usado para rituais sagrados !!!


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As passagens, até então, desconhecidas do templo Chavín de Huántar foram exploradas apenas no ano passado ...

Em 2019, pesquisadores detectaram a presença de câmaras escondidas no subsolo do Templo de Chávin de Huantar, construído na região montanhosa dos Andes peruanos pelo misterioso povo chavín entre 1.200 a.C e 200 a.C.

(Veja outras imagens nos comentários).

O local já era explorado há mais de uma década, porém, essas passagens secretas apenas foram exploradas no ano de 2022, em uma missão arqueológica que foi atrasada devido às restrições da pandemia de covid-19.

Outra dificuldade, aliás, foi o tamanho limitado das aberturas, que por vezes tinham apenas 40 centímetros de diâmetro antes de abrir-se em um espaço maior.
As galerias subterrâneas teriam servido como local de culto para os humanos época, da mesma forma que outras seções do templo, conforme explicado por John Rick, o arqueólogo que lidera o estudo, em uma entrevista ao Live Science:
São passagens, corredores, salas, celas e nichos revestidos de pedra, grandes o suficiente para atravessar, cobertos com vigas de pedra. As galerias têm uma diversidade de funções pelo que podemos dizer, (mas) todas estão relacionadas à atividade ritual”, afirmou ele.

Uma das teorias apresentadas pelo estudioso é que certas câmaras encontradas teriam sido usadas para induzir experiências de privação sensorial. Outros locais, por sua vez, eram depósitos de artefatos sagrados, como trombetas feitas de conchas gigantes.

O mais espaçoso cômodo encontrado pelos pesquisadores possuía duas tigelas de pedra, uma delas esculpida com a cabeça e as asas de um condor, que é uma ave de rapina da região. O lugar foi nomeado, por esse motivo, de "Galeria Condor".
A Galeria Condor mostra muitas linhas de evidência apontando para uma idade de pelo menos 3.000 anos desde que a galeria foi construída", apontou Rick, o que tornaria o local um dos mais antigos do templo.
Outro detalhe é que as passagens levando a essas câmeras também foram seladas há milênios, mostrando que os habitantes do local teriam deixado de usá-las com a construção das porções mais 'novas'.

Drogas?

As crenças e cerimônias da religião chavín são majoritariamente um mistério para os arqueólogos atuais, porém, uma informação que já sabemos é que essa população humana fazia a inalação de rapé alucinógeno. Assim, uma estimativa de Richard Burger, um cientista que não faz parte da pesquisa, porém que faz o estudo daquele povo, é que as tigelas da Galeria Condor teriam sido usadas para moer as ervas usadas na criação da substância psicodélica, ainda segundo o LiveScience.

Grupo: Divulgação de fatos e conhecimentos: ciências e afins. 

𝙊𝙝𝙞𝙤 𝘽𝙞𝙜 𝙁𝙤𝙤𝙩 𝙂𝙞𝙧𝙡 Fanny Mills nasceu em Pullborough, Sussex em 1860, filha de George Mills e Sarah Ansell.

 𝙊𝙝𝙞𝙤 𝘽𝙞𝙜 𝙁𝙤𝙤𝙩 𝙂𝙞𝙧𝙡
Fanny Mills nasceu em Pullborough, Sussex em 1860, filha de George Mills e Sarah Ansell.


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𝙊𝙝𝙞𝙤 𝘽𝙞𝙜 𝙁𝙤𝙤𝙩 𝙂𝙞𝙧𝙡

Fanny Mills nasceu em Pullborough, Sussex em 1860, filha de George Mills e Sarah Ansell. Em 1861 a família morava em Mace Hill, na aldeia e seu pai trabalhava como merceeiro. Ela tinha dois irmãos mais velhos, Fred e Henry. Em 1871, George estava ausente da casa. Sarah era a chefe da casa, ela era listada como uma mendiga (esposa do dono da mercearia). Eles tiveram mais dois filhos, Albert e Frances. Também morando com a família estavam o pai de Sarah, William, e seu irmão Clement.

A família emigrou para a América em junho de 1871. Eles chegaram a Nova York e foram para Ohio, onde se estabeleceram em Perkins, Erie, Ohio. No censo de 1880, seu pai agora trabalhava como leiteiro. Uma coisa chama a atenção na descrição de Fanny nesse senso, ou seja, o fato de estar escrito 'Pés deformados' ao lado do nome de Fanny. Ela começou a apresentar sintomas da doença de Milroy, uma condição que afeta principalmente as mulheres e causa inchaço nos membros inferiores.

Em 1886, Fanny casou-se com William Brown.

Em 1899, o Hartlepool Northern DailyMail escreveu: "A mulher de pés grandes - Um dos casos mais interessantes da ascensão de uma aberração da pobreza à riqueza é o de Fanny Mills, a mulher de pés grandes, que foi descoberta por Frank Stone, o showman de Boston. Ele ouviu falar dela através do postmaster Sandusky, Ohio, e depois de uma pequena correspondência decidiu sair e ver se ela era tudo o que ela representava.

"A fazenda em que ela morava com seus pais foi considerada o lugar mais miserável que se possa imaginar, a casa e o prédio em mau estado, o terreno pobre e tudo indicando uma luta difícil pela existência nua. A própria menina estava seminua e terrivelmente magra e com aparência desgastada. Seu trabalho era ordenhar as vacas e depois carregar o leite por uma distância de cinco milhas até as casas ao longo da estrada. Ela carregava dois grandes baldes pendurados na canga nos ombros e, com seus pés enormes, a labuta diária era tão severa que, junto com uma comida miserável, a havia reduzido quase a um esqueleto."

"O Sr. Stone a levou para Boston com um salário de £ 20 por semana e a chamou de mulher de pés grandes de Chicago." Causou grande sensação, e por muito tempo foi um dos destaques. Quando chegou trazia nos pés um par de botas que mostravam o quão primitivo era seu modo de vida. Elas eram feitas ao longo da parte de cima das pesadas botas de couro dos fazendeiros, e tinha sido fabricado em casa cortando de bootlegs combinados um pedaço grande o suficiente para a sola, e depois costurando mais bootlegs de um lado para o outro até cobrir o pé. Um sapateiro levou essas botas para colocar em sua janela como um anúncio e, em troca, fez para ela dois dos melhores pares que pôde produzir."

"O salário de Fanny foi aumentando constantemente à medida que se tornou evidente o cartão de visita que ela era e, quando ela saiu, o Sr. Stone deveria preencher um compromisso de £ 100 por semana. Ela era simples e cuidadosa em sua maneira de viver e, de fato, suas despesas de subsistência foram quase pagas com o que ela ganhou com a venda de suas fotos. Ela voltou para Sandusky assim que ganhou dinheiro suficiente, comprou a melhor fazenda em todo o país e foi todo o sustento de seus pais.

Outros relatos dizem que ela era conhecida principalmente como "Ohio Big Foot Girl" e que ela viajou pela Costa Leste com sua cunhada Mary Brown, que a ajudava onde quer que fosse. Ela viajou entre 1885 e 1892 e às vezes ganhava $ 150 por semana, o equivalente a $ 4.000 hoje.

Fanny morreu em 3 de maio de 1899, aos 39 anos.

O Bracelete mais antigo do mundo: feito por Denisovanos há 70.000 anos !!!

O Bracelete mais antigo do mundo: feito por Denisovanos há 70.000 anos !!!


Pode ser uma imagem de joias

Evidências científicas revisadas por especialistas fornecem novos insights sobre as habilidades e sofisticação dos primeiros humanos ...

A "pulseira" refletia os raios do Sol quando exposta à luz solar e lançava um tom profundo de verde. Quase parece "mágica".

(Veja outras imagens nos comentários - uma foto dentro da caverna - onde foi encontrado o bracelete).

Conhecido como o bracelete de pedra mais antigo do mundo, este artefato não foi feito pelo antigo Homo Sapiens, mas pelos Denisovans, uma espécie extinta de humanos primitivos, que se acreditava ter entre 40.000 e 50.000 anos de idade.

A pulseira foi encontrada em 2008 no Stratum 11, conhecida como a mundialmente famosa caverna Denisovan, na região de Altai, na Sibéria.

As descobertas mostram que a pulseira pode ter entre 65.000 e 70.000 anos, muito antes de os humanos antigos serem considerados capazes de fazer objetos tão extraordinários.

De acordo com o pesquisador Maksim Kozlikin, do Instituto de Arqueologia e Etnografia de Novosibirsk, os especialistas alcançaram resultados extraordinários sobre a idade da pulseira.

“Os resultados iniciais mostram que a pulseira tem entre 65.000 e 70.000 anos. Em outras palavras, é datado de um período muito anterior ao esperado”.
Acredita-se que a pulseira seja usada por uma mulher ou criança muito importante apenas em ocasiões especiais.
Os cientistas concluíram que esta pulseira foi feita pelos denisovanos, uma espécie humana pré-histórica, sugerindo que esses humanos eram muito mais avançados do que se pensava anteriormente.
O professor Anatoly Derevyanko, ex-diretor do instituto, disse: "A pulseira é bastante marcante, reflete seus raios na luz do Sol." diz.

“É improvável que seja usado como uma joia do dia a dia.
Acredito que esta pulseira linda e muito frágil só é usada em alguns momentos excepcionais.”
A pulseira foi encontrada dentro da Caverna Denisova nas Montanhas Altai, habitada pelos denisovanos, também conhecidos como homo altaiensis, uma espécie humana geneticamente distinta dos neandertais e dos humanos modernos.

A pulseira, feita de clorita, foi encontrada na mesma camada que os restos de alguns dos humanos pré-históricos e, portanto, acredita-se que pertença a eles.
O que torna essa descoberta particularmente impressionante é que esse tipo de tecnologia de produção era comum em um período muito posterior, como o período neolítico. De fato, ainda não está claro como os denisovanos conseguiram fazer esse bracelete com as habilidades que possuíam.

Derevyanko disse: “Foram encontrados dois fragmentos de pulseiras de 2,7 cm de largura e 0,9 cm de espessura. O diâmetro estimado da descoberta é de 7 cm”. diz.

Nenhuma clorita foi encontrada perto da caverna e acredita-se que tenha vindo de uma distância de pelo menos 200 km, indicando o valor do material na época.

A pulseira está danificada, incluindo arranhões e saliências visíveis, mesmo que os arranhões pareçam ter sido lixados, diz o Dr. Derevyanko.

Os especialistas também acreditam que a peça da pulseira também tem outros enfeites para deixá-la mais bonita.

Grupo: Divulgação de fatos e conhecimentos: ciências e afins.