terça-feira, 13 de junho de 2017

Rua XV. Data: 04/09/1940

Rua XV. Data: 04/09/1940, após o desfile do "Dia da Raça". Foto: Domingos Foggiato. Acervo: Cid Destefani. Gazeta do Povo. Coluna Nostalgia (13/12/1992)

Vista aérea da Praça Generoso Marques em direção ao leste. Data: outubro de 1966

Vista aérea da Praça Generoso Marques em direção ao leste. Data: outubro de 1966. Foto: autor desconhecido. Acervo: Cid Destefani. Gazeta do Povo. Coluna Nostalgia (06/08/1995)



Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia. (Cid Destefani, 06/08/1995) 

"(...) Uma imagem aérea do centro da cidade feita há 28 anos (1966). Era época de mexidas no centro da cidade. Aparece a Travessa Tobias de Macedo, antiga Marumbi, já alargada, mas com velhas casas demolidas esperando a construção de novos edifícios. O sentido do tráfego de automóveis era ao contrário, assim como na Travessa Alfredo Bufren. A Praça Borges de Medeiros atrás do Paço (antiga prefeitura) era um movimentado terminal de coletivos. 

Na Generoso Marques os automóveis contornavam a estátua do Barão do Rio Branco. A Rua Monsenhor Celso ainda era usada pelos veículos que vinham da Rua XV em direção à Praça Tiradentes. Na Rua XV os automóveis desfilavam nos dois sentidos. as ruas Barão do Rio Branco e Riachuelo também eram dominadas pelos carros e por um comércio ativo. Meia dúzia de anos após esta foto ser tomada, tudo isso iria ser modificado. (...)"

Capela de São Francisco de Paula ao lado das Ruínas do Alto São Francisco. Data: aproximadamente 1910

Capela de São Francisco de Paula ao lado das Ruínas do Alto São Francisco. Data: aproximadamente 1910. Foto: autor desconhecido. Acervo: Cid Destefani. Gazeta do Povo. Coluna Nostalgia (07/03/1999)



A idéia original era construir uma igreja de pedras, mas a obra não prosperou e as pedras foram utilizadas na construção da atual Catedral, inaugurada em 1893.

A capela (que funcionava como um anexo da igreja em construção) foi inaugurada em 13 de abril de 1811 e demolida em 1913 pelo prefeito Cândido de Abreu, que a substituiu em 1915 pelo prédio do "Belvedere".

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"Procedência das rochas nas Ruínas de São Francisco e calçadas antigas da Praça Tiradentes". Liccardo, Antonio;  Vasconcellos, Eleonora Maria Gouveia e Chmyz, Igor 

Santos Dumont em visita ao Colégio Santos Dumont. Data: 1916

Santos Dumont em visita ao Colégio Santos Dumont. Data: 1916. Foto: autor desconhecido. Acervo Cid Destefani. Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (15/03/1998)











Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (15/03/1998) 

"Alberto Santos Dumont ao término da visita que acabara de fazer à escola que levava seu nome, em maio de 1916. A Escola Santos Dumont, fundada em Curitiba dez anos antes pela professora Mariana Coelho, funcionava na Rua José Loureiro, nº. 27. A foto mostra o inventor do avião e do relógio de pulso com as autoridades e a professora Mariana Coelho ao lado direito. Ao lado esquerdo, os alunos da escola".

Rua Ermelino de Leão com Augusto Stellfeld, em direção à Rua XV. Ao fundo, o prédio Moreira Garcez. Data: 1938

Rua Ermelino de Leão com Augusto Stellfeld, em direção à Rua XV. Ao fundo, o prédio Moreira Garcez. Data: 1938. Foto: Domingos Foggiato. Acervo: Cid Destefani. Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (09/06/1991)



Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia, Cid Destefani – 09/06/1991 – A Ermelino 

"A piazada reunida esperava ansiosa o surgimento do carro do governador, não era por respeito ou admiração à figura sizuda de Manoel Ribas, isso se notava logo que o veículo apontava na Rua Saldanha Marinho e dobrava a esquina da Ermelino de Leão com destino ao Palácio do Governo no Alto São Francisco. Alguns piás mais eufóricos gritavam: “Ganhei! Ganhei!”. Haviam apostado entre si qual era a placa do carro que o “Maneco Facão” estaria usando, o PG1, o PG 2 ou o PG3. E, no meio da algazarra o ganhador ou ganhadores recolhiam os tostões apostados. Esta é uma faceta da Rua Ermelino de Leão do início dos anos 40, segundo um dos piás que vivia na época o cronista esportivo Vinícius Coelho. 

A fotografia hoje nos mostra a Rua Ermelino viista do cruzamento com a Augusto Stellfeld para o centro. A imagem, gravada em 1938 apresenta, ao fundo, em destaque, o edifício Moreira Garcez na imponência dos seus oitos andares, o maior prédio de Curitiba. A casa de esquina, ao lado esquerdo, ainda existe em na época, era ocupada pela família de Hermógenes Bartolomei e, a da direita, pelo advogado Jorge Magno Loyola Borges. 

Descendo a rua estavam instalados os Pajuaba, os Salamuni e os Gomel. Na esquina da Saldanha o japonês José Noguti já funcionava com seu bar, que está lá até hoje. Em cima do bar moravam as famílias de Isaac Guelmann e os Cury. No cruzamento com a Cruz Machado existia uma “casa suspeita” onde hoje está o prédio do HOTEL Caravelle. Na outra esquina ficava o Juizado de Menores vis-a-vis com um terreno baldio usado pela meninada da região como campinho de futebol. Aguns craques que esfolavam sua canela por ali: Elpídio Loureiro (o Tico), Mário Smolka, Laertes Comandulli, Aderbal Fortes de Sá, Cícero Fernandes, Vinícius Coelho e o Alfredo “Abobrinha”, além de muitos outros. 













Fonte: Google Street

Partindo em direção à Ébano Pereira, tínhamos a pensão Grechele & Mendes que alugava quartos para a estontada de fora que vinha cursar a Universidade. Nesta quadra ainda moravam as famílias Zgoda, Cunha e Barbosa, sendo que desta última saiu um campeão brasileiro de ciclismo: o Adolfo “Batatinha”. Por ali também morou Lauro Grein. Existiu ali um prédio cinzento e soturno, misterioso para os olhos da criançada, onde funcionava o Templo Adventista do 7º Dia. Não sai e nossa memória o muro baixo que fronteava o templo, com um pequeno portão de madeira que vivia eternamente quebrado. 

Finalmente chegamos à primeira quadra da Ermelino, entre Cândido Lopes e Avenida João Pessoa (Luiz Xavier), onde já se fazia notar a presença de maior número de casas comerciais e escritórios. Funcionavam ali as agências da Western Telegraph Company, a Universal Pictures, a Warner Brothers Pictures, a United Arts of Brazil, a barbearia do Saul, a Eletrolândia estava começando, o Açougue Paulista, o açougue de aves, o primeiro especializado no gênero em Curitiba e o Paraíso das Frutas. 

Não poderíamos deixar de mencionar, embora não apareçam na foto, as residências de AbdoTacla, José Ferrani, de Mansur Guérios e Affonso Ritzmann, que se localizavam entre a Rua Augusto Stellfeld e a Praça Dr. João Cândido".

Rua Riachuelo. Data: 10/12/1946

Rua Riachuelo. Data: 10/12/1946. Foto: Domingos Foggiatto. Acervo: Cid Destefani. Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (31/01/1993)



Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (Cid Destefani, 31/01/1993)

"(...) No início dos anos 40 vamos encontrar ainda com endereço na Praça Generoso Marques a casa de instrumentos musicais dos irmãos Hertel, a Casa Ideal de calçados que pertencia a dona Paula Elias e Reinaldo Schiebler com sua Casa Alumínio, além da loja dos irmãos Muggiati, cuja variedade de artigos carnavalescos era a parada obrigatória dos foliões de então.

Agora já estamos pisando na calçada da Riachuelo. Os endereços vão apontando os nomes que ali estavam instalados, tais como: Eurico Heisler, Italo Marquesine, Hotel Martins, Casa Yvone, Alfaiataria do Marquart, Carlos Schlosser, Joaquim Elias, Farmácia Sommer, Doutor Antônio Amarante e, na esquina do Beco do Marumbi, a Óptica e Relojoaria Raeder.
Já na segunda quadra a Casa Luhm, os irmãos Riskalla seguidos pela Casa Favorita dos irmãos Hatchback. Na esquina com a rua São Francisco ficava a famosa Casa de Porcelana Schmidlin e Tamm.

Seguiam-se a Casa Tokio Dr. Alcindo Lima, Dr. Nicolau Petrelli Júnior, Casa Verde, a família dos Campelli, Afonso Hey, o estabelecimento de Madame Odette, a agência de caminhões N. Barbieri & Cia, Paulo Ernesto Riedel, a Cia Jensen, o Salão José, a casa de Rádio Helios, o Salão Affonso, o depósito da cervejaria Atlântica, o Instituto Comercial Nela Vista e Quentel & Filhos.

Na esquina da Carlos Cavalcanti ficava então o quartel do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva e lá no fim da rua, quase na praça 19, a sucursal dos Laboratórios Andrômaco.

Nos anos 50, destaque para a Casa Romeu, que comprava e vendia roupas usadas; Ney Traple, professor de dança de salão e o Restaurante Paris, famoso ponto de encontro da boemia".

Carroceiros reunidos em frente ao Mercado Municipal onde posteriormente seria construído o Paço. Data: 1905

Carroceiros reunidos em frente ao Mercado Municipal onde posteriormente seria construído o Paço. Data: 1905. Foto: autor desconhecido. Acervo: Cid Destefani. Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (07/01/1996)
























Segundo Cid Destefani em texto recente - Gazeta do Povo, 01/05/2011 -, a reunião seria uma manifestação dos carroceiros contra a concorrência dos então recém-instalados serviços de bondes de mulas.

Passeio Público. Ponte sobre o Rio Belém. Data: 1900

Passeio Público. Ponte sobre o Rio Belém. Data: 1900. Foto: Adolph Volk. Acervo: Cid Destefani. Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (02/10/1994).



Passeio Público. Ponte sobre o Rio Belém. Data: 1900. Foto: Adolph Volk. Acervo: Cid Destefani/FCC-Casa da Memória. Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (02/10/1994).

Vista do Centro registrada da esquina entre as ruas Buenos Aires e Benjamin Lins, no Batel. Data: julho de 1954

Vista do Centro registrada da esquina entre as ruas Buenos Aires e Benjamin Lins, no Batel. Data: julho de 1954. Foto: Domingos Foggiatto. Acervo: Cid Destefani. Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia. (Cid Destefani, 27/09/1992)






Coluna Nostalgia. 1954 – Uma Vista Parcial (Cid Destefani, 27/09/1992)

"(...) Hoje vamos focalizar uma vista da cidade mais recente, feita do alto do antigo Museu Paranaense, que ficava na esquina da Rua Buenos Aires com Benjamin Lins (construção de Ernesto Guaita de 1902). A imagem foi gravada em julho de 1954, em direção ao centro da cidade. Em primeiro plano vemos a Praça Theodoro Bayma, cujo nome já era bem antigo no logradouro, mas ninguém sabia da sua existência. Todo mundo quando falava do local mencionava a “Pracinha do Museu”. 

Na ocasião que a vista foi tomada, já possuía a praça um ponto de automóveis de aluguel, popularmente conhecidos como “carros de praça". Foram "chauffeurs" ali o senhor José Stanoga, o Luiz Pavone e o Moacyr Aleixo. O mais conhecido deles, Venceslau de Souza Florêncio dirigia um enorme “Nash” preto. O Venceslau ainda hoje trabalha lá (1992) com seu táxi. Pelo nome ninguém o conhece, mas por seu apelido, “Cabeleira”, é extremamente popular.

A Rua Emiliano Perneta à esquerda, antiga Rua do Aquidaban, desce em linha reta até a Praça Zacarias. Nesta época ainda possuía os trilhos dos bondes que vinham daquela praça em direção ao batel e ao Seminário. Só os trilhos, pois os bondes já tinham deixado de circular em 1952.

À direita vemos o início da Rua Dr. Pedrosa que fazia a ligação com a Praça Ruy Barbosa. Entretanto o que sobressai na paisagem são o edifícios prontos ou em construção. São os primeiros arranha-céus. Começam eles a dividir as épocas históricas da cidade.

Estava Curitiba deixando de ser a pacata urbe onde todo mundo se conhecia para entrar na era moderna dos apartamentos em grande parte adquiridos pelo pessoal do interior, principalmente do Norte do Paraná, abastados fazendeiros de café. A cidade começava portanto, a receber os primeiros prédios que formariam o maciço de edifícios que hoje possui e cuja vista que apresentamos seria impossível de ser feita atualmente.

Impossível por duas razões. A primeira seria pelo impedimento causado pela muralha de prédios. A segunda por não mais existir o imponente prédio do museu que estava instalado no alto do Morro da Bela Vista. Nem o prédio nem o morro. Hoje, no local, um tapume esconde o buraco que deixaram há muitos anos. (Hoje, 2014, o local é ocupado por uma locadora de vídeos e outros estabelecimentos comerciais).

Quando falamos do velho Museu nos vem à lembrança a piazada e os mais taludos que morando nas cercanias, por ali circulavam. Pessoal miúdo que estudava no grupo escolar 19 de Dezembro e, mais tarde, em outros colégios, como o velho Belmiro Cézar.

Vem-nos à lembrança os nomes de Lucyr Pasini e seus irmãos Lunes e Laércio. Normando e Manfredo Schiebler, José e Eduardo Carneiro de Mesquita. Alex e Renato Schaitza o “Renatinho” Schaitza, nosso companheiro de infância mais tarde companheiro nas lides jornalísticas e um grande incentivador deste trabalho que fazemos sobre a memória da cidade.

Roberto Linhares da Costa e Charles Curt Müller, companheiros do velho Grupo Dezenove. O Gil Marcos Puppi, quando garoto chegou a arranhar as cordas de um violino, hoje respeitado ginecologista, nas horas vagas um razoável taco de sinuca. João Régis Teixeira quando piá também esteve às voltas com aulas de violino e, segundo ele, o melhor som que conseguiu tirar do instrumento foi quando o arremessou sob um bonde que passava e o mesmo foi reduzido a cavacos pelas rodas do coletivo.

Irajá Bastos, Fernando Maranhão, Álvaro Albuquerque, Norberto e Francisco Chella, João e Klaus Maschtke são mais alguns nomes que me vem à lembrança quando vemos a fotografia acima. Outros tantos rostos vemos cujos nomes não conseguimos retirar do arquivo da nossa memória. Afinal lá se vão quarenta anos ou mais. Desculpem-nos os não citados.

Acabamos divagando sobre nossas próprias lembranças ao vermos essa imagem feita em 1954. Outras tantas nos vêm à mente quando por ali circulávamos na infância e na juventude. Dariam pra encher várias páginas e a paciência do leitor. Vamos deixar que cada um eu tiver recordações a fazer em cima desta imagem aproveite o domingo para um bom exercício de memória".

Avenida Luiz Xavier vista da Travessa Oliveira Bello (ligação com a Praça Zacarias). Data: 25/01/1941

Avenida Luiz Xavier vista da Travessa Oliveira Bello (ligação com a Praça Zacarias). Data: 25/01/1941. Foto: Domingos Foggiato (?). Acervo: Cid Destefani. Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (04/07/1999)








































Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (Cid Destefani, 04/07/1999)

"(...) O prédio cinza da direita abrigou por muitos anos a Casa do Estudante. Ao seu lado, o edifício Eloísa, de propriedade de David Carneiro, industrial do mate e historiador. Foi anunciado no começo daquele ano que ali brevemente se instalaria o Cine ÓPera, um dos melhores cinemas que a cidade veio a ter. No alto do prédio vemos a propaganda do Mate Real, que era produzido no engenho de erva da família Carneiro. Foi um dos primeiros anúncios com luz neon de Curitiba. O 'reclame', como era conhecido na época, veio abaixo durante um tufão que se abateu sobre a cidade no mesmo ano de 1941. (...)"