quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Baltasar Carrasco dos Reis

Baltasar Carrasco dos Reis


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Baltasar Carrasco dos Reis
Nascimento1617
São Paulo
CidadaniaBrasil
Assinatura
Assinatura Balthazar Carrasco dos Reis.JPG
Baltasar Carrasco dos Reis (São Paulo1617 — Curitiba8 de outubro de 1697) foi um bandeirante brasileiro e um dos fundadores da cidade de Curitiba, no estado brasileiro do Paraná.

História[editar | editar código-fonte]

O capitão Baltasar Carrasco dos Reis, era filho de Miguel Garcia Carrasco e de Margarida Fernandes, seu pai fidalgo de origem espanhola foi um dos signatários da aclamação de Amador Bueno da Ribeira, como Rei do Brasil, porém o mesmo não aceitou, vindo Miguel Garcia Carrasco dois dias após a assinar a aclamação de D. João IV. Tal fato se concretizado teria antecipado a Independência do Brasil de Portugal em 181 anos.
Era casado com Izabel Antunes e recebeu por carta de 29 de junho de 1661, assinada por Salvador Corrêa de Sá e Benavides, uma Sesmaria de terras na localidade de Mariguy (Barigüi) onde já morava por vários anos, localizada na Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
Possuía grandes extensões de terra nos Campos Gerais de Curitiba, no litoral paranaense e na Villa de Sant'Anna de Parnahyba.
Segundo a Obra Clássica de Francisco Negrão publicada em 1926: "Genealogia Paranaense" às seguintes famílias: Andrade, Soares e Seixas, juntamente à do capitão Matheus Martins Leme se entrelaçaram por meio de casamento com a de Baltasar Carrasco dos Reis, formando uma grande prole, a partir de seus 8 filhos, e é tido como um dos povoadores de Curitiba, sendo que seus descendentes formaram a elite política do estado com membros ainda dominantes nos dias de hoje.

Descendentes[editar | editar código-fonte]

Affonso Alves de Camargo Netto

Affonso Alves de Camargo Netto


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Affonso Alves de Camargo Netto
Deputado federal pelo  Paraná
Período1995 - 1999(50ª Legislatura)
1999 - 2003(51ª Legislatura)
2003 - 2007(52ª Legislatura)
2007 - 2011(53ª Legislatura)
Senador do  Paraná
Período1979 - 1987
1987 - 1995
Vice-Governador do  Paraná
Período1964 - 1965
Dados pessoais
Nascimento30 de abril de 1929
Curitiba, (PR), Brasil
Morte24 de março de 2011 (81 anos)
Curitiba, (PR), Brasil
PartidoPDC (1965), MDB (1965-1973), ARENA (1973-1980), PP (1980-1981), PMDB (1981-1987), PTB (1987-1992), PPR (1992-1995), PFL (1995-2001), PSDB (2001-2011)
ProfissãoEngenheiro Civil
linkWP:PPO#Brasil
Affonso Alves de Camargo Netto (Curitiba30 de abril de 1929 — Curitiba, 24 de março de 2011) foi um engenheiro civil e político brasileiro do estado do Paraná. Filho de Pedro Alípio Alves de Camargo e Ismênia Marçallo de Camargo, neto do ex-governador do Paraná Afonso Camargo e descendente do fundador de Curitiba, bandeirante Baltasar Carrasco dos Reis.
Foi vice-governador do estado do Paraná, senador da república pelo mesmo estado, além de deputado federal, eleito em 1995, representando o povo paranaense.[1]
Camargo Netto foi Candidato a Presidente da República em 1989. Sua família paterna, formada por pecuaristas e donos de frigoríficos, fornecera quadros políticos ao antigo Partido Republicano Paranaense. Seu avô, Affonso Alves de Camargo foi deputado estadual por quatro mandatos (1898-1914), deputado federal (1921-1922), senador (1922-1927) e presidente do Estado do Paraná por duas vezes (1916-1920 e 1928-1930) durante a República Velha. Ocupava este último posto quando da eclosão da Revolução de 1930.
Affonso Camargo Netto foi casado com Gina Flores de Camargo, filha de Fernando Flores, constituinte de 1946 e deputado federal pelo Paraná entre 1946 e 1955, com quem teve cinco filhos, dos quais dois adotivos. Casou-se pela segunda vez em março de 1994 com Nadir de Santa Maria de Camargo, com quem teve um filho.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal do Paraná em 1952, trabalhou na iniciativa privada até aproximar-se do então governador Ney Braga que o nomeou sucessivamente diretor do Departamento de Água e Energia Elétrica do Paraná e Secretário de Justiça sendo eleito vice-governador em 1964. Adversário político de Paulo Pimentel, trocou o antigo PDC pelo MDB após a instituição do bipartidarismo pelos militares. Tal opção política o fez romper com Ney Braga sendo por este derrrotado na disputa ao senado em 1966.
Posteriormente Ney Braga e Paulo Pimentel romperam politicamente e Afonso Camargo recompôs sua aliança com o seu antigo padrinho político, fato que o levou à presidência do Banco do Estado do Paraná e a ser Secretário de Fazenda (1973-1974). Eleito presidente do diretório regional da ARENA em 1975 foi indicado senador biônico em 1978. Com a volta do pluripartidarismo seguiu rumo ao PP liderado por Tancredo Neves, a quem seguiu quando de seu ingresso no PMDB. Secretário-geral do partido, foi indicado Ministro dos Transportes em 1985 após a eleição de Tancredo Neves à Presidência da República e com o falecimento deste foi mantido na pasta por José Sarney. Neste período, criou o vale-transporte e assim ficou conhecido pela alcunha de "o pai do vale transporte"[2]. Após deixar o governo foi reeleito senador em 1986.
Afonso Camargo deixou o PMDB no primeiro ano de seu novo mandato e foi candidato à presidência da República em 1989, pelo PTB sem que passasse do primeiro turno. Na rodada seguinte apoiou a candidatura de Fernando Collor a quem serviu novamente como Ministro dos Transportes nos últimos meses de seu governo quando ocupou também responsável a pasta das Comunicações. Foi eleito deputado federal em 1994, 1998, 2002 e 2006 sendo que durante esse período esteve filiado ao PPR e ao PFL antes de ingressar no PSDB em 2001.

Atividades Partidárias[editar | editar código-fonte]

  • Secretário do Diretório Nacional do PDC
  • Presidente do Diretório Regional da Arena (1975)
  • Vice-Presidente da Comissão Executiva do PP (1979)
  • Vice-Líder do PP no Senado Federal (1979)
  • Secretário-Geral do PMDB
  • Vice-Líder do PSDB (2 de maio de 2006 a 3 de maio de 2006)

Atividades Profissionais e Cargos Públicos[editar | editar código-fonte]

  • Diretor de Empresa de Incorporações Imobiliárias
  • Diretor do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Paraná (1961)
  • Presidente Fundador da Companhia de Desenvolvimento do Paraná (CODEPAR), em Curitiba (1962)
  • Secretário do Interior e Justiça do Estado do Paraná (1963)
  • Presidente (1973) e Secretário de Finanças (1974) do Banco do Estado do Paraná
  • Secretário da Fazenda do Estado do Paraná (1974)
  • Ministro de Estado dos Transportes (1985-1986)
  • Ministro de Estado dos Transportes e das Comunicações (1992)

Estudos e Cursos Diversos[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  «Afonso Camargo»Câmara dos Deputados. Camara.gov.br
  2.  «Morre Affonso Camargo, ex-deputado paranaense conhecido como "pai do vale-transporte"»Portal R7. Noticias.r7.com. Consultado em 29 de março de 2011

Fonte de pesquisa[editar | editar código-fonte]

  • ALMANAQUE ABRIL 1986. 12. ed. São Paulo: Abril, 1985.

Precedido por
Cloraldino Soares Severo
Ministro dos Transportes do Brasil
1985 — 1986
Sucedido por
José Reinaldo Carneiro Tavares
Precedido por
João Eduardo Cerdeira de Santana
Ministro dos Transportes do Brasil
1992
Sucedido por
Alberto Goldman
Precedido por
João Eduardo Cerdeira de Santana
Ministro das Comunicações do Brasil
1992
Sucedido por
Hugo Napoleão do Rego Neto

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Augusto Stresser

Augusto Stresser


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Augusto Stresser
Criador da primeira ópera do PR
Informação geral
Nome completoAugusto Stresser
Nascimento18 de julho de 1871
OrigemCuritiba
País Brasil
Morte18 de novembro de 1918 (47 anos)
Augusto Stresser (Curitiba18 de julho de 1871 — 18 de novembro de 1918) foi um compositor do Brasil. Também foi jornalista e ilustrador do jornal O Guaranyartista plásticoescritor e funcionário graduado da Delegacia do Tesouro Nacional no Paraná.
Augusto Stresser é o compositor da primeira ópera paranaense.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Augusto Stresser nasceu em 18 de julho de 1871 (prematuro de oito meses) em uma casa localizada na esquina da Rua da Carioca (atual Rua Riachuelo) com a Rua dos Alemães (atual Rua 13 de Maio) na capital paranaense[1].
Filho de Theodoro Stresser, alemão nascido em Walferding (Luxemburgo) e que imigrou para o Brasil no final da década de 1820 (com apenas 3 anos de idade). A mãe de Augusto foi Izabel Pletz (mais conhecida por "Luiza"), brasileira e descendente direta de alemães. O casal Theodoro e Izabel casou-se em Curitiba no dia 23 de janeiro de 1847 e tiveram sete filhos, sendo Augusto o caçula da família. Seus irmãos foram: Maria do Pilar, Leopoldina, José Theodoro, João Augusto, Francisca e Guilhermina[2].
Theodoro, pai de Augusto, era dono de olaria no Bacacheri e foi o primeiro a fabricar as telhas tipo "Marselha" no Paraná. Este produto era considerado de fino acabamento e com o seu processo de fabricação especial, o Governo Provincial concedeu a Theodoro o privilégio da fabricação e introdução no mercado por 30 anos, a partir da década de 1870[3].
Os primeiros anos de vida de Augusto foram marcados por doenças. Com um ano de idade foi desenganado pelo médico da família e somente foi curado com os cuidados e recomendações do médico particular da imperatriz, dona Thereza Christina Maria, o Dr. Rocha Lima que nesta época passava alguns dias na capital paranaense. Aos três anos de idade nova doença, com ameaça de tifo. A cura, desta vez, veio através dos medicamentos do médico homeopata Dr. João Manoel da Cunha.
Augusto aprendeu a ler e a escrever aos sete anos com a mãe, mas sua primeira escola formal foi a do professor Miguel Schleder. No ginásio, teve entre os colegas, Affonso Camargo, Ivo Affonso da Costa, Antonio Aughusto de Carvalho. Nos intervalos dos períodos de estudo, Augusto sempre pintava e desenhava. Começou, desde pequeno, a manifestar pendores para as belas artes. Aos oito anos se interessou por música e fotografia e em pouco tempo manejava, magistralmente uma flauta, que ganhara do irmão "Jéca" (José Theodoro).
Augusto Stresser casou-se com Ernestina Gaertner e tiveram oito filhos: Cecília, Ary, Zuleika, Adherbal Stresser, Sidéria, Gastão, Guiomar e Milton.
Ainda jovem tornou-se funcionário do "Estado" a ali trabalhou por quase toda a sua vida, chegando a ser Delegado Fiscal o Paraná.

Carreira artística[editar | editar código-fonte]

Começando na música desde cedo, dedicou-se ao estudo da flauta e do contrabaixo. Seu gosto pela música fez de Augusto um dos fundadores do Grêmio Musical Carlos Gomes, juntamente com: Alberto Monteiro, Antenor Monteiro, Álvaro Barbosa, Alberto Leschaud, Athanázio Leal, Annibal Requião, Bellarmino Vieira, Frederico Lange, Gabriel Monteiro e Gabriel Ribeiro. O Grêmio foi criado em 28 de maio de 1893[4]. Posteriormente, Augusto tocou na orquestra da Catedral Metropolitana de Curitiba. O gosto musical levou-o a tocar flauta, flautim, contrabaixo e piano e sua dedicação a música não impediu de "navegar" em outras atividades artísticas, como: desenhistapintorpoetafotografia, além de jornalista.
Como jornalista publicou, juntamente com Silveira Netto, um jornal ilustrado de cunha artístico: “O Guarany” (homenagem a obra de José de Alencar). Mais tarde, em parceria com Leite Junior, publicou o jornal "A Fanfarra" e também colaborou nos jornais "Diário da Tarde", de Curitiba e no "O Itiberê" de Paranaguá.

Sidéria[editar | editar código-fonte]

A música já fazia parte da vida de Augusto Stresser desde os seus primeiros anos e deste interesse nasceu o sonho: compor uma ópera genuinamente paranaense. Foi com o primo Jayme Ballão que Augusto começou a transformar este sonho em realidade. Ambos trabalharam em uma pequena ópera de dois atos e quando pronto surgiu o problema da orquestração, pois Curitiba, no início do século XX, não contava com pessoal habilitado para tal serviço. Somente em 1911, quando a Companhia de Operetas Alemã Papke, regida pelo maestro Léo Kessler, dissolve-se após algumas apresentações no antigo Theatro Guayra, é que Jayme e Augusto executam a orquestração com o auxilio de Léo. Nesta finalização a ópera sofreu algumas alterações e ganha o acréscimo de um ato.
Batizada de Sidéria em homenagem a sua filha, Augusto estreou a primeira ópera do Paraná em 3 de maio de 1912[5] no Theatro Guayra, com grande sucesso.
A ópera conta o amor trágico de uma jovem em meio à Revolução Federalista.
Interpretado por um elenco amador, a ópera teve a seguinte formação em sua estréia:
  • SIDÉRIA - Marietta Bezerra (soprano);
  • THYLDE - Josepha Correia de Freitas (soprano);
  • ALCEU - Jorge Wucherpfenning (tenor e único profissional, remanescente da Companhia de Opereta Alemã Papke);
  • JUVENAL - Jorge Leitner (tenor);
  • CAMPONESES - José Buzetti Mori e Luis Romanó.
Além de Sidéria, Augusto assinou a mazurca Pérolas da Noite, a fantasia Prelúdio e um hino em homenagem ao cinqüentenário do Paraná.[6][7]
Augusto Stresser faleceu no dia 18 de novembro de 1918, aos 47 anos de idade, vítima da gripe espanhola.[3]

Homenagens póstumas[editar | editar código-fonte]

São inúmeras as homenagens ao curitibano ilustre, porém, a sua cidade natal batizou com o nome do compositor a Biblioteca Augusto Stresser e também uma via do bairro Hugo Lange de Rua Augusto Stresser; homenagem idêntica foi concedida pela cidade de São José dos Pinhais em uma das ruas do bairro Independência.

Descendentes[editar | editar código-fonte]

Um dos seus filhos, o jornalista Adherbal Stresser foi pioneiro da televisão no Paraná, tendo sido fundador dos Diários Associados de Assis Chateaubriand no estado. A TV Paraná, canal 6, foi a primeira emissora a transmitir o sinal de televisão, com áudio, no estado. O neto do compositor Augusto Stresser, o também jornalista, Ronald Sanson Stresser continuou o trabalho de seu pai, e dirigiu as emissoras da Rede Tupi no Paraná. TV Paraná, canal 6 de Curitiba e TV Coroados, canal 3 de Londrina. Ronald foi o responsável pela construção do prédio da televisão em Curitiba, projetado pelo arquiteto Lubomir Ficinski Dunin. Neste local também funcionou o jornal Diário do Paraná, também de propriedade dos Stresser, até 1980. O prédio que abrigou a emissora, em Curitiba, foi reformado durante o governo Jaime Lerner e se tornou o Canal da Música.
Augusto Stresser é bisavô da atriz Guta Stresser e do produtor Ronald Sanson Stresser Jr.

Imagens[editar | editar código-fonte]

O casal Ernestina e Augusto Stresser em 1896.Família Stresser (da esq. p/ dir. em pé):Guilhermina S. Scheleder, Leopoldina S. Scheleder, João A. Stresser, José Stresser, Augusto, Maria do Pilar Stresser, Francisca Stresser. Sentados: Izabel Pletz Stresser e Theodoro Stresser.
Casal Stresser.jpgFamília de Theodoro Stresser.jpg