domingo, 2 de maio de 2021

Avenida Joao Pessoa [Atual Avenida Luiz Xavier] Do lado direito da rua, ao centro, ve-se o Predio do Cine Opera [Atual loja de departamento Mesbla]. Do lado esquerdo, o Cine Broadway

 


Palácio São Francisco, praça Joao Candido, posterior ao Palácio da Rua Barão do Rio Branco e anterior ao Palácio Iguaçu em 1953

 


Celeste Futebol Clube – Curitiba (PR): Existiu entre 1943 a 1960

 O Celeste Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). O Alvianil foi Fundado na quarta-feira, do dia 05 de Maio de 1943. A sua Sede ficava na Rua Desembargador Otávio do Amaral (esquina da Alameda D. Isabel), s/n, no Bairro Bigorrilho, em Curitiba. Em 1960, o clube encerrou suas atividades após a temporada.

O clube mandava seus jogos no Estádio Capitão Manoel Aranha (de propriedade do Poti), localizado, onde hoje está a Praça 29 de Março. Em 1948, o Celeste disputava o seu 1º campeonato oficial através do Campeonato Suburbano da 3ª Divisão, com a participação de 24 equipes divididas nas séries verdeamarela e preta. Naquele tempo havia a 2ª Divisão e a 3ª Divisão, pois a 1ª Divisão reunia equipes profissionais.

Celeste fez uma campanha razoável inclusive foi vice-campeão do Torneio Inicio de 1948.

Em 1950 quando o seu rival União Bigorrilho foi campeão o Celeste ficou como vice-campeonato. Os confrontos entre Celeste e União Bigorrilho eram de estremecer já que os clubes eram do mesmo bairro.

Em 1952 houve a mudança para 1ª e 2ª divisões do Campeonato Suburbano ficando a categoria de profissionais com divisão de profissionais. Nesse mesmo ano (1952), o Celeste ficou com o vice-campeonato, enquanto o Ipê foi campeão.

O clube ficou na 3ª Divisão até 1954 quando foi promovido para a 1ª Divisão, onde se agregou aos seguintes adversários (19 clubes ao todo)Operário do AhúPotiBacacheriFlamengoRio BrancoPrimaveraVasco da GamaCinco de MaioBotafogoMadureiraUnião AhúUnião BigorrilhoOperário MercêsPalestra AssunguiIpirangaBelmonteAmérica Clube dos Espartanos. O campeão invicto foi o Operário do Ahú e o Poti também invicto foi o vice-campeão.

O Celeste foi um ótimo formador de craques. Podemos citar alguns, como o lateral-direito Altemir, que depois foi para o juvenil do Juventus time do BatelAtlético Paranaenseseleção paranaense e ainda muito jovem se transferiu para o Grêmio Futebol Porto-alegrense onde foi titular e ídolo durante vários anos na década de 60. Tiveram ainda o goleiro Hamilton Probst, grande ídolo do CoritibaRenato RequiãoCalitaDouglas, entre outros.

FONTES: Tribuna PR (Levi Mulford) – José Domingos Borges Teixeira – Fabiano Thadeo – Livro “Futebol do Paraná – 100 anos de história”, de Heriberto Ivan Furtado e Levi Mulford – Paraná Esportivo

Boa Vista Futebol Clube – Curitiba (PR): Existiu entre 1949 a 1969

 O Boa Vista Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). O Alviverde foi Fundado no domingo, do dia 20 de Março de 1949, pelo Sr. Eduardo Jeronasso. A sua modesta Sede e o campo ficavam no Bairro Boa Vista, em Curitiba. O Boa Vista encerrou suas atividades no futebol suburbano em 1969 quando o campo deu lugar á expansão imobiliária na região.

O clube participou do Campeonato Suburbano da Terceira Divisão (equivalente a Terceirona Paranaense), entre os anos de 1952, 1953, 1954, 1955, 1956, 1957, 1958 e 1959.

Num tempo em que o hoje populoso bairro Boa Vista era cercado de inúmeras chácaras, antes mesmo da inauguração da Avenida Paraná, o campo de futebol do Boa Vista F. C. era palco de memoráveis festivais esportivos. Ali apareceram muitos craques, alguns dos quais brilharam até em times profissionais.

Um bom exemplo, foi o ponta esquerda, Ronald (Ronald Olegário Dias) que, jogando numa preliminar no Alto da Glória pelo Boa Vista contra o Juvenil Coritibano jogou tanta bola que o presidente Arion Cornelsen tratou logo de contratar o jovem atleta, de 20 anos, que fez sua estréia no “Glorioso”, em 17 de junho de 1956 e só parou no começo da década de 70.

Prefeito de Santos (SP) agradece o Boa Vista Futebol Clube  

Além de ser um clube simpático também era generoso. No dia 1º de março de 1956, o Morro Santa Terezinha, na cidade de Santos (SP), sofreu o seu maior desastre. Naquele dia, uma forte chuva atingiu a região causando deslizamento de terra e pedras.

Na tragédia de 1956, 22 pessoas morreram e cerca de 40 chalés no sopé do morro foram atingidos pelas pedras do morro. As ruas João Caetano e Godofredo Fraga, no bairro Marapé, foram as mais atingidas.

De acordo com registros, a chuva começou por volta das 14 horas e só parou às 22 horas. Foram oito horas ininterruptas de chuva. Vários pontos de Santos ficaram completamente alagados e muitos munícipes perderam suas moradias.

Sensibilizados com a tragédia, a diretoria do Boa Vista Futebol Clube resolveu organizar a campanha “Pró Flagelados da Catástrofe de Santos“. A ação conseguiu arrecadar a importância de Cr$ 4.835,50 (quatro mil, oitocentos e trinta e cinco cruzeiros e cinquenta centavos).

Tal gestou tocou o então  Prefeito de Santos/SP, Antonio Feliciano, que em 28 de maio de 1956, o enviou uma carta para a Federação Paranaense de Futebol (FPF) para agradecer ao Boa Vista Futebol Clube.

FONTES: Tribuna PR (Levi Mulford) –  Fabiano Thadeo – Livro “Futebol do Paraná – 100 anos de história”, de Heriberto Ivan Furtado e Levi Mulford – BoqNews – Diário da Tarde (PR) – O Dia (PR) – Última Hora (PR) – Paraná Esportivo (PR)

FOTOS: O Historiador do Futebol – Tribuna PR (Levi Mulford)

Operário Pilarzinho Sport Club – Curitiba (PR): Fundado em 1951

 O Operário Pilarzinho Sport Club é uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). Fundado na sexta-feira, do dia 29 de junho de 1951. A sua Sede e o Estádio Bórtolo Gava ficam localizados na Rua Amauri Lange Silvério, nº 1.141, no Bairro de Pilarzinho, em Curitiba. As suas cores: vermelho, branco e azul.

História

Na década de 30 por volta de 1935-36, um grupo de moradores e trabalhadores do alto da cruz do Pilarzinho e Abranches, se reunia aos sábados à tarde para a pratica do futebol em um campinho sobre as pedreiras de João Gava e Prefeitura (hoje Paulo Leminski e Opera de Arame).

Passado algum tempo, o grupo resolveu marcar jogos aos domingos, na saída das missas na igreja do Abranches, o comentário era grande e outras pessoas começaram a participar dos treinos.

Eram jovens empresários da região e seus funcionários como a fabrica de vidros Cristaleiria Aurora, Pedreira de João Gava, Fabrica de moveis Lauro Goras, Moveis Pedroso e Pedreira de Bortolo Gava e Prefeitura.

Certo dia reunidos após o treino na Pedreira de João Gava, o grupo de atletas achou por bem escolher um deles como presidente para melhor representar o time e o nome da agremiação.

Pelo fato de todos os atletas serem operários e empresários e pensando em homenagear o bairro, foi escolhido o nome de Operário Pilarzinho Sport Club.

Com o tempo o espaço ficou impróprio para os treinos e jogos. Em uma das reuniões ficou decidido que deviam procurar outro local para o campo, então foi acertado com o Sr. Atílio Pilatti a locação de uma área que servia de pasto para seus animais.

Após acerto financeiro o Op. Pilarzinho começou a usar o novo campo e a realizar grandes festivais abrilhantado pelo serviço de alto falantes de Pedro Racoski. A companhia e cervejaria Brahma fornecia as barracas, tambores e bebidas. Os próprios atletas trabalhavam no churrasco, bebidas e rifas para pagar o aluguel do campo.

Após a copa do mundo de 1950 com o desempenho da seleção brasileira, os atletas do Op. Pilarzinho resolveram disputar os campeonatos organizados pela F.P.F.. Para tanto era necessário se filiar e o maior problema era que na época o clube precisava ter um patrimônio em seu nome, ai começou a batalha para a compra de um lote que durou 10 meses ate o dia da compra de uma área junto ao diretor Carlito Pilatti que fez um preço razoável e em condições.

Ate que no dia 29 de junho de 1951 (um feriado de São Pedro) foi oficialmente fundado o Operário Pilarzinho Sport Club sendo no mesmo dia eleita a primeira diretoria e encaminhado para o registro da Ata e do Estatuto.

1953 foi o grande ano da estréia no campeonato oficial e o Op. Pilarzinho participou da serie preta junto com outro estreante, o Iguaçu.

Participantes da serie preta:

Olímpico, Capão Raso, Avante, Triunfo, Esperança, Op. Pilarzinho e Iguaçu.

Com o tempo o time começou a ter problemas com o campo, então à diretoria começou uma nova batalha para arrumar outro local e apesar do bairro possuir muitas áreas, os terrenos eram irregulares.

Ate que um dia, Genisio Gabriel Gava incentivou Leandro Pilatti a falar com Bortolo Gava pai de Genisio sobre uma área para o campo.

No dia seguinte Leandro Pilatti convidou todos da diretoria para fazer uma visita a Bortolo Gava, assim levaram um litro de pinga com banana (novidade da época) para presenteá-lo. Enquanto Bortolo Gava conversava com o grupo formado por: Ermenigildo Gasparini, Benjamin Basso, Geraldo Gava, Genisio G. Gava, Emilio Pilatti, Vitorio Pilatti, Gildo Flor, Carlito Pilatti, Bepi Basso, Lauro Pilatti e Leandro Pilatti sua esposa servia vinho a todos.

Depois de longa conversa, Bortolo Gava concordou em vender uma área para construir o campo cobrando em parcela mensal e se caso ele morresse o Pilarzinho não teria mais que pagar. No dia seguinte começou a terraplanagem do campo e este dia histórico ocorreu no ano de 1957.

Dia 19 de Dezembro de 1957 o Op. Pilarzinho estava em luto, faleceu Bortolo Gava .  As obras não pararam e com gramado pronto, iniciou-se a construção dos vestiários, Bar, casa do caseiro e a cerca interna.

No dia 20 de Abril de 1958 a viúva de Bortolo Gava inaugurou o estádio com o nome do seu marido, à partir daí foi construído: Salão de festas, vestiários subterrâneos , alambrados e muro de alvenaria.

E assim 75 anos se passaram desde aquele dia em que uma bola de tento rolou naquele campinho da pedreiro.


FONTES: Site e a página do clube no Facebook – Correio do Paraná

NO PARANÁ NÃO TEVE ESCRAVOS... SERÁ?

 VEJA ANÚNCIO NO 19 DE DEZEMBRO, O PRIMEIRO JORNAL DO PARANÁ, INSTALADO PELO CARIOCA CANDIDO LOPES QUE VEIO A CONVITE DO BAIANO ZACARIAS GOES E VASCONCELOS - 1o. PRESIDENTE DA PROVÍNCIA.


O DIA EM QUE OS PARANAENSES BOMBARDEARAM A INGLATERRA

 Batalha do Cormorant


          A embarcação inglesa HMS Cormorant tinha instruções, em 1850, de intensificar o patrulhamento e reprimir o tráfico negreiro na costa brasileira. O cruzador inglês adentrou a baia de Paranaguá em perseguição a três brigues e uma galera. Houve uma manifestação por parte do guarda-mor da alfândega de Paranaguá o sr. Francisco Pinheiro que visitou o capitão Hubert Schumberg no tombadilho do Cormorant e discutiram sobre os fatos ocorridos na baia. Nesta visita o capitão inglês apresentou um ofício relatando seus atos às autoridades locais, porém, o coronel Manuel Antônio Guimarães, comandante da Guarda Nacional, o delegado de polícia, José Francisco Barroso e o juiz municipal dr. Filastro Nunes Pires recusaram-se a receber o documento.
          A comunidade parnanguara ficou indignação com o desfecho que o capitão inglês daria aos navios brasileiros e alguns jovens resolveram tomar uma atitude em nome da soberania nacional. Manuel Ricardo Carneiro, Caetano José de Souza, Bento Antonio de Menezes, José Cardenes do Amaral, Joaquim Caetano de Souza Ferreira, entre outros, acompanhados das tripulações dos navios arrestados, desembarcaram na Ilha do Mel e em entendimento com o comandante da fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, capitão Joaquim Ferreira Barbosa, fizeram os preparativos para o enfrentamento. Com uma artilharia básica e em desuso desde o ano de 1839 quando repeliu forças farroupilhas que tentaram capturar naus no porto, os moradores, juntamente com as tripulações e a pequena guarnição da fortaleza, conseguiram montar dez Canhões.
          Ao aparecer o Cormorant rumo à barra na manhã de segunda-feira dia 1° de julho de 1850 e trazendo consigo as três naus brasileiras, o comandante da fortaleza enviou um ofício ao capitão inglês, onde orientava que o cruzador deveria seguir viagem sem os navios apreendidos, deixando este em poder das autoridades locais e na desobediência deste ofício a fortaleza faria fogo. O ofício nunca foi entregue, pois foi repelido com tiro de pólvora seca pelo Cormorant. A fortaleza revidou com um tiro e novamente o Cormorant fez fogo, agora para a ilha. A guarnição da Ilha do Mel fez novos disparos, agora com todos os canhões da fortaleza e nos 30 minutos que se seguiram houve o confronto entre a artilharia brasileira na fortaleza e os seis canhões do cruzador HMS Cormorant. A batalha só terminou quando os canhões da fortaleza da barra já não tinham eficácia no alcance ao cruzador inglês.
          O Cormorant teve danos consideráveis e duas baixas, uma fatal e outro na enfermaria durante toda a viagem rumo a Africa. No combate o Cormorant ficou limitado em suas manobras decorrente ao reboque das naus brasileiras. No lado brasileiro os danos foram mínimos fisicamente e apenas feridos leves.
          Os atos ocorridos na baia de Paranaguá acirraram os ânimos britânicos que exigiram uma reparação formal do governo brasileiro. Dois meses após o Incidente de Paranaguá foi aprovado à lei Eusébio de Queiros que extinguia o tráfico negreiro no Brasil e a Marinha Brasileira acompanharia a Royal Navy no patrulhamento da costa brasileiras, porém, na prática o tráfico continuou por longos anos até a sua extinção total.


Nossa Senhora das Dores. Imagem em roca - Seculo XVII. Das alfais da antiga matriz de Curitiba, estava na Casa de Gelta Borio Schubert, por ter sido entregue em custodia, pelos Padres aos seus familiares ao tempo da demolicao da Matriz [1876]. Foi doada ao Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba, em 1979, no mes de outubro, por entrega ao Arcebispo

 


O Portão ficava no entroncamento dos caminhos dos Campos Gerais para o litoral. Neste mapa de 1876, feito pelo engenheiro Reboucas, aparecem as encruzilhadas do bairro

 


A GUERRA DO PENTE

 




Importante acontecimento de desordem pública ocorrido na bem comportada Curitiba em 09 de dezembro de 1959. Tudo teve início quando então governador do Estado do Paraná - Moyses Lupion - iniciou a campanha de aumento da arrecadação tributária chamada de "Seu Talão Vale um Milhão". 

A promoção consistia em juntar comprovantes fiscais de compra no valor de três mil cruzeiros e trocar por um cupom que daria o direito ao sorteio de um milhão de cruzeiros. Cabe ressaltar que só era obrigatório a emissão de Notas Fiscal para compras a partir de 50 cruzeiros. 

O comerciante sírio Ahmad Najar, proprietário do Bazar Centenário, situado na Praça Tiradentes (local da praça conhecido como Largo da Turquia), negou-se a emitir nota fiscal referente a venda de um pente (15 cruzeiros) e entrou em briga corporal o comprador, Antonio Haroldo Tavares, subtenente de polícia aposentado por problemas emocionais, que exigia o comprovante. Na briga, o comprador quebra a perna...

A loja passou a ser apedrejada por pedestres e o quebra-quebra prosseguiu durante toda a madrugada e pelos 3 dias seguintes em quase todo o centro da cidade. Foram 120 lojas de árabes, judeus, italianos e brasileiros, mas todos conhecidos como "turcos", foram depredadas, na região onde hoje fica a Praça Tiradentes. 

Mesmo com a ação policial e de uma guarnição do Corpo de Bombeiros houve quebra-quebra generalizado por todo o centro curitibano. No segundo dia do levante, muitos dos "desordeiros" haviam sido presos. O Exército assumiu o comando de controle do tumulto, que parecia fugir das mãos da Polícia Civil e Militar. Uma ação organizada de forte aparato bélico, com pelotões de soldados armados de baionetas e metralhadoras esvaziaram o centro da cidade. Foi utilizado até tanques de guerra.

No terceiro e último dia do protesto, o Exército controlou a cidade. Pontos de ônibus foram alterados de local, realizou-se toque de recolher às 20h00min. O Exército, sob comando do General Oromar Osório, manteve patrulhas que circulavam pelas ruas na tentativa de evitar a desordem. A interferência do Exército determinou o encerramento da baderna predatória.