domingo, 30 de outubro de 2022

Cascatinha do Rio Uvu. Bairro Cascatinha. Anos 1900

 Cascatinha do Rio Uvu. Bairro Cascatinha.
Anos 1900


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Em primeiro Plano o Complexo do Colégio Estadual do Paraná e adjacências, por volta de 1955

 Em primeiro Plano o Complexo do Colégio Estadual do Paraná e adjacências, por volta de 1955


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sábado, 29 de outubro de 2022

Bento Munhoz da Rocha Neto (Paranaguá, 17 de dezembro de 1905 — Curitiba, 12 de novembro de 1973)

 Bento Munhoz da Rocha Neto (Paranaguá17 de dezembro de 1905 —  Curitiba12 de novembro de 1973)


Bento Munhoz da Rocha Neto
34.º Governador do Paraná
Período 31 de janeiro de 1951
até 3 de abril de 1955
Antecessor(a)Moisés Lupion
Sucessor(a)Antônio Annibelli
Dados pessoais
Nascimento 17 de dezembro de 1905
ParanaguáParaná
Morte12 de dezembro de 1973 (67 anos)
Curitiba Paraná
Nacionalidadebrasileiro(a)
ProfissãoEngenheiro

Bento Munhoz da Rocha Neto (Paranaguá17 de dezembro de 1905 —  Curitiba12 de novembro de 1973) foi um engenheiroprofessorescritorsociólogo e político brasileiro.[1]

Foi deputado federal de 1946 a 1950, quando foi eleito governador do estado do Paraná, governando de 31 de janeiro de 1951 a 3 de abril de 1955.[1]

Em 1955 assumiu o Ministério da Agricultura, e de 1958 a 1962 foi deputado federal.[1]

Biografia

Filho de Caetano Munhoz da Rocha, presidente do Estado por duas vezes, nos anos 20engenheiro civil, formado pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Paraná, intelectual, ensaísta e professor, presidiu o Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Paraná.[1] Lecionou História da América na Universidade Federal do Paraná, Sociologia na Universidade Católica e Economia Política na Faculdade de Engenharia.[1]

Carreira política

Foi deputado federal constituinte de 1946 a 1950, quando foi eleito governador do Estado do Paraná e, em 1955, assumiu o Ministério da Agricultura, e de 1958 a 1962 foi deputado federal.[1] Como deputado constituinte, foi primeiro secretário da Câmara Federal, sendo um dos líderes do movimento que extinguiu o Território do Iguaçu, criado pelo Estado Novo.[1]

Obelisco de Curitiba na praça 19 de dezembro construído quando Bento Munhoz foi governador.

Eleito governador do Paraná por uma coligação de partidos para o quinquênio 1951–1955, não concluiu inteiramente seu mandato, renunciando à governança em 2 de fevereiro de 1955, para ser candidato à vice-presidência da República. Desarticulado o movimento, ocupou a Pasta da Agricultura, nos governos de Café Filho e Carlos Luz.[1]

Busto de Bento Munhoz da Rocha, na Avenida Cândido de Abreu, bairro Centro Cívico (Curitiba), em Curitiba.

Teatro Guaíra nasceu durante a gestão de Bento Munhoz da Rocha, governador do Paraná na época em que foi concebido o complexo do Guaíra. Visionário e idealista, ele também concebeu projetos como a construção da Biblioteca Pública do Paraná e do Centro Cívico – área que hoje reúne vários órgãos públicos estaduais, em Curitiba.

Como governador, criou a Fundação de Assistência ao Trabalhador Rural, a Secretaria do Trabalho e Assistência Social, iniciou a construção da Usina Termelétrica de Figueira, iniciou o asfaltamento de grandes rodovias no Estado, com o trecho LondrinaApucarana. Construiu parte da então Estrada do Café, fundou a Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica), fundou as Casas Rurais.[1] Edificou o Palácio Iguaçu, e a Biblioteca Pública do Paraná; construiu centenas de grupos escolares, postos de puericultura, promovendo outros benefícios. Em seu governo comemorou condignamente o centenário da emancipação política do Estado (1953).

Carreira literária

Projetou-se em âmbito nacional e internacional por sua fértil produção como ensaísta e sociólogo.

Entre suas catorze obras publicadas, destacam-se: Uma Interpretação das Américas (traduzida para o inglês), Radiografia de Novembro (2ª edição), Mensagem da América (traduzida para o inglês), Itinerário (2ª edição), PerfisTingüís e Presença do Brasil, entre outras.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i «BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETO»CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 17 de março de 2021

Moysés Wille Lupion de Troia (Jaguariaíva, 25 de março de 1908 — Rio de Janeiro, 29 de agosto de 1991)

 Moysés Wille Lupion de Troia (Jaguariaíva25 de março de 1908 —  Rio de Janeiro29 de agosto de 1991)


Moysés Wille Lupion de Troia
Moysés Lupion em 1949.
33º governador do Paraná
Período12 de março de 1947
até 31 de janeiro de 1951
Antecessor(a)Antônio Augusto de Carvalho Chaves
Sucessor(a) Bento Munhoz da Rocha Neto
Senador pelo Paraná
Períodofevereiro de 1955
até fevereiro de 1956
36º governador do Paraná
Período 31 de janeiro de 1956
até 31 de janeiro de 1961
Antecessor(a)Adolfo Franco
Sucessor(a)Ney Braga
Deputado Federal pelo Paraná
Período14 de junho de 1963
até abril de 1964
Dados pessoais
Nascimento25 de março de 1908
JaguariaívaPR
Morte29 de agosto de 1991 (83 anos)
Rio de JaneiroRJ
EsposaHermínia Rolim Lupion
Wilma Lupion
PartidoPSD
PMDB
Profissãoempresário e contador[1][2]
linkWP:PPO#Brasil

Moysés Wille Lupion de Troia (Jaguariaíva25 de março de 1908 — Rio de Janeiro29 de agosto de 1991) foi um contadorempresário e político brasileiro que governou o Paraná por duas vezes.[1][2][3]

Biografia

Filho de João Lupion de Troya, natural da Espanha, e Carolina Döepfer Wille.[1][2][3] Foi Industrialcomerciantecontador e empresário. Em sua cidade natal realizou os primeiros estudos e em Curitiba cursou o secundário no Colégio Duílio Calderari e no Ginásio Paranaense. Já na cidade de São Paulo formou-se em contabilidade na Escola Álvares Penteado e transferiu-se em seguida para o município de Piraí do Sul, região dos Campos Gerais do Paraná, passando a atuar na indústria e comércio de madeira, além de outras atividades relacionadas com a agricultura.[2]

O então governador do Paraná Moysés Lupion e o Diretor da CMNP Hermann Morais de Barros na década de 1950.
Monumento dedicado a Moisés Lupion na cidade de Piraí do Sul.

Lupion era amigo do interventor Manuel Ribas e passou a ser reconhecido e a receber grande prestígio pessoal perante a sociedade paranaense.[3][4] Sua participação empresarial e comunitária no Estado foi notória pela sua liderança que passou a exercer como um novo estilo administrativo.[3]

No cenário político, filiou-se em 1946 ao PSD, sendo eleito governador do Paraná em 1947, tendo como principal adversário Bento Munhoz da Rocha, que foi lançado pelo Partido Republicano.[2][3] Foi eleito senador nas eleições de 1954, período em que votou a favor do impedimento do presidente João Café Filho.[2]

Candidato ao governo do estado em 1955, articulou uma manobra política onde ele e o senador Alô Guimarães renunciaram aos mandatos fazendo com que o segundo fosse efetivado e conservasse a cadeira já que era também seu suplente. Assim o suplente de Guimarães, Gaspar Veloso, ganhou um mandato efetivo de senador. Vitorioso nas urnas governou o es tado por mais cinco anos. A essa altura estabeleceu-se como rival político de Ney Braga.[4][5] Seu segundo mandato foi marcado pela Revolta dos Posseiros, no sudoeste do Paraná.[2][6]

Em 1961, Lupion foi substituído no governo estadual por Ney Braga, que deliberou contra ele vários mandados de prisão, acusando-o de corrupção. O ex-governador exilou-se então na Argentina, retornando ao Brasil em 1962.[2] Neste ano, nas eleições de 1962, aproveitou uma previsão legal e sustentou uma tríplice candidatura como postulante a senador, a deputado federal e a deputado estadual, falhando em todas as alternativas. Entretanto, chegou a exercer o mandato na Câmara dos Deputados na qualidade de suplente convocado, entre junho de 1963 e abril do ano seguinte, todavia o Regime Militar de 1964 cassou-lhe o mandato e suspendeu seus direitos políticos por dez anos por meio do Ato Institucional Número Um baixado em 9 de abril daquele ano.[2]

Sustentada na acusação de corrupção a pena rendeu-lhe o confisco de alguns bens e a necessidade de vender outros para sustentar-se embora Lupion tenha sido inocentado pela justiça em 1970 passando a residir no Rio de Janeiro. Ensaiou um retorno à política pelo PMDB com o intento de disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 1986 mas recuou desse propósito.[2]

Faleceu no Rio de Janeiro em decorrência de uma infecção renal.[2]

Vida pessoal

Em seu primeiro matrimônio, casou-se com Hermínia Rolim, neta do político Telêmaco Borba,[4][7] que era filha de Maria Joana Borba e Pedro Rolim de Moura. Lupion e Hermínia tiveram três filhos, Leovegilda, Joana D'Arc e José Ubirajara.[8] Hermínia faleceu em 4 abril de 1969.[9] Em seu segundo matrimônio, casou-se com Vilma Ramon de Almeida Doepfer[6][8].


. Era irmão do empresário e ex-presidente da COPEL, José Lupion[10] e avô do deputado federal Abelardo Lupion.[2]

Acervo fotográfico

Em 1999, o Departamento Estadual de Arquivo Público do Paraná (DEAP) recebeu de Vilma Lupion a doação do acervo da família Lupion.[6] Foi incorporado ao acervo de Documentos Permanentes aproximadamente 80 metros lineares de documentos de caráter público, privado e particular do ex-governador Moysés Lupion. A grande parte do material tem como suporte principal o papel, mas há também quadros, fotografias, discos de vinil de 33 rotações, rolos de filme, flâmulas de tecido, entre outros.[6]

O acervo iconográfico possui mais de 2 000 fotos do ex-governador.[6] As imagens retratam um pouco das cidades paranaenses, demonstrando também o cotidiano e o estilo da política no período em que Lupion esteve no comando do governo. Imagens como a visita do governador ao interior do Estado, inauguração de obras, como, por exemplo, escolas, maternidades, estações de tratamento de água e esgoto, construções de trechos da estrada de ferro central e de trechos da malha rodoviária, além de visitas a eventos e feiras, e campanhas políticas. O arquivo, além de informações históricas e políticas, possui características e elementos únicos que retratam a cultura e a realidade paranaense em épocas diferentes.[6]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c «Biografia de Moysés Lupion». Câmara dos Deputados. Consultado em 18 de fevereiro de 2019
  2. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l «Perfil de Moises Lupion de Troya no portal do CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil». FGV - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 18 de fevereiro de 2019
  3. ↑ Ir para:a b c d e Moysés Lupion casa Civil Governo do Paraná
  4. ↑ Ir para:a b c Dinalva Rosa Neves Maurício (2011). «Governo Lupion e Ney Braga: um estudo comparativo» (PDF). Universidade Federal do Paraná – UFPR – Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Departamento de Sociologia Política. Consultado em 18 de fevereiro de 2019
  5.  Legislativo 1955 - 1959 Arquivado em 22 de dezembro de 2013, no Wayback Machine. Portal Senadores
  6. ↑ Ir para:a b c d e f «Acervo Fotográfico - Moyses Lupion». Arquivo Público do Paraná. Consultado em 11 de fevereiro de 2015
  7.  «As glórias e tristezas de três irmãos». O Paraná. 28 de abril de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2015
  8. ↑ Ir para:a b «Moyses Lupion - o civilizador do Paraná». Fundação Ayrton Lolô Cornelsen. Consultado em 11 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 27 de fevereiro de 2016
  9.  «Dona Hermínia Lupion - Mãe de todos os ceuenses!». Casa do Estudante Universitário do Paraná. 5 de julho de 2009. Consultado em 11 de fevereiro de 2015
  10.  «Uma casa que foi de José Lupion e o estádio do Coritiba». Fotografando Curitiba. 27 de fevereiro de 2016. Consultado em 18 de fevereiro de 2019