Histórica foto do antigo Largo do Ventura, em 1895. Mais tarde, o seu nome foi alterado para Praça Senador Correia, onde hoje está instalada a Rodoviária Velha e a Igreja de Guadalupe.
Enfim, qual origem do tal nome Ventura?
O Ventura era mais um personagem da família Torres. Joaquim Ventura de Almeida Torres, nascido em Paranaguá em 1831. Foi coronel da guarda nacional e apesar de ser dono de grande espaço de terras na região da atual Praça Senador Correia, sua moradia na maior parte da vida foi no Rio de Janeiro, onde morreu em 1905.
Seu nome aparece na negociação de um lote de terra que vendeu, seguido pelo apelido de Juca Tamanqueiro. Seria ele fabricante de tamancos? Mais um mistério na história curitibana.
O Largo do Ventura foi por muito tempo um espaço abandonado entre as ruas João Negrão, André de Barros e Pedro Ivo. Em 1952, durante as celebrações do 1° Centenário da Emancipação Política do Paraná, o governador da época cede ao Arcebispo de Curiiba uma parte da Praça Senador Correa, para que ali fosse construída uma igreja dedicada à Virgem de Guadalupe. A construção de uma pequena igreja de madeira teve início em 1954, sendo substituída alguns anos mais tarde por um novo edifício com capacidade para 1200 pessoas.
Durante a administração da prefeitura por Ney Braga, em 1956 ali foi construída a primeira Estação Rodoviária de Curitiba, tendo o seu entorno sofrido os melhoramentos necessários.
Dos mais de 11.000 m2 da Praça Senador Correia não resta praticamente nada, além do nome. E o velho Largo do Ventura será lembrado como mais uma das histórias lendárias da velha Curitiba.
(Foto: IHG do Paraná)
Paulo Grani
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