sábado, 29 de janeiro de 2022

NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS - II AS DILIGÊNCIAS DA LINHA CURITIBA-PALMEIRA

 NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS - II
AS DILIGÊNCIAS DA LINHA CURITIBA-PALMEIRA

Diligência estacionada em Castro, em frente a residência construída por António Rolim de Moura , em 1891. As diligências transportavam passageiros e cargas, ligando Curitiba a Campo Largo, São Luiz, Palmeira, Ponta Grossa, Conchas, Imbituva, Castro, Piraí, Jaguariaíva, Iguassú, Lapa e Rio Negro.
Foto: Autor desconhecido.

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Tabela detalhando os itinerários e datas de partidas e chegadas das diligências que saiam de Curitiba para o interior e vice-e-versa.
Foto: Gazeta do Povo.

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O Grande Hotel era o ponto da Estação de Diligências de Curitiba, no começo do século 20.
Foto: Propaganda publicada em jornal da época.

Nenhuma descrição de foto disponível.O Município de Palmeira, localizado na região dos "Campos Gerais", era passagem obrigatória dos tropeiros que abasteciam de gado os mineradores das Minas Gerais, vindos de Viamão (RS) com destino à feira de Sorocaba (SP). Uma das paradas obrigatórias dos tropeiros que passavam por Palmeira era a famosa Fazenda Conceição, que fazia parte da grande Fazenda Palmeira.
Na metade do século 19, os transportes e as viagens eram feitos através de cavalos; quem não possuía cavalo, viajava a pé.
No final do século passado haviam as diligências, que se dirigiam de Curitiba até Castro. Em Palmeira, o Hotel Germano (onde hoje é o Posto Bordignon) era a estação das diligências. Elas pernoitavam ali, depois iam a Ponta Grossa e de Ponta Grossa a Castro.
De Curitiba a Palmeira, eram dois dias de viagem, enquanto que os outros trechos eram feitos num dia; isto no transporte de passageiros. A distância de Palmeira a Curitiba, na época, era de 96 km. O ponto de saída era a Praça Marechal Floriano Peixoto em Palmeira onde, em frente a Prefeitura, tinha o marco 96, e, em frente a Catedral de Curitiba, tinha o marco zero. Hoje, essa distância diminuiu para 80 km.
Os locais de pousada eram sempre um vilarejo. Havia um perto de São Luís do Purunã, outro próximo a Campo Largo. Ali os viajantes se abrigavam, protegidos do tempo. As pousadas eram particulares. As diligências que puxavam passageiros eram de uma empresa que tinha exclusividade para este serviço. Em Palmeira, o Sr. Germano Ristow era o encarregado desse desse trabalho. Ele possuía carruagens e um hotel, onde o pessoal parava para descansar.
O trem começou a circular de Curitiba até Palmeira em março de 1894. O trecho de Palmeira a Ponta Grossa foi inaugurado cerca de um ano depois. Após inaugurado esse trecho, as carruagens e as diligências puxadas por cavalos foram aos poucos desaparecendo.
A capacidade das diligências de passageiros era de, no máximo, seis pessoas sentadas, semelhante às diligências dos americanos. Três voltadas para frente e três voltadas para trás, numa viagem bem desconfortável.
(Extraído de um texto de José Carlos Ferreira Junior).
Paulo Grani

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