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quinta-feira, 9 de março de 2023

As cidades do litoral paranaense no esboço topográfico do Barão de Teffé, 1877.

 As cidades do litoral paranaense no esboço topográfico do Barão de Teffé, 1877.

Essa parte do esboço indica as cidades de Paranaguá, Morretes e Antonina, além da Vila do Porto de Cima e o povoado de Barreira.

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quinta-feira, 2 de março de 2023

O Barão de Teffé e a Defesa do Porto de Antonina, 1877.

 O Barão de Teffé e a Defesa do Porto de Antonina, 1877.

Em 1877, devido à cobrança de comerciantes para que se desobstruísse o porto de Antonina, o governo imperial solicitou ao engenheiro Barão de Teffé novos exames no local com o objetivo de orçar o arrasamento das rochas submarinas. O seu Relatório dos Trabalhos e Estudos Realizados na Bahia de Antonina, publicado no mesmo ano, é um contraponto aos relatórios das comissões anteriores e propõe, inclusive, um novo traçado para a ferrovia. Nele, o engenheiro defendeu sua imparcialidade política com relação à “Guerra dos Portos” e contrariou aos engenheiros Moraes e Jardim que consideravam custosas as obras na Baía de Antonina. Para Teffé, as seis rochas submarinas (lajes) totalizam 680m3 e sua dinamitação demandaria 350 dias de trabalho com uma despesa de 85 contos de réis. O engenheiro argumentou que a dinamitação de rochas submarinas era o que tinha de mais avançado na engenharia hidráulica, ramo do qual havia se especializado, e que o porto de Antonina já era o preferido dos carregadores e, com o melhoramento, teria mais segurança e atrairia mais navios.

O engenheiro citou alguns portos do Brasil e da Europa para rebater a ideia de que o porto de Antonina é acanhado e enfatizou a sua posição geográfica, próxima da capital e, sobretudo, do Vale do Rio Cachoeira. Essa ênfase dada ao Vale do Rio Cachoeira se justifica pela proposta do engenheiro de desviar o traçado da ferrovia para essa região, comunicando Antonina à Colônia Assungui. Na visão do engenheiro, a natureza não só privilegiou a cidade de Antonina como empório marítimo, mas também predestinou as terras do Vale do Rio Cachoeira para o estabelecimento de colônias agrícolas.

Com o argumento de que o transporte marítimo é mais econômico que o terrestre, Teffé condenou a ideia de se construir uma ferrovia às margens de uma baía e destacou que, para chegar à Paranaguá, a ferrovia teria que cortar uma região alagadiça, o que torna a obra mais custosa. Teffé, portanto, propôs a construção de uma estrada ligando Antonina à Colônia Assungui, bem como um novo traçado para a ferrovia que, segundo o engenheiro, deveria vencer a Serra do Mar entre as serras do Guaricana e Capivari, evitando os altos custos para transpor a íngreme Serra do Marumbi. No seu traçado, o objetivo é procurar o caminho menos íngreme entre Antonina e Curitiba, bem como beneficiar regiões potencialmente agrícolas, ou seja, o Vale do Rio Cachoeira. O relatório do Teffé dará novo ânimo à “Guerra dos Portos”, pois era o primeiro parecer a favor de Antonina.

O esboço topográfico abaixo foi elaborado por Teffé para justiçar seu projeto ferroviário.


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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

O Barão de Teffé e a Defesa do Porto de Antonina, 1877.

 O Barão de Teffé e a Defesa do Porto de Antonina, 1877.

Em 1877, devido à cobrança de comerciantes para que se desobstruísse o porto de Antonina, o governo imperial solicitou ao engenheiro Barão de Teffé novos exames no local com o objetivo de orçar o arrasamento das rochas submarinas. O seu Relatório dos Trabalhos e Estudos Realizados na Bahia de Antonina, publicado no mesmo ano, é um contraponto aos relatórios das comissões anteriores e propõe, inclusive, um novo traçado para a ferrovia. Nele, o engenheiro defendeu sua imparcialidade política com relação à “Guerra dos Portos” e contrariou aos engenheiros Moraes e Jardim que consideravam custosas as obras na Baía de Antonina. Para Teffé, as seis rochas submarinas (lajes) totalizam 680m3 e sua dinamitação demandaria 350 dias de trabalho com uma despesa de 85 contos de réis. O engenheiro argumentou que a dinamitação de rochas submarinas era o que tinha de mais avançado na engenharia hidráulica, ramo do qual havia se especializado, e que o porto de Antonina já era o preferido dos carregadores e, com o melhoramento, teria mais segurança e atrairia mais navios.

O engenheiro citou alguns portos do Brasil e da Europa para rebater a ideia de que o porto de Antonina é acanhado e enfatizou a sua posição geográfica, próxima da capital e, sobretudo, do Vale do Rio Cachoeira. Essa ênfase dada ao Vale do Rio Cachoeira se justifica pela proposta do engenheiro de desviar o traçado da ferrovia para essa região, comunicando Antonina à Colônia Assungui. Na visão do engenheiro, a natureza não só privilegiou a cidade de Antonina como empório marítimo, mas também predestinou as terras do Vale do Rio Cachoeira para o estabelecimento de colônias agrícolas.

Com o argumento de que o transporte marítimo é mais econômico que o terrestre, Teffé condenou a ideia de se construir uma ferrovia às margens de uma baía e destacou que, para chegar à Paranaguá, a ferrovia teria que cortar uma região alagadiça, o que torna a obra mais custosa. Teffé, portanto, propôs a construção de uma estrada ligando Antonina à Colônia Assungui, bem como um novo traçado para a ferrovia que, segundo o engenheiro, deveria vencer a Serra do Mar entre as serras do Guaricana e Capivari, evitando os altos custos para transpor a íngreme Serra do Marumbi. No seu traçado, o objetivo é procurar o caminho menos íngreme entre Antonina e Curitiba, bem como beneficiar regiões potencialmente agrícolas, ou seja, o Vale do Rio Cachoeira. O relatório do Teffé dará novo ânimo à “Guerra dos Portos”, pois era o primeiro parecer a favor de Antonina.

O esboço topográfico abaixo foi elaborado por Teffé para justiçar seu projeto ferroviário.

Nenhuma descrição de foto disponível.