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domingo, 5 de outubro de 2025

A Travessia do Rio Guaraguaçu: A Ponte Fluvial para o Litoral do Paraná nos Anos 1930

A Travessia do Rio Guaraguaçu: A Ponte Fluvial para o Litoral do Paraná nos Anos 1930



A Travessia do Rio Guaraguaçu: O Caminho para o Litoral do Paraná nos Anos 1930

Em meados da década de 1930 , quando as estradas eram fracas e o asfalto ainda um sonho distante, a travessia do Rio Caraguaçu — hoje conhecida como Rio Guaraguaçu — era o único caminho confiável para quem queria chegar ao litoral do Paraná .

Na foto, vemos a lotação de Ernesto Weigert , uma embarcação simples, mas vital, cruzando as águas calmas do rio com destino à costa. A bordo, passageiros vestidos à moda da época — chapéus de palha, vestidos rodados, ternos leves e crianças de mãos dadas — seguem em direção às praias, portos e vilas litorâneas como Paranaguá e Antonina . Para muitos, aquela travessia foi a primeira etapa de uma jornada cheia de expectativas.

No centro da imagem, um automóvel antigo — provavelmente um Ford ou Chevrolet dos anos 1930 — aguarda, coberto por uma lona, ​​sua vez de ser transportado. Ao fundo, ergue-se a estrutura de uma ponte de madeira em construção , símbolo do progresso que começava a tomar forma, mas que ainda não havia substituído o trabalho essencial das balsas.

Naquela época, não havia outra opção : quem vinha do interior do Paraná — de Curitiba, Ponta Grossa ou além época — precisei cruzar o Guaraguaçu de balsa para alcançar o litoral. Essa travessia era mais que um serviço de transporte; era um elo entre mundos , entre o sertão e o mar, entre o cotidiano e o sonho de ver o oceano.

Ernesto Weigert, cujo nome ficou ligado a essa rota, era mais que um barqueiro: era um condutor de histórias , de famílias em mudança, de mercadorias, de esperanças. Sua embarcação não carregava só corpos, mas vidas em trânsito.

Hoje, ao contemplar essa fotografia em preto e branco, somos lembrados de que, antes das pontes de concreto e das rodovias modernas, o litoral paranaense se alcançava com paciência, coragem e a ajuda de homens como Weigert . E que, mesmo sem asfalto, o caminho para o mar sempre existe — bastava confiar nas águas e na generosidade daqueles que navegavam.


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