Desde seu primeiro voo há mais de 25 anos atrás, a companhia aérea canadense WestJet busca constantemente enriquecer a experiência de voar, oferecendo viagens seguras, amigáveis e acessíveis. E tudo isso somado a uma das culturas corporativas mais admiradas e respeitadas do segmento da aviação comercial. Hoje, enquanto voa para mais de 110 destinos, a WestJet permanece fiel aos seus princípios e continua incessantemente oferecendo os mais altos padrões de serviço e experiências, mesmo atuando no segmento low-cost.
A história
A empresa foi criada no dia 27 de junho de 1994 pelo inglês Clive Beddoe (imagem abaixo) e mais três empresários de Calgary, além do investidor brasileiro David Neelman, este último também seria fundador da companhia aérea JetBlue Airways (saiba mais aqui) e da brasileira Azul Linhas Aéreas (conheça essa outra história aqui). A empresa surgiu com a intenção de importar para o mercado canadense o modelo low-cost (de baixas tarifas), implantado com sucesso pela Southwest Airlines (conheça essa história aqui) nos Estados Unidos. A compra dos três primeiros Boeing 737-200, usados, e uma segunda rodada de investimentos possibilitou a captação de recursos suficientes para o início das operações da companhia aérea, batizada de WestJet Airlines, pois inicialmente suas rotas originais estariam todas localizadas no oeste (“western”, em inglês) do Canadá.
A WestJet iniciou oficialmente suas operações no dia 29 de fevereiro de 1996 com 225 colaboradores (chamados carinhosamente pela empresa de WestJetters) e 3 aeronaves que atendiam 5 destinos em território canadense, com voos para as cidades de Vancouver, Kelowna, Calgary, Edmonton e Winnipeg. No mesmo ano, adicionou novas rotas para Victoria, Regina e Saskatoon à sua lista de destinos. Atitude amigável para priorizar o cliente, preços acessíveis e excelentes serviços causaram uma boa primeira impressão aos canadenses, o que permitiu um segundo ano de negócios favorável para a nova companhia aérea. Além disso, a empresa canadense se tornou uma opção barata em relação às tradicionais companhias de alto custo que cruzavam os aeroportos do país. Com isso, em 1998 a WestJet já havia transportado mais de 3 milhões de passageiros.
A WestJet deu um grande passo em julho de 1999 com sua primeira oferta pública de ações (IPO em inglês), o que lhe forneceu o capital necessário para uma nova fase de expansão, através da compra de novas aeronaves e a construção de uma nova sede. O ano ainda foi marcado por reestruturação e mudanças sem precedentes no setor de aviação canadense. Com isso, a WestJet aproveitou a oportunidade para expandir os serviços além de sua rede original e, em dezembro, anunciou que paulatinamente ofereceria serviços de baixo custo em todo território canadense. Como resultado, entre os meses de março e junho de 2000, a WestJet começou a atender o leste do Canadá, incluindo em sua malha aérea as cidades de Hamilton, Moncton e Ottawa.
O ano de 2001 testou toda a indústria da aviação comercial. Após os atentados terroristas de 11 de setembro, era fundamental voltar a cuidar de seus passageiros o mais rápido possível. E a WestJet foi primeira companhia aérea canadense a voar novamente e trabalhar diligentemente para garantir que a transição para um espaço aéreo mais seguro não impedisse o conforto e a segurança de seus clientes. Ainda em 2001, além de ampliar suas rotas domésticas, a companhia aérea adquiriu quatro novos Boeing 737.
No ano seguinte, a WestJet adicionou novas rotas no mercado de viagens de negócios para destinos em Ontário, notavelmente Londres e Toronto. Com uma forte cultura corporativa e serviços excelentes, já em 2003 a WestJet ficou em segundo lugar entre as empresas mais respeitadas do Canadá, de acordo com uma pesquisa da Ipsos-Reid. Além disso, adicionou novas rotas para Halifax, Windsor, Montreal, Saint John e Gander, ampliando assim suas rotas domésticas. Também assinou acordo com a companhia aérea Air Transat para operar voos charter para o México e Caribe, populares destinos turísticos entre os canadenses.
Em 2004, a WestJet iniciou sua expansão internacional com a abertura de rotas para procurados destinos turísticos americanos, como por exemplo, Los Angeles, San Francisco, Phoenix, Fort Lauderdale, Tampa, Orlando e Nova York. Além disso, inovou nos serviços com estações de check-in para melhorar as opções de autoatendimento; com a introdução do programa de compras a bordo, que permitia adquirir alimentos durante os voos; e a disponibilização de TV ao vivo no encosto do assento em suas viagens. No ano seguinte inaugurou novas rotas para atender destinos como Palm Springs, San Diego, Fort Myers e Las Vegas, além de lançar duas rotas para o Havaí, conectando o Aeroporto Internacional de Vancouver as ensolaradas Honolulu e Maui.
Aproveitando o momento para explorar destinos turísticos populares entre os canadenses, a WestJet inaugurou em 2006 seu primeiro voo para o Caribe, especificamente Nassau. Este foi considerado um grande marco dentro da estratégia de destinos da empresa e foi uma meta vital para a futura presença no mercado internacional. No ano seguinte a companhia aérea anunciou sete novas rotas para a região, incluindo Santa Lúcia, Jamaica, República Dominicana, além do México. Além disso, a companhia aérea lançou a WestJet Vacations, agência de viagens que oferecia reserva fácil, acessível e confiável de pacotes de férias. A WestJet continuou inovando ao se tornar a primeira companhia aérea da América do Norte a oferecer convenientes cartões de embarque digitais, ainda em 2007. Com todo esse desenvolvimento, no final de 2009 a WestJet já representava aproximadamente 40% da participação de mercado nas rotas domésticas canadenses contra 55% da principal concorrente Air Canada (conheça essa outra história aqui), se consolidando como a segunda maior companhia aérea do país.
Com atenção especial aos serviços, em 2010 os comissários de bordo da WestJet foram considerados os melhores do setor em uma pesquisa com viajantes aéreos. Os dois fatores mais importantes mencionados foram uma atitude amigável e um excelente atendimento ao cliente. O ano também foi marcado pela inauguração de novas rotas para Santa Clara (Cuba), Nova Orleans e as ilhas Grand Cayman, elevando o total de destinos servidos pela companhia aérea para 71. Ainda jovem, em 2012 a WestJet celebrou a chegada de sua 100ª aeronave Boeing 737 de última geração. Este ano também foi marcado pelo lançamento da WestJet Encore, uma companhia aérea low-cost regional, que a partir de 2013 passaria a oferecer viagens aéreas acessíveis a mais pessoas em mais comunidades pequenas ou remotas do país através de aeronaves turboélice Bombardier Q400 NextGen. Pouco depois, em 2014, a WestJet realizou seu primeiro voo transatlântico com a introdução do serviço sazonal sem escalas para Dublin, na Irlanda.
O ano de 2015 foi marcado pela chegada de quatro aeronaves Boeing 767 à sua frota, aumentando assim sua capacidade operacional e que permitiria a WestJet operar voos regulares para Dublin, Glasgow e posteriormente Londres. Além disso, a companhia aérea lançou o WestJet Connect, sistema de entretenimento a bordo no qual os passageiros usam seus próprios dispositivos móveis e laptops para acessar gratuitamente a centenas de programas de TV e filmes. Em 2016, a WestJet completou 20 anos, redefinindo a indústria aérea do Canadá por meio de tarifas baixas, ótimo atendimento ao cliente e, claro, o bom-humor clássico da companhia aérea. Ainda este ano a companhia aérea inaugurou a rota para Londres (aeroporto de Gatwick), levando seu serviço de baixo custo e alto atendimento para a Terra da Rainha. O ano de 2017 foi marcado pelo recebimento da moderna aeronave Boeing 737 MAX 8 com baixo consumo de combustível. Essa maravilha da engenharia de última geração é 14% mais eficiente em termos de combustível do que a aeronave 737 Next-Generation atual, e também o membro mais silencioso da frota da WestJet.
Com a adição do novo Boeing 787-9 Dreamliner à sua frota em 2018, a WestJet inaugurou uma nova era e deu o próximo passo em sua transformação para uma companhia aérea de rede global. Com isso, a companhia aérea inaugurou a rota para Paris, uma das cidades mais visitadas do mundo. Em 2019, mais uma nova rota: Amsterdã na Holanda. Em março de 2020, como consequência da pandemia de COVID-19, a WestJet cancelou todos os voos internacionais temporariamente. A companhia também anunciou uma grande demissão de funcionários para se adequar à nova realidade e recebeu ajuda do governo canadense. Mas não parou de funcionar. Durante três meses, operou 28 voos de repatriação para 14 destinos diferentes em todo o mundo e devolveu com segurança mais de 4.000 canadenses para suas casas. Nesse período difícil, a empresa contou com a WestJet Cargo (seu braço cargueiro) para manter abertas as linhas críticas da cadeia de suprimentos doméstica, transportando tudo, desde perecíveis e produtos farmacêuticos até utensílios domésticos.
Com uma nova realidade no setor, em 2021 a promessa da marca de segurança acima de tudo foi reconhecida após ser nomeada uma das companhias aéreas mais seguras do mundo pelo segundo ano consecutivo pela airlineratings.com. O ano também foi marcado pelo aniversário de 25 anos da WestJet, com mais de 300 milhões de passageiros atendidos. Em 2022, o programa WestJet Cares for Kids completou 15 anos, celebrando mais de 100.000 voos doados a parceiros de caridade. Este ano também foi marcado pela apresentação dos novos uniformes de seus comissários, pilotos e colaboradores, e pela aquisição da concorrente Sunwing Airlines e de sua agência de viagens. E para 2023, a WestJet já anunciou suas mais nova rota, com voos diretos de Calgary para Tóquio a partir da primavera.
A frota
Atualmente a WestJet possui uma moderna frota com mais de 110 aeronaves integralmente de modelos da Boeing (conheça essa história completa aqui), o que facilita os treinamentos e manutenções. E isto começou em 2005, quando a WestJet recebeu os primeiros Boeing 737-600 e Boeing 737-800. A partir daí a frota da companhia aérea começou a ser padronizada com aeronaves Boeing 737 Next Generation. O maior avião de sua frota é o Boeing 787-9, com capacidade para até 320 passageiros. Essas aeronaves são as únicas que oferecem a Business Class (classe executiva), com assentos camas, refeições sob demanda, bebidas alcoólicas e não alcoólicas incluídas. Em voos internacionais, ainda é fornecido um kit de amenidades.
Como resultado de uma parceria com a The Walt Disney Company (conheça essa outra história aqui), em dezembro de 2013 a WestJet adicionou a sua frota um Boeing Next-Generation 737-800 com pintura estilizada, com direito ao Mickey Mouse em seu papel de aprendiz de mago, que nas redes sociais começou a ser chamado de MagicPlane. Mas não era um avião qualquer. Pintado com 36 cores diferentes, a aeronave possuí cabines temáticas e até biscoitos com formatos de personagens Disney servidos durante os voos. O primeiro voo, claro, não poderia ser para outro lugar. A aeronave pousou em Orlando, onde está localizado o Walt Disney World. O sucesso foi tanto que, em 2015, um segundo Boeing 737 foi transformado por uma pintura enorme de Elsa, Anna e Olaf. O desenho, inclusive, contava com um pouco de glitter, assim a aeronave - batizada de “Frozen Plane” - iria brilhar quando estivesse nos céus.
A pintura e identidade visual de suas aeronaves também evoluíram com o passar dos anos. A atual pintura foi apresentada oficialmente no dia 8 de maio de 2018 em um Boeing 737 MAX 8 e posteriormente em um Boeing 787 Dreamliner. Os diversos aspectos que compõem a identidade visual da marca foram atualizados para torná-los uniformes e com a mesma cor. Além do Maple Leaf (Folha do Plátano) atualizado na cauda da aeronave, outro aceno para a herança da WestJet está na forma da bandeira canadense que aparece na frente da aeronave. A nova pintura também combinou os dois idiomas oficiais do Canadá, com a frase “The Spirit of Canada” aparecendo em um lado da fuselagem e a tradução francesa “L’esprit du Canada” no outro, ambos estendendo-se pelo meio da aeronave.
Marketing emocional
A WestJet tornou-se extremamente conhecida por suas campanhas de marketing com altas doses emocionais (que vão desde caridades, mudanças de vidas à realização de sonhos ou até pequenos gestos de bondade e realizar desejos que se parecem impossíveis). Como viajar durante o feriado de Natal pode ser um pesadelo para muitas pessoas, para aliviar o estresse e promover o espírito natalino entre os passageiros, a WestJet decidiu que realizaria pedidos ou desejos de passageiros através da campanha de marketing “WestJet Christmas Miracle”. E isto começou no mês de dezembro de 2012 quando a companhia aérea resolveu surpreender 166 passageiros que esperavam o embarque com um flashmob natalino no aeroporto de Calgary (assista ao vídeo da ação aqui), que transformou o espaço no Polo Norte, com direito a tratamento especial durante o voo.
Esse marketing emocional ganhou relevância a ponto de se tornar uma tradição para a marca desde 2013. Isto porque, nesse ano, com o apoio de 175 dedicados funcionários, a WestJet preparou uma grande surpresa para passageiros de dois voos, um que partiu do aeroporto de Toronto e outro do aeroporto de Hamilton, ambos com destino a Calgary, no Canadá. Nos aeroportos de partida, uma grande caixa de presente azul com o símbolo da companhia aérea convidava os passageiros a passarem seu cartão de embarque em um equipamento de leitura. Ao escanear seus bilhetes, os passageiros foram surpreendidos por um Papai Noel virtual (vestido nas cores da marca), que perguntava, em tempo real, o que eles queriam ganhar de Natal. Dezenove câmeras escondidas filmaram os pedidos. Funcionários da companhia aérea associaram esses pedidos aos cartões de embarque escaneados e correram para comprar os presentes enquanto os dois voos estavam em deslocamento. Ao desembarcarem em seus destinos finais encontraram na esteira rolante, além de suas malas, os presentes de Natal que tinham pedido ao Papai Noel. Confira o vídeo da campanha abaixo.
Diferente de 2013, quando a WestJet proporcionou uma surpresa para um grupo de passageiros, em 2014 a marca decidiu viajar para o país insular da República Dominicana para ajudar aqueles que sempre ouviram falar sobre o bom velhinho, mas que nunca foram visitados por ele em um Natal mais brilhante.
Já em 2015 o objetivo foi de realizar 12 mil pequenos milagres (um simples gesto de bondade, que recebe uma resposta positiva de alguém) em 24 horas em todo o mundo. Funcionários de solo da WestJet saíram pelas ruas também praticando o bem, em 10 diferentes “fusos horários” de Londres ao Havaí. Alimentaram pessoas com fome, deram brinquedos para crianças, pagaram café para estranhos, presentearam os moradores de rua com cobertores quentes e concederam viagens gratuitas a famílias, entre vários outros atos de bondade. Era a ação “WestJet Christmas Miracle: 12.000 mini miracles” (assista aqui).
A ação WestJet Christmas Miracle se tornou uma tradição da WestJet e, dezembro de 2021 marcou o 10º vídeo anual do Milagre de Natal, apresentando histórias reais de como conectar pessoas aos seus entes queridos após a pandemia de COVID-19. Afinal, de bloqueios, visitas à varanda e reuniões adiadas a tradições de férias perdidas, o Natal de 2020 criou distância para todos. E neste ano, a WestJet queria ajudar os canadenses a recuperar o tempo perdido e realizar os desejos de Natal mais importantes. Assista abaixo.
A evolução visual
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos, adquirindo uma imagem mais moderna. A primeira remodelação de sua identidade visual aconteceu em 2016 para comemorar seu 20º aniversário, e apesar de manter a mesma tipografia de letra e combinação de cores, o símbolo de seu logotipo foi completamente redesenhado, representando as Montanhas Rochosas Canadenses (para manter suas origens) e a Folha do Plátano (Maple Leaf), um dos símbolos do país. Pouco depois, em outubro de 2018, o logotipo passou por uma atualização em sua wordmark, que passou a utilizar uma cor só (para suavizar a ênfase no “west”, já que a companhia agora voa para todo território canadense) e ganhou nova tipografia de letra.
Os slogans
Love Where You’re Going. (2018)
Because owners care. (2009)
We are Team WestJet.
Dados corporativos
● Origem: Canadá
● Fundação: 27 de junho de 1994
● Fundador: Clive Beddoe, David Neeleman, Mark Hill, Tim Morgan e Donald Bell
● Sede mundial: Calgary, Alberta, Canadá
● Proprietário da marca: WestJet Airlines Ltd.
● Capital aberto: Não (subsidiária da Onex Corporation)
● CEO: Alexis von Hoensbroech
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Frota: 110 aeronaves
● Destinos: 110
● Passageiros transportados: 22 milhões (estimado)
● Presença global: 28 países
● Presença no Brasil: Não
● Funcionários: 10.000
● Segmento: Aviação
● Principais produtos: Passagens áreas de baixas tarifas e transportes de carga
Atualmente a WestJet, segunda maior companhia aérea do Canadá, atrás apenas da Air Canada, opera uma frota de 110 modernas aeronaves e oferece voos regulares e serviço de fretamento para mais de 110 destinos (40 dos quais no Canadá) em 28 países na América do Norte, América Central, Caribe e Europa. Com mais de 10.000 colaboradores, a companhia aérea canadense transporta mais de 22 milhões de passageiros por ano, através de 700 voos diários. O principal centro de operações da empresa é o Aeroporto Internacional de Calgary em Alberta, com outro grande hub no Aeroporto Internacional Toronto Pearson em Ontário.
Você sabia?
● A WestJet possui as subsidiárias WestJet Encore (companhia aérea regional que voa para mais de 30 destinos dentro do Canadá), WestJet Link (criada para conectar principalmente cidades menores com os hubs domésticos da WestJet no Aeroporto Internacional de Calgary e no Aeroporto Internacional de Vancouver) e Swoop (companhia aérea ultra low-cost).
● Desde 2008, a WestJet é a maior transportadora internacional, em volume de passageiros, voando para Las Vegas.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas).