Antiga Farmácia Minancora
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A farmácia Minancora, a mais famosa da cidade funcionou por 95 anos na Rua do Príncipe, esquina com a rua das Palmeiras. O prédio construído em 1929 continua sendo uns dos principais cartão postal da cidade de Joinville.
Era famosa por suas pomadas do mesmo nome que combatiam várias enfermidades, principalmente espinhas.
Encerrou suas atividades em 2012. A pomada ainda é produzida em sua fábrica no Distrito de Pirabeiraba.
Pomadas Minancora
A farmácia Minancora criou seu principal produto, uma pomada que leva seu nome no início do século 20, após o farmacêutico português Eduardo Augusto Gonçalves chegar ao Brasil.
Em Manaus, quando trabalhou na fabricação do Polvilho Antisséptico Granado, ele conheceu a diversidade da fauna e da flora brasileira e encontrou ali matérias-primas que mais tarde serviriam para a produção de seus remédios populares.
Em 1912, o farmacêutico chegou a Joinville para trabalhar como gerente da Farmácia Doelith, a primeira da cidade. Lá conheceu a jovem Adelina Moreira, com quem se casou dois anos mais tarde.
Junto com sua esposa começou a fabricação caseira de uma pomada antisséptica, à base de cânfora, cloreto de benzalcônio e óxido de zinco, que batizou com o nome de Minancora. O nome é um acróstico dos nomes Minerva, a deusa grega da sabedoria, e âncora, que aludia à sua permanência definitiva em solo brasileiro.
Muitos diziam que a fórmula veio da Europa e não foi registrada oficialmente. Coisa que Eduardo fez em 1915, registrando a fórmula da pomada Minancora no Departamento Nacional de Saúde Pública.
Depois, passou a viajar pelo Brasil para popularizar a pomada milagrosa, capaz de curar uma série de enfermidades, desde frieiras e escaras até espinhas e pequenos ferimentos superficiais, inclusive os causados pelo barbear, como ainda hoje se estampa em sua embalagem.
Também faziam a produção de outros medicamentos de sua autoria, como o Xarope Doméstico, o Lombrigueiras e o Remédio Minancora contra a Embriaguez. Durante suas viagens, Adelina fabricava os produtos artesanalmente.
Proprietário Eduardo Augusto Gonçalves
O antigo prédio na esquina da rua das Palmeiras com a rua do Príncipe pertencente à família do farmacêutico português Eduardo Augusto Gonçalves, criador da pomada para tratamento de espinhas e outras inflamações.
Com a morte de Eduardo, em 1977, sua filha Lady Gonçalves Dória assumiu a presidência da empresa. Hoje, os negócios são comandados pela bisneta do português, Lourdes Maria Dória.
Fechamento Prédio Centro
Ele acabara de chegar a Joinville e recebeu a notícia avassaladora, sentida como uma facada que dói só quando se respira. Assim o artista plástico Juarez Machado se refere ao comunicado repentino e sem cerimônias da Minancora, sobre o fechamento de sua quase centenária farmácia, retrato de “tradição e confiança desde 1914”, como diz a placa em sua fachada. Instalada na rua do Príncipe, ao lado do principal cartão-postal de Joinville, a Rua das Palmeiras, nesta sexta-feira 13/07/2012 a pantográfica desceu pela última vez, para a surpresa dos joinvilenses, inclusive de seu principal artista, inconformado
SANDRO ALBERTO GOMES, JORNAL NSC
Prédio tombado
A farmácia Minâncora funcionou no mesmo endereço por mais de 80 anos. O estabelecimento foi inaugurado quando a pomada de mesmo nome já era um sucesso nos anos 1920.
A fórmula foi registrada pelo farmacêutico português Eduardo Augusto Gonçalves, que chegou a Joinville no início do século 20. Gonçalves trabalhou na farmácia Doelith em seus primeiros anos na cidade.
A empresa foi construída em 1929 junto com sua sede que hoje é o cartão-postal joinvilense.
Além da produção de remédios, o local também servia de residência da família. Com a morte de Eduardo, em 1977, sua filha Lady Gonçalves Dória assumiu a presidência da empresa. Hoje, os negócios são comandados pela bisneta do português, Lourdes Maria Dória.
O fechamento da farmácia – a fábrica localizada em Pirabeiraba continua as produções – foi motivada pela concorrência com grandes redes farmacêuticas, que inviabilizaram a continuidade da única loja.
O prédio foi tombado pelo patrimônio histórico estadual, reconhecimento firmado com o tombamento da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em 2001.
Fontes
- Fotógrafo Fritz Hofmann
- Acervo e foto – desconhecido
- https://www.nsctotal.com.br/noticias/apos-reforma-predio-da-antiga-farmacia-minancora-em-joinville-perde-detalhes-historicos
- https://ndmais.com.br/noticias/o-fim-de-uma-historia-de-95-anos-em-joinville-fecha-a-farmacia-minancora/
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