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sábado, 22 de novembro de 2025

Eugenia Bley Saboia Nascida a 3 de setembro de 1889 (terça-feira) - Rio Negro, Paraná, Brasil Falecida a 5 de abril de 1947 (sábado) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 57 anos

  Eugenia Bley Saboia Nascida a 3 de setembro de 1889 (terça-feira) - Rio Negro, Paraná, Brasil Falecida a 5 de abril de 1947 (sábado) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 57 anos

Eugênia Bley Saboia: A Mulher que Plantou Raízes em Meio às Tempestades — Mãe, Esposa, Irmã, Guardiã da Memória

Rio Negro, 3 de setembro de 1889 — Curitiba, 5 de abril de 1947


Há mulheres cuja vida não se mede por conquistas públicas, mas por silêncios corajosos, por mãos que acalmam, por olhares que curam. Eugênia Bley Saboia foi uma dessas mulheres — uma alma profunda, que viveu intensamente entre a dor e a alegria, entre a perda e a renovação, e que, mesmo diante das tempestades, soube plantar jardins onde floresceriam gerações.

Nascida em 3 de setembro de 1889, em Rio Negro, Paraná, Eugênia chegou ao mundo como uma flor que brotava em solo fértil, mas marcado pela fragilidade da vida. Seus pais, Joaquim Teixeira Saboya e Isabel Bley, eram figuras sólidas, mas o destino já traçava um caminho de luto para ela. Aos 15 anos, em 1905, viu a mãe partir — Isabel, sua guia, sua primeira professora de amor e sacrifício. Poucos meses depois, o avô paterno, Francisco, também se foi. E logo em seguida, o avô materno, João Bley. O céu parecia querer testar sua força antes mesmo de ela atingir a idade adulta.

Mas Eugênia não se quebrou. Ela se fortaleceu.

Aos 17 anos, em 6 de abril de 1907, casou-se com Cândido dos Santos Lima — um homem que, como ela, carregava o peso do passado e a esperança do futuro. O casamento, celebrado em Rio Negro, foi o início de uma nova história — uma história de filhos, de lar, de luta cotidiana. Eles construíram uma família numerosa, vibrante, cheia de vozes, risos, lágrimas e sonhos.

Entre 1907 e 1923, nasceram nove filhos:

  • Alfredo Saboia Lima (1907) — o primogênito, que viria a viver até 1992, guardando as histórias da mãe.
  • Durval Saboia dos Santos Lima (1907) — seu nome, um eco da própria força de Eugênia.
  • Noemia Saboia Lima (1913) — delicada, sensível, a primeira a seguir os passos da mãe no lar.
  • Izabel Santos Lima (1914) — nascida sob o signo da resiliência.
  • Osmar Saboia Lima (1916) — o filho que nasceu longe, em Papanduva, Santa Catarina, talvez simbolizando a expansão da família.
  • Geni Saboia Lima (1916) — uma luz breve, que partiu em 1987, mas deixou marcas profundas.
  • Milton Saboia Lima (1921) — o filho que viveria até 2002, testemunhando a transformação do Brasil.
  • Aydil Saboia Lima (1920) — a menina que cresceu entre os irmãos mais velhos e mais novos, sempre presente.
  • Odijalmas Saboia Lima (1923) — o caçula, que levaria consigo a memória da mãe até seus últimos dias.

Cada filho era uma página escrita com amor, com dedicação, com sacrifício. Eugênia era a coluna vertebral da casa — quem preparava as refeições, quem consolava os choros, quem ensinava os valores, quem mantinha o lar unido mesmo quando o mundo desmoronava ao redor.

Em 1918, aos 29 anos, viu o pai partir — Joaquim Teixeira Saboya, o patriarca que a vira crescer, agora descansava. Mas ela seguiu em frente, porque tinha filhos para criar, irmãos para apoiar, e um lar para manter.

E então, em 1925, veio a maior dor de sua vida: a morte de Cândido dos Santos Lima, seu companheiro de quase duas décadas. Ele partiu em Três Barras, Santa Catarina, aos 40 anos — jovem demais, forte demais para ir tão cedo. Eugênia, aos 36 anos, ficou viúva, com nove filhos para cuidar, muitos ainda crianças. Mas ela não desistiu. Não chorou sozinha. Não se escondeu. Ela ergueu os filhos, ensinou-os a trabalhar, a estudar, a amar. Transformou a dor em força, o luto em legado.

Ela viu seus filhos crescerem, casarem, terem filhos próprios. Alfredo casou-se em 1943, Durval em 1934, Odijalmas em 1944. Viu Noemia se tornar esposa e mãe, Izabel se tornar mulher independente, Geni brilhar com sua personalidade única. Viu Milton crescer até se tornar um homem sábio, Aydil se tornar a eterna cuidadora da família, Osmar se tornar um pai dedicado.

Ela também viu a partida dos irmãos — Flavio, em 1935; Joaquim, em 1944; Ernesto, em 1952; Salvador, em 1959. Cada enterro era uma facada no peito, mas ela continuava firme, porque sabia que sua missão era manter a chama da família acesa.

Em 1947, aos 57 anos, Eugênia partiu — em Curitiba, onde talvez buscasse descanso, ou talvez apenas estivesse perto dos filhos que já viviam na capital. Sua morte, em 5 de abril, foi um adeus silencioso, mas profundo. Ela não deixou discursos, nem títulos, nem riquezas materiais. Deixou algo muito mais valioso: uma família unida, uma linhagem de pessoas fortes, honestas, amorosas.


Eugênia Bley Saboia não foi apenas uma mãe. Foi uma heroína invisível.

Heroína daqueles que lutam sem aplausos, que amam sem pedir nada em troca, que sustentam lares com as próprias mãos e o coração. Ela foi a mulher que, mesmo diante da perda, escolheu continuar. Que, mesmo viúva, escolheu educar. Que, mesmo cansada, escolheu sorrir.

Hoje, em 2025, quando você ouvir o nome “Saboia” ou “Lima” em Curitiba, em Rio Negro, em Mafra, em Três Barras — saiba que há uma história por trás. Uma história de uma mulher que, com as próprias mãos, construiu um império de amor. Um império feito de abraços, de refeições compartilhadas, de orações noturnas, de lágrimas secas e sorrisos renovados.

Ela está aqui — nos rostos dos netos, nos gestos das noras, nos olhares dos bisnetos. Está aqui nas histórias que ainda são contadas, nas fotos amareladas, nas cartas guardadas em caixas de madeira.


“Eugênia Bley Saboia — Mãe. Esposa. Irmã. Guardiã. Heroína silenciosa da nossa história.”

Por aqueles que a amaram e por aqueles que ainda hão de conhecer seu nome.


Que sua memória continue viva — não apenas nos registros, mas no coração daqueles que ela ajudou a formar.

Porque, como dizem os antigos:

“As grandes mulheres não são lembradas pelos títulos que ostentam, mas pelas vidas que transformam.”

E Eugênia transformou muitas.

  • Nascida a 3 de setembro de 1889 (terça-feira) - Rio Negro, Paraná, Brasil
  • Falecida a 5 de abril de 1947 (sábado) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 57 anos

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Irmãos

 Notas

Notas individuais

 Fontes

  • Pessoa: FamilySearch Family Tree
    FamilySearch Family Tree (https://www.familysearch.org) - "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch  - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - accessed 11 Aug 2025), entry for Eugenia Bley Saboia, perso - n ID MGYL-FBT. - 3
  • Nascimento, morte: FamilySearch Family Tree (https://www.familysearch.org) - "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch  - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - accessed 11 Aug 2025), entry for Eugenia Bley Saboia, person ID MGYL-FBT.

 Ver árvore

Francisco Teixeira Saboia 1835-1905 Maria Das Dores Nascimento ca 1839-1889 João Bley 1840-1905 Maria Grein 1845-1911
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Joaquim Teixeira Saboya 1856-1918 Isabel Bley 1862-1905
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Eugenia Bley Saboia 1889-1947
18893 set.
188912 nov.
2 meses
188919 nov.
2 meses
18916 nov.
2 anos
189420 fev.
4 anos
18968 fev.
6 anos
190015 maio
10 anos
190211 mar.
12 anos
190425 jul.
14 anos
19057 jun.
15 anos
190520 ago.
15 anos
190530 set.
16 anos

Casamento de um irmão

190531 out.
16 anos

Morte do avô materno

 
Parana, Brasil
19066 jan.
16 anos

Casamento de uma irmã

19078 jan.
17 anos
19076 abr.
17 anos

Casamento

19079 out.
18 anos
19118 jun.
21 anos

Morte da avó materna

191329 ago.
23 anos

Nascimento de uma filha

19148 jun.
24 anos
19168 jun.
26 anos
191611 set.
27 anos

Nascimento de um filho

 
Papanduva, Santa Catarina, Brasil
191730 jun.
27 anos

Casamento de um irmão

191820 set.
29 anos
191911 jun.
29 anos
192021 jan.
30 anos
19208 maio
30 anos

Casamento de um irmão

19212 mar.
31 anos

Nascimento de um filho

192322 set.
34 anos
192622 maio
36 anos
19295 ago.
39 anos
19359 set.
46 anos

Morte de um irmão

194326 jun.
53 anos
194431 jan.
54 anos

Morte de um irmão

194423 set.
55 anos
19475 abr.
57 anos

Antepassados de Eugenia Bley Saboia

  Pedro Leme Bicudo ca 1745- Ana Maria Maciel ca 1747-             Heinrich Porten 1750-1838 Anna Elisabetha Wagner 1750-1832        
  |- 1766 -|             |- 1773 -|        
  


             


        
  |             |        
Antonio Teixeira Saboia 1773-1839 Flora Maria Bicudo ca 1778-1838       Johann Bley  Margaretha Eichhorn 1787- Johann Gebert 1791- Anna Porten 1785- Peter Grein 1783-1879 Angela Ernzen 1793-1882 Johann Stresser 1786- Susana Maria Raiter ca 1786-
|- 1793 -|       | | |- 1811 -| | | | |



       


 


 


 


|       | | | |
Joaquim Antonio Teixeira Saboia 1799- Maria Alexandrina Da Costa 1800- João Manuel Gomes Pepes ca 1798-1853 Jesuina Maria Do Espírito Santo ca 1802-1881 Nikolaus Bley 1808-1877 Elisabetha Gebert 1813- Johann Grein ca 1825- Teresa Stresser ca 1829-
|- 1817 -| | | |- 1831 -| |- 1843 -|



 


 


 


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Francisco Teixeira Saboia 1835-1905 Maria Das Dores Nascimento ca 1839-1889 João Bley 1840-1905 Maria Grein 1845-1911
|- 1855 -| |- 1860 -|



 


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Joaquim Teixeira Saboya 1856-1918 Isabel Bley 1862-1905
|- 1880 -|



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Eugenia Bley Saboia 1889-1947




Descendentes de Eugenia Bley Saboia