CURITIBA E PARANA EM FOTOS ANTIGAS: Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira

Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira, (1844-1878) quando era Seminarista e recém admitido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto

Fotografias de Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira, (1844-1878) quando era Seminarista e recém admitido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.

Filho do Capitão Antonio Gonçalves de Oliveira e de D. Antônia Albina de Albuquerque, D.Vital iniciou seus estudos sob a direção do Padre Antonio Generoso Bandeira, na Escola Pública de Itambé. Em seguida, mudou-se para o Recife, onde estudou no Colégio Benfica, que era dirigido por sacerdotes.

Foi aluno destaque e logo conquistou a estima dos mestres e colegas. Entrou para o Seminário de Olinda e recebeu a tonsura (cerimônia religiosa em que o bispo dá um corte no cabelo do ordenado ao conferir-lhe o primeiro grau do clericato) das mãos de D. João da Purificação, em 1861, merecendo a distinção de ir estudar Teologia no Seminário de Issy, em Paris, onde ficou até 1863, quando entrou para o Convento dos Capuchinhos, em Versailles.

Em 1868, concluiu seus estudos sacerdotais em Toulouse, na França. Retornado ao Brasil, ensinou Filosofia no Seminário Maior de São Paulo.

Designado por Dom Pedro II, para ser bispo de Olinda, no dia 21 de maio de 1871, aos 26 anos. Foi o primeiro bispo capuchinho do Brasil. Seu lema como religioso era “Iter para Tutum”, traduzindo literalmente, Prepara (me) um caminho seguro), será depois seu emblema episcopal.

Após sua ordenação o Palácio da Soledade foi totalmente preparado para recebê-lo, ao chegar, recusou logo os escravos postos a seu serviço, declarando que todos os cristãos são iguais diante de Deus. Por isso, não podiam ser tratados como escravos.

Apesar de Jovem eram visto como um sábio pela população, as portas de sua residência estavam sempre abertas a todos, ricos e pobres, que lhe desejassem falar. Dom Vital foi protagonista na Questão Religiosa, conflito que aconteceu no Brasil de março de 1872 a setembro de 1875 entre a Igreja Católica e a Maçonaria. Junto com Dom Macedo Costa, Bispo do Pará, e com o apoio do Papa Pio IX, condenaram todas as irmandades católicas que tivessem maçons como membros, e ordenou o clero católico a se afastar de qualquer contanto com a maçonaria, e em caso de não cumprirem as ordens deveriam ser expulsos da Igreja, também excluíram os maçons do sacramento da absolvição e da sepultura em terreno consagrado.

Apesar dos protestos do Papa, Dom Vital foi condenando a quatro anos de prisão com trabalhos forçados, penalidade a ser cumprida o primeiro no Forte de São João, e o segundo na fortaleza da Ilha das Cobras. Porém Dom Pedro II ordenou que as sentenças foram comutadas em prisão simples sem trabalho forçado. A condenação dos bispos desencadeou uma intensa e apaixonada polêmica em todo o Brasil, repercutindo também no exterior.

Em 1876 Dom Vital voltou a sua diocese mas adoeceu imediatamente depois de sair da prisão. Embarcou para a Europa, em busca de tratamento. Morreu na França em 1878 enquanto tentava encontrar uma cura de sua doença que nunca foi identificada pelos médicos. Seus Restos mortais Repousam na Basílica de Nossa Senhora da Penha em Recife.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira, (1844-1878) quando era Seminarista e recém admitido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos