I Have a Dream!
Ah, os Estados Unidos, país dos sonhos de consumo de muitos brasileiros. A sedução do Tio Sam é inegável. País do Iphone, das grandes Ligas de Basquete, do poder bélico, de andar de bicicleta pelo Central Park e comer o trio do McDonald por três dólares com refrigerante ilimitado. Sem dúvidas um país polêmico, ainda mais na atual gestão política.
Mas, a frase inicial desse post não é de agora, e como prometi uma série sobre a escravidão essa semana, não poderíamos deixar passar batido dois nomes muito importantes, não no momento da primeira abolição da escravatura americana, mas, no momento da segunda. Como assim? Precisou de uma segunda?
Se vocês acham o Brasil preconceituoso e racista, tenham certeza que os Estados Unidos conseguem ser ainda mais. E não somente em relação ao Negro, mas, também em relação ao Judeu, ao Muçulmano, ao Oriental e ao Latino em geral, enfim... resumindo, a galera toda de fora.
Mas, vou começar com um pouco da história americana, antes de chegarmos aos personagens principais desse post. Senta em um lugar confortável pois vem textão.
Em 4 de julho, comemora-se o Independence Day, mas, isso não tem nada a ver com os E.T.S de Will Smith, esse é o dia da Independência do país. Quem chegou ali primeiro foram os Eurásios. Aí vem aquela velha polêmica que Colombo não descobriu a América, porque os Índios estavam lá, mas, no tempo das grandes navegações, quem ia lá e registrava junto ao Clero e Coroa o que tinha "achado" era considerado o "descobridor", então não importava se Noé, havia passado por ali na Arca ou se eram os Deuses Astronautas, o que importa é que quem registrava era o "descobridor".
E fim de papo. Pois antes mesmo de Colombo, os Vikings já tinham passado pela América e até tentado montar uma colônia, mas, não gostaram do Tio Sam, e voltaram pra Islândia. Mas, o mundo era assim. E como sempre digo, não invento a história, só conto do meu jeito. Colombo então, em uma daquelas "cagadas"
que só se dá uma vez na vida, acha que está chegando nas Índias e chega nas Américas. Em trinta e sete dias de viagem, apostando corrida com os Portugueses ele chega no Caribe ao invés de chegar nas Índias. Ele volta pra Europa, encontra Américo Vespúcio, explica a rota que fez pra chegar às Índias. E Américo diz:
- Anta, claro que você não chegou nas Índias, isso aí é um novo continente.
- Poxa tio Américo, tu é maior espertão.
- Vou deixar minhas cartas náuticas com você.
E Americo lhe deu uma verdadeira "pernada".
Procurou os cartorários da época, fez carta " Mundus Novus" espalhou a "Fake news" por toda Europa e pronto.
Assim o que eram as Índias, viraram as Américas. Mentira de perna longa pois durou muitos anos. Até o Século XIX.
Até a verdade vir à tona que tinha sido o Genovês Cristóvão Colombo.
Américo era malandro toda vida. Joalheiro, se interessou pelas pérolas trazidas por Colombo. Achou que poderia ter diamantes à vontade e ouro nas novas terras, mas, deram com os "Burros N'agua". A Espanha não curtiu as terras, havia muita pestilência que matava 90% dos marinheiros que lá aportaram, muito pouco ouro e nativos ditos "inúteis", segundo a Coroa deixou espaçopara a Inglaterra.
Enquanto isso, Portugal e Espanha se deliciavam mais a baixo no novo continente. Exploravam, descobriam riquezas e se encantaram em ir para o " Mundo Novo" e os Ingleses decidiram depois que não podiam ficar pra trás. E mandaram John Cabot, cinco anos depois, em 1497, pra achar a rota pra China e ele finalmente chega no inóspito Estados Unidos. Mas, só começaram mesmo a colonizar um tempinho depois, em 25 de março de 1580, quase cem anos após a "descoberta". Pra terem uma noção, o Brasil foi descoberto em 1500 e em 1503, o mesmo Américo Vespúcio que deu a "volta" em Colombo, já estava construindo Igreja e forte aqui em Cabo Frio e Arraial do Cabo, ou seja, Portugal foi mais rápido, mas os Estados Unidos se desenvolveram mais depressa.
A princípio o interesse inglês era comercial, não queriam que a Espanha ampliasse muito seu império, mas, depois do Século XVII, acharam ouro e prata e começaram a explorar. Os Nativos Powhatans decidiram atacar os Ingleses, mas foram massacrados pelos mesmos, mas a vida dos ingleses lá também não era um morango, muitas doenças, ataques de bichos que eles nunca tinham visto como crocodilos e ursos, índio que conhecia tudo e ainda montava a cavalo atacando, enfim... Dos quinhentos ingleses que foram para a primeira viagem de colonização, só sobraram sessenta.
Até que pinta um loiro bonitão, enviado pela Rainha Elizabeth I, de nome John Rolfe, e o amor apazigua as feras, ou melhor, os índios. Ele se apaixona pela Pocahontas, sabe aquela mesma do desenho da Disney, ele se apaixona pela Índia, pede a Coroa Britânica pra autorizarem o casamento. E ela pede ao pai...
- Papai, mim querer casar com o gato inglês loiro.
- Papai deixar, inglês é gato mesmo, até papai queria casar. Mim deixar!
Assim, ela vira cristã e troca seu nome para Rebeca. É mole? Índia Rebeca a seu dispor.
Mas, a paz não reinou muito tempo e quando Pocahontas foi embora para a Inglaterra com John, o pau voltou a comer, índio queria apito, inglês queria terra e os Powhatans foram dizimados.
Aí começa a Treta dos nossos personagens principais. Os ingleses viram que não seria fácil dominar àqueles Índios. O que fazer?
Em 1619, chegam os primeiros negros escravizados.
A Coroa Britânica começa a cobrar impostos muito altos aos americanos, principalmente àqueles que plantavam o açúcar, que estava em alta naquele momento.
Os americanos que já eram muitos, não curtem essa parada e começam a se rebelar contra a Coroa. Que o pau ia quebrar era fato. Mas, George Washington e Benjamin Franklin, além de inteligentes, eram agregadores e já tinham ao lado deles sete colônias das treze inglesas, assim, depois de alguns congressos, eles declaram em 1776 os Estados Unidos independentes. Assim começa a Revolução Americana, que teve apoio de diversos países e assim, com tiro, porrada é bomba marcaram sua independência.
Mas, voltando à escravidão americana.
Os negros começaram a chegar em 1619, a primeira negra a desembarcar se chamava Ângela, provavelmente nome dado na viagem pelos portugueses que fizeram a entrega. Diferentemente do que acontecia no Brasil, a Escravidão americana foi mais lenta, os lotes eram menores e morriam menos negros no caminho e ao chegarem. Nessa primeira venda chegaram trinta escravos, a maioria para trabalhar em casas de famílias ricas. Mas, não menos cruel que a escravidão no Brasil, a escravidão americana era mais organizada e registrava todos os Negros que chegavam e os primeiros vieram de Camarões. Nos Estados Unidos a segregação era muito maior. Não havia mestiços, filhos de americanos com negros nessa época, era crime e caso alguma mulher engravidasse de um branco ou o contrário, o negro engravidasse uma branca, o negro ou negra era "eliminado" ou o branco era preso.
Não havia permissão de casamentos inter-raciais.
No final do século XIX, começa a corrida industrial americana, chega trem, chegam fábricas, chegam novos trabalhadores e ao contrário do Brasil, não existia somente a mão de obra escrava, muitos estrangeiros chegavam todos os dias, Irlandeses, Chineses, Italianos e os americanos também eram trabalhadores, então o Norte começou a progredir muito em comparação ao Sul que era a área rural. E com o crescimento das indústrias eles produziam cada vez mais e precisavam de consumidores desse material, aí lembraram dos Negros escravizados, ou seja, tem milhões de potenciais consumidores ali, eles trabalham, ganham seu dinheirinho e consomem.
Bora libertar essa galera?
- Tá maluco do Norte? Eu preciso deles trabalhando de graça pra mim?
- Ué, do Sul, tem mais de quatro milhões de escravos, não vou perder cliente não.
- Vai sim!
- Vou não!
- Vai sim, filho de uma égua?
- O quê? Xingou minha mãe?
- Xinguei e vou virar seu chinelo de cabeça pra baixo.
- Ah, então é Guerra!
- É Guerra.
Assim começa a maior Guerra Civil da História da Humanidade. A Guerra da Secessão, que deixou quase um milhão de mortos. E mais uma vez, não foi por causas humanitárias e sim econômicas.
O Norte abolicionista e o Sul escravagista duelaram por quatro anos, para finalmente em 1865, o Sul perder a guerra e ser declarada a que eu chamo "primeira abolição americana".
- Ué, tia? Como assim? Primeira?
Vamos lá. No Brasil quando os Negros foram abolidos eles foram abandonados. Isso é fato.
Mas, já havia muitos negros libertos, os Negros que nasciam livres podiam crescer socialmente (leia o post do Barão de Guaraciaba), podiam se casar com brancos e tudo mais, tanto que havia a projeção da abolição gradativa, que foi o que planejavam e quando aconteceu a abolição brasileira, calcula-se que havia cento e oitenta mil negros ainda escravizados no Brasil, mas, nos Estados Unidos não funcionava assim. Não houveram Leis que iam liberando ninguém gradativamente. Aqui no Brasil, qualquer Senhor podia alforriar o negro. Nos Estados Unidos só se dava alforria em caso de doenças graves ou se o escravo salvasse a vida de seu senhor como forma de gratidão.
Chegaram 379 mil, pessoas cativas e tornaram- se quatro milhões até a abolição, por desenvolvimento natural. Aqui no Brasil, chegaram cinco milhões, mas foram havendo as Leis como a do ventre livre e as cartas de Alforria e assim, o número de escravizados era bem menor na época da abolição.
Lá o negro não podia nada, não podia se misturar, e mesmo depois da abolição eles tiveram que continuar assim. Tinham os bairros dos negros, as igrejas dos negros, as escolas dos negros, os Negros dos negros, era um universo à parte.
I Have a Dream!
"Que meus quatro filhos, um dia vivam em uma nação que não sejam julgados pela cor da sua pele e sim pelo conteúdo do seu caráter." Disse King em seu brilhante discurso que você pode ler na íntegra pela internet.
Imaginem uma pessoa ser impedida de entrar em um local por causa de sua cor? Era o que acontecia nos Estados Unidos até cerca de cinquenta anos atrás. Pouco tempo, não?
As pessoas já tinham informações suficientes para não julgar ninguém pela cor, mas, os Estados Unidos aboliram a escravidão, mas não aboliram a cultura escravocrata e
segregadora.
Então entram em cena, os verdadeiros abolicionistas, quase um século depois.
Martin Luther King e Malcom-X, pessoas com ideologias totalmente diferentes, com vidas diferentes, que derrubaram o Apartheid americano, cada um à sua maneira.
Mas, os dois com sua devida importância.
A situação da segregação americana, ficou insuportável, até que a população negra precisou criar verdadeiras revoltas para garantir seus direitos humanos igualitários.
Nos Estados Unidos, os Estados tem autonomia de criarem suas próprias leis, então muitos mantinham-se firmes no racismo e na segregação. Foram preciso muitos protestos civis e manifestações para que finalmente conseguissem acabar com esse regime separatista de negros e brancos. Aliás, não apenas Negros, mas, Orientais e indígenas também não, mas o número de negros era muito maior e estes outros nunca foram escravizados então, não sofriam tantas humilhações.
Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos negros foram obrigados a se alistar e quando voltaram dessa guerra, não podiam seguir carreira ou arrumar outros empregos que fossem de suas escolhas, ou prestavam serviços: Subalternos ou na lavoura.
Até que centenas de pessoas se reuniram em Washington, no Obelisco e o Presidente Roosevelt liberou as demais carreiras para todos. Mas, a segregação continuava.
Nem os banheiros podiam ser compartilhados pelos negros. Era banheiro de brancos e banheiro de negros. Tinha ônibus black e ônibus whites, mas, se um branco resolvesse entrar em um ônibus de Negros e sentar-se, o Negro era obrigado a se levantar. Até que uma mulher, chamada Rosa Park, uma costureira negra, decidiu não se levantar de seu assento para um branco sentar, ela tinha tido um dia daqueles, estava irritada, puta da vida, cansada e disse: "Daqui não saio, daqui ninguém me tira" e ... foi presa é claro.Mas essa mulher desencadeou o ódio negro a segregação. Os negros boicotaram os ônibus e claro que as empresas de ônibus não curtiram nem um pouquinho e quando mexe no bolso dos grandes, já sabemos que o bicho pega. No ano seguinte, acabaram sob pressão, com a segregação nos serviços de transporte. Aí a negrada finalmente pegou fôlego.
E tudo o que achavam errado protestavam.
Mas eram todas manifestações não violentas. Levavam cartazes, cantavam, pediam, mas não brigavam ou quebravam nada. Não eram os Black Blockers, eram civilizados. Mas, nem todos concordavam com manifestos de paz. Eles já haviam sido humilhados por muito tempo.
Em 1962, organizaram a Marcha em Washington com mais de trezentas mil pessoas. Essa marcha juntou as maiores lideranças negras de todos os Estados, ente eles Malcom e King, e foi quando nosso mocinho deu o famoso discurso conhecido como: I Have a Dream! (Eu tenho um sonho!), em 1964, finalmente, acabaram com a segregação e no ano seguinte, liberaram a todos o direito de voto. Olhem só que história recente?
Só que você acha que assinou o papel, liberou e tudo ficou em paz? Foi todo mundo ouvir Blues?
Então, você não sabe de nada inocente.
O pau comia todo dia. A polícia sentava o porrete nos negros. Não tinha câmeras naquela época.
Foi criado então o partido dos Panteras Negras, que não queriam mais conversa e queriam fazer valer os direitos dos Negros. Então se armaram até os dentes e seguiram o lema, "Faca na caveira".
E os Panteras, mesmo violentos, foram cruciais para que realmente diminuísse a violência por preconceito racial e para combater a Ku Klux Klan.
Gente... A Ku Klux Klan, como diriam os evangélicos não era um "temônio" era uma legião de "temônios"
Eles começaram a agir em 1865, e deixaram muito rastro de violência por onde passavam. Começaram no Tenesse, eles se opunham à igualdade racial, usavam capuz para não serem identificados em seus ataques e queimaram e mataram muitos negros. Em 1882, tornaram-se ilegais. Mas, em 1915, voltaram com força total. E a KKK pregava a supremacia branca pós primeira guerra mundial. Em 1930 chegaram ao número de quatro milhões de membros fizeram marchas pra extraditar os negros e tudo mais. Em 1960, eram menos, mas continuavam violentos, e matando por baixo dos panos, quando entra o Malcom-x na história pra tacar fogo no puteiro. Preparado, amadurecido e cheio de ódio branco no coração.
Então agora... E só agora, vamos falar de nossos personagens do post.
Vamos pensar como os X-Men, onde o King seria o Professor Xavier e o Malcom seria o Magneto. Na trilogia cinematográfica, cada um vê de forma diferente como combater o preconceito com os mutantes. O professor é a favor do diálogo como forma de expressão e o Magneto vê a violência como forma de defesa. Malcom nasceu em OMAHA, seus pais eram membros de uma associação comunista, (vejam post do partido comunista no Brasil e o post da Frida aqui na página), Lenin queria plantar a sementinha do comunismo no mundo todo.Seu pai era negro e sua mãe filha de um estupro de um branco, tinha a pele clara, mas, como era filha de negra e naquele momento já não "eliminavam" as vítimas de estupro, em sua certidão ela era negra e arrumava empregos como branca e era mandada embora pois em seu documento ela era negra. Por isso Malcom tinha os olhos claros. Por conta da tal KKK, a família de Malcom foi obrigada a se mudar para o Michigan. Em Michigan sua casa foi incendiada e seu pai e seus tios foram "acidentalmente" assassinados e isso já faz Malcom criar o "Ranço" pela KKK. Sua mãe tinha sete filhos, quando ficou viúva, viu que ia dar merda criar sete, arrumou um noivo, engravidou, foi abandonada e surtou de vez, foi internada em um manicômio e todos os filhos foram separados e ordenados para lares adotivos e orfanatos. Malcom foi pra uma casa de família branca e esse período foi essencial pra criar nele a ideia que um negro nunca seria tratado como uma branco nos Estados Unidos. Aos dezoito anos, abandonou a escola, apesar de notas muito altas, queria ser advogado e seu professor alertou que no máximo seria um carpinteiro, que nos Estados Unidos um Negro não podia ser. Então pensou? Tô aqui fazendo o quê? Virou um fora da Lei, praticando crimes, ligado ao jogo e aos gangsters da cidade. Aos vinte um anos, não deu outra, cadeia nele.
Já o nosso Professor Xavier ou Martin Luther King Jr, nasceu em Atlanta, era filho de um pastor evangélico e sua mãe administrava a igreja. Aos doze anos, desesperado quando a avó faleceu, pulou de uma janela do segundo andar e sobreviveu, essa foi a maior aventura de King até então. King tinha excelentes notas na escola, isso o fez pular dois anos de estudo e aos quinze anos, entrou para a Universidade no mesmo ano em que a Universidade da Geórgia quebrou o protocolo de só admitir brancos, devido a enorme quantidade de jovens que foram pra guerra e abriu uma cota para negros, assim King ingressou, terminou com Louvor aos dezenove anos o curso de sociologia. (Olha a importância da cota aí gente). Orientado pelo pai, faz teologia também. Já...nosso Magneto, está na cadeia ainda e se converte ao Islamismo(Olha a treta), seu nome que era Malcom Little, ele considera pejorativo (significa Pequeno Malcom) e troca para Malcom-X , agente multiplicador, ele seria o multiplicador de seguidores do Islã nos Guetos Americanos. Sai da prisão em 1952 e torna-se o líder mais conhecido da Nação do Islã, o queridinho do chefão, ele organiza várias frentes de reabilitação social de drogados e alcoólatras e defendia a segregação racial e pregava que os Negros tinham que defender seus espaços, mesmo com uso da violência. E King já era pastor e fez o protesto contra a segregação no caso Rosa Park, foi preso várias vezes, mas, sempre era liberado.Enquanto isso, Malcom Roda a África e vai até Meca, e recebe o nome de El-Hajj-Malik-El-Shabax quando volta, dá uma acalmada e começa a não defender mais a supremacia negra e querer igualdade.
Mas, continua querendo o direito de autodefesa. Nessa mesma época, King já fazia história e tinha um cara do FBI na cola dele, considerando-o "O negro mais perigoso do mundo". Em 1964, devido a suas ações pacifistas e a luta pelos direitos dos Negros e a liberação de verbas indenizatórias para ações sociais para compensação do tempo escravizados ganhou o prêmio Nobel da Paz. (mitou). Ele e Malcom se encontraram uma única vez, mas ambos sabiam das ações um do outro e do impacto dessas ações. Algo que os aproximava era que suas esposas tinham universidade, o que só 4% das mulheres negras tinham na época.
Embora com opiniões e ações diferentes havia um respeito pelas partes.
Em 1965, Malcom foi assassinado aos trinta e nove anos de idade, ele só andava armado, e foi assassinado com vinte e um tiros por membros do Islã, por críticas ao líder da época. Já não era mais o queridinho e tomou do próprio veneno. E três anos depois, também aos trinta e nove anos, King foi assassinado, em um hotel, quando levou um tiro na cara, vindo de uma casa do outro lado da rua, seu assassino foi preso, e disse ter agido sozinho, mas o povo acreditava em uma conspiração do Governo, e mais de quarenta pessoas morreram nos protestos que seguiram ao assassinato de King e mais de trezentas foram presas. Hoje, mais de cinquenta anos depois, os dois inspiram vários filmes, são exemplos da luta pelos direitos civis dos afro-americanos. De uma forma pacífica ou violenta, com histórias de vidas diferentes, a segunda abolição só foi possível graças a esses dois caras. O projeto pacífico de King só deu certo, porque a luta armada dos Panteras Negras e do Malcom conseguiram colocar a KKK em seu devido lugar. Ou a matança dos negros continuaria.
Enfim, a luta do Negro contra a opressão e as sequelas do regime escravocrata, ainda terão muitos capítulos nessa história. Como eu digo, temos que olhar o futuro sem se esquecer que o passado está logo ali, uma rua antes.
Igualdade é o que desejamos e mesmo Mão no tendo sido a nossa geração a causadora disso tudo, só a nossa geração, pode trazer o conhecimento à tona, para que as gerações futuras não cometam os mesmos erros.
Ufa! Que textão.
Recomendo: A história dos Estados Unidos de Leandro Karnal,
