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domingo, 20 de novembro de 2022

RELEMBRANDO O VAPOR CRUZEIRO

 RELEMBRANDO O VAPOR CRUZEIRO


Pode ser uma imagem de 1 pessoa e ao ar livre "Com o direito legal do Cel. Amazonas Araújo Marcondes em explorar a navegação comercial nos rios do Paraná com exclusividade por um prazo determinado, cuja outorga recebera da Coroa de Dom Pedro II.
O vapor Cruzeiro foi o primeiro barco a vapor a ser lançado nas águas do Rio Iguaçu. Pertencia a Amazonas de Araújo Marcondes que foi o pioneiro nessa forma de transporte fluvial. A viagem experimental (27 de dezembro de 1882), aconteceu na porção navegável desse rio que vai do município de Porto Amazonas até União da Vitória. No entanto, a inauguração oficial ocorreu em janeiro de 1883, em Rio Negro. A navegação a vapor ocorreu também nos rios: Negro, Canoinhas, Timbó e Potinga. Ela durou mais de 70 anos.
O vapor cruzeiro media 17,60m de comprimento por 5,72m de largura, Seu calado (parte submersa) era de 45,72 cm. Rebocava 5 canoas e uma grande lancha. Capacidade para 800 arrobas. Era uma embarcação rudimentar, reduzida em partes essenciais, como porões de carga, compartimento das máquinas e cozinha. A propulsão era dada por duas rodas laterais, uma de cada lado entre a proa e a popa e a potência era de 18 cavalos-vapor.
O vapor Cruzeiro foi vendido algum tempo depois para Artur de Paula e Souza, também pertenceu à Júlio de Paula mais tarde incorporado ao Lloyd Paranaense. De Antonina até Porto Amazonas, onde foi armado, foi transportado por 11 carros de bois. Levou 4 meses de Antonina até Porto Amazonas onde foi montado às margens do Iguaçu. O próprio Amazonas teria aprendido a técnica do rebite no Arsenal da Marinha no Rio de Janeiro.
Entretanto, assim, ao vê-lo nessa fotografia, pequeno e rústico, imaginamos o barulho de sua máquina, lá pelos idos de 1882, como que a anunciar o esforço imenso com que ia abrindo o caminho para o Vale do Iguaçu, um caminho pelo rio. Esse barco destemível, uniu em conjunto a economia e o social de todo um pedaço do Paraná."
(Texto de Mariano Filho / Foto: Acervo de Mariano Filho)
Paulo Grani