Generoso Marques dos Santos
- Nascido a 13 de janeiro de 1844 - Curitiba,Comarca de Paranaguá,São Paulo
- Falecido a 3 de agosto de 1928 - Curitiba,Paraná, com a idade de 84 anos
- Nascido a 13 de janeiro de 1844 - Curitiba,Comarca de Paranaguá,São Paulo
- Falecido a 3 de agosto de 1928 - Curitiba,Paraná, com a idade de 84 anos
Pais
Casamento(s) e filho(s)
- Casado a 11 de novembro de 1871, Curitiba,Paraná, com Anna Joaquina de Paula Santos †1893 tiveram
- Casado a 11 de novembro de 1871, Curitiba,Paraná, com Anna Joaquina de Paula Santos †1893 tiveram
Irmãos
- José Marques †
- Generoso Marques dos Santos 1844-1928
- José Marques †
- Generoso Marques dos Santos 1844-1928
Notas
Notas individuais
"Generoso Marques do Santos nasceu em Curitiba, a 13 de janeiro de 1844, dois anos após ser elevada à categoria de cidade. Num ambiente bucólico e acanhado, filho natural de Miguel Marques dos Santos com Generosa Chaves Marques. Foi pobre na juventude, razão para que se lhe multiplicasse os esforços, e órfão de pai desde 1848, razão para que suas preocupações o jogassem com mais força ao estudo e ao trabalho. Fez o curso de liceu com redobradas dificuldades, copiando à mão os livros que não podia comprar. Seguiu, depois, para São Paulo e matriculou-se na Faculdade de Direito aos 17 anos, em 1861, com enormes sacrifícios. Conclui-o plenamente, colando grau a 27 de novembro de 1865, ao lado de companheiros ilustres, tais como Joaquim Inácio Silveira da Motta, Emígdio Westfalen, Ubaldino do Amaral, João José Pedrosa e outros.
Casou-se a 11 de novembro de 1871, em Curitiba, com Ana Joaquina de Paula Santos, filha do cel. Benedito Enéas de Paula, falecida em 1893. Contraiu segundas núpcias com Rosalina Enéas Santos.
Vocacionado para política elegeu-se deputado provincial, pelo Partido Liberal, em 1866, um ano após a formatura, e reelegeu-se sucessivamente até o alvorecer do regime republicano, tendo exercido a presidência do Legislativo. Em 1878 foi alçado a 2ª vice-presidência da Província, já consagrado como líder de seu partido. Deputado geral de 1881-88, reeleito em 1889, sem tomar posse em virtude do novo regime. Paralelamente cumpriu notável papel na campanha abolicionista.
Eleito senador em 1890, constituinte operoso, teve seu nome sufragado, em relação indireta, pela Assembléia Legislativa, presidente do Estado nos termos da Constituição promulgada a 04 de julho de 1891, pela "União Republicana" e com apoio ostensivo do então governador provisório general Aguiar Lima, que, por isso, se incompatibilizou com os republicanos históricos. Todavia, com a renúncia do marechal Deodoro no plano nacional, a situação política nos Estados inverteu-se. Floriano, ao assumir, destituiu todos os governantes, com exceção de Lauro Sodré, do Pará. Deposto por esse ato de força, Generoso obrigou-se a passar o governo ao coronel Roberto Ferreira, comandante do distrito militar, não sem antes deitar manifesto de repúdio à medida ditatorial.
Em seguida, o marechal designou uma Junta Governativa, composta do próprio comandante do distrito e dos civis Joaquim Monteiro de Carvalho e Silva e Lamenha Lins, com a incumbência de convocar novas eleições e votar outra Constituição para o Estado. Foi, então, elaborada outra Carta Constitucional e eleito Francisco Xavier da Silva para o governo, pelo Partido Republicano Federal, sem competidores, em pleno direito.
Em dez meses de governo legal, o Paraná teve duas Constituições, prevalecendo, por fim, aquela promulgada a 07 de abril de 1892.
Deflagrada mais tarde, a Revolução Federalista que chegou às portas do Paraná em 1894, a idéia era repor o governo decaído. Teófilo Soares Gomes aclamado governador revolucionário no primeiro momento da ocupação, mas logo transferiu o poder ao médico João Menezes Dória. Generoso, aliado a Gumercindo Saraiva, esteve entre os ideólogos do movimento armado, vivendo algumas semanas de predomínio político.
Porém, com a vitória das forças legais, fiéis ao vice-presidente da Republica, sentiu-se impelido a se asilar na corveta portuguesa "Mindelo", para fugir à sanha contra-revolucionária, tendo, em seguida, viajado a bordo do navio de carga argentino "Henrique Barroso", com destino a Buenos Aires, com outros companheiros de infortúnio.
Permaneceu no exílio ate obter hábeas corpus em seu favor, junto ao Supremo Tribunal Federal, face à sua condição de senador. De volta ao Paraná, a 04 de junho daquele ano, reassumiu a direção da União Republicana. Elegeu-se, a seguir, deputado do Congresso Legislativo estadual, numa demonstração de que não declinara seu prestígio de chefe partidário.
Em 1908 seria eleito vice-presidente do Estado como conseqüência do pacto político celebrado entre antigos federalistas e republicanos (maragatos e pica-paus), uma reconciliação histórica que não durou muito tempo e que sacrificou a eleição de João Cândido Ferreira ao governo do Estado. Desse episódio resultou da vitória de Xavier da Silva, eleito outra vez presidente, e a formação do Partido Republicano Paranaense, em substituição ao Partido Republicano Federalista e a União Republicana. "A reunião de partidos com programas antagônicos, seria, talvez, o único erro político que se lhe pudesse apontar no tocante ao terreno das idéias". Manteve-se no Senado até 1926.
Na questão dos limites com Santa Catarina, seu desempenho inicial como jurista transformou-se em indignação ao discordar da decisão do Supremo Tribunal Federal, favorável ao vizinho Estado. Daí haver engrossado a fileira dos que pretendiam resistir, pelas armas, à execução da malfadada sentença.
Advogado fulgurante, poeta primoroso, tribuno eloqüente, com extraordinário poder de liderança, ora no governo, ora na oposição, somente interrompeu sua atividade política e profissional com a morte, a 8 de março de 1928. Jornalista combativo, seu talento rebrilhou nas colunas de "O Paraná", "A Federação" e a "A Reforma", onde deixou indeléveis ensinamentos doutrinários que lhe balizaram a vida pública. Seu espírito conciliador transparece nítido de uma das proclamações que publicou: "Apraz-se declarar que sou um dos fatores dessa política de amor que substitui aquela política cruel e terrível, de ódio e vinganças, em que se debatia o povo paranaense."
"Generoso Marques do Santos nasceu em Curitiba, a 13 de janeiro de 1844, dois anos após ser elevada à categoria de cidade. Num ambiente bucólico e acanhado, filho natural de Miguel Marques dos Santos com Generosa Chaves Marques. Foi pobre na juventude, razão para que se lhe multiplicasse os esforços, e órfão de pai desde 1848, razão para que suas preocupações o jogassem com mais força ao estudo e ao trabalho. Fez o curso de liceu com redobradas dificuldades, copiando à mão os livros que não podia comprar. Seguiu, depois, para São Paulo e matriculou-se na Faculdade de Direito aos 17 anos, em 1861, com enormes sacrifícios. Conclui-o plenamente, colando grau a 27 de novembro de 1865, ao lado de companheiros ilustres, tais como Joaquim Inácio Silveira da Motta, Emígdio Westfalen, Ubaldino do Amaral, João José Pedrosa e outros.
Casou-se a 11 de novembro de 1871, em Curitiba, com Ana Joaquina de Paula Santos, filha do cel. Benedito Enéas de Paula, falecida em 1893. Contraiu segundas núpcias com Rosalina Enéas Santos.
Vocacionado para política elegeu-se deputado provincial, pelo Partido Liberal, em 1866, um ano após a formatura, e reelegeu-se sucessivamente até o alvorecer do regime republicano, tendo exercido a presidência do Legislativo. Em 1878 foi alçado a 2ª vice-presidência da Província, já consagrado como líder de seu partido. Deputado geral de 1881-88, reeleito em 1889, sem tomar posse em virtude do novo regime. Paralelamente cumpriu notável papel na campanha abolicionista.
Eleito senador em 1890, constituinte operoso, teve seu nome sufragado, em relação indireta, pela Assembléia Legislativa, presidente do Estado nos termos da Constituição promulgada a 04 de julho de 1891, pela "União Republicana" e com apoio ostensivo do então governador provisório general Aguiar Lima, que, por isso, se incompatibilizou com os republicanos históricos. Todavia, com a renúncia do marechal Deodoro no plano nacional, a situação política nos Estados inverteu-se. Floriano, ao assumir, destituiu todos os governantes, com exceção de Lauro Sodré, do Pará. Deposto por esse ato de força, Generoso obrigou-se a passar o governo ao coronel Roberto Ferreira, comandante do distrito militar, não sem antes deitar manifesto de repúdio à medida ditatorial.
Em seguida, o marechal designou uma Junta Governativa, composta do próprio comandante do distrito e dos civis Joaquim Monteiro de Carvalho e Silva e Lamenha Lins, com a incumbência de convocar novas eleições e votar outra Constituição para o Estado. Foi, então, elaborada outra Carta Constitucional e eleito Francisco Xavier da Silva para o governo, pelo Partido Republicano Federal, sem competidores, em pleno direito.
Em dez meses de governo legal, o Paraná teve duas Constituições, prevalecendo, por fim, aquela promulgada a 07 de abril de 1892.
Deflagrada mais tarde, a Revolução Federalista que chegou às portas do Paraná em 1894, a idéia era repor o governo decaído. Teófilo Soares Gomes aclamado governador revolucionário no primeiro momento da ocupação, mas logo transferiu o poder ao médico João Menezes Dória. Generoso, aliado a Gumercindo Saraiva, esteve entre os ideólogos do movimento armado, vivendo algumas semanas de predomínio político.
Porém, com a vitória das forças legais, fiéis ao vice-presidente da Republica, sentiu-se impelido a se asilar na corveta portuguesa "Mindelo", para fugir à sanha contra-revolucionária, tendo, em seguida, viajado a bordo do navio de carga argentino "Henrique Barroso", com destino a Buenos Aires, com outros companheiros de infortúnio.
Permaneceu no exílio ate obter hábeas corpus em seu favor, junto ao Supremo Tribunal Federal, face à sua condição de senador. De volta ao Paraná, a 04 de junho daquele ano, reassumiu a direção da União Republicana. Elegeu-se, a seguir, deputado do Congresso Legislativo estadual, numa demonstração de que não declinara seu prestígio de chefe partidário.
Em 1908 seria eleito vice-presidente do Estado como conseqüência do pacto político celebrado entre antigos federalistas e republicanos (maragatos e pica-paus), uma reconciliação histórica que não durou muito tempo e que sacrificou a eleição de João Cândido Ferreira ao governo do Estado. Desse episódio resultou da vitória de Xavier da Silva, eleito outra vez presidente, e a formação do Partido Republicano Paranaense, em substituição ao Partido Republicano Federalista e a União Republicana. "A reunião de partidos com programas antagônicos, seria, talvez, o único erro político que se lhe pudesse apontar no tocante ao terreno das idéias". Manteve-se no Senado até 1926.
Na questão dos limites com Santa Catarina, seu desempenho inicial como jurista transformou-se em indignação ao discordar da decisão do Supremo Tribunal Federal, favorável ao vizinho Estado. Daí haver engrossado a fileira dos que pretendiam resistir, pelas armas, à execução da malfadada sentença.
Advogado fulgurante, poeta primoroso, tribuno eloqüente, com extraordinário poder de liderança, ora no governo, ora na oposição, somente interrompeu sua atividade política e profissional com a morte, a 8 de março de 1928. Jornalista combativo, seu talento rebrilhou nas colunas de "O Paraná", "A Federação" e a "A Reforma", onde deixou indeléveis ensinamentos doutrinários que lhe balizaram a vida pública. Seu espírito conciliador transparece nítido de uma das proclamações que publicou: "Apraz-se declarar que sou um dos fatores dessa política de amor que substitui aquela política cruel e terrível, de ódio e vinganças, em que se debatia o povo paranaense."
Ver árvore
Joaquim dos Anjos Pereira † Gertrudes Maria Marques dos Santos †1804
Miguel Marques dos Santos †1848 Generosa Chaves Marques
Generoso Marques dos Santos 1844-1928
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Cronologia de Generoso Marques dos Santos
- 184413 jan.
Nascimento
184825 jun.4 anosMorte do pai
187111 nov.27 anosCasamento
188112 jun.37 anosNascimento de um filho
189349 anosMorte do cônjuge
19283 ago.84 anosMorte
Antepassados de Generoso Marques dos Santos
Domingos Pereira de Avellar †1701 Maria da Estrada † Domingos Fernandes Catharina Manoel Manoel Soares †1705 Maria Paes † | - 1698 - | | | | | | | | Francisco Diniz Pinheiro † Clara Pereira Telles † Francisco Marques Lameira Domingas Fernandes Sebastião dos Santos Pereira †1760 Joanna Garcia das Neves Soares 1695- | - 1698 - | | | | | | | | Luiz Ribeiro Lopes † Angela Pereira Telles †1743 Francisco Marques Lameira † Josepha dos Santos | | | | | | Joaquim dos Anjos Pereira † Gertrudes Maria Marques dos Santos †1804 | - 1793 - | | Miguel Marques dos Santos †1848 Generosa Chaves Marques | | | Generoso Marques dos Santos 1844-1928 Descendentes de Generoso Marques dos Santos
Generoso Marques dos Santos 1844-1928 &1871 Anna Joaquina de Paula Santos †1893 | | | | Leonidas Marques 1881- Basilio Marques dos Santos Marciliano de Paula Marques & Cinira Virmond | | | Ildefonso Marques https://curitibaeparanaemfotosantigas.blogspot.com/
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