19 de maio de 1880 - O Segundo dia do Imperador D. Pedro II, em Paranaguá.

19 de maio de 1880 - O Segundo dia do Imperador D. Pedro II, em Paranaguá.
Sete horas da manhã e ele já iniciava a visita aos principais prédios públicos de Paranaguá, o que iria fazer em todas as cidades por onde passará. Os que ainda existem são: o Mercado Municipal (hoje de Artesanto), a Igreja Matriz, uma das fontes de água, e o casarão que abrigava a Alfândega (MAE). Mas ele também esteve na Capitania dos Portos, na Cadeia, no prédio onde funcionava o Telégrafo, foi em três escolas, numa fábrica de sabão e velas. Na Câmara Municipal, soube da aprovação de mudança no nome das ruas principais que passaram a se chamar, Rua do imperador (antes “Da Ordem”, hoje “ XV de Novembro” e da Imperatriz (antes “Direita”, hoje “Marechal Floriano”),. Foi numa destas visitas, na Câmara Municipal, que ele elogiou o seu próprio retrato, numa tela na parede. O historiador Davi Carneiro, no livro “A espetacular viagem de Dom Pedro II ao Paraná”, diz que o imperador ficou impressionado com a tela, hoje no acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá, nela Dom Pedro II é retratado aos 33 anos de idade. Ele também visitou o Clube Literário que não era no prédio atual, o da época sofreu um incêndio, mas a placa registra a visita. Fez doações para o hospital, que ele também visitou.
Um constrangimento neste dia: o imperador adiou a inauguração oficial dos trabalhos de construção da estrada de ferro Paranaguá - Curitiba, que na verdade já tinha começado 7 anos antes. Ele apoiava a construção da estrada e esse era um dos principais motivo da visita ao Paraná, mas segundo relatos posteriores de um jornalista que acompanhava a comitiva, reproduzidas no livro do historiador David Carneiro, Dom Pedro II não quis participar de uma cerimônia que foi agendada sem que ele soubesse, com um coquetel e até palanque para discursos. Felizes ficaram os empregados da Estrada de Ferro, foram eles que aproveitaram o farto coquetel que estava preparado ao Imperador.
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 Nilo Cairo da Silva nasceu em 12 de novmebro de 1874, em Paranaguá.

Nilo Cairo da Silva nasceu em 12 de novmebro de 1874, em Paranaguá. Ele começou a carreira no exército, estudando no colégio militar desde a adolescência e formou-se engenheiro militar pelo Estado Maior de Engenharia do Rio de Janeiro. No entanto, numa manobra que acaba rompendo seus tímpanos, ele é afastado do exército.
Mas, Nilo Cairo tinha um grande apreço pelos estudos e ensino, assim decidiu cursar medicina. Em 1904 formou-se na faculdade de medicina do Rio de Janeiro e, algum tempo depois, também em matemática e física.
Em 1906 ele volta ao Paraná, chegando em Curitiba e em 1912 funda a Universidade do Paraná (atual UFPR) junto de Dr. Victor Ferreira do Amaral. Nilo passa a ser professor em diversas cadeiras no curso de medicina da universidade, mas pouco tempo depois, com o sucesso dos trabalhos de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, a homeopatia (vertente de Nilo Cairo) perde força para a bacteriologia.
A Santa Casa, na época o hospital escola da universidade, voltou-se para a linha de Louis Pasteur, que ia diretamente contra as teorias homeopáticas. Desiludido, Nilo abandona a vida universitária, muda-se para o interior de São Paulo e se dedica à agricultura, escrevendo livros sobre a saúde do campo, em que criticava a visão do caboclo doente, de Monteiro Lobato.
Defensor do ensino e da liberdade na educação, o médico paranaense resolve retornar ao seu estado de origem para continuar lecionando na universidade, nas cadeiras de fisiologia e patologia geral. Em 1928 falece de problemas estomacais, e no mesmo ano criou-se a medalha Nilo Cairo de excelência acadêmica, concedida ao melhor aluno da turma de medicina. O primeiro a receber esta medalha foi o Dr. Antenor Pamphilo dos Santos, o primeiro médico negro formado pela UFPR.
Suas teses estão disponíveis no MHMPR e na UFPR.
 1. Nilo Cairo, fotógrafo desconhecido.