segunda-feira, 6 de junho de 2022

Vista aérea do Terreno destinado para a construção do Complexo da Reitoria da Universidade Federal do Paraná e adjacências - Provável década de 50 *** Fonte - acervodigital.ufpr.br

 Vista aérea do Terreno destinado para a construção do Complexo da Reitoria da Universidade Federal do Paraná e adjacências -
Provável década de 50
*** Fonte - acervodigital.ufpr.br


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***Bairro do Capanema, na neve de 1975, ao fundo o Moinhos Anaconda ***

 ***Bairro do Capanema, na neve de 1975, ao fundo o Moinhos Anaconda ***


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***Igreja Santo António, no Bairro Boa Vista, em obras *** ***Década de 1950. ***

 ***Igreja Santo António, no Bairro Boa Vista, em obras ***
***Década de 1950.
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ANTONINA, NO SEU TEMPO "Antes da abertura dos portos do Brasil, em 1808, a economia antoninense era simples e primária, voltada para a própria subsistência e venda do excedente da produção ao mercado interno, gerando uma modesta navegação de cabotagem.

 ANTONINA, NO SEU TEMPO
"Antes da abertura dos portos do Brasil, em 1808, a economia antoninense era simples e primária, voltada para a própria subsistência e venda do excedente da produção ao mercado interno, gerando uma modesta navegação de cabotagem.


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Autografia de Narciso Figueras, 1888, Engenho Central de Antonina
Casa da Memória de Curitiba

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Baía de Antonina, em 1880, em desenho de Marcos Leschaud.
Foto: acervo Portos do Paraná

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Praça Central de Antonina, década de 1910.
Foto: Acervo PM de Antonina

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Estação ferroviária de Antonina, década de 1930.
Foto: Antigamente Antonina

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Grandes trapiches da Matarazzo, porto de Antonina, década de 1930.
Foto: Acervo Portos do Paraná

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Mercado Municipal de Antonina, década de de 1930.
Foto: Acervo Portos do Paraná
Terraço do Mercado Municipal de Antonina, década de 1930.
Foto: Antigamente Antonina

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Terraço do Mercado Municipal de Antonina, década de 1930.
Foto: Antigamente Antonina

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Vapor Iraty atracado no trapiche da empresa Guilherme Weiss, década de 1920.
Foto: Acervo Portos do Paraná

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Vista aérea do Porto de Antonina, década de 1950.
Foto: Acervo Portos do Paraná

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Vista parcial dos atracadouros do Porto de Antonina, década de 1930.
Foto: Acervo Portos do Paraná

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Vista parcial dos atracadouros do Porto de Antonina, década de 1930.
Foto: Acervo Portos do Paraná

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Vista parcial dos atracadouros do Porto de Antonina, década de 1930.
Foto: Acervo Portos do Paraná

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Vista parcial dos atracadouros do Porto de Antonina, década de 1930.
Foto: Acervo Portos do Paraná

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ANTONINA, NO SEU TEMPO
"Antes da abertura dos portos do Brasil, em 1808, a economia antoninense era simples e primária, voltada para a própria subsistência e venda do excedente da produção ao mercado interno, gerando uma modesta navegação de cabotagem.
A primeira metade do século 19 marcou um novo momento para a recém-criada Vila de Antonina: a reabertura do Caminho da Graciosa a levou a um impulso econômico novo, ligado ao comércio e atividades tímidas de embarque e desembarque de produtos. Esta maior inserção de Antonina no eixo de escoamento da produção paranaense levou ao impulso comercial e urbano, chegando a aproximadamente 3.310 habitantes, em 1835. Através do Caminho da Graciosa (hoje PR-410), os tropeiros vindos do interior desciam até o litoral carregados (principalmente de erva-mate e madeira) por ser esta uma via de inclinação mais suave e voltavam pelo Caminho do Itupava, mais íngreme, porém mais curto e rápido, possibilitando a passagem da volta da tropa, com nenhuma ou pouca carga.
A partir de 1820, com a implantação de engenhos de erva mate para exportação, o incremento de atividade portuária levou a um rápido crescimento urbano e provocou uma redução da ordenação linear ao longo dos caminhos com foco na Matriz. Com a abertura de novas ruas, a construção das igrejas de São Benedito e de Bom Jesus do Saivá, do primeiro trapiche e do mercado de Antonina, criaram-se novas centralidades urbanas.
O desenvolvimento da região próxima à Baía consolidada principalmente durante a pavimentação da estrada da Graciosa, deslocou, parcialmente, a vida social da cidade, dado o movimento de embarque e desembarque do porto e das atividades comerciais na Rua XV de Novembro (ainda Rua do Imperador, nesse momento). Esse deslocamento explica, de certa forma, um maior crescimento no sentido norte, verificado pela presença de significativo número de construções de tipologia luso-brasileira próximos à Fonte da Carioca, já junto aos morros que separam o Centro Histórico da região do Portinho.
Obras para tornar o Caminho da Graciosa carroçável e a construção da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, na segunda metade do Século 19, intensificaram a comunicação entre Antonina e as demais cidades paranaenses. Em 21/01/1857, pela Lei Provincial n.o 14, a então Vila de Antonina, foi elevada à categoria de cidade.
Em relação à Paranaguá, Antonina era um porto secundário, mas documentos do período 1869-1872, destacam o desenvolvimento do porto mais acelerado e indicando no último ano valores de exportação superiores à instalação de Paranaguá, devido ao acesso facilitado pela Estrada da Graciosa. Estes fatores acabam por gerar processos de disputas entre comerciantes e políticos de Antonina, Morretes e Paranaguá, pela hegemonia dos portos e pelos “caminhos de ferro” no final do século 19.
Esta disputa fez com que Antonina recebesse as linhas férreas que ligavam o litoral a Curitiba mais tardiamente que Morretes e Paranaguá. Porém a cidade manteve sua influencia portuária devido ao baixo rendimento econômico da erva-mate (principal produto paranaense) neste período, somado aos valores altos dos fretes da linha férrea que era preterida em relação ao baixo custo da tração animal via Estrada da Graciosa com destino ao Porto de Antonina.
Com a chegada dos trilhos da ferrovia, outro ponto polarizador da ocupação urbana surgiu, inicialmente com a implantação da estação no final da Rua Coronel Marçalo. A partir da antiga estação havia trilhos ao longo da referida rua até o porto, onde as cargas eram embarcadas em vários trapiches particulares. Com isso, a parte norte acaba agregando grande número de barracões de armazenagem (a região da Rua Theófilo Soares Gomes era um grande pátio de cargas até as primeiras décadas do século 20).
No início da década de 1910 a escolha do atracadouro de Itapema, local apontado como ideal para um porto dedicado às Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM) acabou por fazer a disputa regional pender para Antonina. A ação audaciosa do Conde Matarazzo se estendeu também à compra das instalações do concorrente Moinhos Santista, que na mesma época estava se instalando em Paranaguá. As instalações adquiridas foram mantidas fechadas para não atrapalhar a empresa instalada em Antonina. Compostas de porto de embarque e desembarque, vila para funcionários, extensão do ramal ferroviário e indústria de processamento de sal, açúcar e trigo, a serem comercializados no mercado interno, o empreendimento em Antonina representou ao longo do século 20 o principal empregador da cidade.
Devido a todo o cenário mundial de guerra e crise na década de 1920, baixa nas exportações brasileiras e a desequiparação dos fretes cobrados na Estrada de Ferro do Paraná favorecendo Antonina, o porto da cidade cresceu extraordinariamente e se tornou em 1926, o 4º maior porto exportador do país, enquanto Paranaguá apresentou apenas a 7ª posição.
Nesse momento, a conformação colonial do Centro Histórico começou a ser contraposta por dois eixos: um formado ao longo da Av. Francisco Matarazzo até o bairro de Itapema e outro, em direção à Morretes, junto da Av. Thiago Peixoto, onde se forma o bairro do Batel.
A partir da década de 1930 um novo desfecho ocorreu na disputa da hegemonia entre os portos paranaenses. A opção pública pelo Porto de Paranaguá ficou clara e o porto de Antonina iniciou sua fase de decadência definitiva. Além dos investimentos no terminal concorrente, o antoninense começa a sofrer as consequências da não realização das pequenas melhorias necessárias, expostas pelo Barão de Teffé, que 50 anos antes havia realizado o relatório que baseou o investimento do Conde Matarazzo na região.
Décadas depois, com a construção da BR-277, a vantagem da menor distância rodoviária de Antonina foi relativizada. A nova estrada ligando Curitiba diretamente a Paranaguá foi entregue em 1970 com duas pistas de ida e volta e mais extensas que o antigo Caminho da Graciosa, proporcionando um melhor tráfego de veículos automotores.
Por fim, o mais duro golpe à economia local, foi em 1972, com o encerramento das atividades das Indústrias Reunidas Matarazzo. A grande quantidade de desempregados, somadas às dificuldades de manutenção das construções antigas, já degradadas, leva parte significativa da população a se deslocar das regiões centrais e dos dois eixos de crescimento (Itapema e Batel), ocupando irregularmente área de marinha no Portinho e na Ponta da Pita. "
(Extraído de: tecnologia.ufpr.br / Tese: Porto Matarazzo e a Produção da Cidade de Antonina, de Alana Klein)
Paulo Grani

HISTÓRIA DA COLÔNIA POLONESA DO ORLEANS Os imigrantes poloneses que chegaram a Curitiba a partir da década de 1870 foram instalados em áreas pré-divididas e destinadas à produção agrícola, eram as chamadas colônias.

 HISTÓRIA DA COLÔNIA POLONESA DO ORLEANS
Os imigrantes poloneses que chegaram a Curitiba a partir da década de 1870 foram instalados em áreas pré-divididas e destinadas à produção agrícola, eram as chamadas colônias.


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HISTÓRIA DA COLÔNIA POLONESA DO ORLEANS
Os imigrantes poloneses que chegaram a Curitiba a partir da década de 1870 foram instalados em áreas pré-divididas e destinadas à produção agrícola, eram as chamadas colônias.
Essas colônias foram destinadas para receber famílias de imigrantes que se dedicariam ao trabalho rural e que também morariam nessas terras; cultivariam os gêneros alimentícios que se encontravam em escassez na região e favoreceriam o povoamento das terras desabitadas no estado, como estimavam os chefes do governo local.
A Colônia Orleans foi fundada em dezembro de 1875, por iniciativa da Província do Paraná, e ficava situada a 10 km do centro de Curitiba, às margens da antiga Estrada do Mato Grosso (atual BR 277), e recebeu esse nome em homenagem ao esposo da Princesa Isabel - o Conde Luiz Felipe de Orleans - conhecido como Conde D’Eu.
A divisão inicial da colônia foi uma demarcação de 66 lotes, que no início de 1876 recebeu 63 famílias, totalizando 249 habitantes cuja maior parte era originária da Polônia Prussiana. Viviam na colônia alguns imigrantes de outras nacionalidades, que eram remigrados de outras colônias. Com o tempo, esses imigrantes não poloneses acabaram transferindo seus lotes aos poloneses vizinhos e mudando-se do Orleans.
Sobre a vida cultural e religiosa da comunidade imigrante em Orleans há que prestar informações sobre as duas principais instituições: a Igreja e a Escola.
A primeira capela, construída em 1876 era toda de madeira, em 1876, e atendia as necessidades religiosas básicas desses imigrantes poloneses. Em 1880, ela foi demolida e construída em alvenaria outra Igreja que atendia tanto à Orleans como ao Santo Inácio. Quando o Imperador D. Pedro II esteve de passagem pela região, prometeu e mandou entregar presentes aos colonos: dois sinos para a igreja ainda em construção e uma imagem de Santo Antônio. No ano de 1906, a capela de Orleans foi elevada ao status de Paróquia de Santo Antônio de Orleans.
Entre todas as colónias fundadas em 1876, a colónia Orleans foi a mais favorecida pelo governo do ponto de vista cultural. 0 Presidente da Província criou a 08/10/1876, a primeira escola publica polonesa no Brasil, nomeando para ela o professor polonês Jerônimo Durski, mais tarde intitulado "pai das escolas polonesas".
Com o crescimento das colônias polonesas na região oeste de Curitiba e o acompanhamento direto da produção agrícola sendo feito pelo governo da Província, a prefeitura da capital opta por criar um distrito administrativo. Em agosto de 1892, a Câmara Municipal de Curitiba assina um decreto criando o Distrito Administrativo de "Nova Polônia". Este distrito funcionou por 46 anos - de 1892 até 1938.
Este distrito reunia as colônias polonesas próximas à antiga estrada do Mato Grosso, na parte oeste da capital (Orleans, S. Inácio, Riviére, D. Pedro, D. Augusto e Tomás Coelho – todas fundadas durante o período de Lamenha Lins). O registro acerca da criação de tal distrito se faz presente nos textos de Wachowicz (1976 b) e de Colodel (1983) em que este último autor trata sobre a colônia D. Augusto (atual bairro Augusta, próximo à Orleans na região oeste de Curitiba).
(Fonte: acervodigital.ufpr.br / Foto: Acervo Paulo José Costa)
Paulo Grani

domingo, 5 de junho de 2022

Lanchonete Kharina, antiga loja que existia na Avenida Batel, logo após a Pracinha. Década de 1970

 Lanchonete Kharina, antiga loja que existia na Avenida Batel, logo após a Pracinha.
Década de 1970


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A Polícia Feminina da PMPR foi criada em 1977. O primeiro curso iniciou-se com quarenta e duas voluntárias.

 A Polícia Feminina da PMPR foi criada em 1977. O primeiro curso iniciou-se com quarenta e duas voluntárias.


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A seleção das candidatas foi acompanhada pela Coronel Janete Ribeiro Fiuza, a Capitão Denize Della Nina, e as Sargentos Neide de Alvarenga e Vera Lúcia Claudina, da Polícia Feminina da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP)

A POLÍCIA FEMININA DA PMPR
A Polícia Feminina da PMPR foi criada em 1977. O primeiro curso iniciou-se com quarenta e duas voluntárias. A seleção das candidatas foi acompanhada pela Coronel Janete Ribeiro Fiuza, a Capitão Denize Della Nina, e as Sargentos Neide de Alvarenga e Vera Lúcia Claudina, da Polícia Feminina da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP)
Para a inscrição no curso se exigiu que as candidatas fossem solteiras, viúvas ou desquitadas, sem encargos de família e com idade entre dezoito e trinta anos.
Esse primeiro pelotão recebeu a denominação de Anita Garibaldi e o curso encerrou-se com vinte e sete policiais formadas. Todas elas foram promovidas a 3° Sargento em 16 de junho de 1978; exceto as quatro primeiras colocadas: Rita, Ezilda, Iracema e Juliana, as quais foram promovidas a 2º Sargento.
Originalmente a Lei de Organização Básica da PMPR previa para a PFem “A execução do policiamento feminino, atuando na Segurança Pública, principalmente à proteção de menores, mulheres e anciãos”.
A Polícia Feminina iniciou suas atividades realizando policiamento na Rodoferroviária de Curitiba, Agência Central dos Correios, Biblioteca Pública e Aeroporto Internacional Afonso Pena. E, eventualmente, nos museus, parques, exposições, e outros locais públicos; bem como, no carnaval de rua e nos estádios de futebol. Entretanto logo assumiu outras modalidades de policiamento da PMPR.
(Fotos: Arquivo Público do Paraná, Acervo PMPR)
Paulo Grani.

sexta-feira, 3 de junho de 2022

"A família Madalosso veio para Curitiba em 1949, para o cultivo da uva e a produção de vinhos. Na realidade, onde hoje se encontram os restaurantes Madalosso, era tudo plantação de uvas. Até 1963, embora sofrendo as variações do clima, a família se dedicou à vinícola.

 "A família Madalosso veio para Curitiba em 1949, para o cultivo da uva e a produção de vinhos. Na realidade, onde hoje se encontram os restaurantes Madalosso, era tudo plantação de uvas. Até 1963, embora sofrendo as variações do clima, a família se dedicou à vinícola.

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ENTRANDO NO RESTAURANTE MADALOSSO
"A família Madalosso veio para Curitiba em 1949, para o cultivo da uva e a produção de vinhos. Na realidade, onde hoje se encontram os restaurantes Madalosso, era tudo plantação de uvas. Até 1963, embora sofrendo as variações do clima, a família se dedicou à vinícola.
Nesse ano, porém, às vesperas de Natal, uma chuva de pedra muito violenta acabou com todos os seus parreirais, foi a gota d'água para o abandono da lavoura e ingresso da família no ramo de restaurantes. Na sala da casa onde moravam, com capacidade para vinte e dois lugares, começava o Restaurante Madalosso.
O Madalosso nasceu em 1963, com apenas três mesas. O sr. Antonio Domingos Madalosso e a sra. Rosa Fadanelli Madalosso começaram servindo quatro pratos: risoto, frango à passarinho, polenta frita e salada de radite (radiche em italiano) com bacon. Iniciaram com o frango e a polenta frita, porque os dois restaurantes que já existiam, o Iguaçu e o Cascatinha, já estavam trabalhando com esses pratos mais do agrado do brasileiro, de maneira geral.
O casal Madalosso oferecia, também, pratos especiais, feitos sob encomenda, para os funcionários de empresas do centro da cidade, principalmente os do Banco do Brasil, primeiros fregueses do restaurante. Dona Rosa na cozinha preparava então pacas recheadas, pombos e sempre o tradicional risoto e o frango à passarinho. Depois, na continuidade, acrescentaram: frango prensado, lasanha na manteiga e ao sugo, espaguete à bolonhesa, espaguete na manteiga, espaguete ao alho e óleo, canelone de frango, ravioli, nhoque e ainda miúdos de frango como aperitivo.
Segundo o sr. Carlos Roberto Madalosso: "Todos esses pratos que vieram se incorporando ao cardápio, ao longo dos anos, foram mais por uma exigência dos clientes que vinham pedindo uma massa. Não foi realmente criatividade nossa, foi uma solicitação do cliente.
A clientela do Madalosso, desde o início, era proveniente do centro de Curitiba. Essas pessoas é que sempre movimentaram o restaurante, repetindo a freqüência, diversas vezes dentro do mês. Nos fins de semana a incidência maior foi sempre das famílias e durante a semana, apenas dos homens, principalmente de negócios. Os turistas também sempre se fizeram presentes, chegando em vários ônibus, principalmente nos feriados e nos meses de férias."
Para o sr. Carlos Roberto Madalosso, "o sucesso do Restaurante Madalosso, tanto do Velho Madalosso, inaugurado em 1964, quanto do Novo Madalosso, inaugurado cinco anos depois, com 340 lugares, deve-se à preocupação exagerada no bom atendimento e na qualidade do alimento.
Minha mãe Rosa e minha irmã Flora, viveram dia e noite dentro da cozinha, junto com os cozinheiros, em cima dos fogões, preparando os molhos, toda a principal parte. E fizeram isso como se fizessem na nossa casa, com amor! [...] Nós, os irmãos Madalosso, sempre demos atendimento no salão de forma muito especial. Cada mesa tinha realmente um atendimento personalizado. A gente fazia coisas extremas para poder agradar o cliente. Nunca fomos ambiciosos, no sentido de querer saber quanto ganhávamos no final do mês, em dinheiro. Nós sempre queríamos saber quantas pessoas tínhamos atendido e se nós tínhamos atendido bem essas pessoas."
Nesse atendimento personalizado destaca-se um funcionário, Ernâni Ribas do Valle, que trabalha no restaurante desde o início. Uma reportagem publicada no jornal O Estado do Paraná (26/11/1995) retrata bem a importância dessa pessoa que, hoje, é personagem inseparável da história do Madalosso: "Ernâni Ribas do Valle continua hoje um 'faz tudo'. Treina garçons, fiscaliza a qualidade dos alimentos, atua como maître, ajuda na escolha dos fornecedores ... O seu forte, porém, é atender os novos e velhos clientes, principalmente estes últimos. Tem muita gente que vai ao Madalosso só por causa do 'Gordo', como é conhecido. Sempre sorridente e atencioso, circula entre os freqüentadores com seus 120 quilos, como se estivesse em sua sala de estar. Dos clientes mais antigos sabe a mesa que preferem, a hora que chegam e a conversa que gostam. A sua dedicação é reconhecida."
Freqüentador decano, o desembargador de justiça aposentado. Guilherme de Albuquerque Maranhão, resume o sentimento dos fregueses mais antigos: 'O Ernâni é o símbolo da casa, sem ele não é mais o MADALOSSO' ".
Em seus trinta anos de trabalho com restaurantes, a Família Madalosso investiu bastante, inclusive em marketing. No início dos anos 1970, fez propaganda maciça em rádio, TV e jornais e espalhou vários out-doors pela cidade, principalmente nas rodovias. Depois de atraído, o importante é a fixação do cliente. Aí entra o atendimento, diz Ernâni (O Estado do Paraná, 26/11/1995).
As dependências onde estão instalados os restaurantes Novo e Velho Madalosso foram ampliadas e novas casas foram criadas: Restaurante Don Antonio e Família Fadanelli. todas com intenso movimento.
O Restaurante Novo Madalosso entrou para o livro dos recordes, o Guiness Book 1995, como o maior restaurante do Brasil e o segundo maior do mundo, com capacidade para 4.645 pessoas."
(Extraído e adaptado do livro: Gosto, prazer e sociabilidade : bares e restaurantes de Curitiba, 1950-60, de Maria do Carmo Marcondes Brandão Rolim / Fotos: Internet)
Paulo Grani