quarta-feira, 26 de abril de 2017

ponte-são-joão-morretes


Possui 112 metros de extensão, divididos em 4 vão, o maior com 70 m, sendo a ponte mais longa da ferrovia e também a mais alta pois seu vão central está a 55 metros de altura em relação ao fundo da grota do Rio São João, o equivalente a um edifício de 24 andares. É a ponte mais longa e também a mais alta da ferrovia.
O livro "Uma viagem de 100 anos: Ferrovia Paranaguá-Curitiba, 1885 – 2 de fevereiro – 1985" contem nas páginas 139-140 a explicação seguinte do engenheiro Teixeira Soares:  “Os três vãos pequenos são vencidos com vigas de alma cheia. Só o vão central é de treliça. Assenta sobre pilares de ferro batido, apoiados em base de alvenaria de pedra. A estrutura metálica é fabricada na Bélgica. Fornecemos os perfis do terreno natural e do greide. Eles projetam cada ponte ou viaduto de acordo com o trem de carga especificado. Aqui fazemos a montagem, que não é fácil. Para muita gente pode parecer desperdício pilares metálicos, se estamos rodeados de granito e de gnaisse em abundância. Acontece que a experiência europeia concluiu que, a partir de 30 metros, o ferro torna-se mais econômico do que a alvenaria de pedra. O alojamento e a manutenção do numeroso pessoal necessário à execução de importantes maciços de alvenaria acarretam dificuldades. Embora isso, os pilares metálicos devem ser embutidos em bases de alvenaria, com certa altura. Não só impedem que a unidade provoque a corrosão do metal, como evitam que suba até a estrutura metálica. Para vãos inferiores a 15 metros, os europeus recomendam vigas de alma cheia. Mais afoitos, os americanos as empregam até vãos de 35 metros. Seu inconveniente é a rebitagem. Trabalho insano. Como estamos sujeitos ao mercado europeu, acima de 15 metros usamos vigas em treliça, a exemplo do vão central. As treliças simples são três. Em “V”, conhecidas por vigas ‘Warren’, do nome do engenheiro inglês que primeiro as usou no seu país. Em “N”, ou Monier, nome do engenheiro belga que as patenteou em 1858, na Alemanha. Finalmente as Neville, nome tirado do engenheiro americano que as inventou, mas que não passam de um tipo misto das anteriores. Aqui, dada a extensão do vão, os belgas projetaram uma treliça múltipla dupla. Nesta ponte foram consumidos 3.242 metros cúbicos de alvenaria de pedra e 442 toneladas de ferro."
A ponte foi o último desafio da ferrovia, pois intensas chuvas paralisavam as obras. Começou a ser construída no início de 1882, foi inaugurada em 26 de junho de 1884. Em 1944 ela recebeu um cavalete de reforço no maior dos vãos.
O Paraná da segunda metade do século 19 encarava dois desafios: garantir que a economia mantivesse o ritmo crescente e assegurar uma comunicação eficiente com o interior da província. A erva-mate foi a força motriz que contribuiu para que o Paraná conquistasse sua emancipação em 1853. Na época, um dos grandes desafios foi assegurar o escoamento adequado do produto para os portos do litoral. A solução apareceu com a ferrovia.
A linha de Paranaguá a Curitiba da Estrada de Ferro do Paraná, no Brasil, foi construída entre 1880 e 1884. A obra foi dividida em três partes: de Paranaguá a Morretes, de Morretes a Roça Nova, e de Roça Nova a Curitiba. A equipe de construção foi chefiada pelo engenheiro João Teixeira Soares. A construção foi um marco na engenharia brasileira, pois envolvia cruzar a Serra do Mar. Em 1917 um escritor britânico descreveu essa linha: “O ponto mais alto chega a 3.122 pés (952 metros), após uma subida de 40 quilômetros... Com bitola de 1 metro, o trilho serpenteia engenhosamente uma série de contrafortes e espigões laterais, terminando num arriscado espetáculo ao longo dos penhascos da parte superior da Serra sobre viadutos que se destacam sobre precipícios de 1.000 pés (305 metros). São raros os trechos com 50 metros de trilhos sem uma curva, e as vistas para o mar são particularmente magníficas”.
Em 1870, o Império recebeu um pedido de concessão para a construção de uma ferrovia que ligasse o Litoral ao planalto curitibano. Francisco Monteiro Tourinho, Antonio Pereira Rebouças Filho e Maurício Schwartz, que tinham construído a Estrada da Graciosa, eram os responsáveis pela solicitação da concessão. A ideia era que a linha partisse de Antonina rumo à capital da província. O decreto de 10 de janeiro de 1871 deferiu o pedido de concessão.
Mas, a decisão acirrou os ânimos de outra importante cidade litorânea. Paranaguá não aceitava a decisão. O Visconde de Nacar e a família Correia, influentes politicamente, desejavam que o quilômetro zero estivesse em terras parnanguaras.
A pressão política não tardaria a surtir efeito. Os embates e disputas entre as cidades, a província e a Corte se arrastaram por quase quatro anos, até que um decreto imperial de 1.º de maio de 1875 pôs fim à discussão: o trem partiria de Paranaguá. O argumento utilizado para renegar Antonina foi a profundidade de sua baía, que não comportaria navios de grande porte.
Quando tudo parecia pronto para que as obras finalmente andassem, o recurso financeiro pesou contra. Vale destacar que o orçamento do governo imperial estava comprometido devido à participação do Brasil na Guerra do Paraguai. A conclusão do Império foi que os capitais nacionais seriam insuficientes.
A Corte solicitou uma nova análise do traçado, que havia sido feita por Antonio Rebouças. A ideia era verificar outra opção que fosse mais negociável com empresas estrangeiras. Em 1877 foi aprovado um novo traçado baseado nos originais de Rebouças e com adaptações dos engenheiros Rodolpho Alexandre Helh e Luiz da Rocha Dias.
Em 12 de agosto de 1879 foi autorizada a transferência da concessão para a Compagnie Générale de Chemins de Fer Brésiliens, de capital francês. Por não ser da área de engenharia, ela contratou uma empresa especializada, a belga Societé Anonyme des Travaux Dyle et Bacalan.
Em 5 de junho de 1880, Dom Pedro II lançou, em Paranaguá, a pedra fundamental da construção, mas as obras estavam em andamento desde 20 de janeiro. Diversos desafios tiveram de ser superados, principalmente os sete quilômetros entre os rios Itupava e Ipiranga, que costeavam os paredões íngremes dos conjuntos Marumbi e Cadeado. Ao longo do trecho da Serra do Mar, ao menos três obras merecem destaque: o Túnel de Roça Nova, o Viaduto do Carvalho e a Ponte São João.
O último grande desafio foi a ponte, inaugurada em 26 de junho de 1884. Com a estrutura concluída, foi possível levar de trem o resto do material para terminar o restante da ferrovia.
Nessa época, as obras estavam atrasadas e o governo imperial prorrogou a data de conclusão por mais um ano: 30 de junho de 1885. A companhia francesa conseguiu terminar a ferrovia antes da nova data limite, possibilitando a inauguração da estrada de ferro em 2 de fevereiro de 1885.
Estrada de ferro
Inaugurada há mais de 130 anos, a ferrovia Paranaguá-Curitiba deve sua existência às manobras políticas do governo imperial, que driblou interesses divergentes e a falta de recursos para destravar a ligação definitiva entre a capital e o Litoral da então província do Paraná. Foram quinze anos de espera até que as primeiras marias-fumaças dessem o ar da graça.
A hoje centenária estrada de ferro continua sendo uma referência por sua engenharia ousada, importância econômica e pela beleza de suas estruturas, que rasgam a Serra do Mar por meio de túneis abertos no coração da rocha, pontes que parecem flutuar no vazio e curvas sobre penhascos que desafiam os espíritos mais corajosos.
Fontes
Foto:
preto branco: Marc Ferrez 
colorida: Elias Storms, otoubro 2015

terça-feira, 14 de março de 2017

ALGUMAS FOTOS ANTIGAS DO MUNICÍPIO DE COLOMBO


(IGREJA MATRIZ DE COLOMBO, EM 1912)
(IGREJA MATRIZ - 2010)
(RUA XV DE NOVEMBRO - DESFILE DA FESTA DA UVA, SEM DATA)

(RUA XV DE NOVEMBRO - DIA DE FLUXO NORMAL)


(PRIMEIROS CARROS DE COLOMBO, SEM DATA)

Um pouco da história visual da belíssima Curitiba, em fotografias publicadas nos primórdios do século XX, como as que seguem...

CURITIBA (PR) - 1929

CURITIBA (PR): "A Natureza vencida pelo homem. Curityba e os seus 800 metros de altitude nos empolgam com a imponencia de suas paysagens coloridas de um verde bizarro e sumptuoso" (SIC) - Revista da Cidade, abril de 1929

Os lindos campos do Paraná (ano: 1929)

CURITIBA (PR) - Recepção a Afonso Pena, no ano de 
1906

CURITIBA (PR) - "Grupo de "vivandeiras" - moças da mais disticta sociedade de Corytiba - que se agregaram ao "Tiro Rio Branco" daquela capital, onde prrestaram solemne juramento de bem servir a Pátria, com grande enthusiasmo de seus jovens camaradas" (SIC) - Revista "A Cigarra", edição de 1918
CURITIBA (PR) - Fotografias tiradas por ocasião de uma campanha sanitária contra a febre tifóide, realizada pela comissão científica paulista, sob a direção do dr. Theodoro Bayma, diretor do Instituto Bacteriologico de São Paulo. Em cima: O edifício da Universidade do paraná, onde foi instalado o laboratório dos especialistas; no meio: Médico, políticos, entre outros, dentre os quais, Afonso de Camargo, na época, o presidente do Estado do Paraná; embaixo: vista do laboratório instalado na Universidade, vendo-se, sentado, o dr. Teodoro Bayma, e, em pé, seus auxiliares (ano: 1917)

O Salto de Sete Quedas era a maior cachoeira do mundo em volume de água

O Salto de Sete Quedas era a maior cachoeira do mundo em volume de água, que desapareceu com a construção do lago da usina hidrelétrica de Itaipu.
No entanto resquícios dela reaparecem quando o nível de água da usina está baixo.
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Quem me enviou essas fotos foi um ouvinte da Rádio Eldorado, Wanderley Duck, que é também um grande pesquisador de fatos interessantes que acontecem em várias partes do mundo.
Como pode um país ter desprezado patrimônio natural tão rico?
Apesar do nome, o Salto de Sete Quedas, era constituído por 19 cachoeiras principais, sendo agrupadas em sete quedas.
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Recordistas mundiais em volume d'água, as Sete Quedas eram o principal atrativo turístico de Guaíra, cidade que, à época, chegou a ter 60 mil habitantes, rivalizando em importância com Foz do Iguaçu. Atualmente, a população desta cidade é inferior a 30 mil pessoas.
Vivia-se o regime militar e o presidente João Batista Figueiredo anunciou que nada poderia fazer por Sete Quedas, visto que a construção da hidrelétrica era mais importante.
O anúncio de destruição daquela paisagem levou milhares de turistas a Guaíra e em 17 de Janeiro de 1982, ocorre a queda de uma ponte utilizada para a travessia de turistas e 32 pessoas morreram.
A investigaçao apontou para uma dupla causa: primeiro, a falta de cuidado com a manutenção das pontes sob a presunção de que em breve as Sete Quedas seriam inundadas; e depois, o aumento descontrolado da visitação, pois todos queriam ver os saltos antes de seu desaparecimento para a formação do lago de Itaipu.
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De acordo com levantamentos altimétricos a primeira ponte - a do Saltinho - ficava a 204 metros acima do nível do mar, o que significa que o lago formado pela represa de Itaipú, ao atingir sua cota que é de 220 metros acima do nível do mar, deixaria esta ponte sob 16 metros abaixo d'água.
Em 13 de outubro de 1982, o fechamento das comportas do Canal de Desvio de Itaipu começava a sepultar, com as águas barrentas do lago artificial, um dos maiores espetáculos da face da Terra: as Sete Quedas do Rio Paraná ou "Saltos del Guaíra".
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"Sete Quedas por nós passaram,
E não soubemos, ah, não soubemos amá-las...
E todas sete foram mortas,
E todas sete somem no ar...
Sete fantasmas, sete crimes,
Dos vivos golpeando a vida,
Que nunca mais renascerá..."
(Carlos Drummond de Andrade)
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Wanderley Duck pede para esclarecer que ele não é o autor das fotos, mas um amigo próximo que não revelou o nome. Vale o registro.
Se puder comente comigo essas fotos.
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VEJA A LINHA DO TEMPO DO PRIMEIRO SISTEMA DE CAPTAÇÃO E ABASTECIMENTO DE ÁGUAS DE CURITIBA E DO PARANÁ.

LINHA DO TEMPO

VEJA A LINHA DO TEMPO DO PRIMEIRO SISTEMA DE CAPTAÇÃO E ABASTECIMENTO DE ÁGUAS DE CURITIBA E DO PARANÁ.

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Em Agosto deste ano, foi assinado contrato entre o Governo da Provincia e Dr. Joaquim Rodrigues Antunes, para estudos de um Sistema de Abastecimento de Água potável para a cidade de Curytiba. Previa o atendimento a 20.000 "almas".
1880
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No relatório do Governo da Provincia deste ano, constam duas prorrogações para entrega do estudo iniciado em 1880: de 6 meses e mais uma dilação de prazo de mais 1 ano.
Em 16 de Fevereiro deste ano, foi lançado a minuta de estudos para indicação de local para captação de águas.
Nesta época, além de algumas nascentes no centro da cidade, a água era fornecida pelos Aguadeiros ou Pipeiros, que comercializavam o precioso líquido. 
1881
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Em relatório do Governo da Provincia, consta a indicação do local da captação de água:
"... O manancial escolhido será captado a pequena distância do túnel da Roça Nova, no kilometro 80 da E. de Ferro Paranagua a Curityba..."
Em 13 de Abril deste ano, foi assinado contrato para construção da Rede de Esgotos e de Abastecimento de Água de Curityba, com os engenheiros Alvaro de Menezes e Octaviano Augusto Machado de Oliveira.
Início das seguintes Obras nos Mananciais: Construção de 3km estradas até os tanques de captação; Construção de Pontes e Aterros; Levantamento Topográfico; Construção do Pavilhão de Residência do Engenheiro; Armazem para Cooperativa; Rancho para os Operários.
1904
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Neste Ano foram concluídas as obras do Reservatório do Carvalho e Caixa do Braço do Carvalho.
1906
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Em Junho deste ano, engenheiros visitaram os Mananciais da Serra. Na foto é possível ver a Caixa do Braço do Carvalho já concluída, com pontilhão de madeira sobre o rio do Carvalho.
Entram em operação as Caixas do Mico e Tangará.
Em Dezembro, é rescindido o contrato firmado em 1904 com os engenheiros Alvaro de Menezes e  O. A. Machado de Oliveira, após várias prorrogações sendo por fim abandonados os trabalhos por dificuldades financeiras da empresa.
Também em Dezembro, é elaborado novo contrato com a Empresa Paulista de Melhoramentos representada pelo Engenheiro Augusto Ferreira Lemos, para a conclusão dos serviços de água e esgotos, para conservação e exploração destes serviços.
1907
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No dia 21 de Agosto deste ano, a água chega ao Reservatório do Alto do São Francisco em Curitiba, através de linha adutora com 32 quilômetros de extensão. Conforme relato encontrado em livro de 1920 do Engenheiro Francisco Saturnino Rodrigues de Britto, a cota no tubo de saída no Carvalho é de 1.006,30 metros e a cota de chegada em Curitiba é de 944,30 metros, ou seja, uma direfença de nível de apenas 62 metros.
Também neste ano entram em operação as Caixas de captação do Cayguava, Carambola e Urú.

1908
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Início da construção da Caixa do Carvalhinho no Rio Braço do Carvalho, em razão das águas do rio estarem se infiltrando nas paredes do Reservatório do Carvalho.
Início de operação da Caixa do Salto. A linha de captação desta caixa foi ligada diretamente na Adutora de Curitiba.
1909
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Construção da Vala Empedrada nas proximidades da Caixa do Cayguava.
Construção das Caixas de Areia nos rios Braço do Carvalho, Mico e Cayguava, à montante das caixas de captação.
1910
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Em Janeiro deste ano o Governo do Estado do Paraná, resolve encampar os serviços de água e esgotos até então administrados pela Empresa Paulista de Melhoramentos, pela quantia de Rs. 3.000:000$000, ficando os serviços a cargo da Secção de Água e Esgotos da Diretoria de Obras Públicas e Viação.
1917
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A Caixa Paulista entra em operação. Mais tarde essa caixa já aparece nos documentos antigos com o nome atual, Iporan.
1918
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Construção de nova caixa no Rio Cayguava, a montante da caixa existente. A Caixa do Cayguava (Velha) é abandonada devido a descoberta de lago lodoso logo acima da represa, o que tornava a água impura para o consumo.
Construção de Aqueduto de Pedra/Granito para captação das águas da nova Caixa do Cayguava.

1919
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Entram em operação as captações nos rios Ipiranguinha, Ipiranga e Sanga do Bode.
1920
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Contratação do Engenheiro Civil Francisco Saturnino Rodrigues de Brito para elaboração de projeto de remodelação e ampliação dos serviços de água e esgotos de Curitiba. Entre outros pontos, os estudos do engenheiro destacam: ..."elevação na cota 988 de águas do Cayguava, que, em medição feita na estiagem, deu 10.000 metros cubicos em 24 horas..."
1921
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Em relatório de Dezembro deste ano, relativo ao biênio de 1923 e 1924, consta o seguinte relato: "...encontra-se o Governo apparelhado com todo o material necessario para a elevação mechanica das aguas do rio Cayuguava. Acham-se no logar proprio, na barra do rio Carvalho, a machina a vapor de 20 H.P., a bomba centrifuga Sulzer que deverá elevar 50 litros d'agua por segundo e os tubos de aço Mannesman para a nova linha de recalque, cuja construcção está sendo activada..."
Em outra citação encontramos: "... foi extinta a Secção de Agua e Esgotos, creando-se em substituição, a actual Diretoria dos Serviços de Agua e Esgotos..."
Em um documento de 1935, consta que a Máquina a Vapor foi cedida por empréstimo pela Estrada de Ferro do Paraná, fato ainda sujeito a confirmação.
1924
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Concluida a construção da Casa da Bomba nas proximidades da saída do túnel de Roça Nova,  para elevação das águas captadas do Rio Cayguava a 90 metros até a Adutora de Curitiba, em ponto a jusante do Reservatório do Carvalho.
Para a elevação mecânica da água, foi instalada uma Maquina a Vapor  Assmann Stocker de 97-139 HP e que acionava uma bomba centrífuga Sulzer com capacidade de 50 litros por segundo. A extensão da linha de recalque era de 2.540 metros, com tubos Mannesmann de 300mm de diâmetro.
Em relatório de 1925, também consta a seguinte citação: "...ficou egualmente concluida a construcção da estrada de serviço, ao longo da linha adductora, dando facil acesso ao trecho referido e reduzindo a distancia desta Capital as captações...". Esta estrada posteriormente ficou conhecida como Estrada do Encanamento, ligando Curitiba a Piraquara - atualmente denominada como Rodovia João Leopoldo Jacomel - PR 415.
1925
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Planta do ano de 1929 da Região dos Mananciais de Água, executada pelo Departamento Geographico e Geológico, onde está mapeado todo o sistema de captação de águas construído nos Mananciais da Serra, em Piraquara.
1929
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Em mensagem do Governo do Estado de 1933 encontramos: "...construção de cinco casas de madeira nos Mananciais da Serra para os operários e suas respctivas famílias, com a area de 82 metros quadrados, cada uma, e dotadas de instalações sanitarias apropriadas, descarregando o esgoto em fossas scepticas, de modo a não ser prejudicada a salubridade dos mananciaes. Junto a Vila Operaria, foi construida uma casa escolar, calculando-se a sua frequencia em 40 alumnos, approximadamente, de ambos os sexos..."
1933
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Construção de mais 2 casas de 82 metros quadrados nas proximidades do Reservatório do Carvalho, sendo uma a Casa do Zelador.
1934
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Em relatório de 1935 constam a realização de várias obras na serra:
Reforma e ampliação da Casa da Bomba com a troca da Maquina a Vapor e da Bomba Centrifuga de recalque. Foi instalado um Locomóvel Henschel de 110-140HP.
Construção de uma Chaminé em alvenaria, com 30 metros de altura. Construção de uma barragem a jusante da estação elevatória. 
Construção de um barracão de madeira junto a Vila Operária, medindo 10,00 x 12,00 metros a servir de depósito dos materiais e ferramentas empregadas na conservação dos mananciais e estradas.
O Zelador ou Feitor dos Mananciais passa a residir em uma das casas próximas ao Reservatório do Carvalho.
1935
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Entram em operação as duas primeiras Estações de Tratamento de Água do Paraná, a ETA Tarumã, em Curitiba, e outra ETA em Castro.
Com base nesta informação é possível supor que também nos Mananciais teve inicio o processo de cloragem da água.
1945
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Assentamento da segunda e terceira Linha Adutora, que passam a fazer a captação a partir do Rio Piraquara no ponto onde funciona atualmente a Academia do Corpo de Bombeiros, na Rodovia João Leopoldo Jacomel - PR 415.
Com o início de operação destas adutoras, a Casa da Bomba é desativada, pois o volume de água captado no Rio Piraquara era superior a quantidade recalcada do Rio Cayguava.
1947
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Neste ano foi inaugurada a Barragem do Cayguava ou Piraquara I, sendo a primeira grande barragem de acumulação de água do Paraná.
1979
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As águas dos Mananciais deixam de correr pela Adutora de Curitiba, com a desativação da adutora nas proximidades da Vila Operária.
O Sr. José de Castro Barros - Seu Zezo, deixa a Vila Operária, sendo o último morador a ocupar a Casa 5.