segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Manuel Alves de Araújo

Manuel Alves de Araújo[1] (Morretes14 de março de 1832 — Rio de Janeiro11 de dezembro de 1908) foi um advogadojornalista e político brasileiro membro do Partido Liberal.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Maria Rosa de Araujo e do Capitão Hyppolito José Alves e irmão do deputado provincial, comendador Antônio Alves de Araújo e do brigadeiro e deputado provincial Hypólito Alves de Araujo, casou-se em 25 de outubro de 1846 com Maria Coleta dos Santos Pacheco, filha do Barão dos Campos Gerais, o comendador David dos Santos Pacheco. De seu matrimônio teve como filhos o engenheiro e coronel David Pacheco Alves de Araújo, o embaixador Hipólito Pacheco Alves de Araújo, o contra-almirante Augusto Pacheco Alves de Araújo e ainda Colleta Pacheco Alves de Araújo.[2]
Bacharel em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo exerceu diversos cargos públicos como promotor público, juiz de direito em Paranaguá e delegado de polícia em Paranaguá. Fundou e dirigiu o jornal O Paraná.[2]
Foi Deputado provincial do Paraná de 1864 a 1869[2], deputado geral de 1878 a 1889 e secretário e presidente da Câmara dos Deputados em 1884. Também foi ministro dos Transportes de 21 de janeiro a 3 de junho de 1882.
Foi presidente das províncias do Paraná, de 5 de junho a 18 de agosto de 1865, e de Pernambuco, de 17 de julho a ? de 1889. Depois de instaurado o regime republicano não teve mais posição de destaque.
Recebeu também o título de comendador da Ordem da Rosa em 31 de agosto de 1880

Odair Grillo

Odair Grillo (Morretes18 de fevereiro de 2011 — 1996)[1] é reconhecido como o primeiro brasileiro, formado em engenharia em 1934, a usar a mecânica dos solos e geotécnia nos moldes como se entende atualmente. Como funcionário do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas, foi para os Estados Unidos na década de 1930 investigar as novas técnicas de construção de estradas. Lá chegando descobriu que a moda era a mecânica dos solos e a forte influência de Karl von Terzaghi e teve aulas com Arthur Casagrande. Odair Grillo fundou a primeira empresa de geotécnica do país, intitulada Geotécnica e influenciou profissionais como Hernani Sávio Sobral que elaborou sua tese de cátedra sob sua orientação inicial.[2] Em 1947 criou a primeira cadeira de mecânica dos solos na USP Universidade de São Paulo

José Francisco da Rocha Pombo

Rocha Pombo
Busto de R. Pombo em Morretes
Nome completoJosé Francisco da Rocha Pombo
Nascimento4 de dezembro de 1857
Morretes
Morte26 de junho de 1933 (75 anos)
Rio de JaneiroDistrito Federal
Nacionalidadebrasileiro
OcupaçãoJornalistaadvogadoprofessorhistoriadorpolítico e escritor
Magnum opusA honra do Barão
José Francisco da Rocha Pombo (Morretes4 de dezembro de 1857 — Rio de Janeiro26 de junho de 1933) foi um jornalistaadvogadoprofessorhistoriadorpolítico e escritor brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Manuel Francisco Pombo e de Angélica da Rocha, formou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.
Rocha Pombo foi um ardoroso abolicionista e republicano, tendo fundado em Morretes, no ano de 1879, o jornal "O Povo" e mais tarde, na cidade de Castro, o jornal "Eco dos Campos" e nos dois periódicos divulgava as ideias que abraçara.
Em 1892 foi diretor do "Diário do Comércio", do qual se tornaria proprietário.
Elegeu-se deputado à Assembleia Provincial em 1886 pelo Partido Liberal.
Desiludido com os acontecimentos políticos decorrentes da Revolução Federalista, transfere-se para a Corte, no ano de 1897, onde logo habilita-se para lecionar no Colégio Pedro II e na Escola Normal.
Tentou, no Paraná, criar uma universidade, sem sucesso.
No Paraná, sua terra natal, é cultuado como um dos maiores expoentes na literatura do estado, recebendo ali diversas homenagens, tendo sua memória preservada e cultuada. Uma destas homenagens foi concedida pela Academia Paranaense de Letras como o "Fundador" da Cadeira N° 1 desta instituição.

Publicações[editar | editar código-fonte]

Com destaque para "No Hospício", que beira a literatura fantástica, e "Nossa Pátria", que mereceu dezenas de edições, publicou:
  • Honra do Barão, 1881;
  • Dadá, 1882;
  • A religião do belo, 1882;
  • Petrucello, 1889;
  • Nova crença, 1889;
  • A supremacia do ideal, 1889;
  • Visões,1891;
  • A Guairá, 1891;
  • In excelsis, 1895;
  • Marieta,1896;
  • História da América, 1900;
  • História do Brasil, 1905-1917;
  • História de São Paulo.
  • História do Paraná.
  • O Paraná no centenário,1900;
  • No hospício, 1905;
  • Contos e pontos, 1911;
  • Dicionário de sinônimos da Língua Portuguesa, 1914 ;
  • Notas de viagem, 1918;
  • História Universal, 1929.

Olivenkranz.png Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]

Foi eleito em 16 de março de 1933 para ocupar a cadeira 39 da Academia, que tem por patrono Francisco Adolfo de Varnhagen, como seu terceiro ocupante, falecendo antes de ser empossado.

Silveira Neto


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Manuel Azevedo da Silveira Neto (Morretes4 de novembro de 1872 – Rio de Janeiro19 de dezembro de 1942) foi um poeta simbolista brasileiro. Silveira Neto é pai do escritor Tasso da Silveira.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em MorretesParaná, em novembro de 1872, aos sete anos de idade muda-se para a capital paranaense e inicia seus estudos, que incluem gravura e desenho na Escola de Belas-Artes de Curitiba, com o sonho de chegar a Academia de Belas-Artes na cidade do Rio de Janeiro. Antes de iniciar seus estudos artísticos entra no curso de humanidades, porém, é interrompido com a clara intenção de enveredar-se nas “belas artes”. Sem realizar seu intento, ingressou através de concurso, na Fazenda Federal no ano de 1891. Em 1893 integra o grupo de O Cenáculo, nome este dado pelos que participam da revista de mesmo nome, e seus companheiros neste grupo são Dario Velloso e Júlio Perneta, entre outros.
Transfere-se, em 1896, para a capital federal e passa a freqüentar os mesmo lugares que o poeta parnanguara Nestor Vítor, conhecendo-o e também o poeta Cruz e Sousa. É a partir destas amizades e deste período que escreve e publica suas poesias com a forte influência no simbolismo.
Silveira Neto escreveu Pela Consciência (opúsculo, 1898) e Antonio Nobre (elegia1900). Com a publicação de Luar de Hinverno (1900), passa a desfrutar de prestígio na arte literária. Brasílio Itiberê (elegia com música de 1913), Do Guairá aos Saltos do Iguaçu (1914), Ronda Crepuscular (1923), Cruz e Sousa (ensaio de 1924), O Bandeirante (1927), entre outros, são de autoria do poeta antoninense.

Falecimento e homenagens[editar | editar código-fonte]

Com o falecimento do curitibano Emiliano Perneta, em janeiro de 1921Silveira Neto é aclamado o novo “príncipe dos poetas paranaenses”. Com a obra “Nas Margens do Nhundiaquara” (poema regional de 1939) é chamado, em sua terra natal, de “o cantor do Nhundiaquara”.
No sábado, dia 19 de dezembro de 1942, Manuel Azevedo da Silveira Neto faleceu aos 70 anos e 01 mês de idade.
Ao poeta simbolista foram dadas inúmeras homenagens Brasil afora, porém, na capital paranaense, cidade onde o poeta morou e estudou, faz-se a veneração e respeito ao denominar uma das vias do bairro Água Verde como Rua Silveira Neto.

Theodoro De Bona


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Theodoro de Bona (Morretes11 de junho de 1904 - Curitiba20 de setembro de 1990) foi pintorescritor e professor brasileiro

Biografia[editar | editar código-fonte]

Iniciou seus estudos de desenho no Colégio Bom Jesus de Curitiba em 1912. No período de 1922 a 1927, teve aulas de pintura com Alfredo Andersen, época em que conviveu com Estanislau Traple e Waldemar Curt Freyesleben. Em 1927, ganhou a bolsa de estudos do Estado do Paraná e foi para a Itália estudar na Real Academia de Belas Artes de Veneza. Retornou a Curitiba em 1936. Entre 1960 e 1970, deu aulas de desenho e pintura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, onde também foi diretor. Recebeu o título de Cidadão Honorário de Curitiba, em 1981, e a Comenda Honorífica da Ordem do Mérito da República Italiana, em 1983. Faleceu em Curitiba em 1990

Frederico Lange de Morretes


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Frederico Lange de Morretes
Nome completoFrederico Godofredo Lange
Nascimento5 de maio de 1892
MorretesParaná
Morte19 de janeiro de 1954 (61 anos)
CuritibaParaná
Nacionalidadebrasileira
OcupaçãoPintor
Professor
Desenhista
Cientista
Frederico Godofredo Lange, conhecido como Friz Lange de Morretes (Morretes5 de maio de 1892 — Curitiba19 de janeiro de 1954) foi um pintor, desenhista, gravador e professor brasileiro[1][2]. Pai da bióloga e botânica brasileira Berta Lange de Morretes.
Filho do engenheiro alemão Bruno Rudolf Lange[3]., começou seus estudou de pintura aos treze anos com Alfredo Andersen[4], e depois, foi à Alemanha, onde estudou durante cinco anos artes gráficas em Leipzig[4], e mais cinco na Escola Superior de Belas Artes de Munique[2]. De volta ao Brasil em 1920, casado e com três filhos[5], deu aulas na Escola Normal de Curitiba (hoje Instituto de Educação do Paraná) e fundou a Escola de Desenho e Pintura onde lecionou até 1932[2][1]. Ao lado de João Turin e João Ghelfi, criou o Movimento Paranista. São dele também os os pinhões estilizados geometricamente que vieram a compor as calçadas paranaenses, além da descoberta de um novo espécime de molusco, em seus estudos de malacologia[1].
No início dos anos 1930, aceitou o convite do Museu Paulista para assumir o departamento de zoologia, mudando-se com a família[5]. Retornou para Curitiba em 1940, produzindo quadros e do movimento que criou a Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP).[carece de fontes]
Lange morreu devido a infarto em 19 de janeiro de 1954[2].

Legado[editar | editar código-fonte]

Durante a vida, o pintor e cientista Frederico Lange de Morretes se debruçou sobre a natureza do estado do Paraná[1]. Após sua morte não foi diferente. No cemitério de Morretes, o artista nascido em 1892 repousa em pé, de frente para ao Pico Marubi, adornado por pedras da montanha, plantas nativas e caramujos – animais que pesquisou por tantos anos

Antônio Ricardo dos Santos


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Antônio Ricardo dos Santos Filho (Morretes22 de setembro de 1819 — Curitiba17 de novembro de 1888) foi um político brasileiro.
Antônio Ricardo era filho do sargento-mór Antônio Ricardo dos Santos e d. Maria da Luz Paraíso. Desde muito jovem dedicou-se ao comércio e a indústria de erva mate. Em Curitiba fundou a fábrica Iguaçu, no Batel. Tornou-se um dos maiores industriais daquele produto naquela época.[1]
Foi vereador e juiz ordinário em Morretes, e deputado provincial pelo Paraná.
Foi vice-presidente da província do Paraná, assumindo a presidência interinamente, de 29 de dezembro de 1887 a 9 de fevereiro de 1888.
Pai de José Pereira dos Santos Andrade, presidente do Paraná, de 1896 a 1900.

Antônio Ribeiro de Macedo


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Antônio Ribeiro de Macedo
Nascimento15 de fevereiro de 1842
Porto de Cima
Morte23 de setembro de 1931 (89 anos)
AntoninaParaná
Nacionalidadebrasileiro
Ocupaçãomilitar, industrial, comerciante, ervateiro e político.
Antônio Ribeiro de Macedo (Porto de CimaMorretes15 de fevereiro de 1842 - Antonina23 de setembro de 1931) foi um militarindustrialcomercianteervateiro e político brasileiro filiado ao Partido Conservador.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu na localidade de Porto de Cima e era filho de Manoel Ribeiro de Macedo e de Francisca de Paula Pereira de Macedo.[1] Era irmão do comendador José Ribeiro de Macedo. Casou-se com Sylvia Loyola de Macedo em julho de 1868.[1]
Foi sargento ajudante, amanuense do Comando Superior da Guarda Nacional em 1865, por ocasião da Guerra do Paraguai (mas não vai para a batalha).[1] Foi suplente de delegado de polícia, vereador e presidente da Câmara Municipal de Porto de Cima de 1869 a 1872.[2][1] Foi suplente de juiz municipal em 1870. Foi juiz de paz de 1873 1876.[1]
Foi eleito deputado provincial atuando de 1876 1877. Foi delegado de polícia em Campo Largo em 1884. Foi inspetor paroquial em Campo Largo em 1885. Foi chefe de superintendência do ensino obrigatório em 1885.[1] Foi inspetor escolar de Paranaguá em 1890. Foi provedor da Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá. Foi coronel comandante superior da Guarda Nacional em 1888.[1]
Ocupou ainda o cargo de prefeito do município de Antonina de 1894 a 1909 e de 1912 a 1916. Fundou o jornal O Progresso em 1902.[1] Foi também provedor da Santa Casa de Caridade de Antonina. Foi membro da Loja maçônica de Antonina.[3][1] Junto com seu irmão fundam o Partido Democrático, mas logo extinto, e depois aproximam-se da liderança de Vicente Machado.[1]
Em sua homenagem, há uma praça no centro da cidade de Antonina, denominada Praça Coronel Macedo.[4] A praça ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Pilar, foi construída quando Antonio Ribeiro de Macedo era prefeito. Após o seu falecimento, a Câmara Municipal, através de projeto lei, denominou a praça em sua homenagem. Antes o espaço, considerado ponto turístico do município, era denominado de Campo da MatrizPátio da Matriz e Praça da República

Adolfo Werneck


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Adolpho Werneck
Nome completoAdolpho Jansen Werneck de Capistrano
Pseudônimo(s)Adower
Bingue
Gil Vaz
Jansen de Capistrano
Marinho Serra
Nelson de Andrade
Nascimento3 de dezembro de 1879
MorretesParanáBrasil
Morte18 de agosto de 1932 (52 anos)
CuritibaParaná, Brasil
Nacionalidade Brasil
ProgenitoresMãe: Maria da Paz Surana Cameu
Pai: João Werneck de Sampaio Capistrano
CônjugeMaria Antonietta Bandeira Fernandes (1905-1922)
Alice Marçallo Taborda Ribas (1927-1932)
Filho(s)Adolpho Filho (23/07/1906)
Aglaé (1907)
Arion (1909)
Azir (1911-1912)
Arícia (1915)
Astelio (1916-1917)
Aliwerne (1925)
Werli (1926)
Adolice (1928)
Adolpho Taborda (1929)
Alice (1931).
Ocupaçãoescritor
Poeta
jornalista
funcionário público
Movimento literárioSimbolismo
Escola/tradiçãoSimbolista
Causa da morteInsuficiência cardiorrenal
Adolpho Jansen Werneck de Capistrano (Morretes3 de dezembro de 1879 — Curitiba18 de agosto de 1932) foi um funcionário públicojornalista e poeta brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Adolpho nasceu na cidade paranaense de Morretes em uma quarta-feira, dia 3 de dezembro de 1879, conforme o próprio biografado expressa em um dos seus poemas:
Filho do telegrafista João Werneck de Sampaio Capistrano, natural do Rio de Janeiro, e Maria da Paz Surana Cameu, natural de Desterro, atual Florianópolis. Apesar de nascido em Morretes, Adolpho foi batizado em Desterro mais de dois anos depois, em 24 de junho de 1880.
Em 23 de setembro de 1905, na Igreja de Santa Felicidade, em Curitiba, Adolpho casa-se com a tibagiana Maria Antonietta Bandeira Fernandes, filha do Major Antonio Chrispim de Oliveira Fernandes e de Idalina Bandeira Fernandes. Foi testemunha Leocádio Correia. Do matrimônio nascem cinco filhos: Adolpho Filho, o “Didi” (23/07/1906), Aglaé (1907), Arion (1909), Azir (1911-1912), Arícia (1915) e Astelio (1916-1917)[1]. Nomeado em 1909 para o serviço público no Ministério da Fazenda, no cargo de 2º Escriturário da Alfândega de Corumbá, Mato Grosso, atualmente Mato Grosso do Sul. Em 1910 retorna para Curitiba, como 4º Escriturário na Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional no Paraná, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, e em 1911 é designado para servir na Caixa Econômica anexa ao órgão.
Sua primeira esposa falece em 28 de agosto de 1922, de tuberculose. Em 1927 casa-se com Alice Marçallo Taborda Ribas, tendo com ela cinco filhos: Aliwerne (1925), Werli (1926), Adolice (1928), Adolpho Taborda (1929) e Alice ou “Terezinha” (1931).
Como jornalista, foi redator e colaborador em revista e jornais, tais como: O Sapo, A Carga (revista de humor), Cassino Curitibano, Azul, Diário da Tarde (jornal), Almanach Paranaense, entre outros. Suas contribuições a estes periódicos englobavam trabalhos de poesia e também de cunho humorístico e algumas vezes utilizou-se de pseudônimos como: “Mello Dias e Companhia”“Mostarda e Companhia” e “Jansen Capistrano”.
Suas principais obras são: “Dona Loura” (poemas de 1903), “Bizarrias” (sonetos de 1908), “Insônia” (poemetos de 1921), “Minha Terra” (poemetos de 1922), “Arco-Íris” (versos de 1923), entre outros.[2]
Em 18 de agosto de 1932, quinta feira, às 21 horas, Adolpho falece em sua residência na Rua Ébano Pereira, 139, em Curitiba, de “insuficiência cardiorrenal”, aos 52 anos de 08 meses de idade. Foi sepultado no Cemitério São Francisco de Paula, o Cemitério Municipal em Curitiba, com a primeira esposa, Maria Antonietta. Em sua lápide consta um livro aberto em mármore branco, com seus nomes e a inscrição: “Aos paes estremecidos | Homenagem dos seus filhos | Silêncio! Paz as suas almas”[1].

Carreira literária[editar | editar código-fonte]

Em sua juventude, Adolpho escreve no jornal “A Notícia” de 21 de junho de 1907, sob o pseudônimo “Bingue”, com o título “Excerpto”. Após a Revolução Federalista, muda-se para Curitiba.
No final do século XIX, forma-se no Paraná um grupo de escritores e artistas, em reflexo aos movimentos influenciados pelas academias da França. O Cenáculo, com origem nos salões do Clube Curitibano, era encabeçado por Dario Vellozo, Silveira Neto, Antonio Braga, Júlio Perneta, Rocha Pombo e Leôncio Correia, e dura de 1895 a 1897[1].
Em 27 de novembro de 1898, na edição nº. 38 de “O Sapo”, revista humorística e literária de Curitiba, tem-se notícia de sua primeira publicação, o soneto “Junto de ti...”. Colabora posteriormente com “Victrix” (1902) de Emiliano Perneta, “O Olho da Rua” (1907) e inicia em 1903 sua colaboração no jornal “Diário da Tarde”. Em 1903 publicou seu primeiro livro, “Dona Loura”, evocação da “loura”, a “Elza”, a mulher ideal recorrente no Simbolismo. Da obra não resta nenhum exemplar.
Em celebração da cidade de Morretes, nas festividades de 19 de dezembro de 1903, ocorre a primeira publicação do poema “Nhundiaquara”, sobre o principal rio morretense. Em 1908 publica “Bizarrias”, um pequeno livreto de poesia sinistra, marcadamente Simbolista. Em 12 de outubro de 1912 foi publicado o primeiro número do jornal “Commercio do Paraná”, com orientação de Júlio Rodrigues, direção de Domingos Velloso, Generoso Borges como secretário e Adolpho Werneck e Octavio Sidney como auxiliares[1].
Em 19 de dezembro de 1912, firma-se como um dos fundadores do Centro de Letras do Paraná, seu nome figurando na Ata de Fundação com os de Romário Martins, Dario Vellozo, Celestino Júnior e outros. Entre 1912 e 1913, Adolpho torna-se colaborador da revista “Fanal”, o “Órgão do Novo Cenáculo”, incluindo-se entre os chamados “Novos”. Nesses anos também colabora com a revista do “Club Coritibano” (1912) e “A Bomba” (1913).
Em 1921, publica o poema “Insomnia” e trechos de sua revista teatral “O Jornal” no jornal Commercio do Paraná, na coluna que redigia, intitulada “Cosmorama”. Em vida, Adolpho não chega a publicar a peça na íntegra.
Em 1922, publica o poema “Minha Terra”, um saudoso elogio à sua cidade natal, em obra conjunta, precedida por “Saudação a Morretes” de Leocádio Cysneiros Correia. Em 1923 publica o livro “Arco iris”, contendo diversos sonetos e outros poemas, além de seu poema mais famoso, “Nhundiaquara”. Entre 1923 e 1924 colabora com o jornal “O Itiberê” de Paranaguá[1].
Academia Paranaense de Letras, fundada em 26 de setembro de 1936, concedeu justa homenagem ao poeta morretense ao determiná-lo como “Fundador” da Cadeira N° 29 desta instituição[3], assim como a cidade de Curitiba que batizou, em dezembro de 1957, uma das suas vias de Rua Adolfo Werneck [4] (a denominação desta rua já utiliza a regra da Reforma Ortográfica de 1911 que eliminou o “ph” utilizado no registro do nome do homenageado, pela letra “f”).

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Dona Loura (1903)[5]. Não exixte mais nenhuma cópia do livro. Há dois poemas que podem ter sido do livro, um deles “Dona Loura” e outro “Dona Laura”.
  • Bizarrias (1908) – 25 poemas, e deles, 19 sonetos.
  • Insomnia (1921) – folheto de 16 páginas. Foi um encarte, conforme a informação da página 12: "Lembrança da 12ª 'Página do Sarau' dos dominicaes nos salões do Club Casino Curitibano em a noite de 23 de Outubro de 1921". O impressor figura na quarta capa: "Papelaria Freitas - Rodrigo de Freitas"[1].
  • Minha Terra (1922) – publicado juntamente com “Saudação a Morretes”, de Leocádio Cysneiros Correia.
  • Arco Íris (1923) – tem 49 poemas.
  • O Jornal - uma “revista teatral” com prólogo e dois atos, originalmente publicada na coluna “Cosmorama” do jornal Commercio do Paraná. O primeiro trecho encontrado foi publicado em 13 de fevereiro de 1921, e o último em 11 de setembro de 1921[1].

Bizarrias[editar | editar código-fonte]

  • 1. Rogo ao Diabo
  • 2. Olhos
  • 3. Dandão
  • 4. Augurio
  • 5. Funeral de um coração
  • 6. ...That Is The Question
  • 7. Mendiga
  • 8. Sexta-feira
  • 9. Satanaz
  • 10. Tisiphone
  • 11. Coveiro
  • 12. Hetaira
  • 13. Enigmático
  • 14. Pthysica
  • 15. Pró Dama
  • 16. Drama Eterno
  • 17. Origem do Amor
  • 18. 13
  • 19. Soneto de um triste
  • 20. Revoltado
  • 21. Auto-photographia
  • 22. D. Tuberculose
  • 23. Soneto de um tysico
  • 24. Enfermo Insomne
  • 25. Soneto

Arco Íris[editar | editar código-fonte]

  • 1. Ruy Barbosa
  • 2. Triste
  • 3. "O Major"
  • 4. 15 de Novembro
  • 5. Passarinho feliz
  • 6. A Vida
  • 7. Inverno
  • 8. Descendo o rio Paraguay
  • 9. A caçada
  • 10. Extase
  • 11. Nostalgico
  • 12. Viagem
  • 13. Contraste (1)
  • 14. Meu berço
  • 15. Nhundiacoara
  • 16. Miragem
  • 17. Teu retrato
  • 18. Amor desfeito
  • 19. Esphinge
  • 20. Resurreição
  • 21. O Artista
  • 22. Duas mortes
  • 23. Diva
  • 24. Dois Polos
  • 25. Só
  • 26. Monologo de um pessimista
  • 27. Previsão (1)
  • 28. Calumniado
  • 29. Perversidade
  • 30. Alácre
  • 31. Naufragio
  • 32. Nova Magdala
  • 33. Anno novo
  • 34. De volta
  • 35. Previsão (2)
  • 36. De mira-mar
  • 37. Soliloquio de um infeliz
  • 38. A caminho do Amor
  • 39. No ermo
  • 40. Versos de antanho
  • 41. A uma ingleza
  • 42. Barcarola
  • 43. Ballada
  • 44. Cantigas (1)
  • 45. Victorioso
  • 46. Villancete
  • 47. Cantigas (2)
  • 48. Epistola amorosa
  • 49. Viagem ideal

Família[editar | editar código-fonte]

Rui Werneck de Capistrano (1948-), neto de Adolpho e filho de Arion, é escritor, autor de “Máquina de escrever”[1].
Eduardo Capistrano (1980-) é bisneto de Adolpho, neto de Arion e sobrinho de Rui. Sua bibliografia inclui “Histórias Estranhas” (2007) e “A Quarta Dimensão” (2011)[6].

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Arion Werneck de Capistrano (1909-1980), um dos filhos de Adolpho com Maria Antonietta Fernandes, publicou postumamente materiais do pai no “Correio dos Ferroviários” da RFFSA, além de textos próprios[7].
Três cidades homenagearam Adolpho Werneck dando seu nome a uma de suas ruas. Em Morretes, a rua Adolpho Werneck fica no bairro do Rocio.
Em São Paulo, a rua Adolpho Werneck fica no bairro Jardim Somara (Grajaú). Começa na Rua Pedro Nunes Tinoco e termina na Rua Antônio José Escudeiro.
Em Curitiba a rua Adolpho Werneck fica no bairro Uberaba.

Rua Adolfo Werneck[editar | editar código-fonte]

Placa padrão de logradouros de Curitiba
A via em sua parte baixa e o trecho mais antigo da rua. Ao fundo, a avenida Sen. Salgado Filho em abril de 2010
rua Adolfo Werneck é um logradouro da cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná. Está localizada no bairro do Uberaba, iniciando-se no encontro com a Avenida Senador Salgado Filho, e terminando em frente à entrada de um condomínio residencial.
No vigésimo quinto ano de falecimento do poeta e autor da obra Bizarrias, o prefeito Ney Braga assinou a Lei Ordinária n° 1505/1957 de 24 de dezembro de 1957, batizando uma das vias da capital de Adolfo Werneck.
Um detalhe desta homenagem está no texto da lei, que traz o nome com uma pequena alteração da grafia original. A divergência entre o nome da rua e o nome do homenageado decorre da alteração ortográfica ocorrida em 1911, quando substituiram-se os dígrafos de origem grega por grafemas simples, como no caso do “ph” por “f”.