segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A COLÔNIA ARGELINA

A COLÔNIA ARGELINA


A instalação de colônias no Paraná deu-se a partir da criação da província do Paraná em 1853, anteriormente a região pertencia à província de São Paulo. As colônias foram formadas desde 1860 até o início do séc. XX. 

Em Curitiba a preferência foi por pequenas colônias, que deram origem a alguns bairros da cidade: Pilarzinho (1870), Abranches (1873), Dantas, atual bairro da Água Verde (1878), Santa Felicidade (1878), Argelina, atual bairro do Bacacheri.


"Os franceses se encheram
Da Argélia e vieram pra cá
Se esquecer de pensar em Parri
Era só gente fina a Colônia Argelina
Anchantê sivuplé uí madame merci"
Bacacheri, de Paulo Vitola


Entre os núcleos coloniais da região de Curitiba, estava a colônia Argelina, instalada em Curitiba em terras adquiridas pelo governo à margem da estrada da Graciosa (atual av. Erasto Gaertner) onde hoje é o bairro Bacacheri.


Mapa de Curitiba do IPPUC, com a região da colônia Argelina,
atual aeroporto do Bacaheri e arredores, em destaque

A colônia foi criada em 1868 e recebeu esse nome por acolher, num primeiro momento, ex-colonos franceses da Argélia.


do jornal Dezenove de Dezembro, ed. 1007, de 3 de julho de 1869, disponível on-line na Hemeroteca Digital Nacional, aqui.

Imigrantes chegados em Paranaguá no navio Polymerie (1869), inscrição no consulado, no site genfrancesa.com, clique aqui.

Essa colônia possuia 36 lotes rurais, além de alguns lotes urbanos que acompanhavam a estrada da Graciosa (atualmente av. Erasto Gaertner). 


Mapa de Milena Kanashiro - daqui 


Os primeiros colonos chegaram em 1869, mas foram aos poucos abandonando seus lotes. Três anos depois da chegada, metade deles já tinha saído da colônia.  Em 15 de fevereiro de 1872, o presidente da província do Paraná, descreve a situação da colônia Argelina, para ler o relatório na integra, clique aqui.






















Com parte dos lotes desocupados, em fins de 1873 nova leva de colonos chega ao Paraná e à colônia Argelina.  Entre eles Jacques Robert que re-compra o lote do colono Michel Agier. Foram vários os substitutos dos primeiros colonos, uma relação mais detalhada pode ser obtida no Livro-caixa da colônia, disponível no Arquivo Público do Paraná.

Livro-caixa da colônia Argelina,
acervo do Arquivo Público do Paraná

Quatro anos depois, em 15 de fevereiro de 1876, o presidente da província do Paraná descreve da seguinte forma a colônia Argelina. Para ler o relatório na integra, clique aqui.



Realmente Jacques Robert era estranho a lavoura e em 1880 já estaria trabalhando na construção da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, mas não sei se abandonou a colônia, já que seu registro de óbito foi feito no cartório do Bacacheri, veja aqui.

Não encontrei nenhuma referência de Jacques e família na Argélia, há necessidade de pesquisar melhor.

Uma das suas filhas, Marie Catharine, não veio ao Brasil e não encontrei seu óbito em Saint-Etiènne. Ele pode ter ocorrido em outro lugar na França, ou a bordo do navio na travessia atlântica, ou então na Argélia. Encontrar esse documento poderia resolver esse mistério ... a família Robert esteve ou não na Argélia antes de vir ao Brasil ?? Pessoalmente penso que não.

Ajudaria muito encontrar a documentação do navio em que fizeram a travessia atlântica, as listas de embarque ou desembarque.

Para saber alguma coisa da Argélia enquanto colônia francesa, clique aquiaqui ou aqui.

Para pesquisar registros civis (nascimento, casamento, óbito) de franceses na Argélia colonial, clique aqui.


Mapas de parte da colônia Argelina, o da esquerda faz parte do acervo do ITCG, o da direita, atual, do IPPUC.

E esse mapas, onde estarão ?


Jornal Gazeta Paranaense, ed. 3, de 5 de janeiro de 1886, aqui.

Dos tempos da colônia Argelina  resta ainda, no bairro do Bacacheri, a Casa do Burro Brabo. Onde o Imperador fez xixi em 22 de maio de 1880 !! Acredita-se que construída por volta de 1860, situada na av. Erasto Gaertner 2035. Abandonada, tombada, restaurada, novamente abandonada. Não é permitida a visitação.

Para saber mais, clique aquiaqui e aqui.

A FAMILIA ROBERT CHEGA À COLÔNIA ARGELINA, CURITIBA

A FAMILIA ROBERT CHEGA À COLÔNIA ARGELINA, CURITIBA



"Frederico José Cardais d'Araújo Abranches. Faço saber que tendo Jacques Robert requerido compra da casa n° 16 do lote de campo n° 16 e a da floresta n° 6, situados no núcleo colonial do Bacachery, mandei-lhe passar pela Secretaria desta Presidência o presente título provisório que será substituído pelo definitivo logo que o comprador se mostrar quite com a Fazenda Nacional. Vae este título por mim assignado e sellado com sello da mesma Secretaria. Palácio da Presidência do Paraná, em 22 de junho de 1874, (ass) Frederico José d'Araújo Abranches" (livro 62, acervo do Arquivo Público do Paraná).

Pelo título provisório acima, conseguimos saber que Jacques Robert adquiriu o lote n° 16 da Colônia Argelina. Não consegui nada a respeito do que seria o lote de floresta n° 6.


"Jacques Roberto. O Sr. Francisco Xavier da Silva Procurador do Estado, Faz saber que tendo Jacques Robert comprado o lote n° 16 da colônia Argelina (ilegível) a área de 80.000 m² (ilegível) 8,5 m (ilegível) com a Fazenda do Estado para a qual passaram (ilegível) direito de propriedade no dito terreno (ilegível) com a lei (ilegível), (ass) Fco Xavier" (sem local, sem data, acervo do ITCG)

A partir desse titulo provisório, conseguimos saber que o lote de Jacques Robert era de 80.000 m². Abaixo a localização do lote dentro da colônia e atualmente, dentro do aeroporto do Bacacheri.




O mapa da esquerda é da colônia Argelina e destaca o lote n° 16, de Jacques Robert, faz parte do acervo do ITCG. O mapa da direita é do IPPUC e está demarcada a região aproximada do lote de Jacques, localizado no terreno do aeroporto do Bacacheri. 

A imagem abaixo é do acesso principal ao lote de Jacques, atualmente dentro do aeroporto, marcado com o pino amarelo nos mapas acima.


Não sei até quando a família Robert permaneceu na colônia Argelina. Desde 1885 o lote 16 estaria com o italiano Pedro Zechin e contaria com uma casa de madeira, roça de milho, centeio e vinhas e mais 3 cabeças de gado. Em 1885 terminou a construção do trecho Curitiba-Paranaguá da estrada de ferro e a família pode ter se mudado para outro lugar, provavelmente no mesmo bairro. Arquivo Público do Paraná, livro códice 832, Estatísticas das colônias da Província do Paraná, organizada em dezembro de 1887.


RUA SILVA JARDIM, CURITIBA

RUA SILVA JARDIM, CURITIBA


Curitiba no início do século XX. 

Antônio Robert e Helena Gerber casaram em meados do ano de 1900. Meu avô Fernandes nasceu em outubro de 1900 e foi registrado no cartório do Portão, então acredito que a família, nesta ocasião, devia morar nessa região. Morava no bairro do Portão o irmão de Helena, Fernando Gerber.

Provavelmente por volta de 1905 a família mudou para uma região mais central, na rua Silva Jardim, em alguns documentos nº 171 em outros nº 194.  Em 1909, com certeza, já estava nesse endereço, próximo à rua João Negrão, praticamente ao lado da estação ferroviária de Curitiba, local de trabalho de Antônio Robert. Como seria a região ?

Quando mudaram usavam água de poço, mas logo o abastecimento seria com água encanada.




Água encanada desde 1911, Jornal A República de 10 de outubro de 1910, daqui.

O nr. 171/194 da Silva Jardim era rodeado pelo pequeno comércio, pequenas vendas, uma padaria, casinhas de aluguel no nr. 164, um açougue no 172, um botequim no 222. E toda essa diversidade trazia alguns problemas ...

Delicioso ler uma notícia dessas:



Jornal A República de 29 de outubro de 1910.



Jornal A República de 29 de setembro de 1911.



 Jornal A República de 7 de maio de 1912.
Na edição de 07 de março de 1913, saiu na pg. 4 do jornal Diário da Tarde, o seguinte:

“O vizindario (vizinhança) queixa-se da fedentina, produzida pelos restos de bofes, buxo, tripas, o diabo, que costumam lançar nos quintais. Ora,  dentro do quadro urbano não deve ser permitido isso e nem  o (no) quintal,  numa cidade como a nossa, (não) é logar próprio para deposito e lavagem de detrictos. Além disso, o cidadão não pode, em sua casa, estar sujeito a sofrer as consequencias da falta de higiene observada em casas de outrem.”

Em 11 de abril de 1913, o Diário da Tarde publicou:

“Diversos moradores da rua Silva Jardim veem recorrer, a bem da higiene publica, ao impoluto Diário da Tarde, sempre prompto a pugnar pelos interesses da nossa bela capital e solicitar... a atenção do sr. fiscal de posturas municipais para um estabulo (tendo mais de 5 vacas) estabelecido clandestinamente, em plena rua... entre as Lamenha Lins e Brigadeiro Franco, cuja emanação pestilenta traz as narinas dos transeuntes e moradores próximos em constante sobressalto e os mosquitos sempre em festa, pois o seu proprietário não remove o estrume. Ora, sr. redactor, isto não é serio numa capital como a nossa..”

Uma tentativa de lidar com a questão do saneamento básico e urbanização numa cidade que estava crescendo. Difícil imaginar esse quadro na Silva Jardim de hoje .... tão adensada e caótica, mas nos arredores do centro da cidade, em regiões mais distantes, sim ... é possível ...


Algo me diz que o "foca" se equivocou. Não conheço nenhum Emílio Robert, você conhece ? Jornal A República de 26 de janeiro de 1914.



Jornal A República de 11 de abril de 1914



Jornal A República de 30 de outubro de 1914.



Jornal A República, 28 de dezembro de 1914.

Depois do falecimento de Antônio Robert, em 1923, a família saiu da av. Silva Jardim, não sei exatamente quando. Em 1925 a mãe de Antônio Robert, Maria Louise Coste, faleceu na av. Silva Jardim 171, veja aqui. Em 1939 a família já estava na rua cel. Dulcídio.


Foto de João Groff (detalhe), sem data, (1920-1930 ?), foto completa aqui.

av. Iguaçú, av. Silva Jardim, av. Sete de Setembro, av. Vis. Guarapuava, década de 1940, daqui

av. Silva Jardim, atualmente, daqui


rua Cel. Dulcídio, 25 de dezembro de 1941
casa de Helena Gerber Robert (direita)

A IGREJA LUTERANA EM CURITIBA

A IGREJA LUTERANA EM CURITIBA


As famílias Gerber e Bunde, frequentaram a Igreja Luterana de Curitiba, desde que chegaram à capital. Provavelmente entre o final da década de 1860 e início da década de 1870.

A primeira família alemã em Curitiba data do ínício da década de 1830, mas a grande maioria chegou à cidade em meados do século XIX, 1850 ou mais, vindos da Colônia Dona Francisca (Joinville). 

Em 1857 foi fundado o Cemitério Luterano de Curitiba, na travessa Luthero 123, bairro Alto da Glória, ele é anterior à Igreja. Ali foram sepultados João Gerber (1905) e Albertina Bunde (1920).

Sobre a criação do Cemitério Luterano, leia aqui.

A comunidade alemã em Curitiba começou a ser assistida por um pastor em 1866, ainda sem uma igreja. 

Em 1876 construiu-se a primeira igreja propriamente dita, um prédio de madeira, com arquitetura germânica.





A última gravura é a cópia de uma obra do pintor Hugo Calgan.

Não muito resistente às intempéries, logo se fez necessário um novo prédio, que foi inaugurado em 1897.




Abaixo, como se encontra atualmente o prédio da Igreja Luterana de Curitiba, Paróquia Cristo Redentor - Comunidade Evangélica do Redentor, localizado na rua Trajano Reis 199, no centro da cidade. 



Aí se encontra o acervo dos assentamentos de batismo, confirmação, casamento e óbitos dos luteranos de Curitiba desde o séc. XIX, inlcusive dos Gerber e dos Bunde. Essas famílias devem ter frequentado as duas casas, talvez até a mesmo a casa do pastor, antes da construção da primeira igreja !

Fontes:

Niemeyer, Ernesto - Os allemães no Paraná, esboço histórico

para o texto e imagens, IECLB História e Curitiba-Paraná.

OS BUNDE EM CURITIBA

OS BUNDE EM CURITIBA


Curitiba em 1870
Foto e mais detalhes, clique aqui

A família Bunde era de origem rural desde a Pomerânia. Em Curitiba provavelmente não foi diferente. Quando subiu da colônia Dona Francisca (Joinville) para o planalto, entre 1872 e 1875, foi se instalar no rocio de Curitiba. No entanto, não foram colonos, ou seja, não tiveram lotes adquiridos com os incentivos do governo imperial.

Curitiba em 1876, por ocasião da chegada das famílias Gerber e Bunde. Acervo do Museu Paranaense.




"Typicos carroções introduzidos aqui no Paraná por colonos allemães."

Fonte: “Os allemães no Paraná – Esboço Histórico” de Ernesto Niemeyer, pg.69 e 45.

Em Curitiba, a comercialização dos horti-fruti era feita no Mercado Municipal, localizado onde atualmente é a  praça Generoso Marques.  Inaugurado em 1874 era novidade por ocasião da chegada da família Bunde, de Johann Gerber e da família Robert na cidade.




Na esquina do lado esquerdo, a casa Edith, inaugurada em 1879 e que funciona ainda hoje.


A partir de 1914 o Mercado deu lugar ao Paço Municipal (Prefeitura). No centro da foto abaixo, a estátua do Barão cercada por pessoas num provável comício, um palanque na frente da construção do novo edíficio que foi levantado  sobre a estrutura do antigo Mercado. Ao fundo as torres da Catedral. Foto sem data, aproximadamente 1912.




em 2012

A mesma praça (Praça Generoso Marques) com a estátua do Barão ao lado direito e o topo das torres da Catedral ao fundo do prédio mais baixo. Parte do piso do antigo Mercado pode ser vista no prédio do atual Sesc Paço da Liberdade, no Centro de Informação Digital, na Livraria e no Café do Paço.




Neve em Curitiba, região do Centro - 17 de julho de 1975.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e atividades ao ar livre

Santa Casa de Curitiba

Santa Casa de Curitiba

A construção do Hospital de Caridade da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba teve início em 1866, bem antes de sua inauguração. E, embora na época fosse considerado um grande hospital, tinha apenas 160 leitos.
Em 1880, o local foi aberto ao público oficialmente como o primeiro hospital da capital paranaense. Magistralmente, consagrado pelo então imperador Dom Pedro II. Nessa época, o Brasil também vivia o começo de muitas mudanças, como o fim da escravidão e a modernização das cidades.

Adherbal Gaertner Stresser

Adherbal Gaertner Stresser


Adherbal Stresser
Nome completoAdherbal Gaertner Stresser
Nascimento4 de janeiro de 1908
Curitiba / PR
Morte16 de outubro de 1973 (65 anos)
Curitiba / PR
NacionalidadeBrasil
OcupaçãoEmpresário, jornalista e político
Adherbal Gaertner Stresser (Curitiba4 de janeiro de 1908 — Curitiba, 16 de outubro de 1973) foi um empresáriojornalista e político brasileiro.

Iniciou sua carreira jornalística em 1926, no Rio de Janeiro. Lá trabalhou na filial do jornal O Estado de S. Paulo, quando foi convidado para secretariar o jornal Diário da Tarde, em Curitiba. Deixou este jornal após a Revolução de 1930, e assumiu a chefia de redação da Gazeta do Povo, em Curitiba, onde permaneceu até 1932, quando fundou o jornal Correio do Paraná, que dirigiu até fins de 1934, tendo se colocado ao lado da Revolução Constitucionalista e lutado pela constitucionalização.
Em 1934 foi escolhido presidente da Associação Paranaense de Imprensa e, logo a seguir, eleito delegado eleitor do grupo de Imprensa e Profissões Liberais, para a eleição da representação federal e classista. Exerceu o mandato de deputado estadual na Assembléia Legislativa do Paraná até a sua dissolução, em novembro de 1937. No ano de 1955, em parceria com Assis Chateaubriand, fundou a empresa S/A. Diário do Paraná[1] da qual foi presidente e diretor.
Em 1952 viajou por quase toda a Europa, tendo sido delegado do governo do Paraná junto a exposições e feiras de MilãoParis e Bruxelas. Foi também delegado da Fundação Paranaense de Colonização e Imigração, junto às autoridades italianas para assuntos de migração. Exerceu os cargos de diretor da Câmara de Expensão Econômica do Paraná e de diretor do serviço de Imprensa do Estado.
Juntamente com seu filho Ronald Sanson Stresser fundou a TV Paraná, canal 6 de Curitiba, e da TV Coroados, canal 3 de Londrina, emissoras as quais presidiu. A TV Paraná canal 6 foi a primeira emissora a transmitir o sinal de televisão com áudio no estado, e a TV Coroados foi a primeira emissora do interior do Brasil.
Foi professor do curso de Jornalismo da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Em 1960 foi agraciado pelo governo da Itália com a comenda Stella della solidarietà italiana, pelos serviços prestados às relações entre os dois países, no sentido imigração e relações culturais.
Após sua morte, o ilustre jornalista paranaense foi homenageado, tendo seu nome batizado importantes vias públicas: uma no bairro de Raposo Tavares controlado pela subprefeitura do Butantã, em São Paulo, e a outra no bairro do Cajuru, em Curitiba, com a denominação de Avenida Jornalista Aderbal Gaertner Stresser.

Família[editar | editar código-fonte]

Adherbal Stresser é filho do ilustre maestro Augusto Stresser, autor da Ópera Sidéria, primeira ópera paranaense. É pai do jornalista e advogado paranaense Ronald Sanson Stresser, e avô da atriz Guta Stresser e do produtor e arquiteto da informação Ronald Sanson Stresser Jr.

Fonte[editar | editar código-fonte]

  • HISTÓRIA DA TV COROADOS-LONDRINA (PR) - Ederval Camargo Rocha
  • Acervo particular da Família Stresser

Referências

  1.  História - Conheça alguns detalhes da história do Diário do Paraná Caderno G - Jornal Gazeta do Povo - acessado em 18 de dezembro de 2011