01/11/1831 - SENADOR MANOEL FRANCISCO CORREIA NETTO.
Nasceu em Paranaguá no dia 1°. de novembro de 1831. Era filho do comendador Manoel Francisco Correia, o Moço, e de Francisca Antônia da Costa Pereira, esta filha do último capitão-mor de Paranaguá, Manoel Antônio Pereira. Estudou no famoso e notável Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
Formou-se em Direito no ano de 1853.Em 1862, foi nomeado, pelo Marquês de Olinda, presidente da Província de Pernambuco.
Foi um dos mentores da Lei do Ventre Livre.
Quando esteve no Ministério dos Estrangeiros, contrariando as convicções do plenipotenciário argentino, general Bartolomeu Mitre, evitou estremecimentos entre os dois países, sendo citado por Mitre como pessoa de alto relevo da política brasileira.
Fundou a Associação Protetora da Instrução e instalou a primeira Escola Normal do Brasil no dia 25 de março de 1874.
Eleito deputado geral pelo Paraná, em 1877, aos quarenta e seis anos de idade, continuou sua luta contra o analfabetismo e fundou outras instituições culturais, entre elas a Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e a Associação Mantenedora do Museu Escolar. Em 1883, atingiu o mais alto posto destinado a um político: o de Conselheiro do Estado. Ocupou por treze anos o cargo de vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Presidiu também o Banco do Brasil e o Lloyd Brasileiro. Teve muitos méritos, inclusive o de um grande orador. Foi fraterno amigo de Dom Pedro II e muito lhe custou os últimos momentos do Imperador no Brasil. Por ter sido impedido pela guarda republicana de entrar na Quinta da Boa Vista, refugiou-se atrás de uma árvore e chorou copiosamente, sem oportunidade de dizer adeus à Família Imperial.
Mas, não conseguindo ficar distante de suas funções públicas, aderiu à República, assumindo a presidência do Tribunal de Contas, cargo que ocupava ao falecer em 5 de julho de 1905. A princesa Isabel, quando esteve no Paraná em 1885, referiu-se diversas vezes, em seu diário, ao Senador Correia, que, pelo seu modo alegre e inteligente de
ver as coisas, fora um grande cicerone da princesa em sua augusta estada. (WB)
Fonte: Academia Paranaense De Letras - Diretoria Do Biênio 2015/2016
Publicação Da Academia Paranaense De Letras
Curitiba | outubro De 2016
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