A Guerra de Troia - Aquiles
Os romanos descendem de um troiano ilustre, Eneias, herói da guerra de Troia. Assim, os troianos são meio que os antepassados dos romanos. então vamos por aí. Falarei de Eneias em um próximo post. Hoje, a bola da vez é Aquiles, aquele cujo calcanhar se tornou mais famoso do que a maioria das pessoas consegue sonhar para o resto de si. Desde o início, estava claro que Aquiles não era destinado a uma vida de obscuridade, nem de calma. Filho de Tétis, uma ninfa do mar com mais conexões divinas do que um político em época de eleição, e Peleu, um mortal que claramente jogou acima de sua liga, Aquiles estava destinado a ser algo mais desde o berço – ou, neste caso, desde a pia batismal onde sua mãe tentou torná-lo invulnerável, mergulhando-o no rio Estige. Claro, ela segurou-o pelo calcanhar, porque detalhes são importantes, especialmente se eles forem a única coisa entre você e a morte.
Criado por Quíron, o centauro sábio que sabia uma coisa ou duas sobre ser metade uma coisa e metade outra, Aquiles cresceu para ser o guerreiro que todos sabíamos que ele seria. Forte, rápido e incrivelmente bom em manter rancor, ele era o pacote completo. Quando a Guerra de Tróia começou, era óbvio que ele não ficaria de fora, embora sua participação tenha sido mais por causa de um juramento de lealdade do que por qualquer interesse pessoal em resgatar Helena, a rainha com um talento especial para iniciar guerras.
Aquiles brilhou na guerra, como esperado, até que Agamêmnon, o rei dos reis, decidiu que queria a prisioneira de guerra de Aquiles para si. Aquiles, em um movimento que surpreendeu exatamente zero pessoas que o conheciam, decidiu então que se sua honra não fosse respeitada, ele simplesmente não jogaria mais. Sentou-se à margem, deixando os Aqueus se virarem sem sua espada e sua ira, o que, como se poderia esperar, não foi muito bem para eles.
Eventualmente, depois de muita persuasão e a morte de seu querido amigo Pátroclo – porque nada diz "volte à guerra" como uma tragédia pessoal – Aquiles retornou ao campo de batalha, mais furioso do que nunca. Ele matou Heitor, arrastou seu corpo ao redor de Tróia com seu carro, e basicamente decidiu que a misericórdia era uma palavra que ele não tinha em seu vocabulário.
Mas, como todas as boas histórias de heróis, a de Aquiles termina em tragédia. Paris, assistido por Apolo, conseguiu fazer o impossível: acertar o único ponto vulnerável de Aquiles com uma flecha. O calcanhar. Ah, a ironia. Aquiles morreu, não por falta de força ou habilidade, mas porque sua mãe não quis molhar a própria mão no rio Estige...
E assim termina a saga de Aquiles: com um misto de glória e uma lição sobre a importância de prestar atenção aos detalhes. Mas, claro, a história é apenas uma parte da tapeçaria maior da Guerra de Tróia, uma peça no jogo dos deuses, e um prelúdio para as aventuras de outros heróis, como Eneias, que pegaria as rédeas de seu destino nas cinzas de Tróia e iria ao encontro do maior dos destinos: ser o ancestral de Romulo e Remo, os fundadores de Roma.
Edson Rodriguez, autor de PRIMA LANÇA escreveu este post