Mostrando postagens com marcador DOMINGOS VIRGÍLIO DO NASCIMENTO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DOMINGOS VIRGÍLIO DO NASCIMENTO. Mostrar todas as postagens

sábado, 18 de dezembro de 2021

DOMINGOS VIRGÍLIO DO NASCIMENTO

 

DOMINGOS VIRGÍLIO DO NASCIMENTO


Domingos Virgílio do Nascimento, Nascido em Guaraqueçaba, em 31 de maio de 1862, foi um dos fundadores do Centro de Letras do Paraná e membro também da antiga Academia de Letras. Nas sessões do Centro de Letras, sempre comunicativo, risonho e franco, não lembrava o severo militar da Arma de Artilharia. Filho de pais pobres, pescadores, fez as primeiras letras em Paranaguá. Em Curitiba, matriculou-se no Instituto Paranaense, onde completou com destaque o curso de Humanidades. Daqui partiu para a Escola Militar da Praia Vermelha. Do Rio foi para o Rio Grande do Sul, onde se colocou a serviço da propaganda abolicionista e republicana, ao lado de Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros e outros. Proclamada a República, regressou vitorioso à terra natal, com o curso das Três Armas, como tenente.  Militar, poeta, prosador, jornalista, político, inventor e industrial, suas crônicas se encontram nas páginas amarelecidas de todos os jornais e revistas curitibanos. A sua obra publicada não é pequena e vale aqui ser citada: Revoadas (versos, 1883); Trenós e Arruídos (versos, 1887); O Sul (prosa, 1895); Em Caserna (contos militares, 1901); Pelo Dever (discurso, 1902); Flora Têxtil (prosa, 1908); A Hulha Branca no Paraná (estudo, 1914); Dr. Vicente Machado (estudo político-social, em colaboração, sem data). A turrice de um superior hierárquico, General Comandante do Distrito Militar, que o puniu por indisciplina, e uma prisão injusta, obrigou-o a ensarilhar as armas. Dias depois, em humorísticos alexandrinos, convidou José Raposo, da revista A Semana, a visitá-lo na jaula: Um animal feroz, um redator deposto! Tal incidente redundaria em conseqüências perduráveis para a sua carreira militar.  Grande coração, dono de uma bondade extrema, com carinho atendia os pedintes, os pobres que o procuravam em sua residência. Trabalhava muito em seu gabinete de estudo, folheando livros de sua biblioteca pequena e selecionada. Apreciador da música, era comum vê-lo rodeado dos filhos, a tocarem violino, violoncelo e piano. Até no último instante da vida teve a energia de exclamar: Eu sei que morro, mas protesto contra esta morte. Faleceu em Curitiba em 30 de agosto de 1915.