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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

EM MEIO AO PROGRESSO CHEGANDO .

 EM MEIO AO PROGRESSO CHEGANDO .


Pode ser uma imagem de 12 pessoas e ao ar livreNesta histórica foto do início do século 20, captada na Rua Quinze de Novembro de Curitiba, quase esquina com a Rua Marechal Floriano Peixoto, vemos um momento do quotidiano da cidade que nos mostra a transição da velha para a nova Curitiba.

Os edifícios, na sua maioria, construídos a uma ou duas décadas antes, sob influência da arquitetura européia, apresentam altos pés direitos que chegam a impressionar. Em suas fachadas, as bandeiras desfraldaras revelam o respeito que aqueles descendentes de imigrantes ou os próprios, tinham para com a terra em que viviam, como também, o respeito pelas suas origens.

Na rua, carroças, berlindas e charretes ainda trafegam em meio aos primeiros automóveis, que disputam espaço com o bondinho elétrico que, por sua vez, traz (e leva) ao centro os moradores da distante localidade Batel, então chamada de arrabalde.

As pessoas, de qual parte viessem, arrumavam-se como se a um evento importante estivessem indo, e diziam - "vamos à cidade." Lá, encontravam tecidos, roupas, objetos, maquinários, louças, ferragens e o que mais pudessem imaginar, a maioria importados dos grandes centros europeus. Da mesma forma, produtos nacionais disputavam espaço com os importados, abastecendo todas as classes e gostos.

Homens de negócios, profissionais liberais, senhoras, policiais, estudantes, e moradores das cidades do interior completam a burlesca paisagem da amada cidade que nasci.

Infelizmente, todos os nomes das lojas estampados nessas placas, sucumbiram com a passagem do tempo; inclusive o "Cine Mignon" que, na sua oportuna faixa de propaganda divulgava uma famosa produção cinematográfica de 1919, chamada "Barrabás". A faixa completava o chamamento, dizendo - "O maior assombro da época." Será que ela se referia àqueles dias de 1920, ou ao momento contemporâneo da passagem do Senhor Jesus pela Terra, quando foi preterido pelos moradores de Jerusalém ?

(Foto: Acervo Paulo José Costa)

Paulo Grani